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Bases Teóricas Relacionadas à

Clínica e ao Tratamento da
Dependência Química

Aliança terapêutica

Habilidade e empatia são tão importantes aqui quanto em qualquer outra terapia.Na
verdade, esses fatores podem ser mais importantes com dependentes químicos.
Pequenas cortesias como caminhar ao lado do cliente, indicar-lhe a cadeira para
sentar e sorrir são gestos poderosos . O ambiente deve ser cuidadosamente
preparado para facilitar uma auto-avaliação honesta pelo cliente.

História clínica

Sendo a dependência um fenômeno biopsicossocial

• Criar a aliança terapêutica e favorecer o engajamento do cliente no


tratamento.
• Buscar compreender o contexto dentro do qual a dependência se
desenvolveu.
• Identificar os fatores que favoreceram a instalação da dependência.
• Identificar os fatores que mantêm a dependência.
• Identificar os fatores que favorecem a abstinência.
• Reunir condições para estabelecer a hipótese diagnóstica.

Ao avaliarmos a história pregressa é importante nos perguntar se estamos


realmente conseguindo imaginar como foi a vida desse cliente. Como era a casa
onde vivia? Como o pai ou a mãe o tratava? Ele podia brincar? Como se
relacionava com outras crianças na escola? Era bagunceiro? Uma tentativa de
compreender a cultura e o meio ambiente social não pode ser separada da tentativa
de ter empatia com o indivíduo. O propósito de avaliar se a história pregressa é ob-
termos um entendimento dos primeiros relacionamentos e experiências cruciais
que contribuíram para moldar as forças ou vulnerabilidades do cliente, e
consequentemente, o possível significado atribuído ao álcool/drogas e o simbolismo
cultural deste.

Além da saúde física, a saúde mental também é nosso alvo e devemos buscar por
sinais e sintomas de depressão, alterações pronunciadas do humor, ansiedade,
transtorno obsessivo, ciúme patológico, tentativas de suicídio, etc. É preciso saber
como era o cliente antes de usar substâncias psicoativas: como é sua personalidade
anterior. É preciso reunir informações, anteriores e posteriores à dependência,
sobre seu autoconceito, autocontrole, agressividade/passividade/assertividade,
irritabilidade, aceitação de regras, introversão/extroversão, como lida com situações
estressantes ou resolve conflitos, etc.
Tipo de bebida
As informações de onde e com quem bebeu:

No entanto, mais do que coletar informações, faz-se necessário estar com o cliente,
poder ouvi-lo, colocarse no lugar dele para poder compreender seus medos,
desejos, angústias e atitudes de modo a não julgar, mas sim compreendê-lo e
recebê-lo sem emissão de juízos de vedor de modo a garantir a continuidade do
tratamento no futuro.

A adoção de alguns itens simples e importantes poderia aumentar muito o


índice de identificação desses clientes nos vários serviços

• Incluir na rotina de avaliação perguntas relacionadas ao uso de álcool e drogas


e/ou questionários estruturados

• Atenção especial a situações sociais reveladoras, como mudanças de em-


prego ou faltas frequentes, desarmonia ou violência conjugal e familiar,delitos
criminais, acidentes, etc.

• Atenção a sinalizadores biológicos e psiquiátricos: insônia, depressão,


ansiedade, delírios, ciúme patológico, sintomas paranóicos, tentativas de suicídio,
má nutrição, obesidade, problemas de fígado ou estômago, convulsões,
queimaduras, etc.

• Entrevistas familiares.

• Testes laboratoriais: VCM (volume corpuscular médio - medida do tama-


nho das células vermelhas); função hepática (gama-glutamiltransferase -

GGT; transaminase oxalacética - TGO e glutamato piruvato transaminase


- TGP); nível de álcool no sangue (alcoolemia); ácido úrico; colesterol;
transferrina.

Razão para o Encaminhamento

(Escreva por que o cliente foi encaminhado e o que ele pensa terem sido as ra-
zões - use palavras do próprio cliente).

História Familiar
Pais, irmãos e outros parentes: Alguém já morreu? Por qual motivo? Alguém
tem/teve problemas com álcool ou drogas? Quais as atitudes dos familiares dian-
te do problema do cliente? Como é o ambiente familiar?

Genograma
Genograma é uma representação gráfica que registra informações sobre os
membros da família por três gerações, proporcionando uma visão rápida de pa-
drões complexos de interação familiar, permitindo mapear a estrutura da família.
O genograma é aplicado coletando-se informações demográficas (idades, datas
de nascimento e morte, locais, ocupações e nível educacional) e informações fun-
cionais (trabalho, padrões de beber, eventos críticos, mudanças e transições

importantes, mortes, casamentos, separações e divórcios).

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