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LONG-COVID: UM DESAFIO

PARA A COMUNIDADE
MÉDICA E PARA O SERVIÇO
NACIONAL DE SAÚDE
Sandra BRAZ; Acta Med Port 2021 Sep
Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que
entre 10% a 20% das pessoas com Covid-19 sofrem de
sintomas após recuperarem da fase aguda da infeção.
O QUE É?
§ “É uma condição caracterizada por manifestações clínicas multissistémicas, do foro
respiratório, cardiovascular, neurológico, gastrointestinal, renal e/ou músculo-esquelético,
que surgem habitualmente na fase aguda da infecção ou imediatamente depois, não são
explicáveis por um diagnóstico alternativo e persistem além das quatro semanas de doença.”
§
§ Outras nomenclaturas:
§ Síndrome pós-covid
§ COVID-19 crónica
FISIOPATOLOGIA
§
§ Persistência do SARS-CoV-2 nos tecidos
§ Resposta inflamatória desencadeadas pelo
vírus
§ Fenómenos disautonómicos
§ Respostas imunológicas anormais
§ Mecanismos de auto-imunidade pós-viral
SINTOMAS
§ O diagnóstico é clinico:
§ Fadiga
§ Dispneia
§ Alterações do olfato
§ Alterações do paladar
§ Depressão
§ Ansiedade
§ Disfunção cognitiva
IMPLICAÇÕES PARA O SNS
§ Cuidados médicos a médio-longo prazo
§ Criação de circuitos de seguimento: consultas hospitalar ou nos CSP
§ Impacto laboral;
§ Impacto na saúde mental;
§ Impacto na saúde física.
§
LIMITAÇÕES
§ Ausência de critérios universais definidores do diagnóstico
§ A investigação da doença ainda em curso
§ Ausência de terapêuticas dirigidas por desconhecimento da fisiopatologia
§ É necessário promover ensaios clínicos e não apenas estudos observacionais
§
§
NORMA DGS
§ Fornece algumas definições:
§ Infecção aguda: “definida pelas primeiras 4 semanas após inicio de doença”
§ Long covid: “três meses após o início da fase aguda da infeção e com pelo menos dois meses de
duração”
§

§ “O diagnóstico da Condição pós-COVID-19 é clínico e deve ser considerado quando existe


forte suspeita, mesmo na ausência de história de teste para SARS-CoV-2 positivo.”
NORMA DGS
§ “Os utentes com apresentação clínica mais grave e/ou maior número de sintomas na fase
aguda, devem ser considerados com maior risco de desenvolver Condição pós-COVID-19.
§ “Os utentes que, aquando do fim das medidas de isolamento (…) apresentem risco de
evolução para Condição pós-COVID-19 devem realizar uma avaliação clínica,
preferencialmente por teleconsulta, entre as 4 a 6 semanas após o início da fase aguda.“
§
NORMA DGS
§ Deve ser agendada uma consulta médica presencial subsequente:
§ 6 – 8 semanas após inicio da fase aguda
§ 12 semanas do início da fase aguda, para reavaliação clínica e análise dos exames
complementares de diagnóstico
NORMA DGS
§ MCDT’s:
§ RX tórax
§ PFR
§ TC
§ ECG
§ Holter
NORMA DGS
§ Reabilitação pós-covid: onde?
§ Consulta hospitalar se:
§ Sintomas cognitivos persistentes (> 1 mês)
§ Depressão grave ou suspeita de síndrome de perturbação pós-traumática
§ Sintomas sensitivos (parestesias, hipóteses termo-álgida) ou défice motor
§ Alterações do olfacto e/ou palmadas com > 12 semanas
§ Doença do interstício pulmonar
§ Suspeita de TEP
§ Limitação funcional associada a fraqueza muscular ou descondicionamento
NORMA DGS
NORMA DGS
§ Dispneia = exercícios respiratórios
§ Tosse = exercícios de respiração, anti-tússicos, broncodilatadores ou opióides
§ Dor torácica persistente = analgésicos
§ Fadiga = medidas de autogestão e otimização da conservação de energia
§ Sintomas cognitivos = treino cognitivo
§ Sintomas psiquiátricos (ansiedade, depressão, perturbação do sono) = técnicas de relaxamento,
gestão de stress, higiene do sono
§ Hipósmia/Anósmia = treino olfactivo
LONG-COVID: UM DESAFIO
PARA A COMUNIDADE
MÉDICA E PARA O SERVIÇO
NACIONAL DE SAÚDE
Sandra BRAZ; Acta Med Port 2021 Sep

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