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Acordo Geral sobre Tarifas e Comércios – GATT

Como demonstrado a intenção da conferência de Bretton Woods era criar uma


Organização Mundial do Comércio – ITO, International Trade Organization.
Os Estados Unidos, um dos maiores interessado na criação dessa organização,
elaboraram um projecto a fim de institucionalizar o comércio internacional. Após a
elaboração, os Estados Unidos convidaram diversos países a fim de firmarem um
Acordo Multilateral do Comércio.
Esse projeto foi então apresentado ao Conselho Económico e Social das Nações Unidas
que, em fevereiro de 1946, decidiu convocar uma Conferência Internacional sobre o
Comércio com a finalidade de expandir a produção, a troca e o consumo de mercadorias
entre os países.
Na Conferência foi então instituído um Comitê Preparatório para a elaboração do
projecto. Esse comitê reuniu-se duas vezes. A primeira, em 1946, na cidade de Londres
onde se iniciou a redacção de um projecto sobre reduções tarifárias; e a segunda, em
1947, na cidade de Genebra, com a finalidade de celebrar as negociações tarifárias.
Nessa segunda reunião, chegou-se a conclusão de que não havia consenso para criar um
Organismo especializado para o Comércio Internacional. Por isso, realizou-se um
acordo provisório sobre reduções tarifárias que é o Acordo Geral sobre Tarifas e
Comércio, conhecido por sua sigla em inglês: GATT – General Agreement of Tariffs
and Trade.
O GATT foi adoptado em 30 de outubro de 1948, participando de sua negociação
apenas 23 Estados.
A partir de então, o GATT passa a reger a ordem económica mundial na forma de um
tratado multilateral, sem ter uma organização especializada para administrá-lo.
Portanto, vale ressaltar que o GATT não pode ser considerado como uma organização
internacional, mas sim como um acordo multilateral que regulamentou o comércio
internacional até a criação da OMC, em 1994.

Funções do GATT
Entre as funções do GATT, vale destacar, o desenvolvimento do comércio
internacional, a promoção do pleno emprego e o aumento do padrão de vida, entre
outros.

Princípios

O princípio essencial do GATT é o do não-discriminação. Esse princípio contém


implícito a aplicação dos princípios da nação mais favorecida
e do tratamento nacional.
O princípio da nação mais favorecida consiste, segundo os artigos I e II do próprio
tratado constitutivo do GATT, na concessão de vantagens, favores, privilégios ou
imunidades entre as diversas partes contratantes do Acordo.
Assim, um benefício concedido a uma parte contratante deve ser, por meio desse
princípio, estendido às demais partes contratantes.
O princípio do tratamento nacional estabelece que um produto importado de um
determinado país não pode sofrer discriminação com relação aos produtos nacionais do
país importador., (os exportadores e os produtores nacionais, tendo em vista o princípio
do tratamento nacional, são colocados em pé de igualdade,):
O conceito de igualdade está no centro da cláusula de tratamento nacional; trata-se
de assegurar as condições iguais de concorrência a todos os produtos, seja qual for
a sua origem.39

Actualmente, após a instituição da OMC, fica uma pergunta. O que aconteceu ao


GATT? Deixou de existir? A resposta é simples. O GATT, por se tratar de um
Acordo sobre Tarifas e Comércio e não de uma Organização Internacional, foi
incorporado à OMC como um tratado sobre o comércio de mercadorias.
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Organização Mundial do Comércio – OMC

A Organização Mundial do Comércio – OMC – é uma organização internacional que


supervisiona as normas que regem o comércio entre os países.
A OMC, que possui sede em Genebra na Suíça, foi criada em 1º de janeiro de 1995 após
oito rodadas de negociações que perduraram por quarenta e sete anos.
Estruturalmente, a OMC possui a Conferência Ministerial, o Conselho Geral, o
Secretariado, três Conselhos, cerca de trinta Comitês subordinados a esses Conselhos
e dois órgãos – Órgão de Exame das Políticas Comerciais e Órgão de Solução de
Controvérsias.
A Conferência Ministerial é o principal órgão da OMC e composto pelos Ministros de
todos os Estados participantes. Esse órgão tem competência para tomar decisões acerca
de qualquer matéria de um acordo multilateral.
O Conselho Geral é o corpo director da OMC. É composto por embaixadores
representantes de cada Estado participante.
Como apoio às negociações, a OMC conta com um Secretariado composto por técnicos
especializados em diversas áreas. O Secretariado é chefiado por um Diretor Geral
designado pela Conferência Ministerial.
Com a instituição da OMC, foi necessário criar três Conselhos com a finalidade de
acompanhar a implementação das negociações resultantes da Rodada. São os
Conselhos: Conselho de Comércio de Mercadorias, Conselho do Comércio de Serviços
e Conselho sobre os Direitos de Propriedade Intelectual relacionados ao Comércio.
A esses Conselhos subordinam-se cerca de trinta Comitês, dentre os
quais: o Comitê de Comércio e Meio Ambiente, o Comitê de Agricultura, o Comitê de
Serviços Financeiros, entre outros.
Por fim, os dois órgãos. O Órgão de Solução de Controvérsias que funciona como
um órgão consultivo, examinando a questão e dirimindo os conflitos na área do
comércio, e o Órgão de Revisão de Política Comercial que tem por objectivo
examinar periodicamente as políticas de cada membro da OMC e confrontar as acções
desses membros com as regras estabelecidas pelos acordos firmados.
Atualmente, a OMC conta com 150 países membros, sendo o Vietnam o seu último
integrante – o Vietnam fez sua adesão em 11 de janeiro de 2007.

Resolução de Litígios
O Acordo de Marraqueche tem por Anexo 2 o documento intitulado ‘Memorando de
Entendimento Sobre as Regras e Processos que regem a Regulação de Litígios’.
Este ‘Entendimento’ institui um sistema de resolução de litígios que vem substituir os
incompletos e muito criticados mecanismos do GATT.
As principais críticas aos mecanismos de resolução de conflitos do GATT foram as da
coexistência de uma pluralidade de mecanismos para dirimir os conflitos e em qualquer
deles as decisões serem tomadas com demora considerada injustificada e por faltar a
previsão de uma instância de recurso.
A OMC prevê a estrutura, as regras e os procedimentos reguladores da resolução de
diferendos.

Estruturalmente a resolução de conflitos está acometido ao ‘Órgão de Resolução de


Diferendos’ (Dispute Settlement Body – DSB), instituído com a função de administrar
as regras e procedimentos relativos a litígios, conforme consagrado no ‘Entendimento’
(cfr., art. 2.º).
O acesso aos instrumentos para a resolução de litígios é restrito aos membros da OMC e
aos países signatários dos acordos plurilaterais.
Só os Estados estão adstritos às obrigações constituídas sob a égide da OMC. Uma vez
que as obrigações emergentes do sistema GATT/OMC são relativas a questões
interestaduais, a admissibilidade de queixa não está dependente da exaustão de
quaisquer outros mecanismos de resolução de diferendos.
Aos interessados no diferendo que sejam pessoas de direito privado (não sejam Estado
parte na OMC), só por via indirecta e que podem ver as suas questões dirimidas no seio
da OMC. Ou seja, os particulares terão de requerer ao respectivo governo que apele aos
mecanismos de resolução de diferendos e ao procedimento previsto no ‘Entendimento’
com o duplo pressuposto a consulta e de decisão.
Acresce que o ‘Entendimento’ permite que as questões colocadas sejam enviadas para
arbitragem se as partes assim decidirem (vide art. 25).
A ‘consulta’ está sujeita a limites a fim de prevenir o alcançar de vantagens injustas
resultantes de negociações prolongadas e inconclusivas (art. 4, 3).
Se os esforços ao nível da ‘consulta’ fracassarem o diferendo será decidido por um
‘painel‘(art. 6). O ‘painel’ é constituído por membros com capacidade jurídica plena.
Segundo o art. 8, serão pessoas qualificadas, juristas ou não, com currículo no comércio
internacional, adquirido por experiência e prática no seio do sistema da OMC ou no
ensino, investigação e publicação de trabalhos sobre comércio internacional, indicados
pelos Estados membros e aprovados pelo ORL. Cabe-lhes analisar as provas numa
perspectiva objectiva, determinar os factos relevantes e aplicar os atinentes acordos (art.
11). Por regra, o‘painel’ deve pronunciar-se no prazo de seis meses (art.12º, 9).
Está previsto o direito de recurso sobre questões de legalidade do relatório do ‘painel’
(art. 17, 6).
A forma como o ‘painel’ pondera a prova e dá por assentes os factos é tido como sendo
matéria de direito (art. 11).
O Órgão de Recurso é composto por especialistas em direito e comércio internacional,
em número de sete, com mandato de quatro anos. Este órgão pode confirmar ou decidir
em sentido diverso do concluído pelo painel (art. 17, 13) e a sua decisão será,
normalmente, aceite pelo Órgão de Resolução de Litígios (ORL)48.
As recomendações e, ou decisões do ORL deverão decorrer das conclusões apresentadas
no relatório do painel ou no relatório do órgão de recurso, visto que a adopção destes
relatórios só por consenso pode ser recusada (art.s 16, 4 e 17, 14, respectivamente).
Em regra as resoluções propostas envolvem o retirar da medida violadora. O relatório
do painel ou do órgão de recurso deve ser implementado sem demora indevida (art. 21º,
1 e 3,Entendimento). No caso de não se alcançar acordo quanto ao período de tempo de
implementação, o assunto pode ser resolvido por arbitragem (art. 21º, 3 – c,
Entendimento).
A implementação dos relatórios do painel ou do órgão de recurso adoptados é, ainda,
supervisada por este mesmo Órgão de Resolução de Litígios (ORL).
Qualquer Estado terceiro ao diferendo pode participar na fase de consulta (art. 4, 11) ou
na fase de intervenção do painel e pode Segundo o anterior regime (GATT), o relatório
só seria adoptado se houvesse consenso na sua aceitação. Segundo os termos do
Entendimento o relatório será adoptado, salvo se houver consenso na sua recusa. Veja-
se o art. 17, 14.

apresentar requerimentos escritos para o órgão de recurso. No entanto, não tem um


direito autónomo de recurso.
O ‘Entendimento’ contém um número de disposições destinadas a proteger os interesses
dos Estados Membros em desenvolvimento e determina que sempre que seja relevante
esta situação (país Membro em desenvolvimento) deve ser considerada no relatório do
painel (art. 12, 11)49.
Mecanismo de Exame
Um segundo instrumento da OMC para o desenvolvimento do comércio internacional
consiste no procedimento disponibilizado pelo Mecanismo de Exame das Políticas
Comerciais executada pelo Órgão de Exame das Políticas Comerciais (OEPC/TPRB).
Esta via não é destinada a ter em conta casos concretos masa rever o regime do
comércio externo de um Estado membro, assegurando a sua conformidade com o
estabelecido pela OMC e o princípio da transparência (alínea B, Anexo 3).
Espera-se que os Estados membros apresentem relatórios ao OEPC nos respectivos
períodos de exame das políticas comerciais a realizar por este órgão. O intervalo entre
as revisõesdepende da influência que um Estado detém no conjunto do comércio
mundial. Quanto mais influente seja o Estado, mais Outras referências com relevo para
os ‘países Membros em desenvolvimento’ encontram-se nos números 7 e 8 do art. 21º;
atente-se, ainda, no tratamento favorável disposto ao art. 24º para os países Membros
menos desenvolvidos.
50 Veja-se o Anexo 3 ao Acordo de Marraqueche (1994).
51 Veja-se o art. III,4, do Acordo de Marraqueche (1994).
52 No entanto, factos revelados pelo OEPC/TPRB podem servir de base a iniciativas da
OMC, no âmbito dos procedimentos de resolução de litígios.
frequentes serão os exames à sua política para o comércio externo. O processo de exame
destina-se a apreciar as práticas comerciais de um determinado Estado, confrontando-as
com as obrigações decorrentes da OMC.
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arbitragem – meio através do qual um terceiro neutral avalia o diferendo e toma uma
decisão que pode ser vinculativa ou não-vinculativa para as partes, conforme a vontade
destas e a lei’ ao abrigo da qual a arbitragem é realizada;
- mediação – meio através do qual um terceiro neutro, tenta, activamente, ajudar as
partes a encontrar uma resolução aceitável para ambas. O mediador facilita a
comunicação e ajuda as partes a reconhecer os interesses da outra parte e os interesses
comuns. O mediador, baseado nos factos do diferendo, pode realizar uma avaliação
legal ou dar uma apreciação não legal da disputa às partes;
- negociação – meio de resolução que sofreu uma recentebipartição em negociação
assistida e automática. A negociação assistida, é realizada através de um processo
informal, pelo recurso a um terceiro, neutro, com fins conciliatórios, onde a decisão
final está integralmente nas mãos das partes que, consequentemente, têm de acordar na
aceitação do meio, processo e tomar conjuntamente a decisão negociada. A negociação
automática, usa um processo informático, especialmente destinado a resolver disputas
Agentes Económicos Internacionais
Conforme já disposto anteriormente, os Agentes Económicos Internacionais são
entidades dotadas de poder de decisão criados ou não pelos Estados com a finalidade de
trazer empreendimentos benéficos, auxiliando a economia de países.
Assim, é correcto afirmar que os agentes económicos ou empresas internacionais
podem ser divididos entre agentes económicos públicos e agentes económicos
privados.
Agentes econômicos públicos são aqueles criado pelos próprios Estados, como, por
exemplo, os Bancos Centrais dos países. (Um banco central é uma instituição
financeira independente ou ligada ao Estado cuja função é gerir a política económica, ou
seja, garantir a estabilidade e o poder de compra da moeda de cada país e do sistema
financeiro como um todo. Além disso tem como objectivo definir as políticas
monetárias (taxa de juros, câmbio, entre outras) e aquelas que regulamentam o sistema
financeiro local.
Agentes económicos privados são aqueles que embora não instituídos pelos Estados,
as suas ações voltam-se ao interesse do país, como, por exemplo, o Clube de Londres
que é constituído por um grupo de credores de operações bancárias confidenciais que
trata dos débitos nacionais.
Um outro agente económico privado é o IFC – Internacional Finance Corporation
– traduzido como Corporação Financeira Internacional.
Este agente económico é um dos órgãos cooperativos do Banco Mundial. Como
objectivos do IFC estão o financiamento do investimento do sector privado e a
prestação de assessoria e assistência técnica ao governo e empresas privadas de
países em desenvolvimento.
Portanto, acerca dos agentes económicos internacionais quer públicos ou privados é
correcto afirmar que por auxiliarem as economias internas dos países e trazer benefícios
a esses são considerados sujeitos de Direito Internacional Econômico,
independentemente de serem instituído pelos Estados.

Empresas Transnacionais ou Multinacionais


O termo empresa transnacional passa a ser empregado pela ONU em substituição do
termo multinacional, já que este último termo parecia ser utilizado como forma de
esconder a verdadeira nacionalidade das empresas( o termo multinacional poderia levar
ao equívoco de que essas empresas possuem várias nacionalidades).
As empresas transnacionais podem ser definidas como “entidades autónomas que
fixam as suas estratégias e organizam a sua produção em bases internacionais, ou
seja, sem vínculo direto com as fronteiras nacionais”.Ou ainda: “é a empresa que
actua em mais do que um estado por meio de subsidiária ou filial”. Assim, uma
empresa transnacional possui uma única nacionalidade, mas pode possuir várias
subsidiárias.
Inúmeras foram as razões para o aparecimento das empresas transnacionais, dentre as
quais se destacam a procura pela mão-de-obra barata, principalmente em países em
desenvolvimento; o controlo das fontes de fornecimento de matérias-primas; a procura
em controlar os mercados externos, facilitando as exportações; entre outros.
Essas empresas transnacionais, apesar de não terem capacidade para agir
internacionalmente e por isso não serem regidas pelo DIP, são sujeitos deDireito
Internacional Económico, e, conforme já mencionado, são os sujeitos mais importantes
do DI Económico.
São consideradas como tais tendo em vista que são destinatárias de normas jurídicas
internacionais, ou seja, elas detêm capacidade jurídica. Por esse motivo, convém a nova
ordem internacional que suas actividades sejam regulamentadas e, se assim for
necessário, imposto limites a actuação dessas empresas no território nacional.

No entanto, na actualidade muitos são os benefícios alcançados com a entrada dessas


empresas nos países em desenvolvimento. Não apenas a geração de emprego é um dos
benefícios trazido pelas transnacionais, mas também o desenvolvimento das regiões em
que elas se instalam.
Portanto, pode-se concluir que as empresas transnacionais detêm uma política externa
própria e, por isso, podem ser consideradas como sujeitos de DI Económico.

ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS

ONU - Organização das Nações Unidas

Foi criada pelos países vencedores da Segunda Guerra Mundial e tem como principal
objectivo manter a paz e a segurança internacionais. Proíbe o uso unilateral da força,
prevendo contudo a sua utilização - individual ou colectiva - para defender o interesse
comum dos seus países-membros. O seu principal objectivo é manter a segurança
internacional e pode intervir nos conflitos não só para restaurar a paz, mas também para
prevenir possíveis enfrentamentos. Também incentiva as relações amistosas entre seus
membros e a cooperação internacional.

UNESCO - Organização das Nações Unidas para educação, ciência e cultura

Foi criada em 1945 pela Conferência de Londres e tem como objectivo contribuir para a
paz através da educação, da ciência e da cultura. Visa eliminar o analfabetismo e
melhorar o ensino básico, além de promover publicações de livros e revistas, e realizar
debates científicos. Desde 1960, actua também na preservação e restauração de espaços
de valor cultural e histórico.

OCDE - Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico

É um fórum internacional que articula políticas públicas entre os países mais ricos do
mundo. Fundada em 1961, substituiu a Organização Europeia para a Cooperação
Económica, criada em 1948, no quadro do Plano Marshall. A sua acção, além do terreno
económico, abrange a área das políticas sociais de educação, saúde, emprego e renda.

OMS - Organização Mundial da Saúde É uma agência especializada em saúde,


fundada em 7 de abril de 1948 e subordinada à ONU. A sua sede é em Genebra, na
Suíça. Tem como objectivo principal o alcance do maior grau possível de saúde por
todos os povos. Para tanto, elabora estudos sobre combate de epidemias, além de
normas internacionais para produtos alimentícios e farmacêuticos. Também coordena
questões sanitárias internacionais e tenta conseguir avanços nas áreas de nutrição,
higiene, habitação, saneamento básico, etc.
OEA - Organização dos Estados Americanos -Criada em 1948, com sede em
Washington (EUA), os seus membros são as 35 nações independentes do continente
americano. O seu objectivo é o de fortalecer a cooperação, garantir a paz e a segurança
na América e promover a democracia.

OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte -Foi criada em 1949, no quadro


da Guerra Fria, como uma aliança militar das potências ocidentais em oposição aos
países do bloco socialista. Formada inicialmente por EUA, Canadá, Bélgica,
Dinamarca, França, Holanda, Islândia, Itália, Luxemburgo, Noruega, Portugal e Reino
Unido, a OTAN recebeu a adesão da Grécia e da Turquia (1952), da Alemanha (1955) e
da Espanha (1982).

OIT - Organização Internacional do Trabalho - Tem representação paritária de


governos dos seus 182 Estados-membros e de organizações de empregadores e de
trabalhadores. Com sede em Genebra, Suíça, a OIT possui uma rede de escritórios em
todos os continentes. Busca congregar os seus membros em torno dos seguintes
Objectivos comuns: pleno emprego, protecção no ambiente de trabalho, remuneração
digna, formação profissional, aumento do nível de vida, possibilidade de negociação
colectiva de contratos de trabalho, etc.

Organizações Regionais

As organizações regionais, são em certo sentido, organizações internacionais, pois


incorporam uma filiação internacional e englobam a geopolítica que operacionalmente
transcendem um único Estado-nação. No entanto, a sua funcionalidade é caracterizada
por fronteiras e demarcações, característica de uma geografia definida e única, como
continentes, ou geopolítica, tais como blocos económicos.

Foram criados para promover a cooperação, integração política e económica ou o


diálogo entre os Estados e entidades dentro de um limite restritivo geográfico ou
geopolítico.

Reflecte padrões comuns de desenvolvimento e história que têm sido fomentados desde
o fim da Segunda Guerra Mundial, bem como a fragmentação inerente provocada pela
globalização.

A maioria das organizações regionais tendem a trabalhar ao lado de organizações


multilaterais bem estabelecidas, como as Nações Unidas. Embora em muitos casos,
algumas das organizações regionais são simplesmente referidas como organizações
internacionais, em muitas outras, faz sentido usar o termo "organização regional" para
dar um âmbito mais limitado e uma associação em particular.

Entre os exemplos de organizações regionais estão a União Africana (UA), União


Europeia (UE), Organização dos Estados Americanos (OEA), Comunidade do Caribe
(CARICOM), a Liga Árabe, Associação das Nações do Sudeste Asiático (ANSA) e a
Associação Sul-Asiática para a Cooperação Regional (SAARC).

As organizações económicas regionais, as que se encontram associadas a processos de


integração económica regional, seja sob a forma de zona de comércio livre, união
aduaneira ou mercado comum (dos quais a integração europeia pode considerar-se o
processo exemplo, embora pelo seu grau de desenvolvimento e intensidade tenha
assumido características juridicas originais, já não passiveis de recondução à lógica
meramente interestadual das organizações económicas internacionais tradicionais,
assumindo pelo contrário uma metodologia supranacional (poder colocado acima do
governo de cada nação) e recebendo em domínios essenciais transferências de
elementos de soberania dos Estados membros)

Organizações económicas regionais africanas

16 Países formam a ECOWAS ou Economic Community of West African States


(Benin, Burkina Faso, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-
Bissau, Libéria, Mali, Mauritânia, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo), e que
inaugurou o processo de descolonização na África.

SADC (Southern African Development Community), apresentou evolução histórica


diferenciada quando comparada com a África Ocidental. Muito embora não se possa
encontrar coesão entre países tão diversos (são membros da SADC: Angola, África do
Sul, Botswana, Lesoto, Maláui, Maurícias, Moçambique, Namíbia, República
Democrática do Congo, Seicheles, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue), com
sistemas de colonização e características culturais diferentes.

COMESA - Common Market for Eastern and Southern Africa ou Mercado Comum
da África Oriental e Austral.

Países membros: Burundi- Comores - Congo - Djibouti - Egito - Eritreia - Etiópia -


Kênia - Líbia - Madagáscar - Malawi- Ilhas Maurício - Ruanda - Seicheles - Sudão-
Suazilândia - Uganda - Zâmbia - Zimbabué.

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