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Introdução

PLANO DE NEGÓCIOS
Regra geral, é difícil aos empreendedores concretizar os seus
Organização e Gestão de planos num documento escrito e, por isso, muitos destes ficam
Empresas pelo caminho.

Surgindo boas ideias, se estas não forem anotadas e se não forem


aperfeiçoadas de acordo com o plano de negócio, acabam por se
perder.

Pedro Mota Veiga (pedro.mota.veiga@ubi.pt) Um plano de negócio não é mais do que a nossa ideia transposta
para o papel.
Empreendedorismo Tecnológico 1 Empreendedorismo Tecnológico 2

Introdução Introdução
PLANO DE NEGÓCIOS

PLANO DE NEGÓCIOS

Em termos externos, o plano de negócio é uma excelente carta Assim, um dos passos fundamentais para a capacitação,
de apresentação do projeto, útil a vários níveis:
concretização e desenvolvimento de projetos
• Convencer um possível sócio para que participe no capital,
empresariais é a criação do Plano de Negócios e do seu
• Obter financiamento,
Modelo Financeiro.
• Conseguir subvenções (incentivos),
• Captar os primeiros clientes.
A redação do plano de empresa ajuda a reduzir os
riscos do negócio.

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Para que serve Para que serve


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É muito importante que se defina e detalhe toda a informação Não basta ter uma boa ideia de negócio.
sobre a ideia de negócio através deste documento.
O plano de negócio será como o seu “cartão de visita” perante os Devemos certificar-nos se é possível realizar um projeto
bancos, fornecedores, investidores, clientes ou instituições. empresarial viável e rentável a médio e longo prazo. A análise
dessa viabilidade é a principal função do plano de negócio.
Internamente, serve para que os empreendedores reflitam acerca
da sua ideia inicial, lhe deem forma e a estruturem com Existem organismos, aos quais se pode aceder para auxiliar e
coerência, avaliando todas as possibilidades. A escrita é sempre orientar nesta tarefa prévia do plano de negócio.
uma ferramenta de reflexão, pelo que a redação do plano de
negócio ajudará a reduzir os riscos do mesmo.
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Para que serve Como redigi-lo
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Este processo de planificação e introdução de Como no caso de um “curriculum vitae”, não existe um modelo
único para redigir um plano de negócio, podendo ser organizado de
melhorias, de forma a aumentar a viabilidade da ideia,
maneiras diferentes em função dos interesses e do interlocutor.
permitir-nos-á chegar a conclusões e decidir se
Contudo deve ser:
finalmente se constitui a empresa, assumindo riscos • Eficaz;
controlados ou se é melhor desistir, evitando desta • Claro e conciso;

forma um fracasso inevitável. • Coerente e bem estruturado;


• Com uma extensão adequada;
• Dinâmico e sujeito a revisão;
• Verídico e suscetível de comprovação.
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Como redigi-lo Como redigi-lo


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EFICAZ: deve conter toda a informação necessária para o desenvolvimento da COM UMA EXTENSÃO ADEQUADA: entre 10 e 30 páginas, dependendo do tipo e
empresa, demonstrando que todos os aspetos do negócio foram bem pensados dimensão da atividade a iniciar.
e planeados objetivamente.
DINÂMICO E SUJEITO A REVISÃO: no sentido de que se possam corrigir, a
CLARO E CONCISO: com gráficos, esquemas e organigramas que facilitem a tempo, possíveis incorreções. O plano de negócios constitui-se como uma
sua compreensão, uma vez que este plano não servirá apenas internamente, planificação/previsão da atividade, mas não deverá constituir um documento
mas para conhecimento do projeto por financiadores, fornecedores, etc… único não modificável. Pelo contrário, deverá funcionar como um instrumento
sujeito a correções e adaptações à medida que for implementado.
COERENTE E BEM ESTRUTURADO: com sumário inicial, descrição dos
diferentes aspetos por uma ordem lógica e sequencial, bem como suportado VERÍDICO E SUSCETÍVEL DE COMPROVAÇÃO: há que introduzir informação
por documentos anexos, quando necessário. atualizada e sustentar essa informação em fontes fidedignas

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Como redigi-lo Estrutura do Plano de Negócios


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Deve ser um plano que se foque nas linhas essenciais do projeto, Estrutura de um Plano de Negócios:
que defina a alocação dos vários tipos de recursos, que esteja 1. Sumário executivo;
concebido para concretizar a ideia que se pretende implementar 2. Apresentação da Equipa;
e para solucionar os problemas que inevitavelmente aparecerão. 3. Definição do projeto;
4. Plano de Marketing;
Um Plano de Negócios deverá incluir um sumário, um objetivo, a 5. Plano Operativo;

identificação dos fatores-chave para o projeto ser bem-sucedido 6. Plano de Recursos Humanos;

e análises de mercado e financeiras que sustentem devidamente 7. Plano Económico-Financeiro;

a ideia que se pretende desenvolver. 8. Plano Jurídico-Formal:

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1. SUMÁRIO EXECUTIVO 1. SUMÁRIO EXECUTIVO
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Este é o capítulo mais importante de um plano de negócios. Deve Existe um perigo real de que o sumário executivo venha a falhar a sua
sumarizar em não mais de 500 palavras toda a apresentação, que será missão, dado que ele é, invariavelmente, o último capítulo a ser
mais detalhada nos capítulos seguintes. elaborado. Pode parecer que é uma coisa simples de ser escrita em

O sumário executivo é a primeira coisa a ser lida pelos potenciais uma ou duas páginas.

investidores. Acima de tudo, dever-se-á ter presente que, nas poucas páginas do

Se o sumário executivo não for claro, pode desencorajar os analistas de sumário executivo, deverá estar contida a mensagem mais poderosa e

rever o plano completo. A maioria dos financiadores recebe muito mais persuasiva de todo o documento.

pedidos de financiamento do que aqueles em que pode investir, e por Por isso, é crucial o esforço extra de verificar que este se encontra
isso, não se dispõe a correr riscos potenciando situações duvidosas. completo e claro.

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1. SUMÁRIO EXECUTIVO 1. SUMÁRIO EXECUTIVO


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Será de grande utilidade que ele seja revisto por alguém que seja Pontos essenciais a focar no Sumário Executivo:
neutro e que goze da confiança de quem o elaborou. • Qual é o nome do negócio e a sua área de atividade?

O documento deverá ser bem apresentado, bem impresso e ter um • Qual a missão?

formato de fácil leitura. • Qual é o âmbito do negócio e o mercado potencial para os seus produtos?
• Porque constitui uma proposta inovadora e vencedora?
Só os números mais importantes deverão ser usados para tornar a
• Quais os recursos, humanos e financeiros que são necessários?
situação o mais forte que seja possível.
• Qual o prazo previsto para começar a apresentar lucros?
Deverá ainda ser dada cuidadosa atenção para evitar erros de • Quais são os pontos fortes e fracos do projeto?
gramática e dispensáveis erros de escrita, uma vez que estes tendem a • Quais as suas referências e a sua experiência relevante para o projeto
ter um efeito negativo desproporcionado. concreto?

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2. APRESENTAÇÃO DA EQUIPA 3. DEFINIÇÃO DO PROJETO


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O histórico da empresa ou a experiência empresarial do empreendedor, devem Expor em que é que consiste a atividade, sintetizando os aspetos
ser apresentados.
chave e mais relevantes, bem como a missão, visão e valores da
Os pontos mais importantes a salientar são:
empresa a criar.
• Como é que o projeto surgiu e como é que foi introduzido na companhia. É
uma empresa nova ou não e, se sim, porque é que se decidiu criar uma.
• De que forma é que a experiência passada dos empresários pode contribuir Missão
para o sucesso do projeto? Têm experiência de gestão? Conhecem em O principal objetivo desta declaração é dar resposta à seguinte
profundidade a área de negócio? questão: “Porque é que a empresa existe?” e “Qual o papel de
• Quais são os seus pontos fortes e os pontos fracos do projeto na ótica dos
sua empresa no mercado, isto é, como ela contribui para quem
seus promotores?
utiliza de seus produtos ou serviços?”
.
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3. DEFINIÇÃO DO PROJETO 3. DEFINIÇÃO DO PROJETO
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Valores
Missão Os valores são usualmente definidos por adjetivos ou verbos,
Google: “Organizar as informações do mundo todo e torná-las indicando as ações e qualidades esperadas no comportamento dos

acessíveis e úteis em caráter universal”. stakeholders quando em nome da marca.

Coca-Cola: “Refrescar o mundo. Inspirar momentos de Os valores devem igualmente estar alinhados com a missão e a visão

otimismo. Criar valor e marcar a diferença” do negócio. Por exemplo, uma empresa tecnológica, que preza pela
inovação, deve ter este atributo como parte da personalidade de
seus colaboradores.

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3. DEFINIÇÃO DO PROJETO 3. DEFINIÇÃO DO PROJETO


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Valores Valores
Os valores são usualmente definidos por adjetivos ou verbos, Coca-Cola:
indicando as ações e qualidades esperadas no comportamento dos Liderança: unir esforços para construir um futuro melhor
stakeholders quando em nome da marca. Colaboração: potenciar o talento coletivo
Integridade: agir com transparência
Responsabilidade: ser responsável
Os valores devem igualmente estar alinhados com a missão e a visão
Paixão: estar comprometido com o coração e com a mente
do negócio. Por exemplo, uma empresa tecnológica, que preza pela Diversidade: contar com uma vasta gama de marcas e ser tão inclusivo
inovação, deve ter este atributo como parte da personalidade de quanto elas
seus colaboradores. Qualidade: procurar constantemente a excelência

Empreendedorismo Tecnológico 21 Empreendedorismo Tecnológico 22

3. DEFINIÇÃO DO PROJETO 3. DEFINIÇÃO DO PROJETO


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Visão Visão
A visão de uma empresa corresponde ao futuro ao qual ela quer chegar, A visão de uma empresa precisa funcionar como uma meta de atuação.
pelo que necessita ser pensada também no longo prazo, determinando Em consequência disso, quando esta meta é atingida, uma nova deve
diretrizes específicas dos objetivos de negócio. ser proposta. Por isso, esta é a definição mais flexível, desde que seja
alterada apenas quando a visão anterior for alcançada ou quando
Por esse facto, a visão de um negócio precisa ser sucinta e bem houver mudanças significativas no mercado que o force a adequá-la.
específica. Além disso, é importante que ela seja ambiciosa, apesar de
realista. Afinal, não adianta ter como missão “dominar o mundo — ou o
seu mercado” se o seu produto ou serviço não foi pensado para isto.

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3. DEFINIÇÃO DO PROJETO 4. PLANO DE MARKETING
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Visão Nesta secção deve ser definido o produto ou serviço a vender,

Coca-Cola: definir público-alvo e como fidelizá-lo, estudar a área a abranger


Pessoas: ter um bom lugar para trabalhar para que os trabalhadores se sintam e estabelecer uma estratégia para lançar a empresa no mercado
inspirados a dar o melhor de si
Bebidas: oferecer uma variedade de produtos de qualidade que antecipem e e dar-se a conhecer.
satisfaçam os desejos e necessidades dos consumidores
Parceiros: desenvolver uma rede de trabalho para criar valor mútuo e duradouro
Planeta: ser um cidadão responsável que marque a diferença, ajudando a
construir e apoiar comunidades sustentáveis
Ganhos: maximizar o retorno para os acionistas mantendo presentes as
responsabilidades gerais da Companhia
Produtividade: ser uma organização eficaz e dinâmica

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4. PLANO DE MARKETING 4. PLANO DE MARKETING


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Chegou o momento de responder às seguintes questões: DEFINIÇÃO DO PRODUTO

• Qual é a atividade principal da empresa? (produto central) É muito importante que seja perfeitamente definido qual é o produto

• Que características tornam o meu produto diferente dos da empresa e quais são as suas ofertas.
Deverá realizar-se uma descrição detalhada do produto que oferecemos
outros?
aos nossos clientes: as características físicas, a utilidade, o preço, etc.,
• Que ofertas se dão ao cliente? (produto melhorado – valor
ou seja responder às seguintes questões:
acrescentado)
• Que nome comercial terá o meu produto? “Que produtos são oferecidos?” “O produto com valor acrescentado” “O
que é que a empresa oferece, além do produto central?” “O que terá de
especial o nosso produto?” “Que valor acrescentado terá o nosso produto?”

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4. PLANO DE MARKETING 4. PLANO DE MARKETING


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IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO POSICIONAMENTO


Para identificar o seu produto, deverá atribuir-lhe características Deverá ser analisada a perceção que o consumidor tem do nosso
próprias que o diferenciem dos outros. Alguns elementos de produto de distinto e qual o seu posicionamento face aos produtos
diferenciação do produto poderão ser, por exemplo, uma marca, um concorrentes. A análise da concorrência e do nosso posicionamento face
nome comercial, uma embalagem, etc. à mesma será abordada mais adiante.

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4. PLANO DE MARKETING 4. PLANO DE MARKETING
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MERCADO E ENVOLVENTE MERCADO E ENVOLVENTE
Um mercado para um produto é um conjunto de clientes com O primeiro passo numa análise ao mercado será portanto avaliar o
determinadas necessidades por satisfazer, recursos para pagar a cliente e o seu poder de compra. Uma vez detetado o mercado é
satisfação dessas necessidades e desejo de as satisfazer. necessário que obter o máximo de informação a seu respeito.

Não basta detetar necessidades no mercado para podermos assumir que DADOS IMPORTANTES SOBRE O MERCADO
temos um público para o nosso produto. É necessário que os clientes  Tamanho: número de clientes, volume de vendas, área geográfica...
 Evolução: Expansão? Declínio? Estabilidade?
tenham recursos, e além disso, tenham intenção efetiva de comprar. Se
 Os produtos oferecidos/existentes.
faltar algum destes componentes, não haverá cliente.  Concorrentes: quem são? Como vendem?
 Os sistemas de distribuição utilizados.
 Sazonalidade: existência de épocas de trabalho e outras sem atividade.
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4. PLANO DE MARKETING 4. PLANO DE MARKETING


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MERCADO E ENVOLVENTE MERCADO E ENVOLVENTE


Tipos de mercado Tipos de mercado
Do ponto de vista da concorrência devemos avaliar em que tipo de mercado Do ponto de vista do âmbito geográfico:
nos vamos inserir: • Mercados locais
• Concorrência perfeita • Mercados regionais
• Monopólio • Mercados nacionais
• Oligopólio • Mercados internacionais
• Outros • Mercado global

Do ponto de vista do produto:


• Produtos de consumo imediato
• Produtos de longa duração
• Serviços
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MERCADO E ENVOLVENTE MERCADO E ENVOLVENTE


Segmentação do mercado Análise da envolvente
Em termos gerais, permite uma maior compreensão das necessidades e Uma vez identificado o mercado potencial, devemos analisar passo a passo a

desejos dos consumidores, e das suas respostas às ofertas existentes ou envolvente, ou seja:
PROCURA
potenciais.
A procura que existe no mercado para o nosso produto no segmento correspondente aos
Especificamente a segmentação permite alcançar alguns benefícios nossos potenciais clientes. Devemos analisar as necessidades que os nossos produtos
básicos: poderão satisfazer, com o objetivo de determinar se estas estão ou não colmatadas e
• Ajuda a detetar oportunidades de negócio. detetar os nichos existentes.
• Estabelecer prioridades. BARREIRAS DE ENTRADA
• Facilita a análise da concorrência. Devem ser analisadas as barreiras de entrada que dificultam a implementação da nossa
• Facilita o ajuste das ofertas de produtos a necessidades específicas. empresa ou produto num determinado sector de mercado. Desta forma será mais fácil
• Identifica potenciais clientes para o nosso produto. formular a estratégia adequada para as superar.
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4. PLANO DE MARKETING 4. PLANO DE MARKETING
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MERCADO E ENVOLVENTE MERCADO E ENVOLVENTE
O Cliente A Concorrência
É neste ponto que se devem identificar as necessidades do cliente potencial, Uma vez identificado o mercado potencial, chega o momento de analisar a
sendo também importante diferenciar quem pode tomar a decisão de compra concorrência. Devemos determinar os pontos fortes e fracos da
e quem consome o produto. Por exemplo, no caso dos brinquedos em que o concorrência e compará-los com os nossos. Para analisar o nível da
consumidor é a criança, mas os compradores são os pais. concorrência, nada melhor do que aproximar-nos dela e, inclusivamente,
• Identificar as necessidades do nosso cliente. experimentar os seus produtos/serviços.
• Diferenciar o cliente potencial segundo as suas características,
necessidades e motivações que induzem a compra. Desta forma, poderemos analisar como é efetuado o atendimento e ver os
• Devemos colocar-nos na posição do cliente e adotar a sua visão acerca do seus catálogos. Depois de compilada toda a informação, podemos definir a
nosso produto ou serviço. estratégia a utilizar para nos diferenciarmos dos nossos concorrentes.
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4. PLANO DE MARKETING 4. PLANO DE MARKETING


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MERCADO E ENVOLVENTE MERCADO E ENVOLVENTE


Análise SWOT Análise SWOT
A análise SWOT é uma avaliação integrada das FORÇAS, FRAQUEZAS, FORÇAS (S - strengths): elemento interno da empresa que lhe é favorável. Ex.:

OPORTUNIDADES e AMEAÇAS com uma análise da empresa tanto interna qualidade dos produtos, recursos humanos qualificados, boa localização, etc.

como externa, que tem por objetivo auxiliar a avaliação da viabilidade FRAQUEZAS (W - weeknesses): elemento interno da empresa que lhe é
desfavorável. Ex.: Limitação de espaço, equipamentos obsoletos, etc.
da ideia de negócio e a introdução de melhorias.
OPORTUNIDADES (O–opportunities): situação de envolvente favorável à

A conjugação destas componentes coloca o empreendedor em empresa. Ex.: Mercado em expansão, pouca concorrência, possibilidade de
abertura a novos mercado, etc.
condições de delinear estratégias para potenciar as forças e aproveitar
AMEAÇAS (T–threats): situação de envolvente desfavorável para a empresa.
as oportunidades ao mesmo tempo que colmata as fraquezas e
Ex.: crise económica, declínio do produto em causa.
minimiza os impactos das possíveis ameaças.
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4. PLANO DE MARKETING 4. PLANO DE MARKETING


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OS CLIENTES OS CLIENTES
A Concorrência e a Diferenciação De acordo com esses fatores poderemos optar por uma das estratégias
Antes de analisar os clientes, é importante pensar nos fatores exógenos que seguintes:
condicionam a nossa entrada no mercado, nomeadamente no tipo de Estratégia de mercados não diferenciados

concorrência que temos que enfrentar. A situação de mercado é ignorada, ou seja, a mesma estratégia é dirigida da mesma
forma a todos os sectores. São satisfeitas procuras diferentes com um mesmo produto.
Concorrência direta
Estratégia de mercados diferenciados
É aquela em que a estratégia concorrencial das empresas incide no preço, já que
Preços personalizados e estratégia de marketing específica para cada segmento de
produtos oferecidos são similares.
mercado. Aplicáveis sempre e quando exista uma série ou gama de produtos.
Concorrência por Diferenciação
Estratégia de concentração
É aquela em que através da introdução de valor acrescentado ao produto/serviço A empresa especializa-se unicamente num segmento, ignorando tudo o resto.
se diferencia o mesmo do concorrente, destacando-se, por exemplo, pela Estratégia típica das pequenas empresas que, ao não poderem abranger todo o
qualidade, pelo serviço pós-venda, pela especialização, etc... mercado, se especializam num determinado segmento de mercado.
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4. PLANO DE MARKETING 4. PLANO DE MARKETING
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OS CLIENTES OS CLIENTES
Agora que se conhecem os segmentos de mercado a atingir, o objetivo a Quem são e como são os nossos clientes?
desenvolver será a identificação do tipo de Cliente. Público-alvo: perfil do cliente (aspetos a considerara)
A – QUEM SÃO E COMO SÃO OS NOSSOS CLIENTES? Geográficos: Localização da empresa/população ou grupo de empresas que
pretendemos abranger; Local de residência, características gerais: espaço rural,
A resposta a esta questão permitirá determinar se o produto/serviço, que
urbano, dormitório, zona residencial...
inicialmente parecia tão bom, se adapta às necessidades e desejos de Demográficos: Sexo: se o produto é dirigido a homens, a mulheres ou a ambos; Idade:
determinado cliente tipo. Permitirá também conhecer com um elevado grau idade média que se quer abranger; Nível de formação: a forma de comunicar com o
cliente será diferente consoante o nível de escolarização;
de pormenor como é o cliente, como pensa e, principalmente, do que é que
Poder económico: ter-se-ão em conta as possibilidades e os recursos económicos dos
necessita. clientes, com o objetivo de satisfazer as suas necessidades;
Estilos de vida: dependendo do estilo de vida, o público terá tendências de compra
específicas.
Sociais e Culturais: Modas: determinar se seguem com frequência a moda ou se, pelo
contrário, não a seguem de todo.
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4. PLANO DE MARKETING 4. PLANO DE MARKETING


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OS CLIENTES OS CLIENTES
Nesta fase, propõe-se um conjunto de perguntas sobre o cliente, que será Para efetuar esta pesquisa será importante o contacto com organismos
interessante delinear: nacionais e regionais que disponibilizem informação estatística, sobre o sector
Quem são os meus clientes? Onde estão? Quantos são? Que perfil tem o cliente? Como etc., mas deve lembrar-se que os seus contactos pessoais são também uma
é? Porque compra o meu cliente? (conhecer o que é que o cliente procura no nosso fonte de informação importante, já que lhe podem dar uma perspetiva do
produto e quais os fatores que o influenciam na compra)
ponto de vista do cliente.
Quando e porque compra? (pensar no momento em que compra e com que frequência o faz)
Em que lugar compra? (lugar físico onde normalmente adquire o produto.)
Quanto compra? (quantidade de produto, se aproveita para comprar várias unidades de
uma só vez ou em diferentes vezes.)
Que necessidades do cliente podemos satisfazer? Que preferências tem? Que qualidade
procura no produto/serviço? Que preço estará disposto a pagar?

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4. PLANO DE MARKETING 4. PLANO DE MARKETING


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OS CLIENTES OS CLIENTES
Adequação do produto ao cliente Conselhos a seguir:
Nos últimos anos tem vindo a assumir-se cada vez mais um novo conceito: o • Identificar as necessidades do cliente pela sua perspetiva e não da nossa
tratamento dado ao cliente como indivíduo, ou seja, o atendimento perspetiva de venda;
personalizado que implica um conhecimento do cliente que nos permita • Cumprir com as expectativas do cliente;
adequar os nossos produtos ao seu perfil. • Colocarmo-nos no lugar de cliente e adotar a sua visão sobre o nosso
produto/serviço;
Nem todos os clientes são iguais. Será mais económico fidelizar um cliente do • Considerar cada negócio (cada vinda do cliente ao nosso estabelecimento)
que captar um novo, portanto, é essencial dirigir–lhe o nosso produto. como o início de uma relação a longo prazo.

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4. PLANO DE MARKETING 4. PLANO DE MARKETING
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PLANO DE NEGÓCIOS
A CONCORRÊNCIA A CONCORRÊNCIA
Concorrentes diretos e indiretos Concorrentes diretos e indiretos
As nossas empresas concorrentes são aquelas que oferecem produtos/serviços Existem diferentes níveis de concorrentes, baseados no conceito de
que satisfazem as mesmas necessidades que o produto/serviço oferecido pela substituição do produto (ou seja, em que o produto pode ser facilmente
nossa empresa. substituído por outro com características semelhantes):
• Empresas que oferecem um produto/serviço similar e a clientes similares
Além dos concorrentes diretos (os atuais, existentes) há que ter em conta os aos nossos.
indiretos (potenciais, os que não estão ainda no mercado mas que poderão • Empresas que oferecem produtos diferentes mas que satisfazem as mesmas
entrar). necessidades.

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4. PLANO DE MARKETING 4. PLANO DE MARKETING


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PLANO DE NEGÓCIOS

A CONCORRÊNCIA A CONCORRÊNCIA
Concorrentes diretos e indiretos Estes são os pontos gerais de análise da concorrência. Para avaliar
Como podem surgir os concorrentes potenciais: pontos fortes e fracos é pertinente responder o mais detalhadamente
• Introdução de produtos novos e revolucionários por empresas que não são
possível a uma série de questões mais específicas, entre as quais:
concorrentes.
• Quem são os meus concorrentes?
• Expansão do mercado (entrada de novas empresas a vender o mesmo
produto que nós). • Há quanto tempo estão no mercado?
• Expansão do produto (introdução no mercado dos mesmos produtos mas • Qual a sua dimensão (volume de vendas, número de funcionários)?
com melhorias significativas). • Quais são os aspetos em que se diferenciam pela positiva (relação
• Determinados clientes são potenciais concorrentes. Quando fornecemos preço-qualidade, inovação nos produtos, boa assistência pós- venda)?
alguns produtos para empresas podem passar elas próprias a produzi-los, ou
adquiri-los diretamente aos produtores quando nós somos distribuidores.
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4. PLANO DE MARKETING 4. PLANO DE MARKETING


PLANO DE NEGÓCIOS

PLANO DE NEGÓCIOS

A DISTRIBUIÇÃO A DISTRIBUIÇÃO
A distribuição é um conjunto de atividades que gerem a transferência Seja qual for o negócio/ideia de negócio, existem duas formas principais de

dos produtos desde o produtor ao consumidor, com o objetivo de fazer chegar o produto/serviço às mãos do consumidor:

colocá-los no local adequado e em tempo oportuno. Vender diretamente ao cliente: Neste caso, em que não existem
intermediários, a empresa produtora recebe todas as receitas das vendas, no
Como fazer chegar o produto ao cliente?
entanto, tem que assegurar que a eficiência na distribuição dos produtos não
Ao escolher a distribuição comercial do produto, devemos ter em conta
falha, caso contrário também assumirá todos os prejuízos. Ou seja, terá que
a dispersão geográfica, o nível de consumo, as características do
ser tão profissional como os distribuidores e a um custo semelhante.
produto e a segmentação do mercado.
Através de Intermediários: Permite evitar grande parte dos trâmites ao
Qualquer que seja o produto que tenhamos, perderemos dinheiro se produtor pois este terá apenas que assegurar o fornecimento aos
não o fizermos chegar ao consumidor nas condições ideais e no menor distribuidores. Neste caso normalmente existem dois intermediários entre o
tempo. produtor e o consumidor – o grossista e o retalhista.
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4. PLANO DE MARKETING 4. PLANO DE MARKETING
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PLANO DE NEGÓCIOS
A DISTRIBUIÇÃO O PREÇO
Canais de distribuição: Existem alguns canais de distribuição mais Determinação do preço
tradicionais. No entanto, temos que considerar que os desenvolvimentos
A que preço vendemos o nosso produto?
tecnológicos, expandiram o espectro de canais de distribuição, sendo agora
esse leque muito mais alargado. Esta é uma pergunta que se nos coloca quando temos um produto para vender;
Alguns dos mais habituais são os seguintes: se é demasiado alto, os clientes não estarão interessados em comprá-lo; se
- Distribuidores: Grossistas e Retalhistas pelo contrário, é demasiado baixo podem pensar que não somos profissionais
- Agentes externos ou comissionistas
qualificados ou que o produto não é bom.
- Franchising
- Pontos de venda próprios A fixação do preço é uma das tarefas mais difíceis no início da atividade. No
- Agentes de venda próprios entanto, é um aspeto determinante já que é a partir do preço que se vai aferir
- Correio direto
- Centro de chamadas o volume de negócio que se pode obter: vendas totais, cash-flow (entradas e
- Venda por catálogo saídas de dinheiro) e lucros.
- Internet ou e-comerce
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4. PLANO DE MARKETING 4. PLANO DE MARKETING


PLANO DE NEGÓCIOS

PLANO DE NEGÓCIOS

O PREÇO O PREÇO
Determinação do preço Determinação do preço
Desde o início que se deve adotar um sistema de preços que permita fixar o Os preços podem fixar-se de diferentes formas:
preço de um produto/serviço novo rapidamente, particularmente quando Fixação do preço a partir do custo
oferecemos um número alargado de produtos/serviços (como por exemplo no Determina-se o custo de produção (ou aquisição) e armazenagem do produto,
caso de um supermercado). para depois lhe acrescentar os custos inerentes à atividade assim como a
margem de comercialização. O resultado é o preço. Este tipo de fixação de
O lucro está indubitavelmente ligado aos preços praticados, pelo que é preço ocorre particularmente na venda de produtos de consumo. Ao custo da
essencial determinar a relação entre o produto, preços e quantidades que compra dos artigos, é acrescentada uma percentagem que cubra outros custos
podem ser vendidas. para além do lucro. Estabelece-se o preço ao pormenor.

Empreendedorismo Tecnológico 57 Empreendedorismo Tecnológico 58

4. PLANO DE MARKETING 4. PLANO DE MARKETING


PLANO DE NEGÓCIOS

PLANO DE NEGÓCIOS

O PREÇO O PREÇO
Determinação do preço Estratégia de preços
Os preços podem fixar-se de diferentes formas: A fixação do preço depende também da postura e imagem que pretendemos
Fixação do preço segundo a perceção do cliente ter no mercado pelo que as estratégias de fixação de preços são diversas
Se conseguirmos aumentar a “perceção” do cliente sobre o nosso produto, ele consoante os objetivos de captação de clientes que queremos atingir.
estará disposto a pagar mais por ele. Por exemplo: um cliente estará Estratégia de fixação de preços elevados: Fixa-se um preço elevado para um
normalmente disposto a pagar mais por um produto associado a uma marca determinado sector de mercado. Existem clientes que têm acesso a esse
conotada com uma maior qualidade e/ou prestígio do que pelo mesmo produto produto pelo poder de compra e estão dispostos a pagar a novidade.
quando não associado a essa marca. Estratégia de seguir a procura: O produto sofre uma série de alterações ou
Neste caso pode dizer-se que o “preço percebido” pelo cliente é superior ao transformações de modo a distinguir-se dos modelos anteriores e a
“preço normal” do produto se tivermos apenas em conta os custos de
acompanhar as exigências da procura.
produção.
Empreendedorismo Tecnológico 59 Empreendedorismo Tecnológico 60
4. PLANO DE MARKETING 4. PLANO DE MARKETING
PLANO DE NEGÓCIOS

PLANO DE NEGÓCIOS
O PREÇO O PREÇO
Estratégia de preços Será importante, então, responder às seguintes perguntas:
Estratégia de preços de penetração: O preço de penetração consiste em • Que estratégia será utilizada para estabelecer o preço dos nossos produtos?
definir um preço muito baixo para poder entrar e expandir-se no mercado de • Qual será o preço que os clientes estarão dispostos a pagar pelo produto?
forma rápida, podendo ser aumentado depois de uma quota de mercado • Quais são as margens praticadas normalmente neste sector de atividade?
conquistada. • Irei praticar a mesma margem para todos os produtos ou margens
Estratégia baseada no custo: Baseia-se no cálculo dos custos de produção e diferenciadas?
comercialização e acrescenta uma margem suficiente para cobrir os custos • Que sistema de fixação de preços irei então adotar?
fixos e obter lucro.
Estratégia baseada no lucro: Cria-se um objetivo anual de lucros e define-se a
quantidade de produtos e preço proporcional para alcançar essa meta.

Empreendedorismo Tecnológico 61 Empreendedorismo Tecnológico 62

4. PLANO DE MARKETING 4. PLANO DE MARKETING


PLANO DE NEGÓCIOS

PLANO DE NEGÓCIOS

A PROMOÇÃO A PROMOÇÃO
MEIOS DE PROMOÇÃO PUBLICIDADE
Um aspeto muito relevante no negócio é a forma como o apresentamos, como Que objetivos poderão ser alcançados com a publicidade à empresa?
o damos a conhecer, enfim como oferecemos o produto ao cliente. 1. Gerar procura.
Se nos limitarmos a ter um produto para vender, sem fazermos um esforço por 2. Informar acerca da disponibilidade de produtos.
darmos a conhecer o nosso produto, por muito bom e interessante que possa 3. Gerar conhecimento da marca.
ser do ponto de vista do cliente dificilmente o conseguiremos fazer sair da 4. Criar imagem.
“loja”. Há que o mostrar ao cliente! E existem diversas formas de o fazer. 5. Transmitir boa imagem do produto.
6. Estimular a ação de compra por impulso.
7. Aumentar a quota de mercado, no caso de empresas já instaladas.
8. Alcançar novas zonas geográficas, no caso de empresas já existentes.

Empreendedorismo Tecnológico 63 Empreendedorismo Tecnológico 64

4. PLANO DE MARKETING 4. PLANO DE MARKETING


PLANO DE NEGÓCIOS

PLANO DE NEGÓCIOS

A PROMOÇÃO A PROMOÇÃO
Que tipo de publicidade podemos fazer à nossa empresa? VENDAS PROMOCIONAIS
Dependendo das necessidades e do público-alvo que se queira atingir, podemos As vendas promocionais pretendem alcançar os seguintes objetivos:
fazer publicidade de diferentes formas: Estimular os consumidores a comprar.
Anúncios em jornais e revistas Dar a conhecer os produtos.
Rádio Apoiar a eficácia das vendas.
Televisão (embora mais cara). Facilitar as vendas pelos intermediários.
Internet (com site próprio ou fazendo publicidade em sites)
Representação visual publicitária (rótulos, legendas...) Uma boa promoção das vendas garante um aumento nas mesmas num curto
Representação gráfica (catálogos, folhetos...) espaço de tempo, estimulado pela vantagem acrescida da oferta que
normalmente acompanha o produto.

Empreendedorismo Tecnológico 65 Empreendedorismo Tecnológico 66


4. PLANO DE MARKETING 4. PLANO DE MARKETING
PLANO DE NEGÓCIOS

PLANO DE NEGÓCIOS
A PROMOÇÃO A PROMOÇÃO
MARKETING DIRECTO MARKETING DIRECTO
Nos últimos anos, o Marketing direto adquiriu muita importância para as Que objetivos?
empresas, já que é um meio de promoção mais económico que a publicidade e • Ganhar novos clientes
permite dirigirmo-nos de forma personalizada aos nossos clientes. • Fidelizar os que já se têm
O que é? Como funciona?
É a comunicação através de determinados meios (como o correio ou e-mail), A empresa estabelece um contacto direto com os seus clientes reais e
oferecendo a possibilidade de suscitar uma reação por parte do cliente potenciais, mediante o qual, poderá fazer uma oferta adaptada e
relativamente ao nosso produto/serviço. personalizada a cada um, individualizando o atendimento. É também uma
forma de promover a imagem da empresa.

Empreendedorismo Tecnológico 67 Empreendedorismo Tecnológico 68

4. PLANO DE MARKETING 4. PLANO DE MARKETING


PLANO DE NEGÓCIOS

PLANO DE NEGÓCIOS

A PROMOÇÃO A PROMOÇÃO
MARKETING DIRECTO RELAÇÕES PÚBLICAS
Que ferramentas se utilizam no Marketing direto? As relações públicas encarregam-se de manter e estabelecer relações de
Dependendo do destinatário e conhecendo as suas reações, podemos recorrer confiança entre a empresa e o seu público. O objetivo final será a sua
a: Mailling; Telefone; Fax; Correio eletrónico. aceitação e reconhecimento pela sociedade. Esta política de comunicação
ajuda a criar uma imagem corporativa, potenciando resultados a longo prazo e

Este tipo de marketing direto só pode ser utilizado quando temos uma base de de forma indireta.

dados com os contactos dos clientes. Se não tivermos qualquer informação Técnicas de Relações Públicas:

acerca dos destinatários, utilizaremos outras técnicas de marketing, tais - Patrocínios

como: Anúncios; Folhetos ou catálogos; Spots de rádio e Internet. - Atos sociais


- Feiras, salões e exposições
- Brindes da empresa
Empreendedorismo Tecnológico 69 Empreendedorismo Tecnológico 70

4. PLANO DE MARKETING 4. PLANO DE MARKETING


PLANO DE NEGÓCIOS

PLANO DE NEGÓCIOS

A PROMOÇÃO A PROMOÇÃO
SERVIÇOS: COMO TORNÁ-LOS TANGÍVEIS SERVIÇOS: COMO TORNÁ-LOS TANGÍVEIS
A promoção de um serviço representa dificuldades acrescidas relativamente a Estandardizar o processo: O serviço realiza-se sempre da mesma forma; o
um produto dada a sua não tangibilidade, ou seja, dado o facto de não se cliente sentir-se-á satisfeito já que as expectativas relativamente ao serviço
tratar de um objeto físico que o cliente pode observar e tocar. O que temos serão sempre as mesmas.
que conseguir é que os serviços se convertam de certa forma em tangíveis.
Tornar o serviço tangível: O produto pode ser visto, comparado e
inclusivamente provado; com um serviço esta situação já não é possível. Para
tornar o serviço tangível utilizam-se catálogos, cartões de visita, a imagem da
empresa; desta forma o cliente associará essa imagem com o serviço prestado
pela empresa.

Empreendedorismo Tecnológico 71 Empreendedorismo Tecnológico 72


5. PLANO OPERATIVO 5. PLANO OPERATIVO
PLANO DE NEGÓCIOS

PLANO DE NEGÓCIOS
O INVESTIMENTO INICIAL LOCAL
O investimento inicial da empresa é um aspeto sobre o qual o futuro Devem ser definidos critérios de localização do investimento tais como:
empresário deve ponderar adequadamente. Da aquisição do equipamento m2 necessários, distribuição, localização, tipo de instalações, aquisição
adequado, da escolha e adaptação das instalações, etc., irá depender em ou arrendamento, etc.
grande parte o sucesso do negócio além dos montantes que normalmente este
A própria natureza do negócio trará condicionantes de diversa ordem na
investimento envolve.
definição desses critérios.
Dependendo do sector de atividade (agricultura, comércio, indústria, turismo),
CONDIÇÕES FÍSICAS
natureza do negócio e consequentemente, da dimensão, da forma de
promoção e venda, da localização dos potenciais clientes e fornecedores, É necessário definir se no local é necessário realizar obras de adaptação,

deverão ser ponderados os seguintes aspetos de investimento: Local; colocar sinalética, ou se o próprio negócio exige acondicionamentos
Condições Físicas; Equipamentos; Ferramentas; Mobiliário; Stock inicial de específicos.
material Instalações: Instalações elétricas, canalização, ar condicionado...
Empreendedorismo Tecnológico 73 Empreendedorismo Tecnológico 74

5. PLANO OPERATIVO 5. PLANO OPERATIVO


PLANO DE NEGÓCIOS

PLANO DE NEGÓCIOS

EQUIPAMENTOS EQUIPAMENTOS
Terá que ser elaborada uma lista exaustiva de todo o tipo de equipamentos Ferramentas
que a empresa terá que adquirir para o seu funcionamento e gestão. Pequenas ferramentas e instrumentos necessários para levar a cabo a nossa
Equipamento Básico: máquinas necessárias ao processo produtivo e/ou à atividade.
prestação do serviço. Mobiliário
Equipamento de transporte e carga: veículos, equipamento de carga tais Mobiliário necessário para a empresa, equipamento de escritório, salas de
como empilhadores. reuniões, montras, balcão para venda....
Equipamento Informático: Computadores, software...
Equipamento administrativo: Impressora, fax, fotocopiadora,...

Empreendedorismo Tecnológico 75 Empreendedorismo Tecnológico 76

5. PLANO OPERATIVO 5. PLANO OPERATIVO


PLANO DE NEGÓCIOS

PLANO DE NEGÓCIOS

STOCK INICIAL DE MATERIAL OU MERCADORIAS OUTROS


• No caso de uma indústria com fabrico de produtos, material a incorporar no É importante ainda não esquecer que o empreendedor terá que, além de
processo produtivo. adquirir os stocks iniciais, dar resposta a uma série de custos mensais de
• No caso de um comércio o stock de mercadorias a adquirir inicialmente funcionamento como a eletricidade, água, combustíveis, etc. que podem não
para o estabelecimento. ser totalmente cobertos pelo volume de vendas iniciais. Deve ainda contar
OUTROS com o prazo de pagamento que oferece aos clientes.
Há ainda a considerar outros custos iniciais da empresa tais como:
Custos com a constituição e início de atividade (licenciamentos, despesas de
formalização de sociedade, formalização de empréstimos).
Custos iniciais de divulgação.

Empreendedorismo Tecnológico 77 Empreendedorismo Tecnológico 78


5. PLANO OPERATIVO 5. PLANO OPERATIVO
PLANO DE NEGÓCIOS

PLANO DE NEGÓCIOS
SELECIONAR FORNECEDORES
Para selecionar uma lista de fornecedores é aconselhável ter em conta as
seguintes recomendações:
1. Procurar e comparar entre diferentes fornecedores. Ter em conta que
não devemos centrar-nos somente no preço. Existem outros fatores que
permitem a seleção de um outro fornecedor, apesar de os preços serem
superiores: qualidade, gama diversificada, exclusividade, prazos de entrega,
descontos/volume, etc.

Empreendedorismo Tecnológico 79 Empreendedorismo Tecnológico 80

5. PLANO OPERATIVO 5. PLANO OPERATIVO


PLANO DE NEGÓCIOS

PLANO DE NEGÓCIOS

SELECIONAR FORNECEDORES SELECIONAR FORNECEDORES


2. Sistema de cobrança que adotam. Se o fornecedor cobra antecipadamente 3. Condições de encomenda. Se o fornecedor obrigar a efetuar pedidos
e a empresa tem um tempo de cobrança das vendas maior, é possível que o mínimos de grande volume, será necessário espaço para a sua armazenagem,
empresário tenha que disponibilizar demasiado dinheiro por esses pagamentos aumentando os custos associados (aluguer de espaço, manutenção, pessoal,
adiantados. Neste caso ter-se-á que recorrer a formas de financiamento de etc.). Será mais conveniente, desenvolver estratégias de just in time em que
curto prazo, de apoio à tesouraria. Por outro lado, existem fornecedores que os fornecimentos sejam efetuados à medida que necessitamos da mercadoria.
permitem pagamentos a 30, 60 ou 90 dias. Quanto mais se puder alargar esse 4. O grau de implicação dos fornecedores no projeto empresarial é um
prazo, melhor. aspeto muito importante. Por exemplo, se decidirmos abrir um bar, é provável
que o fornecedor de bebidas ou café ofereça, por confiarmos no seu produto,
alguma contrapartida como o reclame luminoso do estabelecimento, o
mobiliário da esplanada, etc.

Empreendedorismo Tecnológico 81 Empreendedorismo Tecnológico 82

5. PLANO OPERATIVO 5. PLANO OPERATIVO


PLANO DE NEGÓCIOS

PLANO DE NEGÓCIOS

SELECIONAR FORNECEDORES GESTÃO DE STOCKS


É importante que se questione: A gestão de stocks de um negócio compreende a relação de matérias primas,
Que produtos, matérias primas e materiais necessito de adquirir? materiais e equipamentos necessários para produzir e comercializar o produto
Que fornecedores existem para os produtos que tenho que adquirir? ou serviço. Esta gestão está relacionada com as condições de venda e de
Que preços praticam? entrega dos seus fornecedores, com o facto de ter de adquirir ou não grandes
Que crédito me oferecerão? quantidades de material de cada vez, etc.
30 dias?
60 dias? Não é a mesma coisa gerir o material de escritório numa papelaria ou gerir
90 dias? todo o material para um ano num armazém. A diferença é bastante
Uma vez selecionados os fornecedores, qual é o seu prazo de entrega? considerável.

Empreendedorismo Tecnológico 83 Empreendedorismo Tecnológico 84


5. PLANO OPERATIVO 6. PLANO DE RECURSOS HUMANOS
PLANO DE NEGÓCIOS

PLANO DE NEGÓCIOS
GESTÃO DE STOCKS Para as empresas que acabam de nascer, a equipa de trabalho que as
No armazém é muito importante levar em conta o bom acompanhamento da integra é o principal ativo da empresa.
entrada e saída de mercadorias (rotação do stock). A partir da gestão de stocks É muito importante definir o sistema de gestão dos recursos humanos
é possível controlar os movimentos do armazém evitando surpresas que pretendemos ter na empresa. Descuidar a planificação dos recursos
desagradáveis para a quantidade de provisões de que dispomos.
humanos e pensar que essa é uma questão para abordar numa fase
Deve pensar-se que a mercadoria em armazém é sempre dinheiro imobilizado.
posterior do processo, quando a empresa estiver já criada, não será
É importante dispor do menor stock possível, assegurando no entanto o mínimo
uma postura correta a adotar no processo de criação de empresas. As
que garanta o normal funcionamento da empresa. Esta possibilidade deve
necessidades e dificuldades, no que se refere a este aspeto, devem ser
existir graças a fornecedores flexíveis.
A gestão de stocks incluirá também a determinação dos espaços específicos antecipadas e colmatadas antes de iniciar o negócio.

destinados à armazenagem.

Empreendedorismo Tecnológico 85 Empreendedorismo Tecnológico 86

6. PLANO DE RECURSOS HUMANOS 6. PLANO DE RECURSOS HUMANOS


PLANO DE NEGÓCIOS

PLANO DE NEGÓCIOS

Para isso é necessário PLANIFICAR, ORGANIZAR, GERIR E CONTROLAR PLANIFICAÇÃO


a equipa de pessoas da sua empresa. Enumerar quantas pessoas fazem parte da empresa: sócios e
PLANIFICAÇÃO colaboradores.
A planificação deverá ter em linha de conta as fases seguintes: Definir as tarefas que terá que assumir cada pessoa integrante da
• Quem somos e o que faz cada um de nós? equipa de trabalho.
• Como organizar a equipa de trabalho?
• Que tarefas ou funções estão por preencher? Que fazer para
colmatar esta lacuna?
A fase de planificação é crucial para que depois o desenvolvimento da equipa
de trabalho se concretize como o esperado, para que nenhuma tarefa fique
por concretizar nem nenhuma competência por adquirir.
Empreendedorismo Tecnológico 87 Empreendedorismo Tecnológico 88

6. PLANO DE RECURSOS HUMANOS 6. PLANO DE RECURSOS HUMANOS


PLANO DE NEGÓCIOS

PLANO DE NEGÓCIOS

ORGANIZAR GERIR E CONTROLAR


Como organizar os recursos humanos? Depois da empresa criada, a estrutura de recursos humanos estabelecida e as

A resposta a esta pergunta passará pela resposta a outras mais simples: pessoas contratadas, é necessário, no dia a dia, a gestão do trabalho da

Dentro desta equipa quem é que tem competências para quê? Haverá equipa, o que por vezes se torna uma tarefa difícil de concretizar.
Daí a importância de estabelecer desde logo claramente quais as
quem se ocupe da produção, quem se ocupe das vendas? Da promoção
competências, funções e responsabilidades de cada elemento integrante da
dos produtos/serviços? Do serviço administrativo?
equipa de trabalho de forma a evitar conflitos e dissabores à posteriori.
No entanto, surgem diariamente situações novas às quais é necessário dar
É necessário definir quem faz o quê e em que termos.
resposta. Gerir pessoas com personalidades distintas, sujeitas às suas emoções
é uma tarefa árdua e mais complicada quanto maior o número de elementos
da equipa.

Empreendedorismo Tecnológico 89 Empreendedorismo Tecnológico 90


6. PLANO DE RECURSOS HUMANOS 6. PLANO DE RECURSOS HUMANOS
PLANO DE NEGÓCIOS

PLANO DE NEGÓCIOS
GERIR E CONTROLAR GERIR E CONTROLAR
Relativamente à gestão dos Recursos Humanos existem ainda outras questões As contribuições para a segurança social são também uma responsabilidade
importantes, além da definição do número de pessoas a afetar e suas que acresce à empresa e ao trabalhador na sua relação laboral, sendo
responsabilidades, entre as quais: necessário saber como funcionam os pagamentos em termos de taxas e de
Os tipos de contrato de trabalho que poderá estabelecer com os seus prazos dos pagamentos à segurança social.
colaboradores e que tipo de direitos e obrigações, cada tipo de contrato A formação dos sócios e dos colaboradores é um aspeto extremamente
acarreta para cada uma das partes: a empresa e o colaborador. importante na definição de funções, tarefas e na seleção dos trabalhadores,

Os elementos de relação laboral, ou seja, quais os deveres do trabalhador e pelo que é necessário definir à partida qual a formação que devem ter os

da entidade patronal, como serão fixadas e geridas as remunerações a atribuir, colaboradores a recrutar. Que necessidades de formação terá a empresa e
consequentemente, o tipo de formação a ser promovido pela própria empresa.
que períodos de descanso semanal terá o trabalhador, férias, horas
Quem deve ser responsável pela formação, quais os custos que esta acarreta e
extraordinárias, outros pagamentos extraordinários, etc.
os benefícios em termos de produtividade e competitividade.
Empreendedorismo Tecnológico 91 Empreendedorismo Tecnológico 92

6. PLANO DE RECURSOS HUMANOS 6. PLANO DE RECURSOS HUMANOS


PLANO DE NEGÓCIOS

PLANO DE NEGÓCIOS

FUNÇÕES FUNÇÕES
ORGANIGRAMA QUE FUNÇÕES FICAM POR REALIZAR
Um instrumento que facilitará a definição e classificação dos postos de Uma vez analisado o organigrama da empresa, possivelmente existem funções,
trabalho de uma empresa é o organigrama. tarefas ou competências que ficam por abarcar, quer porque o promotor não
No organigrama representam-se as diferentes tarefas e funções relacionadas sabe como ou porque não tem recursos para tal.
de forma hierárquica. Este instrumento consiste, então, em dividir as áreas
funcionais da empresa por departamentos segundo critérios de especialização No caso de existirem tarefas por assumir, a solução passará por três decisões possíveis:
e/ou conhecimentos. ASSUMIREMOS NÓS MESMOS ESSAS FUNÇÕES
CONTRATAR PESSOAL QUE AS REALIZE
SUBCONTRATAR SERVIÇOS EXTERNOS

Empreendedorismo Tecnológico 93 Empreendedorismo Tecnológico 94

6. PLANO DE RECURSOS HUMANOS


PLANO DE NEGÓCIOS

FUNÇÕES
Para subcontratar serviços pode contar com:
• Empresas/profissionais especializados no dito serviço (ex: contratar um
contabilista ou um profissional para a gestão de contratos e lista de
pessoal),
Bem-haja
Conceitos

• Empresas que incorporam pessoal na nossa empresa.


pela
Questões a responder nesta fase:
Como e onde vai recrutar o pessoal a contratar?
atenção dispensada!
Que pessoal vai subcontratar?
Porque vai subcontratá-los?
Sabe onde e a quem os subcontratar?
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