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CURSO DE

PREGAÇÃO
BÍ BLI C A

Organização
MISSÃO NORTE DE ANGOLA
Ministério Pessoal
A importância da
PREGAÇÃO MÓDULO 1

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MÓDULO 1 | Importância da Pregação

O que pregar?
“Não devem os pastores pregar opiniões de homens, não devem contar anedotas nem encenar representações
teatrais, nem exibir-se; mas, como se estivessem na presença de Deus e do Senhor Jesus Cristo, têm de pregar
a Palavra. Não introduzam na obra do ministério leviandades, mas preguem a Palavra de maneira que deixe em
quem os escute, a mais solene impressão”. Review and Herald, 28 de setembro de 1897”.

Embora prevaleça a iniquidade em toda a nossa volta, não devemos aproximar-nos dela. Não faleis da iniquidade
e perversidade que há no mundo, mas elevai o pensamento e falai do vosso Salvador. Quando vedes iniquidade
em toda a vossa volta, tanto mais contentes ficareis por ser Ele vosso Salvador, e nós Seus filhos. Manuscrito 7, 1888.

Bem-aventurado o pregador
• Que conhece e prega a Palavra.
• Que vive a mensagem que prega.
• Que é Cristocêntrico.
• Que sabe da sua necessidade do Espírito Santo.
• Que conhece as necessidades dos membros.
• Que sabe como e quando terminar.
• Que se inclui entre os ouvintes.
• Cujos sermões constituem uma unidade, têm propósito definido, sendo cada palavra bem pensada e
meditada.
• Que antes de falar aos homens, fala com Deus, por meio da oração e meditação na Sua Palavra!
• Que antes de preparar o sermão, prepara o seu coração.

Visitando as pessoas. Conversando com elas após o culto. Estudando alguns problemas
básicos relacionados (Saúde, Família, Trabalho, Vida Espiritual, vida social).

Qualidades de um pregador
Bom Caráter, Entusiasmado, Determinado, Sensível, Observador, Suscinto,
Criativo, Boa Aparência, Vocabulário, Humildade.

Depois que começou a estudar num seminário teológico, aquela era a primeira vez que o convidavam
para pregar e ele tinha certeza que ia ser uma "benção", pois havia se preparado suficientemente.
Encostou a Bíblia no peito e caminhou até o altar feito um general. No entanto, sua pregação foi um
fiasco. Parecia até que Deus o havia deixado sozinho, desamparado, lá na frente de todo mundo. Saiu
de cabeça baixa e só foi até a porta da frente cumprimentar os irmãos porque o pastor da igreja insistiu
com ele. Ele não conseguia entender o que havia saído errado, até que um senhor idoso abraçou-o e
cochichou em seu ouvido: Se você tivesse entrado do jeito que saiu, teria saído do jeito que entrou. A
humildade precede a honra (Provérbios 15.3

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MÓDULO 1 | Importância da Pregação

O Medo
Um dos maiores medos da humildade é o de falar em Mesmo os casos extremos,
público. “Suar frio, ficar com a boca seca o estômago podem ser revertidos.
embrulhado à simples ideia de falar em público, são sintomas Nos casos menos graves, basta desfazer
comuns a 85% das pessoas”. Michael T. Motley, catedrático do mal-entendidos, como a suposição de
departamento de retórica e comunicação da Universidade da Califórnia, Davis. que a plateia está sempre pronta a
crucificar o orador ao menor deslize.
"Em qualquer situação, o temor da avaliação ou a insegurança Segundo o professor Motley, as pessoas
sobre como agir desperta ansiedade“. Psychology Today.
ficam muito mais concentradas no
conteúdo do discurso que nas
Vencendo o medo: habilidades do orador.
“O medo é o alarme do subconsciente avisando que o " Em qualquer situação, o temor da
consciente precisa de mais preparo”.Maurício Góis
avaliação ou a insegurança sobre como
agir desperta ansiedade“. Psychology Today.
• Defina objetivos - 1 ou 2 pontos que deseja comunicar.
• Use a linguagem do público.
• Não decore, não leia - Seja o mais espontâneo possível.
• Fale com uma pessoa de cada vez - Fale com cada
pessoa só o tempo em que o contato for confortável - em
geral, uns 15 seg.
• Tente não pensar em suas mãos e expressões faciais -
Gera inibição e constrangimento.
• Vá com calma - Seu objetivo é ajudar o público a entender.
• Fale de modo habitual - Ao auditório interessa o que - e
não como.
• Procure conselhos e críticas - Solicite a crítica de alguém
em que confia. Em geral, basta estar ciente do problema
para corrigi-lo.
• Pense no público , não na sua imagem.
• Estude bem o seu sermão, respire fundo, e vá em frente.

Microfone | COMO USAR O MICROFONE


• Permite que a comunicação do orador seja mais natural e espontânea, possibilitando falar a grandes plateias
da mesma forma como se conversa com uma ou duas pessoas.
• Terrível inimigo, chega a provocar pânico em determinados oradores. Isso ocorre por não se observar certos
procedimentos elementares.
• Se lhe oferecerem um microfone no momento de falar, antes de aceitar ou recusar, analise algumas condições
do ambiente. Se os outros falaram sem microfone e se a sala não for muito ampla e permitir que a voz chegue
até os últimos ouvintes, sem dificuldade, poderá recusá-lo.
• Se o microfone apresentar problemas e você perceber que eles persistirão, desligue-o
e fale sem microfone. Não peça opinião a ninguém sobre essa atitude. A apresentação
é sua e você o responsável pelo seu bom desempenho.
• Verifique como funciona. Tamanho do fio. Teste a sensibilidade do microfone para
saber a que distância deverá falar. Normalmente a distância indicada é de dez a quinze
centímetros. Peça a alguém que ele fique no fundo da igreja e diga qual a melhor
distância e qual a altura ideal da sua voz.
• Fale, não grite. Isso não quer dizer que deverá falar baixinho, sem energia; ao
contrário, transmita sua mensagem animadamente, com vibração, mas sem gritar.

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MÓDULO 1 | Importância da Pregação
FICA A DICA

INFLUÊNCIA DE
FATORES NÃO VERBAIS
PESSOAL
"A roupa e acessórios são uma indicação de nosso
status, de quem pensamos que somos e do que
queremos que os outros pensem de nós".
Franck, Milo G. - Como Apresentar as Suas Ideias em 30 Segundos ou Menos, p. 81

“A maneira de vestir-se e ornamentar-se de uma pessoa não representa apenas sua


cobertura externa; ela lhe revela o caráter interior". Dr. Samuele Bacchiocchi. - Qual a
Roupa Certa?, p. 08

"O caráter de uma pessoa é julgado pelo aspecto de seu vestuário" Ellen G.
White - Educação, p. 248

"A beleza da mulher reside não no que ela revela, mas no que oculta" Bacchiocchi,
Dr. Samuele. - Qual a Roupa Certa?, p. 141

"Avaliamos o caráter de uma pessoa pelo estilo do vestuário que usa" Ellen
APARÊNCIA

G. White - Mensagens Escolhidas, Vol. III, pág. 242

"O Deus do Céu, cujo braço move o mundo, que nos sustenta e nós dá vida e saúde, nos
concedeu provas de que ele pode ser honrado ou desonrado pela roupa dos que oficiam
diante dEle" Ellen G. White - Mensagens Escolhidas, Vol. III, pág. 250

“Nossas palavras, atos, comportamento, vestuário, tudo deve pregar. Não somente com
as palavras devemos falar ao povo, mas tudo quanto diz respeito a nossa pessoa deve
constituir para eles um sermão.” Evangelismo, 671

"A maneira como uma pessoa se veste pode mostrar, num relance, se ela tem respeito
AP

para consigo mesma ou é desleixada; se tem disciplina ou é desorganizada; se tende à


sociabilidade ou à introversão; se é dinâmica, se é moderna, ou até mesmo se é
narcisista.” Pedro Gomes

A ROUPA IDEAL
As pesquisas indicam uma retomada da formalidade no tocante à roupa, nos últimos
cinco anos. Entrevistados 1.356 executivos em posição de contratar pessoas, chegou-
se a alguns dados:

Homens: 67,12% preferem candidatos que usam terno azul marinho.

Mulheres: 62,99% preferem candidatas que usem (blazer e saia do mesmo tecido); 1,15% prefere
candidatas que usem calça comprida e blusa

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MÓDULO 1 | Importância da Pregação

Primeira Impressão
"Raramente você tem uma segunda chance de causar uma boa primeira
impressão". Robert Wong

Não basta, causar boa impressão na primeira vez; é preciso manter a boa
impressão, e isso só se consegue com discrição.

Comunicamos muito mais pelos gestos do que as palavras:


• 7% conteúdo.
• 38% tom de voz.
• 55% gestos e expressões faciais, não verbal.
O QUE SÃO GESTOS?
É realçar a palavra destacando o sentido, esculpir no ar a imagem. Todo o corpo
está envolvido na gesticulação, a mímica não se limita aos braços e sim da
cabeça aos pés.

GESTOS Dois tipos de gestos:


1. Literal: apontar para a cadeira, o púlpito.
2. Figurativo: quando falo de amor, felicidade, coração.
O orador é um actor?
Ele tem que fazer os gestos, mas sem extrapolar sua personalidade. Os gestos devem ser espontâneos, naturais.
Não devem ser “fabricados”. Devem ser moderados, sóbrios, naturais, oportunos e elegantes, fazendo parte de
um estado de expressão que parte do interior da alma.

Conselhos para a Correcta Gesticulação


• Precisam se harmonizar com a palavra proferida
• Deve acontecer no momento que se pronuncia a palavra
• Quanto menor o número de pessoas, menor será também a necessidade de gesticulação
• Quanto mais culto for o auditório, menor a necessidade de gesticulação
• Quanto mais livre ficar as mãos do orador, melhor será a gesticulação
• Não se deve fazer um gesto para cada informação que se transmite
• Os gestos precisam ser aprendidos

GESTOS CONVENCIONAIS
1- Dar e receber: Estendemos os braços para a frente, tendo o cuidado de não deixar os cotovelos grudados ao
corpo, as mãos devem estar descontraídas, palmas voltadas para cima, os polegares visíveis, destacados. O
gesto de dar é feito avançando com as mãos, e o de receber é recolhendo-a de modo a tocar a borda
correspondente ao nosso peito.
2- Rejeição: A mão ou as mãos sobem lentamente até a altura do peito e avança um pouco para a frente, palmas
para baixo. O objetivo de aversão pode estar imaginariamente à nossa frente, à direita ou esquerda, acima ou
abaixo.
3- Assentimento ou reprovação: Assentir com a cabeça sem curvar o tronco ao mesmo tempo, podemos
concordar ou discordar em vários graus de intensidade.
4- Dividir: Una todos os dedos de uma só mão estendidos, estenda a mão como o polegar para cima e desça
como se pretendesse cortar alguma coisa e depois separe as duas metades imaginárias.
5- Apontar: Apontar com o indicador de modo esticado e imperativo.
6- Punhos cerrados indica força determinação.
7- Desagrado: Volver a cabeça em direção oposta ao suposto objeto, de desagrado, os olhos se fecham como se
não quisessem ver, mãos elevadas até a altura do peito e empurra imaginariamente a coisa que provoca aversão.

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MÓDULO 1 | Importância da Pregação

8- Surpresa: Os olhos devem arregalar-se de repente e a boca abrir-se em espanto.


9- Desespero: Mãos semi fechadas procurando agarrar os cabelos das têmperas, pode ser dramatizado ainda
mais descendo-as em direção ao queixo como se estivéssemos arrancando os cabelos das têmperas.
10- Adoração: Colocamos ambas as mãos delicadamente na altura do coração, a cabeça deve estar olhando o
chão enquanto isso, e à medida que elevamos nossa cabeça e olhar para o alto vamos afastando as mãos até que
as palmas fiquem voltadas para o céu.
11- Medo: A mão direita sobre com a palma voltada para fora como se quisesse deter um objeto projetado, o
cotovelo fica à altura dos olhos.

GESTOS DAS MÃOS


1. O dedo indicador, em riste.
2. O dedo indicador levantado.
3. Mão fechada, com o polegar pressionado o dedo médio.
4. Mão aberta, palma voltada para cima.
5. Mão com a palma voltada para baixo.
6.Mão aberta esticada com a palma voltada para a lateral e sobre a outras aberta com a palma voltada para
cima.

GESTOS QUE DEVEM


SER EVITADOS:
1. Ficar mexendo na pulseira do relógio.
2. Estalando os dedos. EVITE OS ERROS MAIS
3. Limpando as unhas. COMUNS:
4. Puxando as mangas . 1.Mãos atrás das costas
5. Rodando os botões da blusa ou do 2.Mão no bolso.
paletó. 3.Braços cruzados. Nunca.
6. Alisando os cabelos. 4.Apoiar-se sobre o púlpito.
7. Coçando o queixo. 5.Curvando-se o corpo para a frente.
6.Arrogância
POSIÇÃO DAS PERNAS
Apoios incorretos:
1. Apoiar o corpo ora sobre uma das POSIÇÃO DA CABEÇA
pernas. 1. Deverá guardar equilíbrio com o
2. Cruzar os pés em forma de “X” restante do corpo.
3. Apoiar todo o corpo nos calcanhares. 2. Excessivamente baixada ou alta,
4. O movimento no sentido lateral. quebra a elegância da postura.

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MÓDULO 1 | Importância da Pregação

GESTICULAÇÃO
O excesso de gesticulação é mais prejudicial que a falta. Distribua o peso
do corpo sobre as duas pernas, evitando o apoio ora sobre uma perna,
ora sobre a outra.
Também não fique se movimentando desordenadamente de um lado
para o outro e quando estiver parado, não abra demasiadamente as
pernas. Só se movimente quando pretender se aproximar dos ouvintes
ou dar ênfase à determinada informação.
Não relaxe a postura do tronco com os ombros caídos. Poderá passar
uma imagem negligente ou de excesso de humildade. Cuidado também
para não agir de forma contrária, não levantando demasiadamente a
cabeça, nem mantendo rígida a posição do tórax. Poderá passar uma
imagem arrogante e prepotente.

COMUNICAÇÃO DO SEMBLANTE
O semblante talvez seja a parte mais expressiva do todo o corpo. Funciona como uma espécie de tela, onde as
imagens do nosso interior são apresentadas em todas a suas dimensões.
Deixe o semblante sempre descontraído e, sendo possível, sorridente. Não fale em alegria com a fisionomia
fechada, nem em tristeza com a face alegre. É preciso existir coerência entre o que falamos e o que
demonstramos na fisionomia.

COMUNICAÇÃO VISUAL
Através dos olhos nós conversamos com todo o auditório.
Ao falar, olhe para todas as pessoas para ter certeza de que estão ouvindo e prestando atenção nas suas palavras.
Principalmente ao ler, este cuidado tem de ser redobrado, pois existe sempre a tendência de olhar o tempo todo
para o texto, esquecendo a presença de ouvintes.

A IMPORTÂNCIA DOS OLHOS:


1- Olhar para o público antes de arrumar qualquer coisa.
2- O olhar não permite que o auditório se desvie do assunto.
3- O orador é o namorado e o auditório a namorada.

COMO OLHAR O AUDITÓRIO:


1- Quando começar a falar, encarar a última fileira para que eu possa condicionar a voz à última fileira.
2- Seguir o esquema A - B - C - D - E - F.
3- O sorrir desarma adversários, muda opiniões.
4- Sorrir de coração.
5- Estar sempre atendo e calmo.

ATITUDES QUE DEVEM


SER EVITADAS:
1- Fugir como os olhos;
2- Fixar o olhar numa pessoa;
3- Olhar para um ponto fixo, (janela, espaço vazio, etc).
4- Olhar para uma pessoa que está conversando;
5- Correr o olhar para a esquerda e para a direita;
6- O olhar perdido.

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MÓDULO 2 | O orador

A VOZ
“Que o povo de Deus aprenda a falar e a orar de maneira a representar
devidamente as grandes verdades que possuem. Os testemunhos dados e
as orações feitas sejam claros e distintos. Assim Deus será glorificado. Que
cada um faça o máximo possível com o talento da palavra... A verdade é
muitas vezes prejudicada pelo veículo que a transmite. O Senhor roga a
todos quantos se acham ligados com o Seu serviço, que dêem atenção ao
cultivo da voz, a fim de poderem enunciar de maneira aceitável as grandes e
solenes verdades que lhes tem confiado. Que ninguém prejudique a verdade
devido a uma locução imperfeita.” OBREIROS EVANGELICOS - PAG. 88

NATURALIDADE
“Os ministros e mestres devem disciplinar-se para uma pronúncia clara e distinta, fazendo soar perfeitamente cada
palavra”.OE, 91.
A pronúncia correta evidencia boa educação, suscita a simpatia dos ouvintes e valoriza a voz humana.
Orai com simplicidade, mas clara e distintamente. Deixar a voz baixar tanto que não possa ser ouvida, não é indício
de humildade... Quando fizerdes oração na igreja, lembrai-vos de que vos estais dirigindo a Deus, e Ele deseja
faleis de maneira que todos quantos se acharem presentes possam ouvir e juntar às vossas as suas súplicas. Uma
prece proferida tão apressadamente que as palavras são confundidas, não honra a Deus, nem beneficia os
ouvintes... Falem devagar e com clareza, e em tom alto bastante para serem ouvidos por todos, de modo que o
povo se possa unir ao dizer o Amém.” ATOS DOS APOSTOLOS - PAG. 546
A ciência de ler corretamente e com a própria entonação, é de alto valor. Não importa quanto conhecimento tenhais
adquirido em outros sentidos, se negligenciastes o cultivo da voz e da maneira de falar de modo que possais falar
e ler distinta e inteligentemente, todo o vosso saber de pouco proveito será, pois sem a cultura da voz não podeis
comunicar prontamente e de maneira distinta aquilo que aprendestes. Evangelismo, pág. 666.

EXERCÍCIOS PARA MANTER A VOZ


• Os exercícios vocais evitam a rouquidão e os calos. Por isso, antes e depois de se falar muito tempo, faça os
aquecimentos:
• Vibre a língua, fazendo o barulho trrrrrr – esse exercício elimina secreções e estimula o bom funcionamento da
pregas.
• Boceje – é bom para relaxar toda a cavidade bucal e o aparelho respiratório.
• Engula seco. Esse movimento alonga e relaxa as cordas vocais.
• Passe a língua por toda a cavidade da boca, em movimentos circulares. Relaxa e ajuda na articulação da palavras.

DICAS PARA MANTER A VOZ


• Beba no mínimo três litros de água ou sucos cítricos por dia. Esses líquidos limpam a cavidade bucal e aliviam a
irritação na garganta.
• Coma maçã para limpar a cavidade bucal, melhorando o funcionamento das cordas vocais. Mastigar cenoura
ajuda a soltar o maxilar, facilitado a articulação das palavras.
• Evite os extremos. Tanto o grito quanto o sussurro forçam as corda vocais e desgastam a voz.
• Evite pigarrear. Não faz bem para a voz e não limpa a garganta. Ao contrário, pode provocar calos vocais.
• Evite, chocolate, leite e derivados. Esse alimentos engrossam a mucosa da laringe, o que exige mais esforço das
pregas vocais

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MÓDULO 1 | Importância da Pregação

• Evite tomar sorvete ou bebidas geladas. A mudança brusca de temperatura é agressiva às cordas vocais.
• Evite roupas muito justas na cintura e abdômen. Cintos apertados comprimem o diafragma, exigindo maior
esforço das pregas vocais.
• Evite blusas de gola rolê e gravatas apertadas. Elas apertam a região da laringe, prejudicando a voz.
• Evite ar-condicionado. O ambiente frio e seco resseca as cordas vocais.

Max Geringer
• Velocidade da fala – Ler um texto todo dia com um lápis na boca.
• Faça exercícios para melhorar a dicção lendo qualquer texto com o dedo entre os dentes e procurando falar da
forma mais clara possível.
• Cuidar com cacoetes coisas que se repetem (hã...tá).
• Voz infantil - Exercício com a boca ...amim..amin..amin...
• Tom de voz.
• Timbre.
• Sonoridade.

Entusiasmo
Em certa ocasião, estando o célebre ator Betterton a jantar como o Sr. Sheldon, arcebispo de Cantuária, este lhe
disse: "Faça o obséquio de dizer-me, Sr. Betterton, por que é que os atores afetam tão poderosamente o auditório,
falando-lhes de coisas imaginárias?"
"Senhor", respondeu Betterton, "com a devida submissão a vossa graça, permita que lhe diga que a razão é clara:
tudo consiste no poder do entusiasmo. Nós, no palco, falamos de coisas imaginárias como se elas fossem reais;
e vós, no púlpito, falais de coisas reais como se fossem imaginárias." Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, pág.
255.

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O
ORADOR MÓDULO 2

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MÓDULO 2 | O orador

O Estilo do Orador
Quanto ao nível da linguagem, o estilo apresenta os seguintes gêneros:
• Simples
• Temperado
“É a maneira de
• Sublime
expressão peculiar
de cada indivíduo. Quanto ao entendimento da linguagem, o estilo deve apresentar as seguintes
Como disse Buffon: característica:
• Clareza
“O estilo é o próprio
• Precisão
homem”.
• Vivacidade
• Correção da linguagem

O Orador e o Público
O LUGAR DO PÚBLICO NO DISCURSO
O público é peça fundamental da Oratória. Sem ele não há discurso. É o público quem estabelece o rumo a ser
tomado pelo orador. Por isso, é importante saber se a que tipo de público se vai falar, para que ele faça as
adaptações necessária.

Elementos a serem considerados para analisar o público:


• Idade
• O público infantil
• Público jovem
• O público adulto
• O sexo
• O nível sócio-cutural
• O ambiente
• Ponte de relação afetiva
• O assunto
• Reações do público

Esboço Eficiente
O esboço é a delimitação de um procedimento de uma linha de pensamento que será desenvolvida. Os esboços
não são um fim em si mesmo, ainda que o tempo e o estudo o possam fazer parecer ser. Ao contrário, os esboços
são um meio para alcançar um fim. Eles provêm um plano organizado para alcançar um fim. Eles são indispensáveis
para o desenvolvimento organizado de qualquer tema.

Os esboços podem ser de diversos tipos, alguns exemplos são:


• Cronológico, ou de tempo;
• Causa-efeito;
• Assunto;
MÓDULO 2 | O orador

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Estrutura e tipos de

SERMÃO MÓDULO 3

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MÓDULO 3 | Tipos e estrutura de sermão

TIPO DE PREGADOR:
• O que você não pode escutar,
• Aquele que você pode escutar,
• Aquele que você precisa
escutar!

TIPOS DE SERMÕES
1. Sermão Sedativo 4. Sermão Óbvio 6. Sermão Metralhadora
Quase todos dormem. Só diz o que todos já sabem. O pregador dispara o seu “arsenal”
Falta pesquisa. contra todos. Ele só queria acertar 1.
2. Sermão Insípido
Não tem gosto. 5. Sermão Noticiário 7. Sermão Espada
Revista Veja, jornais ou internet Chato e longo.
3. Sermão Marketeiro A notícia pode fazer parte Geralmente quem não se prepara fala
Só promoção. (ilustração) não ser tema central. muito tempo.

1. Sermão Temático
Há basicamente 3 tipos
2. Sermão Expositivo
de sermões: 3. Sermão Textual

CLASSIFICAÇÃO DOS SERMÕES


Podem ser discursivos ou
expositivos

Pelo assunto podem ser: doutrinários,


históricos, ocasionais, apologéticos,
éticos, narrativos, controversos, etc...

Pelo estilo podem ser: tópicos ou


temáticos; textuais; expositivos

OS ESTUDOS BÍBLICOS
Consistem em escolher uma idéia
central e depois, através da Bíblia, fazer
um estudo das passagens que se
relacionam com a idéia central.

O segundo passo é escolher e


determinar os pensamentos que vão ser
usado como divisões do tema. Depois
escolher, dentre os textos relacionados
com o assunto, quais vão ser usados no
desenvolvimento da exposição.
Geralmente se usa um ou dois textos,
dos mais importantes e claros, no
desenvolvimento de cada divisão.

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MÓDULO 3 | Tipos e estrutura de sermão

1.SERMÃO TEMÁTICO
• É o tipo mais usado;
• É o mais fácil de preparar;
• O tema (assunto) determina o sermão;
• pregador determina o tema (assunto) que deseja e então busca os textos bíblicos para formar as divisões
principais que vão apoiar o assunto escolhido;
• A divisão das ideias são tiradas do tema;
• É muito usado para sermões doutrinários e evangelísticos. Porque se baseiam em diferentes partes da
Bíblia;
• Os textos tem que ser progressivos e elucidativos, tem que haver um crescendo;
• Favorece a unidade do assunto;
• Tem partes diferentes, mas com uma linha de raciocínio definida.

TEMA:
Sermão Doutrinário:
• Os Sinais indicam, Jesus está voltando!
• Os sinais na natureza,
• Os sinais político-sociais,
• Os sinais religiosos.

EXEMPLOS DE
SERMÃO TEMÁTICO
Título: Conhecendo a palavra de Deus Título: Um testemunho Eficaz
Tema: Benefícios do conhecimento da Palavra de Tema: Comparação do testemunho do cristão com o sal
Deus
Como o sal, o testemunho do cristão deve temperar
O conhecimento da Palavra de Deus torna a pessoa Colossenses 4:6
sábia para salvação.
II Timóteo 3:15
Como o sal, o testemunho do crente deve purificar
I Tessalonicenses 4:4
O conhecimento da palavra de Deus nos impede de
pecar.
Salmo 119:11 Como sal, o testemunho do crente não deve perder o
sabor Mateus 5:13.

O conhecimento da palavra de Deus produz


crescimento espiritual. Como o sal, o testemunho do crente deveproduzir sede
I Pedro 2:2 I Pedro 2:12

O Conhecimento da palavra de Deus resulta num


viver vitorioso.
Josué 1:7,8

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MÓDULO 3 | Tipos e estrutura de sermão

2.SERMÃO TEXTUAL
O Sermão é tirado de um texto bíblico pequeno, geralmente um só verso, de onde vêm a ideia central e as divisões
principais. Escolha o texto, defina a ideia central e busque a sequência, de preferência na ordem do texto bíblico.

ORDEM CONFORME O TEXTO:


• Ajuda o ouvinte a compreender melhor o texto e as ideias • Cristo é tudo para o crente
relacionadas. (João 14:6).
• Leva a se aproximar mais da Palavra de Deus. • Cristo é o caminho para o céu,
• Faz com que o pregador a estude mais. • Cristo é a verdade que orienta,
• Cristo é a vida que salva.

EXEMPLOS DE
SERMÃO TEXTUAL:
Título: A BENÇAO DO PERDÃO
Assunto: O perdão divino
Texto: Isaías 55:7

I. O OBEJETO DO PERDÃO DIVINO


“deixe o perverso... os seus pensamentos”.
1. O perverso (Literalmente os que são vis externamente).
2. O Iníquo (Literalmente os que são pecadores “respeitáveis”).

II. AS CONDIÇÕES DO PERDÃO DIVINO


“Deixe... o seu caminho... converta-se ao Senhor”.
1. O pecador deve deixar o mal
2. O pecador deve converter-se a Deus

III. A PROMESSA DO PERDAO DIVINO


“Que se compadecerá dele... porque é rico em perdoar”.
1.Um perdão Misericordioso
2.Um perdão abundante
3.um perdão completo (Salmo 103:3; Miq. 7:18,19; I João 1:9).

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MÓDULO 3 | Tipos e estrutura de sermão

3.SERMÃO EXPOSITIVO Todas as ideias


A palavra chave é “exposição”, que dá uma ideia de “explicar”, “por diante de”.
Baseado num único texto bíblico, geralmente longo. Ele começa com um texto,
saem do texto e do
então descobre-se o tema e o seu desenvolvimento. contexto. A
ideia central, as
• É aquele que surge de uma passagem bíblica com mais de dois ou três
versículos. divisões principais
• Este tipo de sermão extrai do texto bíblico não apenas a ideia central, as e as subdivisões
divisões e subdivisões . saem da
• É a comunicação de um conceito bíblico derivado de um estudo histórico, passagem maior da
gramatical e literário de uma passagem em seu contexto. Bíblia e são
• O pregador leva o ouvinte a reviver as circunstâncias e os sentimentos que
interpretadas à luz
produziram aquele texto.
• Este modelo de sermão honra a Bíblia, alimenta a igreja e desenvolve o do contexto.
pregador.
• O propósito do pregador está em harmonia, com o propósito do escritor bíblico.
Características Básicas de um Sermão Expositivo.
• Texto único,
• Fidelidade ao texto,
• As partes ligada entre si – Coesão,
• O ouvinte é conduzido do ponto de partida ao ponto de chegada – O Movimento.

Pode ser:
• Uma Parábola,
• Um Salmo,
• Um Capítulo (Curto),
• Um Episódio.

Para se elaborar este Sermão, estuda-se:


• O Histórico,
• A Gramática,
• E a Literatura Respeitando-se sempre o contexto

Organizando o Sermão Expositivo:


• Estude bem, o texto e o contexto Bíblico,
• Enumere os pontos altos e ideias mais fortes do texto,
• Descubra o pensamento principal que o levará à ideia central,
• Escolha a sequência das divisões de acordo com o clímax que deseja chegar,
• Respeite a ordem do texto Bíblico.
Explorando o conteúdo doutrinário do texto.
O Cristão e o Novo Nascimento (João 3:1-15)
1. A necessidade do novo nascimento (v.v.3-5)
2. O mistério do novo nascimento (v.v. 6-10)
3. A recompensa do novo nascimento (v. 15)
Vantagens do expositivo:
1. Utiliza mais a Bíblia porque busca um maior conhecimento, porque busca
a mensagem como foi escrita
2. Alimenta os ouvintes
3. Desenvolve o pregador, pois precisará conhecer a Bíblia de maneira mais profunda

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MÓDULO 3 | Tipos e estrutura de sermão
4. Atende as necessidades da congregação e faz uma aplicação prática
5. Considera os dados, a forma e a função do texto.
Preparando o Expositivo
• Escolher o texto
• Ler o texto e o contexto várias vezes para familiarizar-se.
• Analisar minuciosamente o texto, anotando em um papel todas as informações fornecidas por ele, em forma de
frases curtas, cada qual contendo apenas uma verdade.
• Determinar as diversas ideias complementares ou de apoio a idéia central.
• Escolher qual vai ser o tema do sermão.
• Determinar as divisões e subdivisões.
• Ler todo o material necessário para correta compreensão do texto.
• Preparar o esboço.
• Complementar o esboço com os materiais de apoio:
comentários, citações, ilustrações, exemplos, estatísticas, definições, comparações, contrastes, etc.;
• Preparar a conclusão.
• Preparar a introdução.

EXEMPLOS DE
SERMÃO EXPOSITIVO:
Título: A BOA LUTA DA FÉ
Tema: Aspectos relacionados com a guerra espiritual Texto: Efésios 6:10-18.

I. A MORAL DO CRISTÃO, vv. 10-14.


1. Deve ser elevado, verso 10.
2. Deve ser forme, 11-14.

II.ARMADURA DO CRISTÃO, versos 14-17.


1. Deve ter caráter defensivo, Versos 14-17.
2. Deve ter caráter ofensivo, 17.

III.A VIDA DE ORAÇAO DO CRISTÃO, verso 18


1. Deve ser persistente, verso 18.
2. Deve ser intercessora, verso 18.

COMO TRATAR O TEXTO BÍBLICO


A ESCOLHA
• O pregador deve ser sensível a voz do Espírito Santo
• Deve orar suplicando que o Espírito o conduza
• Deve também ser sensível as necessidades espirituais do rebanho
• Deve estar preocupado em pregar o que é necessário e não o conveniente
• Procurar textos que possuem relevância espiritual
Sl 32 e 51; Is 1:10-20; 40; 53; Dn 2 e 7; Mt 5-7, 24 e 25; Lc 15; Rm 8; 1 Co 12 e 13; Ef 2; Hb 4:14-16; 11; 1Jo;
Ap 1-3 e 21
• Normalmente, quando determinadas passagens falam ao nosso coração no estudo pessoal, elas podem ser
transformadas em bons sermões.

A ANÁLISE

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MÓDULO 3 | Tipos e estrutura de sermão
Análise de um texto Longo
• O texto precisa ser decomposto em partes.
• Prepara-se uma lista com todas as informações que ele contém, de modo que cada linha contenha uma
única verdade. Ex Mt 3:7-12

Análise de Textos Paralelos


• Quando há 2 ou mais textos bíblicos paralelos, como é o que acontece com os evangelhos, eles precisam ser
comparados, de modo que fiquem evidentes as semelhanças, as possíveis diferenças e as peculiaridades de
cada um. Feito isso escolhe-se o texto que melhor servirá para alcançar os objetivos que se pretende com a
pregação. Ex. Mt 20:29-34; Mc 10:46-52; Lc 18:35-43

O ESBOÇO
• Gavetas
• Tópicos primários
• Tópicos secundários
• Exercício
Mt 28:18-20 | Ap 20:1-9 | Jo 3:1-8 | Mt 6:25-34 | 1 Co 13 | Is 45:22 | Mt 11:28-30 | Jr 9:23 e 24 | Fl 2:5-11 | Is 6:1-9

COMO ENTENDER O TEXTO INSPIRADO


A INTERPRETAÇÃO
• O que o texto significava para quem o escreveu
• O que o escritor original tinha em mente na ocasião
• Para que a interpretação seja correta, é necessário que o interprete utilize as ferramentas adequadas e siga
determinadas regras: O texto na língua original; dicionários e gramática referentes a essa língua.
Quando isso não é possível precisamos de algumas boas traduções, dicionário, comentários e enciclopédias da
Bíblia. As regras são aquelas fornecidas pela Hermenêutica. Nas escrituras há muitos estilos literários, cada qual
com suas peculiaridades que devem ser respeitadas pelo interprete Prosa, poesia, história, profecia, apocalíptico,
parábola, alegoria e provérbio.
É necessário também levar em conta o contexto escriturístico e o contexto histórico
• O Escriturístico se refere aos demais textos que cercam a porção que estamos estudando
• O Histórico diz respeito as circunstancias em que se encontrava o escritor.
• Devemos buscar responder as seguintes perguntas: Quem escreveu? Quando? Onde? Para quem? Por que?
Quando assim procedemos, dizemos que foi feita uma EXEGESE do texto.

O que é Hermenêutica? É uma palavra com origem grega e significa a arte ou técnica de interpretar e explicar um
texto ou discurso. O seu sentido original estava relacionado com a Bíblia, sendo que neste caso consistia na
compreensão das Escrituras, para compreender o sentido das palavras de Deus.ra fala muito tempo.
O que é Exegese: Exegese é uma análise, interpretação ou explicação detalhada e cuidadosa de uma obra, um
texto, uma palavra ou expressão.

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MÓDULO 3 | Tipos e estrutura de sermão

FAZENDO O TEXTO FALAR: “O Pregador deve


1. O que diz o texto?Fatos,
Informações.
aprender a escutar a Deus
antes de falar em nome
2. O que Significa o dele.”
texto?Suas Verdades, Haddson Robison
Sua Interpretação.

3. Como posso torna-lo


importante para
outro?Imaginação,
Organização.

O QUE É UM ESBOÇO?
Traços iniciais de um desenho, resumo,
síntese. Houaiss, pág. 171

Esboçando um Salmo, em 3 pontos:


• JULGAMENTO,
• CONFIANÇA,
• TRIUNFO.

Esboçando um Milagre, em 3 pontos:


• DIFICULDADE.
• FÉ
• A VITÓRIA.
As 3 Buscas do Bom Pregador: Aquilo que deve ser feito para acertar.
• Busque alcançar o coração (devoção |
Emoção).
E não vos CONFORMEIS
• Busque alcançar a mente (doutrina | Razão). com este século, mas
• Busque alcançar a vontade (dever | TRANSFORMAI-VOS
Transformação).
pela renovação da
Seja Eminentemente
VOSSA MENTE, para que
Bíblico: A Palavra é Aplicável experimenteis qual seja
para:
• Doutrina
a boa, agradável e
Aquilo que é perfeita vontade de
certo. • Repreensão Deus.
Aquilo que não está certo. Romanos 12:2
• Correção

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MÓDULO 3 | Tipos e estrutura de sermão

TIPOS DE OUVINTES
“Nossa maior necessidade tem sido a de um Salvador, que nos
liberte da culpa dos pecados anteriormente cometidos e de sua
consequente condenação; que cause em nós uma profunda
transformação espiritual; que nos capacite a viver no presente
uma vida vitoriosa; e que nos assegure uma eternidade de
bemaventurança”.

Todos precisam de instrução, mas alguns, como as crianças e os


recém convertidos, carecem de leite espiritual, lições básicas
como as que tratam de estilo de vida cristã, doutrinas e
alimentação.

Existem os ouvintes que são cristãos esclarecidos e fervorosos, os que são


convertidos há mais tempo ou que se dedicaram com afinco a aprender os caminhos de Deus. Todavia, muitos
desses não recebem alimento sólido que os fortaleça e que os anime na caminhada cristã. É tarefa do pregador
suprir também as suas necessidades. Para tanto, ele mesmo necessita estar em continuo crescimento,
investigando com profundidade as Sagradas
Escrituras.
Outro tipo de ouvinte é aquele que necessita ser advertido quanto as suas atitudes e comportamentos não cristãos.
Estes são os indiferentes, os orgulhosos, os cínicos, os fanáticos, os heréticos.... Os que vivem em pecado, e os
que se encontram em vias de apostasia. É preciso que se defrontem com uma pregação clara e corajosa que
apresente admoestações, repreensão e ameaça segundo as Escrituras, portanto, é tarefa do pregador apontar os
perigos, assim como, os meios de escapes.

Ouvintes que necessitam de CONFORTO:


São os que se sentem frustrados no casamento, os viúvos, os enlutados, os envelhecidos que vêem a morte se
aproximar, os desempregados, os que se sentem inferiorizados, os enfermos, os aflitos, derrotados e desanimados,
os solitários, entre tantos outros. Precisamos portanto de mais sermões de conforto , sermões que destaquem a
compaixão de Deus , seu interesse por nós , suas Promessas e Seu poder para ajudar e salvar.
Os jovens e universitários que diariamente se deparam diante de conceitos que se chocam com os ensinos
bíblicos, tais como evolucionismo e o amor livre
Os adolescentes com muitas dúvidas sobre a vida, o sexo e o futuro
As crianças - Adoração Infantil

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Como montar um

SERMÃO MÓDULO 4

25
MÓDULO 4 | Como montar um sermão

PREPARO DO SERMÃO
Passos com Oração e Ação:
• Escolha o tema ou texto
• Estude a passagem, leia em várias versões O esboço é formado da ideia
• Estude Comentários e Espírito de Profecia central do sermão.
• Faça um esboço simples- 3 partes
• Acrescente ilustrações
• Complete o esboço e faça aplicações A grande batalha da pregação
• Prepare a introdução e a conclusão.
é ser entendido!
3 PASSOS PARA SER UM BOM PREGADOR
• Ter uma idéia, (um texto) OS 4 CONHECIMENTOS BÁSICOS:
• Organiza-la, (escrever)
• Transmiti-la (falar)
1. Conheça os objetivos do assunto em
pauta,
CARACTERÍSTICAS DO BOM SERMÃO:
• Inspiração Divina 2. Conheça os ouvintes, o auditório a
• Fidelidade Textual que se destina a mensagem,
• Unidade Temática
• Boa Conclusão
3. Conheça o assunto, o tema outrora
escolhido.
OBJETIVO: Levar o ouvinte a uma
determinada ação. 4. Conhece-te a ti mesmo, tuas
qualidades e limitações

1. TEMA:
Sobre o que vai ser a pregação.

10
2. PESQUISA:
Você pesquisa sobre o tema escolhido (leia, escute e
assista). Depois anote tudo!
3. TÍTULO:
PASSOS Qual será a direção do sermão
4. ESCOLHA O TEXTO:
PARA VOCÊ Qual será o texto base da pregação e a quantidade de
texto que será usado.
MONTAR 5. ORGANIZAR:
Coloque a sequência do sermão
UM SERMÃO 6. INTRODUÇÃO:
O caminho por onde o sermão vai trilhar
7. DESENVOLVIMENTO:
A explicação do assunto
8. CONCLUSÃO:
Hora de fechar o assunto
9. APELO:
Hora de desafiar o público a praticar o assunto
apresentado
10. O MÉTODO DE APRESENTAÇÃO:
Leitura? Livre? Apresentação?

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MÓDULO 4 | Como montar um sermão

TEMA Introdução Circunstancial


TEMA - ANÁLISE DO AUDITÓRIO Referencial ao local, circunstâncias e ocasião da
reunião.
• O que os ouvintes já sabem sobre o que vou abordar?
Ex: Irmãos e irmãs, hoje comemora-se o Dia
• Qual a atitude deles em relação ao assunto?
Internacional de...
• Qual a atitude deles em relação a mim como orador?
• Quais são as ocupações, nível educacional, idade e
Introdução Suspense
necessidades deles?
Causa impacto e prende atenção.
• Quantos serão os ouvintes?
Ex: O tema do sermão de hoje é: Quando nove,
menos um igual a zero...
TEMA - ANÁLISE DA OCASIÃO
• Qual a finalidade da Reunião?
UM BOM SERMÃO precisa ter um
• Onde a reunião será realizada? começo meio e fim bem claros.
• Quais os recursos que estarão a minha disposição?
• Quais as outras partes da programação que ocorrerão • Uma Introdução – 5m
antes e depois da minha palestra?
• Um Corpo – 20m
TEMA - ANÁLISE DO ORADOR • Uma Conclusão – 5m
• Conheço suficiente o assunto que pretendo falar?
• Tenho tempo suficiente para preparar o assunto?
• Estou realmente interessado no assunto? PESQUISA
• Qual a minha reputação como orador e como • Em livros
autoridade no assunto? • Em versões diferentes da Bíblia
• Comentários bíblicos
INTRODUÇÃO •

Pesquisa no Internet
Vídeos que falam do assunto
• O início do sermão, a apresentação inicial.
• Precisa prender a atenção dos ouvintes, despertando-


lhes o interesse para o restante da mensagem.
A primeira impressão é a que fica.
TÍTULO
• É o nome que se dá ao sermão, ou
• Precisa ser bem feita, pois daí a captação da atenção
seja, seu cabeçalho.
do auditório para a sua pregação.
• O título é uma simples frase cujo
objetivo é despertar o interesse, sem
A BOA INTRODUÇÃO PRECISA SER:
revelar, necessariamente, o que vai
• Olho no olho ser trabalho.
• Interessante
• Curta
• Explicativa
• Clara
O Uso da Voz na Introdução
• Humilde
• Ao chegar o momento de falar, o orador
deve se dirigir ao púlpito e, durante uns
TIPOS DE INTRODUÇÃO poucos segundos, em silêncio, contemplar
Introdução Ousada. o auditório.
Começa com a ideia central • Começar falando mais vagarosamente,
com pouco volume de voz e ir aumentando
Ex: Hoje falarei da maior qualidade cristã - (Fé)
gradualmente a velocidade e o volume até
atingir a normalidade no final da introdução
Introdução Textual.
• Direto ao texto bíblico
• O texto desta manhã é: ...
• O primeiro minuto é fatal...

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MÓDULO 4 | Como montar um sermão

O Que Não DESENVOLVIMENTO


É a mensagem principal que vai ficar na

Fazer na mente e no coração dos ouvintes.

ESBOÇO
Introdução Consiste em alguns tópicos, que são as
divisões, e de outros tópicos menores, que
• Pedir desculpas... chamamos de subdivisões
• Não estou preparado, Disposição de tópicos:
• Sensacionalismo, • Precisam ser colocados numa ordem lógica
• Começar com prepotência, e psicológica que facilite a apresentação do
• Começar com piadas, sermão quanto a compreensão e aceitação
• Bairrismo, regionalismo pessoal, por parte dos ouvintes.
• Determinar as linhas gerais e os
• Prometendo o que não pode cumprir,
pormenores.
• Expressões rotineiras,
• Estabelecer um plano progressivo:
• Não ultrapassar os cinco minutos. o Do conhecido para o desconhecido
• Começar com palavras vazias, desprovidas de o Do simples para o complexo
objetividade, tais como: bem, então, bom, pois é, o Do menos importante para o mais
muito bem... importante
• Firmar posição sobre assunto polêmico. • Colocar o argumento da razão antes dos
• Lançar perguntas esperando resposta do auditório. argumentos para o coração.
• Eliminar e simplificar o que for necessário.
PASSOS NO CORPO DO SERMÃO:
• Unidade Absoluta
• Um propósito claro
• Uma progressão
O CORPO PRECISA SER:
• Persuasivos
• Consistentes
• Fácil Entendimento
• Com textos objetivos
“Evitai Sermões • Unidade do tema.
Enfermiços. Pontos O CORPO DO SERMÃO
breves apresentados Ideias centrais, principais.
com clareza, que evitem Exposição e o desenvolvimento das ideias.
toda divagação, serão da 1. O Corpo do Sermão precisa ter unidade.
Resuma o sermão em uma frase, curta e
maior vantagem. Não clara.
deve divagar por toda a 2. Corpo do sermão tem que ter um propósito
Bíblia, mas fazer um claro. É o que você espera, o resultado.
sermão claro,
O Corpo tem que ser progressivo, até o ponto
organizado, que mostre alto – o Melhor do Sermão.
que ele compreende os Ex.: As drogas só destroem (ideia central)
pontos que quer Divisões:
apresentar”. • Destrói a Pessoa,
Evangelismo, pág. 181 • Destrói a Família,
• Destrói a Sociedade.
O pregador precisa levar o ouvinte do ponto de
partida (introdução), ao ponto de chegada
(conclusão), através do corpo

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MÓDULO 4 | Como montar um sermão

CONCLUSÃO APELO
AO TERMINAR DEFINIÇÃO:
• Não diga repetidas vezes: “Logo vou terminar”, mas “Chamamento, convocação, solicitação
diga o que tiver a dizer e o assunto estará concluído. que se faz a outrem em nome de alguém,
rogo, invocação”.
• Seja pontual, comece e termine na hora certa. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa

CONCLUIR É DIFERENTE DE PARAR!


• É o clímax do sermão. “Apelo é um chamado para uma resposta
• Deve ser bem pensada e planejada. às verdades apresentadas na
mensagem”
• Tudo que foi dito antes teve como objetivo conduzir os James Braga
ouvintes a este ponto.
MANEIRAS DE CONCLUIR: .PASSOS PARA UM APELO EFICAZ:
• Recapitulação Planejar o apelo:
• Ilustração • Os hinos, as orações e o sermão deveriam
• Persuasão ser todos estudados com isto em mente.
• Não solicitar que a pessoa vá à frente em
• Apelo
todos os apelos, alguns podem ser feitos
Devem alcançar a mente e o coração dos ouvintes
solicitando que fiquem em pé, que levantem
levando-os a uma decisão. a mão ou simplesmente que respondam a
Apresentar de modo resumido os pontos principais: Deus intimamente sem manifestar nenhum
• Usar uma ilustração que resuma a idéia ou que mostre gesto.
como a verdade apresentada no sermão funciona na • Fazer apelos frequentes.
vida • As pessoas precisam decidir-se enquanto
• Apresentar uma citação bem escolhida que declare a sentem convicção.
idéia do sermão em palavras mais eficazes e mais • Todo pregador que deseja alcançar êxito
vividas do que o próprio pregador consegue achar em ganhar almas não o alcançará a menos
sozinho. que cada vez que pregue, ao finalizar o
Seja curta: assunto, faça um fervoroso apelo.
• Seja bom que o pregador saiba de cor.
“Devem fazer-se fervorosos apelos, e
• Poucas linhas de uma poesia ou de um hino ou até elevar-se ardentes orações. Nossas
uma única frase da Bíblia que resuma tudo que foi orações tímidas e sem vidas devem ser
estudado. trocadas por orações de intenso favor.”
Obreiros Evangélicos, 522.
• Fazer uma pergunta ou uma série de perguntas
• Efetuar uma oração COMO FAZER APELOS
• Apresentar uma orientação específica ou prática de “Em todo discurso, deve-se fazer fervoroso
apelo ao povo, para que deixem seus pecados
como traduzir a verdade estudada em experiência de e se voltem para Cristo”. Evangelismo, pág. 280
vida
“O poder do Espírito Santo é que concede
• Fazer uma visualização – Ela projeta a congregação eficácia aos vossos esforços e aos vossos
para o futuro e retrata uma situação em que poderá se apelos”. Evangelismo 285.
aplicar aquilo que aprendeu. O ouvinte é levado a
O propósito do apelo:
imaginar-se naquela situação antes de ela ocorrer
1 –Alcançar a vontade dos ouvintes, levando-os
A CONCLUSÃO EFICAZ: à decisão de aceitar a mensagem comunicada
• Diga o Sermão novamente em três frases. 2 – Concretizar o propósito levando a decisão
• Resuma apelando a mente e ao coração do ouvinte. de praticar o que foi falado.
• O apelo faz parte da conclusão Curto, Claro. 3 – Entregarem o coração e a vida a Deus.
4 – Decisão de um compromisso com Deus.
NÃO FAZER NA CONCLUSÃO:
Formas de apelo:
• Não diga aos seus ouvintes que esqueceu algum tópico Há basicamente dois tipos de apelo:
• Não pare abruptamente ao final de seu discurso 1 – O Apelo Interno
• Não se desculpe 2 – O Apelo Externo.
• Não estique
• Não coloque novos argumentos.

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Tipos de apelo:
É recomendável que a solicitação do apelo seja de maneira progressiva:
• Dizer amém
• Levantar a mão,
• Ficar em pé,
• Ir a frente.
• Orar

COMO FAZER UM BOM APELO:


• Relacione a mensagem com a vida das pessoas.
• O apelo precisa alcançar todas as pessoas.
• Fale com naturalidade e de coração.
• “somente o que sai do coração entra no coração”.

CARACTERÍSTICAS DO APELO EFICAZ


• É breve
• Deve ser claro
• Objetivo, direto, sem rodeios
• Honestidade – não usar de astúcia para levar os ouvintes a decisão
• Precisa ser espontâneo, voluntário
• Não fazer uso de gesticulação
• Importante a inflexão de voz

VANTAGENS
• Permite ao pregador saber se o que ele disse foi aceito ou não.
• Serve de motivação para os indecisos.
• Oferece ao ouvinte a oportunidade do primeiro passo.
• Dá oportunidade aos crentes a relembrar sua entrega a Jesus.
• Abre espaço para atuação do Espírito Santo sobre alguma área da
vida que precisa está submissa ao senhorio de Cristo

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