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PROJETO DE INTERVENÇÃO CÓDIGO:

(DISCIPLINA DE EXTENSÃO - DISCENTE) PEX-MDL-54


APROVADO POR: Francislene Hasmann-Diretor (a) Adjunto de Regulação DATA: 27/07/2022 VERSÃO: 00

Cuidar com Amor:


cuidando de quem
cuida da gente.
PROJETO DE INTERVENÇÃO CÓDIGO:
(DISCIPLINA DE EXTENSÃO - DISCENTE) PEX-MDL-54
APROVADO POR: Francislene Hasmann-Diretor (a) Adjunto de Regulação DATA: 27/07/2022 VERSÃO: 00

DADOS DO PROJETO
CURSO(S) PROPONENTE(S): Terapia Ocupacional
ÁREA TEMÁTICA: Saúde Coletiva
DISCENTES RESPONSÁVEIS:
(nome e matrícula) Dawana Coelho de Meneses - 01659621
Emanoella Mayumi Pereira Sato – 01654216
Erica Cristina Lima de Brito – 01654979
Lorayny Carvalho da Silva - 01671945
QUANTIDADES DE ALUNOS NO PROJETO 4

1. Introdução:

O cuidar da saúde de seus membros sempre foi uma prática comum e alguns autores
afirmam que esta é uma de suas principais funções (COLLIÉRE,1989 apud
FIAMENGHI & FERREIRA, 2015). Os cuidadores familiares desempenham um papel
fundamental no suporte a entes queridos que enfrentam desafios de saúde. Muitas
vezes, eles enfrentam uma carga física e emocional significativa, podendo levar a
impactos na sua própria saúde. É crucial cuidar do cuidador familiar, oferecendo-lhes
recursos de apoio, informações sobre a condição de saúde do paciente, orientação
sobre como lidar com o estresse e a sobrecarga, além de incentivar a busca por
momentos de descanso e autocuidado. Reconhecer e apoiar o cuidador familiar é
essencial para garantir o bem-estar tanto do paciente quanto de quem cuida. As
famílias, segundo Lacerda (1996) apud Fiamenghi & Ferreira (2015) passam a ter
maior significado quando ocorrem modificações nas condições de vida de um dos seus
membros, por exemplo, quando um adoece. Uma vez que na maioria das vezes, é o
familiar que proporciona cuidado ao doente, este necessita de assistência tanto quanto
aquele que está sob os cuidados.

É muito importante cuidar daqueles que cuidam, especialmente na área da saúde


coletiva, os profissionais que atuam nesse campo muitas vezes enfrentam desafios
físicos e emocionais intensos, o que pode afetar sua própria saúde. Cuidar do cuidador
na saúde coletiva envolve garantir que esses profissionais tenham acesso a apoio
emocional, acompanhamento médico regular, oportunidades de descanso e
recuperação, além de programas de promoção da saúde mental. Ao cuidar daqueles
que estão na linha de frente do cuidado comunitário, estamos investindo na qualidade
do serviço prestado e no bem-estar de toda a comunidade. Apesar dessas
constatações, observamos que algumas pessoas reagem de forma diferente às
situações estressantes decorrentes do cuidado prestado (FIAMENGHI & MESSA,2007
apud FIAMENGHI & FERREIRA, 2015). Assim, para propor intervenções é necessário
identificar a variabilidade das respostas aos estressores, para se promover programas
que possam ajudar a limitar o impacto que o cuidar pode trazer ou ajudar a identificar e
aumentar fatores que possam medir e reduzir o impacto(ZARIT,1997 apud FIAMENGHI
& FERREIRA, 2015).Temos dois tipos de cuidadores: o familiar e o profissional.

A comprovação é de que trabalhar como cuidador na área da saúde é ter presente no


cotidiano a dor e a morte (KOVÁCS, 2010 apud MONTEIRO DANIELA et al.,2020), por
isso, a importância da demanda de um cuidado ao cuidador. Os profissionais
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APROVADO POR: Francislene Hasmann-Diretor (a) Adjunto de Regulação DATA: 27/07/2022 VERSÃO: 00

desempenham um papel crucial no cuidado de pessoas que necessitam de assistência


contínua, seja em casa, em instituições de saúde ou em outros ambientes. Cuidar do
cuidador profissional envolve oferecer condições de trabalho adequadas, remuneração
justa, oportunidades de capacitação e suporte emocional. Além disso, é essencial
garantir que esses profissionais tenham acesso a intervalos adequados para descanso
e recuperação, a fim de evitar o esgotamento físico e emocional. Reconhecer a
importância do trabalho dos cuidadores profissionais e proporcionar-lhes as condições
necessárias para desempenhar seu papel é fundamental para a qualidade do cuidado
prestado aos pacientes.

Observamos que há uma carência de serviços assistenciais e terapêuticos


relacionados aos cuidados com o cuidador e decidimos criar o projeto Cuidar com
Amor. O objetivo é promover uma tarde de conversas, orientações e dinâmicas de
grupo na sala de espera para aqueles que aguardam o paciente durante a terapia,
proporcionando assim uma experiência mais agradável.

2. Objetivo:.
● Apresentar os cuidados com a saúde mental aos cuidadores;
● Conscientizar os assistidos a importância do cuidado da saúde mental;
● Promover o autoconhecimento através das dinâmicas de grupo.

3. Caracterização da área:

Uma das capitais mais jovens do Brasil, Teresina foi fundada em 1852 e foi uma das
primeiras cidades planejadas do país. Com o apoio da Imperatriz Teresa Cristina, a vila
que ocupava as terras da região foi transformada em cidade para substituir a então
capital da província: Oeiras. Em homenagem à esposa do imperador Dom Pedro II, o
município recebeu o nome de Teresina (que é a combinação de Teresa e Cristina).

Às margens do Rio Poti, Teresina é a única capital do nordeste brasileiro que não está no
litoral. Com muitas belezas naturais, atualmente a cidade é conhecida como a "cidade do
sol e da luz", pois faz sol o ano inteiro e o pôr do sol oferece um espetáculo à parte, e
também como "cidade verde", devido às ruas intensamente arborizadas e aos mais de 20
parques ambientais que ajudam a aliviar o calor, já que a temperatura média é de 30ºC
na maior parte do ano.

Segundo dados do Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), a cidade é a 4ª


capital mais desenvolvida do Brasil e a 3ª do nordeste, com melhor qualidade de vida. O
levantamento levou em consideração indicadores sociais, como saúde e educação
básica.

O município de Teresina possui 1.392 km² de área territorial e faz divisa com dez
municípios piauienses e um município do estado do Maranhão. Tem uma população
estimada em 850.198 habitantes (dados do IBGE/2017), sendo que 94,3% da população
reside na zona urbana, com uma densidade demográfica de 584,94 habitantes/km². A
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população feminina representa 53,25%, enquanto a masculina representa 46,75%. 30,9%


da população são jovens na faixa etária de 15 a 29 anos, e cerca de 8,5% são maiores
de 60 anos.

Teresina está se tornando um centro de referência médico-hospitalar na região Meio


Norte. Essa condição decorre da atuação governamental, não governamental e privada
implantada na cidade, considerada importante em quantidade e complexidade. Nos
últimos anos, os estabelecimentos médico-hospitalares e laboratoriais evoluíram em
dimensão, tecnologia e credibilidade a ponto de já serem referidos Teresina como um
Polo Regional de Saúde. A cidade atende à população estadual e parte da demanda dos
Estados do Maranhão, Pará, Ceará e Tocantins.

A capital Teresina também é referência em reabilitação para pessoas com deficiência. A


proporção de pessoas com deficiência no Brasil é de 23,92% dos 45.623.910 habitantes
e no Estado do Piauí é de 27,59% da população, sendo o quarto estado brasileiro com
maior proporção dessas pessoas. São desenvolvidos programas e políticas públicas
voltados para pessoas com deficiência por meio de ações federais, estaduais e
municipais. Os direitos humanos das pessoas com deficiência são os mesmos dos que
não possuem deficiência e devem ser assegurados.

O local escolhido para intervenção é o Centro Integrado de Reabilitação (CEIR),


localizado na Avenida Higino Cunha, 1515, bairro Ilhotas, Teresina, Piauí. O bairro Ilhotas
se desenvolveu em torno de uma área militar, e seu nome foi escolhido por populares por
estar próximo às ilhotas de pedras fósseis do Rio Poti, que recebeu o nome de Parque
Ambiental Ilhotas. Foi o primeiro bairro a verticalizar, com diversos prédios residenciais e
comerciais de médio e alto padrão, além de clínicas, hospitais públicos e particulares,
bem como várias escolas públicas e particulares.

4. Local de execução e público-alvo

Como uma ação inovadora do Governo do Estado do Piauí, em gestão compartilhada, em


2008, surgiu o Centro Integrado de Reabilitação (CEIR), para realizar atendimentos de
média e alta complexidade, inicialmente voltados às pessoas com deficiência física e/ou
motora. Em 2015, recebeu qualificação do Ministério da Saúde como Centro Especializado
em Reabilitação (CER) III para cuidar do tratamento de pessoas com deficiência
físico-motora, auditiva e intelectual. Também são oferecidos diversos serviços como
terapias com equipe multiprofissional, consultas, exames e confecção de órteses e
próteses sob medida. Todos os atendimentos são realizados via Sistema Único de Saúde
(SUS).

Conforme citado no item anterior, o Centro Integrado de Reabilitação (CEIR) está


localizado na Avenida Higino Cunha, 1515, bairro Ilhotas, Teresina, Piauí. Nas
proximidades encontra-se a antiga Maternidade Evangelina Rosa (atualmente desativada,
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futuramente para dar lugar a um centro de referência TEA - Transtorno do Espectro


Autista) e o Hospital da Polícia. O CEIR dispõe de um amplo prédio onde funcionam os
atendimentos médicos e reabilitação física, intelectual e auditiva; centro de diagnóstico
com a realização de exames, oficina ortopédica e o centro de estudos focado na
reabilitação. A instituição já realizou mais de 2 milhões de atendimentos desde 2008.

O público-alvo são as pessoas que acompanham esses pacientes, conhecidos como


acompanhantes ou cuidadores. Grande parte dessas pessoas que acompanham os
pacientes no CEIR são familiares, amigos ou vizinhos ou às vezes o próprio paciente não
tem ninguém para acompanhá-lo. Muitos desses cuidadores ficam ociosos durante o
tempo de espera, muitas vezes assistindo TV ou usando o celular. Para abordar essa
situação, planejamos realizar rodas de conversa na sala de espera com os cuidadores dos
pacientes assistidos pela instituição, sem distinção de idade. A escolha se deu pela
necessidade de auxiliar os acompanhantes desses pacientes a orientar sobre sua saúde
mental durante a espera. Entendemos que em cada um destes há uma série de anseios,
dúvidas e conflitos que muitas vezes não são assessorados por um profissional da saúde.

5. Materiais e métodos de abordagem

● Montagem do projeto no local planejado (sala de espera, de preferência, à quarta


recepção);
● Conversar com os terapeutas, recepcionistas e supervisores sobre a importância dos
cuidadores participarem do projeto "Cuidar com Amor";
● Abordagem das pessoas convidando para a roda de conversa e, através desta
intervenção, iniciar explicando nosso projeto. Começar com o momento de escuta para
conhecer um pouco da rotina de cada um e orientar sobre a saúde coletiva aplicada aos
cuidadores;
● Serão confeccionados folders e cartazes informativos com orientações sobre
autocuidado, informações de ajuda psicológica, assistencial e pontos culturais e
esportivos;
● No final da explanação, serão realizadas algumas dinâmicas de grupo (a serem
definidas) com os assistidos. Materiais da dinâmica: papel, lápis, tesoura, linha, etc;
● Conclusão reflexiva sobre a importância de cuidar de si;
● Recolher as assinaturas dos participantes do projeto, por meio da ATA ;
● Tirar fotos da intervenção para anexar no relatório da faculdade, respeitando as leis de
proteção de dados.

6. Resultados esperados

● Esperamos como resultado da nossa roda de conversa e da dinâmica de grupo, que o


público-alvo tenha mais consciência no seu autocuidado, esteja mais informado sobre
seus direitos e deveres como cuidadores, e que possam desfrutar de momentos de
descontração em torno da sua saúde mental.
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7. Cronograma

ATIVIDADES DO PROJETO 2024


FEV MAR ABR
1- Levantamento dos dados / X X
pesquisa
2- Visita ao local da ação X

3- Compra do Material X

4- Preparação da apresentação X

5- Envio do Projeto de Extensão X


(Av1)
6- Realização da atividade no CEIR X X

8- Reunião de feedback do grupo X

9- Escrita do relatório de extensão X

10- Envio do relatório de extensão X


(Av2)

8. Referências Bibliográficas

● .ALVES, Cláudia. Nossa História. Teresina-PI: Disponível em:


https://www.reabilitar.org.br/ceir/nossa-historia/#:~:text=No%20dia%205%20de%20maio,
pessoas%20com%20defici%C3%AAncia%20no%20Piau%C3%AD. Acesso em:
19/02/2024
● Ceir completa 15 anos com a marca de 2 milhões de atendimentos. Disponível em:
https://g1.globo.com/pi/piaui/noticia/2023/05/08/ceir-completa-15-anos-com-a-marca-de-2
-milhoes-de-atendimentos.ghtml . Acesso em: 24/03/2024.
● Centro Especializado de Reabilitação de Teresina (PI) passa a atender três tipos de
deficiência. Disponível em:
https://www.gov.br/mdh/pt-br/sdh/noticias/2015/marco/centro-especializado-de-reabilitaca
o-de-teresina-pi-passa-a-atender-tres-tipos-de-deficiencia. Acesso em: 24/03/2024
● FERREIRA, Paulo .R; JR Fiamenghi. A. G . Relações familiares de cuidadores de
pessoas com deficiência intelectual .pensando fam vol.19,no1, Porto alegre
jun.2015.Disponível em:
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-494X2015000100011.
Acesso em 20/03/2024.
● MONTEIRO DANIELA et al.,2020, Perspectivas dos Profissionais da Saúde sobre o
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Cuidado a Pacientes em Processo de Finitude Psicologia: Ciência e Profissão 2020 v.


40, e191910, 1-15.Disponivel em :
https://www.scielo.br/j/pcp/a/Z3v8MYR56jGB5pwZvLtN48J/. Acesso em 20/03/2024
● Os 5 melhores bairros para morar em Teresina . Disponível em :
https://www.iq.com.br/financas-pessoais/artigos/teresina-melhores-bairros. Acesso em
24/03/2024.
● Saiba a origem do nome de bairros de Teresina ,Disponível em :
https://www.acessepiaui.com.br/ver_coluna2/2114/Saiba-a-origem-do-nome-de-bairros-d
e-Teresina .Acesso em 24/03/2024.
● Situação de Saúde Teresina (Pi). Disponível em:
https://apsredes.org/situacao-de-saude-teresina-pi/# . Acesso em: 24/03/2024.

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