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ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 4
3. CONCLUSÃO ........................................................................................................................... 13
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1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho enquadra-se na disciplina de Técnica de Expressão e tem como tema “Texto
Expositivo-Argumentativo”, assim, pretende-se compreender a partir da sua estrutura,
característica, entre outros aspectos. O texto expositivo-argumentativo é aquele que tem como
objectivo convencer, persuadir ou influenciar o ouvinte ou o leitor de uma exposição oral ou
escrita.
A metodologia adoptada para este trabalho está fundamentada em uma abordagem qualitativa, de
carácter descritivo e do tipo bibliográfico, isto é, foi realizado com base nas referências
bibliográficas.
O trabalho está estruturado em três capítulos. O primeiro capítulo contempla a parte introdutória
onde inclui os objectivos e a metodologia; o segundo capítulo corresponde o desenvolvimento
onde são apresentados os diferentes conceitos e analisado o conteúdo relacionado ao tema; as
principais conclusões e referências bibliográficas estão apresentadas no terceiro e último capítulo.
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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2. Texto Expositivo-Argumentativo
Segundo Álvarez & Ramírez, (2010), o texto argumentativo é um dos textos pertencentes à
tipologia de textos expositivos, no qual o autor apresenta as suas ideias ou opiniões acerca do que
vê, pensa ou sente, ao contrário do que acontece com o explicativo – texto que apresenta factos
sobre uma realidade.
De acordo com Díaz, (2003), texto expositivo-argumentativo é aquele que tem como objectivo
convencer, persuadir ou influenciar o ouvinte ou o leitor de uma exposição oral ou escrita.
Este tipo de texto é constituído por uma tese ou ponto de vista ao qual o argumentador deve fazer
aderir o leitor. Os argumentos são as razões apresentadas a fazer ou contra a tese.
Na introdução apresenta-se o problema que vai ser o objecto do discurso. A introdução conte a
tese inicial.
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Na conclusão retoma-se a tese que se procurou provar com a exposição dos argumentos.
a) Exposição do tema;
b) Exposição das ideias defendidas (pode recorrer-se à explicitação de determinados termos,
à apresentação de esquemas da exposição, à referência de outras opiniões, etc.
2. Narração /confirmação – é a parte do discurso em que o orador desenvolve as provas,
consiste na utilização de argumentos (citação de factos, de dados estatísticos, de outros exemplos,
de narração de acontecimentos, etc.).
Fraca (2000), afirma que o texto expositivo argumentativo possui como segunda característica
predominante o traço argumentativo, desse modo, além de apresentar informações sobre
determinado assunto, o autor também procura defender um posicionamento, ou seja, apresentar
uma opinião embasada em argumentos sólidos. Por esses motivos, esse tipo de texto expositivo
tem o intuito de informar e convencer o leitor. (p.73).
Os textos do tipo expositivo podem apresentar inúmeras variações em sua composição formal, a
depender do género utilizado e das intenções comunicativas. Entretanto, alguns aspectos podem
ser considerados essenciais a todos os textos expositivos. A seguir, algumas dessas características
serão exploradas (Serrano, 2002, p.93).
De início, os textos expositivos têm preferência pelo conteúdo, pela mensagem, desse modo, a
linguagem utilizada tenta ser acessível e, muitas vezes, impessoal, tentando garantir um teor de
neutralidade. De acordo com Serrano (2002, p.93), defende que além disso, eles podem ser
divididos em duas categorias, que se referem ao método de exposição utilizado no texto:
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Composição: é a estrutura que prioriza a identificação de fenómenos individuais, desse
modo, são os textos que pretendem apresentar diversas informações a respeito de um
único tema ou assunto. Essa estrutura é utilizada principalmente para informar o leitor a
respeito de determinado conteúdo. Outra característica dela é a preferência pela estrutura
sintáctica sujeito + predicado + complemento, utilizados no tempo presente.
Além desses aspectos, ainda é possível acrescentar-se outras características do tipo textual
expositivo. A intertextualidade é uma ferramenta que pode ser muito utilizada nesses textos,
principalmente quando o autor pretende aprofundar um assunto ou, além de expor, propor um
ponto de vista. Nesses casos, o uso de informações e dados de outros textos pode potencializar a
produção textual bem como fornecer subsídios para sustentação dos argumentos.
A descrição é um outro elemento que pode ser muito presente no texto expositivo.
Quando o autor possuir intenção de instruir e informar o leitor a respeito dos detalhes de
determinada questão, é possível que ele descreva aspectos visuais ou funcionais do
fenómeno analisado, no intuito de qualificar o texto e auxiliar a compreensão do leitor.
A argumentação visa persuadir o leitor acerca de uma posição. Quanto mais polémico for o
assunto em questão, mais dará margem à abordagem argumentativa. Pode ocorrer desde o início
quando se defende uma tese ou também apresentar os aspectos favoráveis e desfavoráveis
posicionando-se apenas na conclusão.
Argumentar é um processo que apresenta dois aspectos: o primeiro ligado à razão, supõe ordenar
ideias, justificá-las e relacioná-las; o segundo, referente à paixão, busca capturar o ouvinte,
seduzi-lo e persuadi-lo.
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Os argumentos devem promover credibilidade. Com a busca de argumentos por autoridade e
provas concretas, o texto começa a caminhar para uma direcção coerente, precisa e persuasiva.
Somente o facto pode fortalecer o texto argumentativo. Não podemos confundir facto e opinião.
O facto é único e a opinião é variável. Por isso, quando ocorre generalização dizemos que houve
um “erro de percurso”.
Segundo Rei (1990, p.88) “Um argumento é um raciocínio destinado a provar ou refutar uma
afirmação destinada a fazer admitir outra.”
Ainda de acordo com o mesmo autor, a teoria da argumentação estuda as técnicas discursivas que
permitem provocar ou aumentar a adesão dos espíritos às teses que apresentamos ao seu
consentimento. Sem se afastar da dialéctica, da lógica e da retórica. A argumentação investiu no
campo da psicologia, da sociologia e da teoria geral da informação, indo nestes campos procurar
alguma luz sobre como reage o homem, quando exposto às mensagens persuasivas, como altera
as suas convicções e o seu comportamento.
Já definimos o argumento como um raciocínio destinado a provar ou refutar uma afirmação ou,
ainda, uma afirmação destinada a fazer admitir outra. Os argumentos são, portanto, elementos
abstractos, cuja disposição no discurso dependerá da sua força argumentativa, aparecendo, assim,
no texto, numa disposição crescente, decrescente ou dispersa.
As provas têm a função de sustentar os argumentos e são de três ordens (Jules Verest, 1939: 468-
471):
Naturais - incluem os textos das leis, o testemunho das autoridades, as afirmações das
testemunhas e os documentos de qualquer espécie;
Verdades e princípios universais - são reconhecidos, deste modo, por todos e
apresentados sob a forma de raciocínio reduzido;
O Exemplo – é um caso particular, real ou fictício, que tem uma analogia verdadeira
com o caso que nos ocupa. A intenção é, a partir dele, inculcar uma verdade geral da qual
deduzimos uma proposição que queremos estabelecer.
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2.6. Percurso da Argumentação
Segundo Díaz, (2003, p.90), são caminhos do pensamento para "justificar uma opinião,
desenvolver um ponto de vista, reflectir para chegar a uma decisão". O autor, define que “são
processos de organização das ideias, segundo a natureza dos laços que unem os elementos ou as
etapas do edifício persuasivo: onde operam os argumentos, escolhidos e dispostos, tendo em vista
uma argumentação concreta”.
Trata-se, neste primeiro percurso, de modelos de raciocínios herdados das disciplinas ligadas ao
pensamento: a indução, a dedução, o raciocínio causal.
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I. A Indução – é a forma habitual de pensar do singular ao plural, do particular ao geral. Pode
tomar duas formas: totalizante, quando se estabelece a partir do recenseamento de um todo,
adquirindo o estatuto de prova - como quando, depois da chamada, afirmamos "os alunos estão
todos"; generalizante, quando o recenseamento completo não é possível e o raciocínio indutivo
nos leva de uma parte ao todo, por generalização - por exemplo quando se afirma: "Os
portugueses são hospitaleiros". Este é o procedimento mais usual, mas o menos rigoroso, pois a
generalização implica simplificação, e com ele vem o engano, o idealismo e a teorização.
II. A Dedução – dois princípios estão na sua base: o da não contradição - quando duas
afirmações se contradizem uma delas é falsa - e o da progressão do geral para a particular -
através de articulação lógica expressa por "assim", "portanto" ou "logo".
Por exemplo, o silogismo - constituído por três proposições ou afirmações - chamadas premissas
as duas primeiras (apelidada uma de "major" e outra de "menor", conforme o termo que contém,
e conclusão, a terceira - deve possuir três termos e combiná-Ios dois a dois. Vejamos:
Sócrates é um homem
Sócrates é mortal.
III. O raciocínio causal - "Asseguremo-nos bem do facto, antes de nos inquietarmos com a
causa" aconselhava Fontenelle (L. Bellenger, 1988, p.27), o papel preponderante do raciocínio
causal, na argumentação, assenta em duas transposições constantes: da causa para o efeito e do
efeito para a causa, conduzindo ao pressuposto de que "o conhecimento das causas permitirá
remediar o facto constatado" (ibid. 27), quer dizer, suprimamos as causas e o problema estará
resolvido, o que leva as pessoas a preocuparem-se mais com as razões do presente do que com o
modo de melhorar o futuro.
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comparações, a analogia, a descrição e a narração. O explicar pretende convencer com o máximo
de objectividade.
II. A comparação – usa-se a comparação para provar a utilidade, a bondade, o valor de uma
coisa, um resultado, uma opinião. A técnica comparativa é simples, fácil de compreender, inscrita
nos nossos hábitos, levando-nos a usá-la, activa e passivamente, de forma natural e sem disso nos
darmos conta. A comparação procura fazer passar identidades entre factos, pessoas ou opiniões
diferentes e transpor valores de sistemas independentes e autónomos: estas passagens e
transposições são manipuladoras e pretendem chocar, colocar problemas de consciência,
questionar os modelos culturais e as normas vigentes.
IV. Descrição e narração – para convencer alguém, podemos descrever ou narrar uma situação
ou um acontecimento. É o ponto de partida da indução socrática: narra uma história, uma
experiência, uma anedota, desencadeia um processo de inferência que a partir de um facto nos
conduz ao princípio ou à regra. É o peso do concreto, do vivido e do testemunho que passa
através delas. Ambos os processos criam a ausência, a falta de um complemento, de um remate,
de um "E depois?" - ouvido sempre que alguém, ao narrar algo, aparenta parar ou desviar-se do
enredo.
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2.8. Exemplo de um texto explicativo-argumentativo
“AMIGO DO DIA-A-DIA”
A música desempenha um papel muito relevante na minha vida, tendo-se tornado imprescindível.
Efectivamente, funciona como uma companheira de todos os dias: desde de manhã ao acordar,
em que uma canção calma funciona como um bom despertador, até antes de deitar, por forma a
relaxar.
De facto, a música é um óptimo remédio para aquelas alturas em que me encontro triste e
deprimida, ou até mesmo para passar um bom bocado com os amigos.
Certamente, aprecio e assombro música. É uma forma de exprimir o meu estado de espírito, de
ser criativa e de libertar a mente de todos os problemas que me atormentam, podendo abstrair-me
deles, por um só momento que seja.
No entanto, das poucas vezes que ouço canções, através de algumas estações de rádio, estas
tornam-se repetitivas e acontece frequentemente duas estações estarem a transmitir a mesma
canção.
Por outro lado, há rádios locais refiro-me da rádio comunitária que se limitam a transmitir certo
tipo de música, por exemplo, música de raiz, kwassa-kwassa, entre outras que não são muito do
meu agrado. As rádios moçambicanas não são muito diversificadas quanto ao tipo de música que
transmitem. É por isso que eu não costumo ouvir música através da rádio, prefiro trazer as
minhas músicas comigo, no meu telemóvel.
Em suma, a música faz parte da minha rotina, funcionando como uma amiga que me acompanha
ao longo do dia.
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3. CONCLUSÃO
Chegado ao fim deste trabalho, conclui-se que texto expositivo argumentativo possui como
segunda característica predominante o traço argumentativo, desse modo, além de apresentar
informações sobre determinado assunto, o autor também procura defender um posicionamento,
ou seja, apresentar uma opinião embasada em argumentos sólidos. Por esses motivos, esse tipo de
texto expositivo tem o intuito de informar e convencer o leitor.
Os argumentos são, portanto, elementos abstractos, cuja disposição no discurso dependerá da sua
força argumentativa, aparecendo, assim, no texto, numa disposição crescente, decrescente ou
dispersa.
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3.1. Referência Bibliográfica
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