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Introdução ao Direito

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Introdução ao Direito
Aula 01
Conceitos de Direito

Objetivos Específicos
• Compreender o que é o Direito e sua importância para nossa sociedade.

Temas

1 CONCEITOS DE DIREITO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS

Professor
Jorge Boyajan
Introdução ao Direito

Estudaremos nesta aula os conceitos de Direito, suas divisões, subdivisões e principais


características.

1 CONCEITOS DE DIREITO
O que é o Direito? Sei que você já deve ter uma ideia a respeito, porém conceituá-
lo é uma tarefa complexa. Então estudaremos o tema deste componente utilizando uma
abordagem didática e tentando manter uma linguagem a mais simples possível.

Não podemos começar nosso estudo sem antes entendermos que a natureza humana
exige que a espécie viva em grupos. Sozinho, o homem pereceria, por isso teve de se organizar
coletivamente para poder sobreviver. Essa organização tem seu princípio na origem da própria
espécie humana e vem se adaptando às novas realidades desde os primórdios até os dias
atuais. Conforme o local e a época, os valores desses grupos vão se modificando e evoluindo,
nisso que leva o nome de “socialização” e tem como consequência o que entendemos hoje
por sociedade.

Em algum momento você já teve contato com o conceito de “ciências” e


também pode ter percebido o quanto ela é usada nos vários tipos de mídia.
Mas e se lhe dissessem que o Direito é uma ciência? Será que era esta a ideia
que você tinha?

Pois saiba que, para a maioria dos estudiosos da matéria, o Direito É UMA CIÊNCIA, e
foi conceituada como tal por juristas nacionais e estrangeiros. Vamos expor alguns desses
conceitos, a fim de expormos um melhor entendimento, mas sem nos aprofundarmos no tema.

Antes, porém, precisamos saber os significados das palavras “ciência” e “direito”


isoladamente, para depois definirmos o que é a Ciência do Direito.

Segundo o dicionário Michaelis, a palavra ciência é definida como:

(...) Ramo de conhecimento sistematizado como campo de estudo ou observação


e classificação dos fatos atinentes a um determinado grupo de fenômenos e
formulação das leis gerais que os regem. 2 Erudição, instrução, literatura. 3 Soma dos
conhecimentos práticos que servem a determinado fim. 4 Conhecimentos humanos
considerados no seu todo, segundo a sua natureza e progresso (...) (MICHAELIS, 2012)

Agora partiremos para algumas das acepções da palavra Direito, segundo o mesmo dicionário:

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(...) O que é justo e conforme com a lei e a justiça. 2 Faculdade legal de praticar
ou não praticar um ato. 3 Dar Ciência das normas obrigatórias que disciplinam as
relações dos homens numa sociedade; jurisprudência. Possui inúmeras ramificações.
4 Prerrogativa, privilégio (...) (MICHAELIS, 2012)

Partindo dos significados dessas palavras, juristas renomados definiram a Ciência do


Direito, e um de seus precursores é Mezzomo:

Em sentido amplo, a Ciência do Direito corresponde ao setor do conhecimento


humano que investiga e sistematiza os conhecimentos jurídicos. Em sentido estrito, é
o estudo de um determinado sistema jurídico (...) (MEZZOMO, 2011, p.16)

Já o conceito do que seria a matéria de Introdução ao Estudo do Direito, elaborada por


Diniz, diz que:

A introdução à ciência do direito é uma matéria que visa fornecer uma noção global
da ciência que trata o fenômeno jurídico, propiciando uma compreensão de conceitos
jurídicos comuns a todos os ramos do direito e introduzindo o estudante e o jurista na
terminologia técnico-jurídica. (DINIZ, 2003, p.9)

Uma vez que já sabemos que o Direito é uma ciência, qual seria o objeto
de estudo dessa ciência?

A ciência do Direito se ocupa do DEVER SER, e não do SER, ou seja, ela regula o que DEVE
ou não ser feito, e não o que PODE ou NÃO PODE ser feito.

Ressalvamos que todas as divisões e ramificações que faremos a partir de agora têm fins
didáticos, ou seja, têm como objetivo o melhor entendimento dos temas propostos, pois o
Direito em teoria é uno, o que significa que ele é único, absoluto, indivisível.

Faremos então uma primeira divisão do Direito, elaborada pelo filósofo grego Sócrates
(470 a 399 a.C.), que nos leva ao:

• Direito Natural e

• Direito Positivo.

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1.1 Direito Natural

Seus adeptos são conhecidos como “jusnaturalistas”. O Direito Natural pode ser entendido
como aquele que advém da própria natureza humana e seria o fundamento do Direito Positivo.
Seus princípios (os princípios do Direito serão objeto de estudo oportunamente) são “o bem
deve ser feito”, “dar a cada um o que é seu”, “não lesar o próximo”, “as leis da natureza”,
entre outros. Ele transcenderia ao homem, teria no seu âmago a justiça e não precisaria ser
imposto pelo Estado.

1.1.1 Principais características

• É eterno (é para sempre).

• É universal (vale em toda parte).

• Independe da vontade humana.

• É irrevogável.

• É imutável.

• Estabelece aquilo que é bom.

• É conhecido pela razão.

• Tem suas regras gravadas no inconsciente humano.

Como bem sabemos, a sociedade é dinâmica, está em permanente estado de mudança,


em constante evolução e, assim, varia de acordo com os fatores, local e tempo. Isto posto,
passamos a conceituar o Direito Positivo.

1.2 Direito Positivo

Direito Positivo seria o ordenamento jurídico (que significa o conjunto organizado de


normas jurídicas), em um determinado local e em determinada época. Ele se contrapõe ao
Direito Natural, pois é feito pelo homem (logo depende da vontade humana). Por ser imposto
pelo Estado, seu conhecimento e validade dependem de formalidades previstas no próprio
ordenamento, seja na forma legislada, seja na consuetudinária (usos e costumes). É também
o direito vigente e eficaz em determinada sociedade, limitando-se à ciência jurídica e ao
estudo das legislações positivas.

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1.2.1 Principais características

• Tem caráter temporal: vige e tem eficácia a partir de determinado momento.

• Tem caráter espacial e territorial: vigência e eficácia em um determinado espaço


geográfico.

• Tem caráter formal: origem nas fontes formais (leis, decretos, normas, etc.).

• Depende da vontade humana.

• Estabelece o que é útil.

• É revogável.

• É variável e mutável.

• É conhecido por uma declaração de vontade alheia que é a promulgação.

Dando continuidade à sistemática de divisões para um melhor entendimento da matéria


deste componente, subdividimos o Direito Positivo em Direito Internacional Público e
Privado e em Direito Nacional Público e Privado, conforme segue:

1.2.2 Direito Internacional – Público e Privado

Segundo Martins (2009), o Direito Internacional Público regulamenta as questões


internacionais de ordem pública, e deve ser respeitado por outros países. Seriam as relações
de Estado, enquanto nações, e se realizariam por meio de tratados internacionais, declarações
de direitos, organizações internacionais, declaração de guerra, mar territorial etc. Já o Direito
Internacional Privado se ocuparia de disciplinar as relações das pessoas no espaço, como,
por exemplo, se um trabalhador brasileiro é transferido pela empresa para a Argentina, a lei
aplicada para o estabelecimento das mudanças nas condições de contratação dessa pessoa
seriam baseadas nessa área do Direito.

1.2.3 Direito Nacional - Público e Privado

Ainda segundo Martins, faz parte do Direito Nacional o Direito Público, que é definido como:

(...) o Direito Público envolve a organização do Estado, em que são estabelecidas


normas de ordem pública, que não podem ser mudadas pela vontade das partes,
como a obrigação de pagar tributos. Já o Direito Privado diz respeito ao interesse
dos particulares, às normas contratuais que são estabelecidas pelos particulares,
decorrentes da manifestação de vontade dos interessados. (MARTINS, 2009, p.9)

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Para Martins, esse Direito pátrio teria como ramificações dentro do Direito Público:

a. Direito Constitucional

b. Direito Econômico

c. Direito Administrativo

d. Direito Penal

e. Direito Financeiro

f. Direito Tributário

g. Direito Processual (Civil, Penal e Trabalhista)

h. Direito da Seguridade Social (Previdência Social, Assistência Social, Saúde). (2009, p.10)

E a outra divisão do Direito Nacional é o Direito Privado, que corresponde a:

a. Direito Civil

b. Direito Comercial

c. Direito do Trabalho (MARTINS, 2009, p.10)

Leciona ainda Martins que:

Há autores que entendem que o Direito do Trabalho pertence ao Direito Público,


mas o que prepondera é a autonomia da vontade das pessoas na contratação,
apesar da existência de normas de ordem pública que incidem sobre a relação de
emprego. (2009, p.9)

Expomos essas divisões dos estudos do Direito, elaboradas pelo doutrinador Sergio Pinto
Martins, pois são as mais comuns e aceitas pela área de Direito brasileira.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Na aula de hoje definimos alguns conceitos acerca do objeto de estudo de nosso
componente curricular, que é o Direito. Assim, podemos concluir que:

• O Direito é uma ciência una.

• As divisões e ramificações do Direito têm fins didáticos, ou seja, são feitas para facilitar
o entendimento do componente.

• Onde houver mais de uma pessoa, o Direito estará presente, pois ele é de grande
importância para as relações em sociedade.
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Introdução ao Direito

Para um melhor entendimento desta aula indicamos as seguintes leituras:


REIS, H. M.; PASCON, C. N. Direito para administradores, 1, 2, 3. São
Paulo: Ed. Cengage Learning, 2002 (p.3-6).
MEZZOMO, C. Introdução ao direito. Caxias do Sul: Ed. Educs, 2011 (p.11-17).
PANTALEÃO, L.; PANTALEÃO, J. Direito Civil parte geral. São Paulo: Ed.
Manole, 2006 (p.1-2).

REFERÊNCIAS
MICHAELIS. Moderno Dicionário da Língua Portuguesa. Disponível em < http://michaelis.uol.
com.br>. Acesso em: set./ 2012.

MEZZOMO, C. Introdução ao direito. Caxias do Sul: EDUCS, 2011, p.16.

DINIZ, M. H. Compêndio de Introdução à Ciência do Direito. 15 ed. São Paulo: Saraiva, 2003,
p.9.

MARTINS, S. P. Instituições de Direito Público e Privado. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2009, p.9.

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