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A SOCIEDADE E O ESTADO

O conceito de Sociedade e Estado, na linguagem dos filósofos e estadistas, tem sido


empregado ora indistintamente, ora em contraste, aparecendo então a Sociedade como
círculo mais amplo e o Estado como círculo mais restrito. Sociedade vem primeiro; o
Estado, depois.

A Sociedade, algo interposto entre o indivíduo e o Estado, é a realidade intermediária,


mais larga e externa, superior ao Estado, porém inferior ao indivíduo, como medida de
valor.

O conceito de Sociedade tomou sucessivamente três caminhos no curso de sua


caminhada histórica. Foi primeiro jurídico, com Rousseau; depois econômico, com
Marx e enfim, sociológico, com Comte.

No mundo moderno, o homem, desde que nasce e durante toda a existência, faz
parte, simultânea ou sucessivamente, de diversas instituições ou sociedades, formadas
por indivíduos ligados por parentesco, interesses materiais ou objetivos espirituais. Elas
têm por fim assegurar ao homem o desenvolvimento de suas aptidões físicas, morais e
intelectuais, e para isso impõem certas normas, sancionadas pelo costume, a moral ou a
lei.
ORIGEM E JUSTIFICAÇÃO DO ESTADO

O termo Estado provém do vocábulo status, não tem um sentido único antes, apresenta
uma polivalência de significação riquíssima como condição, conjunto de direitos e
deveres, estrato social, dignidade, propriedade, boa ordenação e não só. Mais
restritamente tem-se usado para referir quer uma comunidade territorial politicamente
independente integrada por governantes e governados (Estado-Comunidade ou Estado
Sociedade), quer o poder do Governo dessa comunidade (Estado-Poder ou Estado-
Governo).

Esse termo, foi usado pioneiramente por Nicolau Maquiavel na sua renomada obra “O
Príncipe” (1513), do latim status/estar firme, significando situação permanente de
conveniência e ligada à sociedade política, passando a ser usado pelos italianos sempre
ligados ao nome de uma cidade independente.

Na percepção de Thomas Hobbes, os homens celebram um pacto de contrato social, no


qual passam a estar submetidos a um Governo que possa, através das leis, garantir-lhes
uma vida segura.

Os seres humanos abandonam o estado de natureza e dão origem ao estado civil por
meio do Contrato Social. Já para Aristóteles o Estado é encarado por uma instituição
natural necessária da própria natureza humana. É resultante dos movimentos naturais de
coordenação e harmonia. Sua finalidade seria a segurança da vida social, a
regulamentação da conveniência entre os homens e em seguida a promoção do bem-
estar colectivo.

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