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I. Apresentação
Para tal deverá Postar o trabalho no AVA, em formato .doc, .docx ou .pdf e em
conformidade com as normas da ABNT, conforme modelo em anexo
(RESUMO EXPANDIDO), com a devida identificação acadêmica do discente,
fonte Arial 12, espaçamento entre linhas de 1,5, recuo de parágrafo de 1,5cm,
alinhamento de texto justificado.
Além das normas gerais quanto ao Poder Judiciário, no Texto Constitucional há uma série de
normas que regulam a competência material e funcional da Justiça do Trabalho (arts. 111 e
segs., CF), além da disciplina quanto ao Ministério Público do Trabalho (MPT) (art. 128, I, b).
DIREITO DO TRABALHO
Como o direito processual do trabalho é um conjunto de normas e princípios aplicáveis à
solução dos conflitos individuais e coletivos de trabalho, torna-se inegável a sua interação com
o direito do trabalho. As normas jurídicas autônomas e heterônomas, as quais compõem as
diversas fontes normativas trabalhistas, quando violadas, justificam a ativação da função
jurisdicional trabalhista, portanto o direito processual do trabalho é um instrumento de
efetivação do direito do trabalho.
A NOÇÃO DE JURISDIÇÃO
O Direito surge da necessidade social de regras a serem observadas por uma sociedade ou
comunidade. Os seres humanos necessitam de regras de conduta e de caráter obrigacional,
como forma de regular os seus comportamentos mútuos. Sua origem deriva da necessidade
humana da convivência mútua e pacífica. Sintetizando-se: ubi societas, ibi jus (onde está a
sociedade está o Direito). O Direito constitui o fundamento da ordem social.
A jurisdição atua quando se tem a violação dos direitos assegurados pelas normas jurídicas
(Direito Objetivo) em função de um conflito de interesses, ou seja, pressupõe a aplicação da lei
ao caso concreto. O legislador cria o Direito Objetivo, enquanto a jurisdição aplica a norma
abstrata ao caso concreto, atuando na pacificação dos conflitos de interesses.
A jurisdição é uma das funções do Estado e é inerente ao Poder Judiciário. Como é vedado aos
particulares o exercício arbitrário das próprias razões (autotutela), o Estado Moderno atua na
pacificação dos conflitos.
Os princípios fundamentais da jurisdição são: (a) investidura – como função estatal, só pode
ser exercida por quem dela se ache legitimamente investido. É desempenhada pelos juízes,
que representam o Estado, atuando para a solução das lides, em relação as quais é
competente, de acordo com os critérios de competência estabelecidos na CF e legislação
infraconstitucional; (b) indelegabilidade da jurisdição – o juiz exerce a função jurisdicional por
meio da delegação outorgada pelo Estado, não podendo delegá-la a outrem, exercendo-a
pessoalmente. A jurisdição é inerente ao Poder Judiciário, não sendo possível que se tenha a
sua abdicação em favor de outros Poderes da República. Por outro lado, a indelegabilidade
também pode ser analisada sob o ponto de vista interno, ou seja, cada órgão possui as suas
funções, não se permitindo a atribuição de funções de um órgão para outro; (c) aderência da
jurisdição ao território – a jurisdição pressupõe um âmbito territorial no qual pode e deve ser
exercida. A CF estabelece os órgãos que compõem o Poder Judiciário e estabelece os critérios
pelos quais a jurisdição será exercida. A jurisdição não se confunde com a competência. A
competência é a fixação de critérios pelos quais a jurisdição é exercida. Cada órgão judiciário,
cada juiz possui um âmbito territorial no qual deverá exercer a sua jurisdição; (d) inércia – a
função jurisdicional somente é desenvolvida quando é provocada. Nenhum juiz prestará a
tutela jurisdicional senão quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e formas
legais (art. 2º, CPC); (e) indeclinabilidade – o órgão jurisdicional não pode recusar a aplicação
do Direito, como também a lei não poderá excluir da apreciação do Poder Judiciário qualquer
lesão ou ameaça a direito (art. 5º, XXXV, CF).
No elenco dos novos instrumentos para a proteção dos interesses e direitos metaindividuais,
destacamos: ação civil pública, a ação civil coletiva e o mandado de segurança.
2.5TUTELA PROVISÓRIA
2.5.1Fundamento Jurídico
O CPC/15 (arts. 294 a 311) trata da tutela provisória de forma diversa daquela
encontrada no CPC/73 (arts. 273 e 461). Além disso, com a nova sistemática
legal, a ação cautelar autônoma (arts. 796 segs., CPC/73) deixa de existir.
O art. 3º, VI, IN 39, TST, determina que os arts. 294 a 311, CPC, são aplicáveis
ao processo trabalhista.
2.5.4Competência Jurisdicional
A tutela provisória, incidental ou antecedente, pretendida deve observar os
limites da competência material da Justiça do Trabalho (art. 114, CF).
Com o CPC/15, não existe mais a ação cautelar (ação autônoma), contudo, o
instituto foi mantido como tutela provisória de natureza cautelar.
Frise-se que a “medida cautelar” (tutela cautelar) não tem o mesmo significado
de “medida liminar”, a qual representa uma decisão prima facie no processo,
mas pode ter um cunho antecipatório (satisfativo) e não cautelar. Ademais, a
tutela cautelar pode ser deferida no curso do processo de conhecimento ou
execução.
2.5.5.1.3.1 Arresto
O arresto é a medida judicial que visa garantir a execução judicial futura por
quantia certa pela apreensão de bens do devedor. A tutela de arresto também
é possível em outras situações previstas pelo legislador, como ocorre no
arresto de bens de administradores do conselho fiscal de instituições
financeiras em intervenção, liquidação extrajudicial ou falência (arts. 45 a 49,
Lei 6.024/74), no caso de executivos fiscais (arts. 7º e 14, Lei 6.830/80), arresto
de bens do acusado para assegurar a reparação do dano ex delicto (arts. 136 e
137, CPP) etc.
2.5.5.1.3.2 Sequestro
A tutela provisória de natureza cautelar de sequestro visa à apreensão de bem
determinado para assegurar a efetividade de futura execução para a entrega
da coisa (certa).
O CPC/73 (art. 822) previa expressamente que, diante do requerimento da
parte, o juiz pode determinar o sequestro de: (a) bens móveis, semoventes ou
imóveis, quando lhes for disputada a propriedade ou a posse, havendo fundado
receio de rixas ou danificações; (b) frutos e rendimentos do imóvel
reivindicando, se o réu, depois de condenado por sentença ainda sujeita a
recurso, os dissipar; (c) bens do casal, nas ações de desquite e de anulação de
casamento, se o cônjuge os estiver dilapidando etc.
Estão com razão Wilson de Souza Campos Batalha e Manoel Antonio Teixeira
Filho, que a admitem no processo do trabalho, exclusivamente, sobre coisas.
2.5.5.1.3.4 Exibição
Pela medida de exibição, a parte busca ter acesso a documentos que estejam
na posse da outra parte, tanto empregado como empregador e terceiro (arts.
396 segs., CPC).