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FBC – FACULDADE BRASILEIRA CRISTÃ

DIREITO/BACHAREL

JOÃO PAULO MAGNAGO ELIZEU

TEORIA PURA DO DIREITO X TEORIA DO ORDENAMENTO JURÍDICO


KELSEN E BOBBIO

SERRA
2023
JOÃO PAULO MAGNAGO ELIZEU

TEORIA PURA DO DIREITO X TEORIA DO ORDENAMENTO JURÍDICO


KELSEN X BOBBIO

Trabalho acadêmico para a compreensão


das duas teorias, a Kelsen e a de Bobbio,
e fazer um comparativo entre as duas.
Instituição - Faculdade Brasileira Cristã
(FBC).

Orientadora: Ma. Angela Maria de Aguiar


Mendes

SERRA
2023
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ………………………………………………….. 4
1. CONTEXTO HISTÓRICO E BIOGRAFIA ……………………. 5
2. TEORIA PURA DO DIREITO DE HANS KELSEN………..…..6
2.1 IDEIAS DENTRO DA TEORIA PURA DO DIREITO ……..6
2.1.1 A norma fundamental ...…………………………………..6
2.1.2 Pirâmide Normativa………………………………………..7
2.1.3 Autonomia do Direito……………………………………...7
3. TEORIA DO ORDENAMENTO JURÍDICO……………………..8
3.1 Ordenamento Jurídico………………………………………8
3.2 Normas Jurídicas…………………………………………….9
4. DIFERENÇAS E IGUALDADES ENTRE AS DUAS OBRAS. 10
5. CONCLUSÃO …………………………………………………….. 11
6. BIBLIOGRAFIA ……………………………………………………11
INTRODUÇÃO

É de conhecimento geral para todos que estudam o direito a grande


importância das teorias dos juristas “Hans Kelsen” e “Norberto Bobbio”, mesmo
depois de muito tempo desde a publicação de seus livros “Teoria Pura do
Direito”(Hans Kelsen, 1934) e “Teoria do Ordenamento Jurídico”(Norberto Bobbio,
1995) até hoje são muito estudados, criticados e usados no Ordenamento Jurídico
de muitos países, incluindo o Brasil. Kelsen, fortemente positivista e em uma época
em que essa corrente filosófica estava crescendo muito, teve uma visão diferente e
focou nas normas jurídicas como seu objeto principal de análise e estudo. Com sua
“Teoria Pura do Direito” buscou estabelecer uma abordagem científica e sistemática
para o estudo do Direito, ao enfatizar a análise formal e a hierarquia normativa,
Kelsen buscou estabelecer critérios objetivos e neutros para a validade do direito,
independentemente de considerações políticas, morais ou sociológicas. Essa teoria
influenciou o pensamento jurídico ao apresentar uma visão sistemática do direito,
estabelecendo uma base lógica para sua compreensão. A Teoria Pura do Direito de
Kelsen também estimulou debates sobre a natureza do direito como um sistema
autônomo e a importância da coerção como elemento central.
Por sua vez, a Teoria do Ordenamento Jurídico de Bobbio destacou a
complexidade do direito, reconhecendo sua interação com outros aspectos sociais,
como a moral e a política. Bobbio enfatizou a importância das normas de
reconhecimento, que estabelecem critérios para identificar e validar as normas
jurídicas, e considerou a coerção como um elemento relevante, mas não central, na
compreensão do direito. A Teoria do Ordenamento Jurídico contribuiu para a
reflexão sobre as relações entre o direito e outros campos sociais, abrindo espaço
para a consideração de fatores políticos, éticos e sociais na análise do fenômeno
jurídico.
Essas teorias têm importância no campo do direito por diversos motivos.
Primeiramente, elas estimularam debates e reflexões sobre a natureza do direito,
sua estrutura, validade e relações com outros aspectos da sociedade. Ao questionar
abordagens jusnaturalistas e positivistas simplistas, essas teorias enriqueceram a
compreensão do direito como um fenômeno complexo. Além disso, tanto a Teoria
Pura do Direito quanto a Teoria do Ordenamento Jurídico forneceram bases teóricas
para a análise crítica do sistema jurídico e suas instituições. Elas permitiram a
formulação de perguntas e argumentos sobre a coerência, a legitimidade e a eficácia
do direito em diferentes contextos sociais e políticos.
Por fim, essas teorias influenciaram a formação acadêmica e a prática
jurídica, moldando a maneira como o direito é estudado, interpretado e aplicado.
Elas forneceram ferramentas conceituais e metodológicas para juristas, professores
e estudiosos do direito, estimulando a reflexão crítica e a busca por soluções mais
sofisticadas para os desafios do sistema jurídico;
1. CONTEXTO HISTÓRICO E BIOGRAFIA

Hans Kelsen (1881-1973) e Norberto Bobbio (1909-2004) foram dois


renomados juristas e filósofos do direito, cujas teorias tiveram um impacto
significativo no campo jurídico e político.
Hans Kelsen nasceu em Praga, então parte do Império Austro-Húngaro. Ele
estudou direito na Universidade de Viena e, posteriormente, tornou-se professor de
direito internacional e constitucional. Kelsen foi fortemente influenciado pelo
positivismo jurídico, especialmente pelas ideias de seu professor, o jurista austríaco
Eugen Ehrlich. Kelsen também foi influenciado pelo filósofo alemão Immanuel Kant,
especialmente em relação à sua abordagem formalista e estrutural do direito.
O contexto histórico em que Kelsen desenvolveu sua teoria foi marcado por
transformações políticas e sociais significativas. A Teoria Pura do Direito foi
publicada pela primeira vez em 1934, durante um período de turbulência política na
Europa, com o crescimento do totalitarismo e o surgimento do nazismo na
Alemanha. Kelsen, um judeu, foi forçado a deixar a Áustria após a anexação do país
pela Alemanha nazista em 1938. Ele emigrou para os Estados Unidos, onde
lecionou em várias universidades e continuou a desenvolver sua teoria.

Norberto Bobbio nasceu em Turim, Itália. Ele estudou direito e se tornou


professor universitário e político. Bobbio foi influenciado pela tradição liberal e pelo
pensamento de filósofos políticos como Thomas Hobbes e John Locke. Ele também
se engajou em questões políticas e sociais, sendo um defensor dos direitos
humanos e da democracia. O contexto histórico em que Bobbio desenvolveu sua
teoria foi o da Itália pós-Segunda Guerra Mundial e a consolidação do Estado
democrático. Seus escritos sobre direitos humanos, democracia e Estado de direito
refletiram as preocupações do período pós-guerra, em que a reconstrução e a
garantia dos direitos individuais eram temas centrais.
Ambos os juristas tiveram que lidar com os desafios e as turbulências do
período em que viveram. Suas teorias foram desenvolvidas em resposta a questões
políticas, sociais e jurídicas cruciais de suas épocas. A Teoria Pura do Direito de
Kelsen buscava oferecer uma abordagem científica e estrutural do direito em meio
ao surgimento do totalitarismo, enquanto a Teoria do Ordenamento Jurídico de
Bobbio explorava questões relacionadas aos direitos humanos e à democracia em
um período pós-guerra marcado por transformações políticas e sociais;

2. TEORIA PURA DO DIREITO DE HANS KELSEN

Hans Kelsen se preocupava muito em “isolar” o Direito dos demais campos


de estudo, sejam a psicologia, sociologia e até mesmo a ética, para assim descobrir
o que de fato é o “Direito”, chegando a uma separação bem marcante entre “ser” e
"dever ser”.
O "ser" se referindo à descrição objetiva do direito, ou seja, como ele é na
realidade. Ele argumenta que a tarefa da teoria jurídica é descrever e analisar o
direito tal como existe em um determinado sistema jurídico. Essa dimensão do "ser"
do direito, busca identificar as normas jurídicas vigentes em um sistema, sua
hierarquia e suas relações. Por outro lado, o "dever ser" diz respeito aos juízos de
valor, às considerações morais e às questões de justiça no campo do direito.
Enquanto o "ser" se concentra na descrição do direito como um fenômeno objetivo, o
"dever ser" envolve questões normativas e subjetivas sobre como o direito deveria
ser ou como deveria funcionar de acordo com princípios morais e valores.
Como já dito anteriormente, Kelsen tem como seu objeto principal de estudo é
a norma, que para ele não deve ser analisada de acordo com valores e moral. Pois
para o mesmo, basear-se nesses conceitos é algo muito subjetivo, desvinculando o
conceito de “justiça” em seus estudos. Para ele, basta unicamente a norma ter
validade, ou seja, passar por todo o processo e entrar em vigor, sendo “justiça”
quando essa norma é de fato aplicada de forma correta e direta;

2.1 IDEIAS DENTRO DA TEORIA PURA DO DIREITO

Dentro da Teoria Pura do Direito existem diversas ideias muito utilizadas e


estudadas por juristas, essas ideias escritas por Kelsen são o “corpo” de sua teoria e
são elas que ajudam a compreender o que de fato é o direito para o mesmo. Essas
ideias são:

2.1.1 A norma fundamental

É um conceito central na Teoria Pura do Direito de Hans Kelsen. Trata-se de


uma norma hipotética que serve como fundamento lógico para a validade de todas
as outras normas em um sistema jurídico. Kelsen argumenta que, para entender a
validade das normas jurídicas, é necessário estabelecer uma norma fundamental
que as fundamente. Essa norma não precisa ser uma norma concreta, codificada ou
explicitamente formulada em um sistema jurídico específico. É uma suposição
teórica necessária para estabelecer a coerência e a validade do sistema jurídico
como um todo. A norma fundamental é um pressuposto lógico necessário para que o
sistema jurídico funcione. Ela é o ponto de partida para determinar a validade das
normas inferiores na pirâmide normativa. Por meio dessa norma hipotética, todas as
demais normas recebem sua validade e sua autoridade.
É importante destacar que a norma fundamental não é uma norma que pode
ser encontrada ou aplicada diretamente na prática jurídica. Ela é uma construção
teórica e lógica que estabelece a base para a validade das demais normas.
A Teoria Pura do Direito de Kelsen argumenta que a norma fundamental é uma
necessidade lógica para a validade do sistema jurídico. Ela fornece uma estrutura
coerente e fundamentada para a compreensão do direito, garantindo a consistência
normativa no sistema;
2.1.2 Pirâmide Normativa

Popularmente chamada de “Pirâmide de Kelsen”, ela é uma representação


gráfica da estrutura hierárquica das normas em um sistema jurídico, em que as
normas estão organizadas em diferentes níveis de autoridade. Segundo Kelsen, as
normas jurídicas são interligadas de forma hierárquica, formando uma pirâmide. No
topo da pirâmide está a norma fundamental, que é o fundamento último da validade
de todas as outras normas do sistema jurídico. A norma fundamental estabelece os
critérios de validade e é a base lógica do sistema jurídico. Abaixo da norma
fundamental, encontram-se as normas constitucionais, que possuem uma posição
de destaque na hierarquia normativa. Elas estabelecem os princípios fundamentais e
as estruturas básicas do sistema jurídico de um país. Em seguida, vêm as leis
ordinárias, os regulamentos e outras normas subordinadas, formando uma
hierarquia descendente. Cada nível de normas é validado pela norma imediatamente
superior, até chegar à norma fundamental. Essa pirâmide normativa reflete a relação
hierárquica e de subordinação entre as normas jurídicas. Normas superiores
conferem validade às normas inferiores, e a validade de todas as normas do sistema
jurídico está ligada à norma fundamental.
A pirâmide normativa é uma representação visual da estrutura normativa de
um sistema jurídico e enfatiza a importância da hierarquia e da coerência normativa.
Ela destaca a ideia de que a validade das normas depende da sua posição dentro
do sistema, sendo fundamentada nas normas superiores.

2.1.3 Autonomia do Direito

Para Kelsen, o Direito é um sistema autônomo e fechado, separado de outras


esferas sociais, como a moral, a política ou a economia. Essa concepção de
autonomia implica que a validade do Direito não depende de fundamentos externos,
como concepções morais, ideológicas ou religiosas.Kelsen argumenta que o Direito
é uma ordem normativa específica, com suas próprias regras e estrutura interna. Ele
rejeita a ideia de que a validade do Direito derive de princípios morais ou de
qualquer outra fonte exterior. Em vez disso, a validade do Direito é estabelecida por
meio de normas jurídicas que são criadas, aplicadas e interpretadas dentro do
próprio sistema jurídico.Essa visão de autonomia do Direito permite uma análise
objetiva e científica do sistema jurídico. Kelsen acredita que o jurista deve adotar
uma posição neutra e descrever o Direito como ele é, sem impor juízos de valor
pessoais. Para ele, a tarefa do jurista é estudar a estrutura e a validade das normas
jurídicas, sem entrar em considerações éticas, políticas ou sociológicas;
Essas são 3 das ideias apresentadas por Hans Kelsen em sua obra.
3. TEORIA DO ORDENAMENTO JURÍDICO

A Teoria do Ordenamento Jurídico de Norberto Bobbio é uma abordagem


teórica que busca compreender o Direito como um sistema ordenado de normas.
Segue então, alguns dos conceitos abordados por Bobbio em sua obra.

3.1 Ordenamento Jurídico


Para Bobbio, o ordenamento jurídico é um sistema complexo, composto por várias
camadas normativas, que estabelecem relações de subordinação e coordenação
entre as normas. Essas normas podem ser encontradas em diferentes fontes do
Direito, como a Constituição, leis, regulamentos e precedentes judiciais.Um aspecto
fundamental do ordenamento jurídico, segundo Bobbio, é a ideia de validade das
normas. A validade de uma norma está relacionada à sua conformidade com as
normas superiores do sistema jurídico. Normas válidas são aquelas que estão de
acordo com a Constituição e outras normas hierarquicamente superiores.Outro
ponto destacado por Bobbio é a coerência interna do ordenamento jurídico. Isso
significa que as normas devem ser consistentes entre si, evitando contradições e
incoerências. A coerência é importante para garantir a estabilidade e a segurança
jurídica dentro do sistema.Além disso, Bobbio enfatiza a completude do
ordenamento jurídico. Isso significa que o sistema deve fornecer normas para todas
as áreas relevantes da vida social, evitando lacunas normativas. A completude é
essencial para que o Direito possa regular e solucionar os diversos conflitos e
situações que surgem na sociedade;

3.2 Normas Jurídicas

A norma jurídica é uma expressão da vontade do legislador ou do poder estatal, que


busca regular as condutas humanas e orientar as relações sociais. Ela estabelece
um dever ser, ou seja, uma obrigação ou um comando que deve ser seguido pelos
destinatários da norma. Bobbio destaca que a norma jurídica possui características
próprias que a distinguem de outras formas de regras sociais. Algumas dessas
características são:

1. Generalidade: A norma jurídica é geral, ou seja, ela se aplica a uma classe


indefinida de situações e pessoas. Ela não é específica para um indivíduo ou
caso particular, mas possui uma abrangência ampla.
2. Coercibilidade: A norma jurídica é coercitiva, ou seja, sua violação pode
acarretar sanções ou punições por parte do Estado. Ela é respaldada pelo
poder coercitivo do Estado, que tem o poder de aplicar penalidades em caso
de descumprimento.
3. Bilateralidade: A norma jurídica estabelece direitos e deveres recíprocos entre
as partes envolvidas. Ela cria relações jurídicas em que há uma
correspondência entre os direitos de um indivíduo e as obrigações de outros.
4. Heteronomia: A norma jurídica é imposta externamente aos indivíduos pelo
poder estatal. Ela não é fruto da vontade individual, mas sim da vontade
coletiva expressa pelo Estado.

É importante ressaltar que, para Bobbio, a norma jurídica é parte de um


sistema mais amplo, o ordenamento jurídico. Ela se insere em uma estrutura
hierárquica de normas, em que há uma relação de subordinação e coordenação
entre elas.

4. DIFERENÇAS E IGUALDADES ENTRE AS DUAS OBRAS

A Teoria Pura do Direito de Hans Kelsen e a Teoria do Ordenamento Jurídico


de Norberto Bobbio são duas abordagens importantes dentro do campo da filosofia
do direito, embora apresentem diferenças significativas. Aqui estão as principais
diferenças e semelhanças entre as duas teorias:
Diferenças:

1. Objeto de estudo: Kelsen foca na estrutura formal do direito, buscando uma


análise puramente jurídica e afastando-se de considerações políticas e
morais. Bobbio, por outro lado, procura entender o direito em sua relação com
outros aspectos sociais, como a moral e a política.
2. Abordagem sistemática: Kelsen propõe uma análise sistemática do direito,
considerando-o como um sistema fechado e autônomo, com normas
hierarquicamente organizadas. Bobbio enfatiza a complexidade do direito,
levando em conta suas relações com outros campos sociais e reconhecendo
a importância das normas de reconhecimento.
3. Coerção: Kelsen destaca a coerção como uma característica central do
direito, enfatizando a aplicação de sanções coercitivas pelo Estado. Bobbio,
embora reconheça a importância da coerção, não a coloca como um
elemento central na sua teoria, concentrando-se mais nas relações entre as
normas e no papel do consenso social.
4. Natureza científica: Kelsen busca uma abordagem científica para o estudo do
direito, separando-o de considerações valorativas e baseando-se em análises
lógicas e formais. Bobbio, embora também busque uma abordagem científica,
não rejeita a importância das considerações éticas e políticas no estudo do
direito.

Semelhanças:
1. Importância da norma: Tanto Kelsen quanto Bobbio reconhecem a
centralidade das normas no direito. Ambos concordam que o direito é
composto por normas jurídicas que regulam o comportamento humano.
2. Hierarquia normativa: Ambas as teorias reconhecem a existência de uma
hierarquia normativa dentro do ordenamento jurídico. Normas superiores
fundamentam a validade das normas inferiores.
3. Análise estrutural: Tanto Kelsen quanto Bobbio buscam compreender a
estrutura do direito. Embora suas abordagens sejam diferentes, ambos
reconhecem a importância de analisar as relações entre as normas e a
estrutura do ordenamento jurídico.
4. Contribuições à filosofia do direito: Ambas as teorias tiveram um impacto
significativo no campo da filosofia do direito, estimulando debates e reflexões
sobre a natureza do direito, sua validade e seu relacionamento com outros
campos sociais.

Em resumo, enquanto a Teoria Pura do Direito de Kelsen busca uma


abordagem formal, sistemática e focada no direito como um sistema fechado, a
Teoria do Ordenamento Jurídico de Bobbio enfatiza a complexidade do direito, sua
relação com outros aspectos sociais e a importância das normas de
reconhecimento. Ambas as teorias contribuem para o entendimento do direito, mas
acentuam aspectos distintos dentro do campo da filosofia jurídica.

CONCLUSÃO

Embora as teorias possuam diferenças conceituais e metodológicas, ambas


são relevantes para o campo do Direito. Elas abrem caminho para a reflexão e o
debate sobre a natureza e a função do Direito na sociedade contemporânea. A
Teoria Pura do Direito de Kelsen contribui com uma análise formalista e estrutural,
enquanto a Teoria do Ordenamento Jurídico de Bobbio enfatiza a contextualização e
a interação do Direito com outras esferas sociais. É importante reconhecer que as
teorias não são mutuamente excludentes, e muitas vezes são complementares em
suas abordagens. A análise e o estudo comparativo dessas teorias enriquecem a
compreensão do Direito e estimulam o desenvolvimento de novas perspectivas
teóricas. Em conclusão, a Teoria Pura do Direito e a Teoria do Ordenamento Jurídico
oferecem abordagens distintas para o estudo do Direito. Com suas contribuições
teóricas, essas perspectivas estimulam o debate e a reflexão sobre a natureza, a
estrutura e a função do Direito em sociedade, enriquecendo o campo jurídico como
um todo.

BIBLIOGRAFIAS

DA NORMA AO ORDENAMENTO: uma visita a Kelsen e Bobbio(Carlos Francisco


Büttenbender)
https://www.meuadvogado.com.br/entenda/hans-kelsen-x-noberto-bobbio.html
https://www.todamateria.com.br/positivismo/
A TEORIA PURA DO DIREITO E A ARGUMENTAÇÃO(Chaïm Perelman)
https://www.youtube.com/watch?v=xc-Tk1NzVqk
https://www.youtube.com/watch?v=V8tEirwIuNQ

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