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GUIA DE

DIVERSIDADE
& INCLUSÃO
SUMÁRIO
Por que a SKY apoia a cultura da diversidade? 03

Fundamentos de diversidade e inclusão 05

Quais são as diferenças que nos fazem únicos? 07

Equidade de gênero 08

Raça 14

LGBTI+ 20

Pessoas com deficiência 28

Gerações 33

Temas interseccionais 38

Comunicação Inclusiva 43

Boas práticas de diversidade, equidade e inclusão 56

O que você pode fazer 58


POR QUE A SKY
APOIA A CULTURA DA
DIVERSIDADE?

3 | SKY – GUIA DE DIVERSIDADE & INCLUSÃO


POR QUE A SKY APOIA A CULTURA DA DIVERSIDADE?

A SKY incentiva a diversidade porque sabe que todos nós somos


diferentes. Cada um é de um jeito e aí está uma grande fortaleza.
Entendemos que a diversidade é positiva e, portanto, deve ser
compreendida e valorizada!

Porém, é importante entendermos também que nem todos são incluídos


da mesma maneira em nossa sociedade, que ainda é bastante desigual.
Quantas mulheres são líderes no seu ambiente de trabalho? Onde

perguntas são pontos de reflexão para começarmos uma conversa


sobre esse assunto.

Diversidade e inclusão são temas urgentes e necessários, que devem

passamos boa parte do nosso tempo e por isso, eles fazem parte e são
prioridades na nossa cultura.

Assim como na sociedade, em uma empresa existem múltiplas vozes


a serem ouvidas. As organizações devem se comprometer a respeitar
e acolher as pessoas que fazem parte de sua rede, de colaboradores
a clientes. Nesta cartilha, trazemos conceitos e fundamentos sobre
diversidade, inclusão e seus pilares, para alcançarmos cada vez mais
pessoas em uma cultura de respeito mútuo.

VAMOS TRILHAR ESSA


JORNADA JUNTOS?

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FUNDAMENTOS
DE DIVERSIDADE
E INCLUSÃO
Diversidade, inclusão, igualdade e equidade. Parece que estamos
falando das mesmas coisas, não é mesmo? Porém, cada um desses
conceitos nos traz a chance de entender mais profundamente aspectos
relevantes para essa temática, assim como seus desdobramentos na
realidade das organizações.
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FUNDAMENTOS DE DIVERSIDADE E INCLUSÃO

CONHEÇA ALGUNS CONCEITOS

DIVERSIDADE É o conjunto de características culturais,


biológicas, sociais, econômicas que fazem de
cada indivíduo um ser único.

INCLUSÃO É a valorização e inserção de populações que,


por questões históricas e sociais, enfrentam
barreiras na sociedade e nas empresas.

IGUALDADE É tratarmos os diferentes de forma igual.

EQUIDADE É tratarmos os diferentes de forma diferente,


respeitando as características próprias de cada
um, oferecendo igualdade de oportunidades
para todas as pessoas.

Existe uma ideia equivocada que diz que “as pessoas são todas iguais”.

que fala que todos devem receber as mesmas ferramentas de


desenvolvimento, independentemente de terem trajetórias diversas.
A partir do momento em que se reconhece que há pessoas com
desvantagens socioeconômicas ou que sofrem preconceitos de raça

tenham acesso à igualdade de oportunidades.


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QUAIS SÃO AS
DIFERENÇAS QUE
NOS FAZEM ÚNICOS?
No dicionário temos uma palavra muito interessante: alteridade,

do outro e reconhecer essa diferença, não como algo negativo,


mas como uma possibilidade de encontro com pessoas únicas
que vivem, atuam e compreendem o mundo a partir do seu
próprio ponto de vista. Reconhecer a nossa diversidade como
algo positivo é o que constrói uma sociedade mais democrática
e tolerante, com respeito ao próximo e ao coletivo.

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EQUIDADE
DE GÊNERO
e não por características inatas. Com relação à identidade de

designado no nascimento são chamadas de pessoas trans.

a forma como a pessoa se expressa perante a sociedade,


contemplando um conjunto de símbolos atribuídos aos universos
feminino, masculino ou andrógino.

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EQUIDADE DE GÊNERO

as mulheres enfrentam. Tais barreiras podem surgir a partir do


machismo, que é expressado por meio de opiniões que se opõem

“Homens são líderes natos!”; “Essa mulher deve estar de TPM!”;

não a contratar, pois ela deve engravidar em breve”. Frases como


essas são interpretadas como preconceituosas e partem de
princípios criados por uma cultura machista.

Para minimizar os efeitos gerados por esses estereótipos,

valorizem o respeito às diferenças de identidade e valorização das

BORA RELEMBRAR!

SEXO GÊNERO
CONCEITO CONCEITO
BIOLÓGICO SOCIAL

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EQUIDADE DE GÊNERO

COMO O ASSUNTO
SE DESDOBRA NO
CONTEXTO EMPRESARIAL
A maior parte da população brasileira é constituída por mulheres:
elas representam 51,7% dos brasileiros, segundo dados da Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de

da força de trabalho no país, além de serem as maiores responsáveis

IBGE, as mulheres dedicam 21 horas semanais às tarefas domésticas,


enquanto os homens destinam apenas 11 horas. A diferença de horas
entre as médias masculina e feminina aumentou de 9,9 para 10,4 horas
semanais, de 2016 para 2019.

Esse é um papel social que as mulheres desempenham há séculos.


Felizmente, tivemos avanços em relação ao acesso das mulheres no
mercado de trabalho. Esse contexto, somado, faz com que as mulheres
exerçam jornadas triplas, prejudicando sua participação e oportunidades
de desenvolvimento e ascensão de carreiras nas organizações.

De acordo com a International Labor Organization, mulheres ganham,


em média, 20,5% menos que os homens. Já uma mulher negra chega
a receber 59% menos em comparação à remuneração de um homem

raciais e pode ser explicada a partir do conceito de interseccionalidade.

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EQUIDADE DE GÊNERO

As mulheres são minoria em cargos de liderança. Segundo dados do


Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea, 2018), 45% das casas

o Fórum Econômico Mundial apontou que levará 257 anos para que
homens e mulheres alcancem paridade salarial ao redor do mundo.

O QUE É INTERSECCIONALIDADE?

É o estudo da sobreposição ou intersecção de


identidades sociais e sistemas de opressão, dominação
ou discriminação. A teoria sugere e procura examinar

outros eixos de identidade interagem em níveis múltiplos


e, muitas vezes, sobrepostos.

Na prática, a interseccionalidade nos mostra, por

uma mulher negra e periférica. Ainda que ambas sejam


atravessadas pelo machismo, há fatores adicionais como
o racismo e o preconceito de classe que tornam a vida da

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EQUIDADE DE GÊNERO

DICAS
Informe-se sobre o feminismo: converse e leia sobre o
tema e entenda as diferenças que ele engloba. É importante
lembrar que feminismo não é o oposto de machismo, mas um

Repense o elogio: que tal elogiar sua colega por sua

uma mulher a partir de suas múltiplas qualidades, e não pela

As tarefas de casa não são de responsabilidade só da mulher:


todos que vivem na casa devem fazer as atividades domésticas.

Não interrompa as mulheres: um estudo realizado pela


Universidade de George Washington mostrou que mulheres são

Cuide dos estereótipos em entrevistas:


se uma pergunta não é feita para homens

pergunta estereotipada. Questionar


mulheres sobre sua intenção de
engravidar ou onde ela deixaria

são exemplos que devem


ser abandonados.

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EQUIDADE DE GÊNERO

COMO SE ALIAR
A ESSA CAUSA

Converse com as mulheres à sua volta; adote


atitudes colaborativas, em vez de competitivas.
Respeite as mulheres, sua sexualidade, sua
intimidade, e ajude como puder no combate a
qualquer tipo de constrangimento ou assédio.

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RAÇA
individual, sendo agrupada em cinco principais possibilidades: parda,
preta, branca, indígena e amarela. O conjunto de pardos e pretos

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RAÇA

Para compreender esses conceitos na realidade brasileira precisamos


entender a história, onde pessoas negras foram trazidas à força para
um regime de trabalho escravo. A abolição desse sistema, por sua
vez, não trouxe oportunidades socioeconômicas que integrassem
efetivamente essa população. Pelo contrário, até hoje a população negra

ENTENDA A
DIFERENÇA ENTRE RAÇA E ETNIA

RAÇA é uma categoria criada para legitimar sistemas


de dominação baseados em fenótipo (conjunto de
características observáveis de um organismo – sendo elas

dos olhos, entre outras). É entendida como uma construção

econômicas e políticas.

ETNIA é um grupo de indivíduos que compartilham do


mesmo sistema sociocultural, a mesma língua, religião,

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RAÇA

COMO O ASSUNTO
SE DESDOBRA NO
CONTEXTO EMPRESARIAL
No Brasil, os negros são maioria e representam 56,1% da população

média, 28,8% a menos que uma pessoa branca com o mesmo grau
de escolaridade.

Embora, pela primeira vez, os negros sejam maioria no ensino


superior público (segundo o IBGE as matrículas de pretos e pardos
somam 50,3%), eles ainda são minoria nas posições de liderança no

subocupados, negros são a maior parte. A informalidade atinge


48,3% da população negra,
ao passo que afeta 34,2% das
pessoas brancas.

possibilidades concretas
para catalisar uma mudança
que precisa ocorrer, na
sociedade e nas empresas, o
mais rápido possível.

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RAÇA

DICAS

Não faça nem tolere “piadas”: atitudes racistas que ofendam


pessoas de qualquer raça ou etnia não podem ser, em
nenhuma hipótese, tratados como brincadeira. Além de um
comportamento inadequado, é crime previsto em lei.

a
raça de um indivíduo não pode interferir nas relações de trabalho
e/ou ser base para quaisquer decisões relacionadas à carreira.

Não use expressões racistas: troque, por exemplo, denegrir por

mercado ilegal… todas essas palavras e expressões denotam


preconceitos e podem ser substituídas.

Não reforce estereótipos ou


preconceitos: não presuma que

vieram de origem socioeconômica


determinada, entre outras formas
de racismo.

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RAÇA

COMO SE ALIAR
A ESSA CAUSA
Não diga que racismo não existe ou que há racismo
reverso. Busque informações e se eduque para
entender as questões de raça. Vivemos em uma
sociedade racista e precisamos estar atentos para não
cometermos e nem reproduzirmos falas ou atitudes
racistas que precisam ser combatidas.

O sistema em que vivemos foi construído com base


em opressões, por isso devemos sempre refletir sobre
os preconceitos que reproduzimos, entender e rever
nossos privilégios no mundo. É importante reconhecer
os próprios preconceitos e, principalmente, trabalhar

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RAÇA

O QUE É RACISMO ESTRUTURAL?

Racismo estrutural é o termo usado para reforçar o


fato de que há sociedades estruturadas com base na
discriminação, privilegiando algumas raças em detrimento das outras.

A estrutura social que possibilitou a manutenção do racismo ao longo


da história do Brasil pode ser contada a partir das próprias leis do
país. Exemplo disso é a própria Lei Áurea, de 1888. Além de o Brasil
ser o último país das Américas a aderir à libertação das pessoas
escravizadas, a população negra que vivia aqui se viu livre, porém sem
opções de emprego ou educação.

Em 1824, a Constituição dizia que a escola era um direito de todos


os cidadãos, o que não incluía os povos escravizados. Já em 1850,
a Lei de Terras permitiu ao Estado a venda de espaços agrários a
custos altos. Como as pessoas negras poderiam, em condições de
precariedade total, cultivar o próprio alimento? A lei previu, mais tarde,
subsídios do governo à vinda de colonos europeus para viverem e
trabalharem no Brasil. O objetivo era “branquear” a população brasileira.

Se, antes da abolição, a legislação parecia não ter relação direta com
o racismo, em 1890, com as primeiras leis penais da República, isso

encontrados na rua ou que praticassem a capoeira podiam ser presos.


Era a chamada Lei dos Vadios e Capoeiras.

A primeira vez em que a legislação contribuiu, de fato, para a


democracia racial no Brasil ocorreu apenas em 1989, quase um
século depois, quando a Lei Caó tornou o racismo um crime

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LGBTI+
LGBTI+: lésbicas, gays, bissexuais, trans, intersexuais e o “+”, que
simboliza todos os demais aspectos da sexualidade humana. Mais do
que uma sigla, representa os diferentes tipos de orientações sexuais

assegurar que seus direitos e suas vidas sejam respeitados.

O uso da sigla neste formato é uma recomendação do Manual de


Comunicação LGBTI+, desenvolvido pela Aliança Nacional LGBTI+
e Rede GayLatino. Este formato da sigla também está alinhado às
diretrizes da Organização das Nações Unidas (ONU).

A LGBTfobia está presente em nossa sociedade e possui muitas


situações, desde expressões comumente usadas até crimes de ódio.
Desde 2019, discriminar uma pessoa por sua orientação sexual e

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LGBTI+

O BISCOITO DE GÊNERO
EXPRESSÃO
DE GÊNERO
A maneira como a pessoa
IDENTIDADE
DE GÊNERO sociedade, desde o uso de
roupas e acessórios até
detalhes físicos, como gestos,
como homem, mulher, como
as atitudes e o timbre de voz.
ambos ou mesmo como

SEXO ORIENTAÇÃO
BIOLÓGICO SEXUAL
As características do sexo Por quem a pessoa se
físico com as quais a pessoa sente atraída.
nasceu e desenvolveu,
incluindo órgãos genitais,
forma do corpo, tom de voz,
hormônios, etc.

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LGBTI+

IDENTIDADE DE GÊNERO
MULHER | NÃO-BINÁRIO | HOMEM

É como o indivíduo se percebe, o entendimento que tem de si


mesmo e como gostaria de ser reconhecido. Independentemente
de seu sexo biológico, um ser humano pode ter a identidade

uma determinação biológica. Dentre as diversas identidades de

• Pessoa cis: • Pessoa trans:


com com

atribuído no nascimento. atribuído no nascimento.

Queer
Queer é um termo usado para representar as pessoas

sem concordar com rótulos ou que não queiram

O que é nome social?


O nome social é aquele utilizado pela mulher ou

ainda não é promovida a alteração formal nos


seus documentos civis. O nome social deve ser
respeitado em todas as ocasiões.

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LGBTI+

EXPRESSÃO DE GÊNERO
FEMININA | ANDRÓGENA/O | MASCULINA

É o comportamento social e cultural do indivíduo para com o


mundo, a forma como alguém se expressa. Isso engloba formas
de se vestir, agir, comportamento e interação.

SEXO BIOLÓGICO
FÊMEA | INTERSSEXUAL | MACHO

órgãos genitais e capacidades reprodutivas que distinguem o

anatomia reprodutiva ou sexual ambígua e, nesses casos,


usamos o termo intersexual.

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LGBTI+

ORIENTAÇÃO SEXUAL
HETEROSSEXUAL | BISSEXUAL | HOMOSSEXUAL
ASSEXUAL | PANSEXUAL

É a atração afetiva e/ou sexual e involuntária que uma pessoa

tipos de orientação sexual:

• Heterossexual: indivíduo que sente atração afetiva e/ou

• Homossexual: indivíduo que sente atração afetiva e/ou

• Bissexual: indivíduo que sente atração afetiva e/ou sexual

Assexual: assexuais
as pessoas que não performam sexualidade. Porém,
existem diversas características da assexualidade —

assexuais que sentem atração sexual a partir de uma


condição. Um exemplo é a demissexualidade: aquelas

tipo de sentimento pela pessoa, seja de afeto ou paixão.

Pansexual: são pessoas que sentem atração sexual,


amorosa ou afetiva por pessoas de qualquer sexo,

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LGBTI+

COMO O ASSUNTO
SE DESDOBRA NO
CONTEXTO EMPRESARIAL

Apesar de temas LGBTI+ estarem muito mais visíveis


na mídia nos últimos anos, nem todas as letras da sigla

de segurança psicológica onde todas as pessoas possam


falar abertamente sobre sua orientação sexual e identidade

das contratações de pessoas trans, que atualmente

É importante que empresas e suas lideranças criem ações

da garantia de todos os direitos


trabalhistas previstos em lei, como
licença parental e extensão de
benefícios aos seus dependentes.

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LGBTI+

DICAS

Não use a expressão “opção sexual”, pois não se trata de uma


escolha. A expressão correta é orientação sexual.

Não faça “piadas” com relação à orientação sexual de alguém.


Esse é um assunto pessoal que só deve ser compartilhado caso
seja o desejo da pessoa.

Chame a pessoa pelo nome


peça desculpas e adote a maneira correta em seguida.

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LGBTI+

COMO SE ALIAR
A ESSA CAUSA

Trate com respeito todas as pessoas, independentemente

um aspecto da pessoa, que tem diversas outras


características e interesses. Se presenciar alguma
situação de preconceito, deixe claro que esse não é um
comportamento aceitável. Na dúvida, pergunte!
É importante dialogar, construir pontes e mostrar
empatia ao tema.

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PESSOAS
COM DEFICIÊNCIA

quase 24% da população, segundo o IBGE (2018).

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PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

conseguir emprego, estudar e até se relacionar com o mundo virtual.


Isso acontece pois, na maioria das vezes, as cidades e as tecnologias

se porta. Também não devemos confundir com a expressão “pessoa com


necessidades especiais”, pois engloba gestantes, pessoas idosas ou com
mobilidade reduzida.

O QUE É CAPACITISMO?
O capacitismo surge de ações discriminatórias
e da equivocada percepção de que uma

inferioridade. É uma crença errada de que

realizar atividades como estudar, trabalhar,

por exemplo.

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PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

COMO O ASSUNTO
SE DESDOBRA NO
CONTEXTO EMPRESARIAL

No contexto empresarial, temos uma lei que estimula a

mercado de trabalho para além da cota. A inclusão

empresas e na sociedade em geral.

ascender na carreira. Muitas


vezes, o capacitismo faz

posições iniciais,
mesmo que tenham
potencial para ocupar
novos postos.

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PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

DICAS

A expressão pode
passar a ideia de que a pessoa é incapaz. Precisamos romper as
barreiras impostas pela sociedade, aumentando a acessibilidade
física e comunicacional.

se
ela precisa de ajuda e qual a melhor forma fazer isso. Não toque
na pessoa sem o consentimento dela.

Não faça perguntas íntimas


curiosidade. Se a pessoa quiser conversar sobre isso, ela vai

fonte de dó ou heroísmo.

31 | SKY – GUIA DE DIVERSIDADE & INCLUSÃO


PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

COMO SE ALIAR
A ESSA CAUSA

Pense em soluções no seu bairro e na sua empresa

que possamos eliminar barreiras construídas por


uma sociedade que não pensa em espaços inclusivos
e acessíveis. Viver em uma cidade e trabalhar em
uma empresa que pensa em todas as pessoas não é

para todas as pessoas que ali convivem.

Não coloque o outro em uma caixinha cheia de


prejulgamentos e ideias prontas; possuir características
diferentes não incapacita e nem faz com que as

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GERAÇÕES
A expectativa de vida aumentou muito nas últimas décadas e isso

muito mais rica e cheia de possibilidades. O tema se mostra cada dia


mais relevante, considerando aspectos tão amplos quanto a chegada

pessoas em idade ativa aptas a trabalhar), em 2018.

É importante mencionarmos que as gerações não devem servir para


nos aprisionar ou estereotipar, mas como uma forma adicional de

viveu e suas semelhanças sociais e culturais, sem nunca esquecermos


das individualidades.

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GERAÇÕES

CONHECA AS GERAÇÕES

BABY BOOMERS Acompanharam de perto grandes


Nascidos nas mudanças econômicas, sociais,
décadas de 1940 e 1950 culturais e políticas, como guerras
e movimentos progressistas.

GERAÇÃO X
Nascidos nas guerra e foi a primeira a ter
décadas de 1960 e 1970 contato com as novas tecnologias.
Tendem a valorizar o trabalho e a

GERAÇÃO Y Essa geração presenciou uma


OU MILLENIALS das maiores revoluções: a
Nascidos nas internet. Pôde também usufruir
décadas de 1980 e 1990 um momento mais otimista na
História da humanidade.

GERAÇÃO Z Essa geração nasceu em um


Nascidos nas mundo com internet, sabem lidar
décadas de 2000 e 2010 com as tecnologias de forma
muito natural e se adaptam
rapidamente às mudanças.

GERAÇÃO ALFA O termo corresponde às pessoas


Nascidos após 2010 nascidas a partir de 2010.

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GERAÇÕES

COMO O ASSUNTO
SE DESDOBRA NO
CONTEXTO EMPRESARIAL

presenciou situações como essas? Isso é preconceito geracional.


Pressupor que, pela idade uma pessoa apresente determinadas
características, exclui toda a oportunidade de mudanças e troca que
essa diversidade pode proporcionar no ambiente de trabalho.

por “talentos”, pois há relatos de pessoas com 45 anos, por exemplo, que
já sofrem preconceito por idade em entrevistas de emprego. Essa é uma

brasileira, que terá, em 2050, mais de 68 milhões de pessoas maduras.

Além disso, um time composto por pessoas de diferentes gerações e

mais jovem pode trazer um novo olhar para o negócio.

35 | SKY – GUIA DE DIVERSIDADE & INCLUSÃO


GERAÇÕES

DICAS

Avalie as pessoas pelas habilidades e características que elas


demonstram e não faça um prejulgamento pela idade.

Envelhecer pode trazer algumas limitações e isso é natural.


Não infantilize ou use termos como “melhor idade”. Utilize a faixa

60+ ou pessoas maduras.

Não subestime uma pessoa por ela ser mais jovem ou deixe de

para a posição que está sendo avaliada.

inovação não é uma habilidade exclusiva de


pessoas jovens.

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GERAÇÕES

COMO SE ALIAR
A ESSA CAUSA
O convívio é uma ótima oportunidade de trocas entre gerações. Conheça
pessoas com idades diferentes da sua e aprenda com suas qualidades e
conhecimentos; ouça o que o outro tem a dizer e exercite a empatia, isso
pode gerar ótimas resoluções para questões complexas.

A diversidade geracional tem sido comumente analisada junto às


mudanças previstas no futuro (ou presente) do trabalho. Conheça
algumas delas:

Modelos rígidos de trabalho X modelos flexíveis de trabalho


(horas, espaços e equipes)

Mentalidade linear (estudar, trabalhar e aposentar) X mentalidade


transitória (lifelong learning ou educação continuada)

Valorização da diversidade etária


(Programas de mentoria mútua ou reversa)

Políticas de aposentaria compulsória X Novas modalidades de


trabalho

Liderança hierárquica X liderança situacional

Programas de Desenvolvimento para diferentes gerações

37 | SKY – GUIA DE DIVERSIDADE & INCLUSÃO


TEMAS
INTERSECCIONAIS
A diversidade inclui muitas particularidades e seria impossível citar
todas elas. As diferenças, sejam elas físicas ou sociais, podem se
sobrepor e dar margem para que a mesma pessoa possa receber
tratamentos discriminatórios por mais de um motivo. Por exemplo:
um homem negro e gordo e uma mulher lésbica e pobre sofrem
ainda mais os preconceitos existentes na sociedade por terem
essas características.

Na mesma medida em que somos tão diferentes, também sofremos


os mais diversos tipos de preconceito. Por isso, a inclusão é
importante para que possamos entender que não somos todos
iguais e que não podemos aceitar que as diferenças sejam motivos
de discriminação.

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TEMAS INTERSECCIONAIS

CONHEÇA ALGUNS
TEMAS INTERSECCIONAIS

PRECONCEITO SOCIAL
É quando atribuímos traços de personalidade para
um grupo de pessoas por conta de sua origem
social e poder aquisitivo.
Exemplo: “Ele é sem educação porque é pobre”.

XENOFOBIA
É o preconceito com outras
nacionalidades ou culturas.
Exemplo: “Aquele lá veio do Norte
pra roubar o nosso emprego”.

GORDOFOBIA
É quando julgamos o outro por seu excesso de
peso, como se ele fosse doente ou descuidado,

aumento de peso existe por causas biológicas,


metabólicas e genéticas.

39 | SKY – GUIA DE DIVERSIDADE & INCLUSÃO


TEMAS INTERSECCIONAIS

COMO O ASSUNTO
SE DESDOBRA NO
CONTEXTO EMPRESARIAL

Uma pesquisa realizada na Inglaterra analisou um banco de


dados com quase 120 mil pessoas, entre homens e mulheres
com idade entre 37 e 73 anos. Eles relacionaram a altura e peso
com a realidade socioeconômica de cada um, como o nível de
escolaridade, a renda e o cargo de trabalho. A conclusão foi que

Considerando esse contexto, mais uma vez o papel das


empresas é o de inclusão. As organizações devem assumir
posições a favor do respeito e do reconhecimento das
diversidades, divulgando amplamente esses valores. Da
entrevista à contratação, pensar no respeito ao diferente;
abordar o assunto em diversos
momentos, em reuniões e

eventos e convenções.

SKY – GUIA DE DIVERSIDADE & INCLUSÃO | 40


TEMAS INTERSECCIONAIS

DICAS

A desigualdade social é um grave problema no Brasil e devemos

com solidariedade.

Receba bem as pessoas imigrantes, em situação de refúgio ou


que vieram de outros locais diferentes do seu. É possível que

poderia estar no lugar delas.

Evite frases como “Nossa! Como você está bonita magra desse
jeito”. A beleza não está na magreza e muita gente perde peso de
forma pouco saudável, por causa de distúrbios alimentares ou até
mesmo depressão.

41 | SKY – GUIA DE DIVERSIDADE & INCLUSÃO


TEMAS INTERSECCIONAIS

COMO SE ALIAR
A ESSA CAUSA

A outra pessoa é sempre a diferente? Pense na sua


própria condição e tenha empatia. Ela também pode te

Somos pessoas muito diferentes umas das outras e


precisamos respeitar nossas individualidades. Por isso,
não faça piadas sobre características físicas, sotaque,
origem ou maneira de se comunicar ou se comportar.

Respeito, acolhimento e empatia são sempre as


melhores maneiras de se aliar.

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COMUNICAÇÃO
INCLUSIVA
Ter uma comunicação inclusiva ajuda a otimizar, aproximar e
fortalecer nossas relações a partir de diálogos funcionais e
acolhedores. Isso envolve explorar formatos e recursos para
garantir o acesso à informação, considerando uma diversidade de
pessoas – com e sem deficiência. Todas as mensagens e canais
de comunicação têm potencial para serem inclusivos. Para isso, é
preciso intenção, vontade de aprender e evoluir constantemente.

A comunicação é uma ferramenta primordial para reforçar nosso


processo de inclusão. Aproveite para desenvolver essa capacidade
de comunicação tão importante para o seu crescimento pessoal e
profissional. Veja as dicas que preparamos para você e saiba
como contribuir para um dia a dia mais inclusivo e acolhedor.

43 | SKY – GUIA DE DIVERSIDADE & INCLUSÃO


COMUNICAÇÃO INCLUSIVA

A COMUNICAÇÃO É INCLUSIVA QUANDO:


Possibilita que todas as pessoas
tenham acesso à mensagem.

Não reproduz estereótipos.

Não utiliza expressões nem meios


que possam representar barreiras.

Utiliza termos corretos.

Respeita, valoriza e dá voz à pluralidade da população.

O QUE ANALISAR PARA REALIZAR


UMA COMUNICAÇÃO INCLUSIVA?

DIMENSÃO DESAFIO REAÇÃO ESPERADA RISCO DE DEIXAR DE FORA...

Pessoas com deficiência


“Eu consigo acessar e/ou limitações, como TDAH,
CANAIS Acessibilidade
esta comunicação” hiperatividade, idosos,
entre outros

Pessoas com baixa


“Eu compreendo
escolaridade e pessoas que
MENSAGEM Assertividade completamente esta
não conhecem outro idioma
comunicação”
além do nativo

Pessoas de diferentes
“Eu me vejo nesta idades, culturas, religiões,
VISUAL Representatividade
comunicação” etnias, LGBTQIA+, com
deficiência e/ou dificuldades

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COMUNICAÇÃO INCLUSIVA

NOMENCLATURAS
E BOAS PRÁTICAS
GÊNERO
• Priorizar o uso de gênero neutro nas comunicações.
Alguns exemplos:
- Todas as pessoas;
- Vaga Pessoa Coordenadora, Pessoa Compradora, etc.
- Saudações e boas-vindas: em vez de usar “bem-vindo /
bem-vinda", você pode substituir por “que bom ter você
com a gente".
- “Olá, todas e todos" pode ser simplificado por
“Olá, pessoal" ou “Olá, gente".
• Evitar estereótipos de gênero em brindes e comunicações
de datas comemorativas, como não relacionar o Dia das
Mães apenas à mulher cis e o Dia dos Pais apenas ao
homem cis. Também é importante evitar cores nas
comunicações que criem estereótipos, como azul para
menino e rosa para menina, entre outros.

LGBTI+
• O correto é orientação sexual, e não opção sexual.
• O correto é homossexualidade, e não homossexualismo.
• Pessoa trans é um “termo guarda-chuva” para se referir
às pessoas com identidades trans: transexuais,
transgêneros, travestis, pessoas não binárias, etc.
• Uso de pronome correto para pessoas trans.
• Garantia do uso de nome social.

45 | SKY – GUIA DE DIVERSIDADE & INCLUSÃO


COMUNICAÇÃO INCLUSIVA

• Substituir os marcadores de gênero por “x” ou “@” não é legal,


pois não é inclusivo para deficientes visuais ou auditivos, além
de também dificultar a leitura para pessoas com dislexia. Busque
outras formas de deixar a linguagem neutra. Por exemplo, no
lugar de “bem vindx”, escreva “bom ter você aqui!”.

PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E/OU DIFICULDADES


• Tipos de deficiências e/ou dificuldades:
visual, auditiva, física, intelectual e múltipla.
• Libras não é linguagem, é língua!
• Não utilizar abreviação (p. ex., PCD).
• Pessoa surda (perda total da audição) é diferente de pessoa
com deficiência auditiva (algum tipo de deficiência auditiva
parcial e outras).
• Pessoa cega (perda total da visão) é diferente de pessoa com
deficiência visual (algum tipo de deficiência visual parcial e outras).
• Não utilizar o termo “surdo-mudo”, pois não significa que uma
pessoa surda ou deficiente auditiva seja muda, são deficiências
distintas. O que acontece é que muitos mudos, por não ouvirem,
acabam não desenvolvendo a fala.
• Não utilizar portadores de deficiência ou deficientes. Portador é
uma pessoa que pode portar, ou não, como um objeto, e não é o
caso de pessoas com deficiência, que não têm opção. Deficiente
é como um adjetivo, e vem depois da pessoa. O correto é se referir
primeiro à pessoa, e depois à deficiência.
• Não utilizar “vaga para PCD”.
• Não utilizar e ter atenção a frases capacitistas. Em vez de usar
“Não tenho braço para isso”, use “Não tenho pessoas para
executar esta tarefa”, entre outros.

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COMUNICAÇÃO INCLUSIVA

RAÇA E ETNIA
• Para referências de cor/raça, utilizar pessoa negra, preta,
parda, branca, indígena ou amarela.
• Não utilizar expressões racistas como: “mulata”, “denegrir”,
“lista negra”, “ovelha negra”, “cor de pele”, “feito nas coxas”, “de
meia tigela”, “cor do pecado”, “samba do crioulo doido”,
“cabelo ruim”, “a coisa está preta”, “dia de branco”, “inveja
branca”, “criado mudo”, entre outros.
• Ter atenção aos estereótipos raciais. Por exemplo: deduzir que
uma pessoa negra em uma loja trabalhe no local; atribuir perfil
socioeconômico por causa da raça ou etnia da pessoa.

IDIOMAS E SIGLAS
• Traduza sempre para o idioma do país
(palavras em qualquer idioma, traduzir
para o idioma nativo da comunicação).
• Evitar o uso de siglas, mas, se for
necessário, incluir sua explicação.
Exemplo: área de CS – área de Customer
Success – sucesso da pessoa cliente.

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COMUNICAÇÃO INCLUSIVA

PROCESSOS QUE DEVEM CONSIDERAR


UMA COMUNICAÇÃO INCLUSIVA

1. Comunicação visual 6. Redes sociais


2. Comunicação interna 7. Eventos
3. Publicidade 8. Marca empregadora
4. Comunicação externa 9. Comunicação presencial
e impressa 10. Fóruns, premiações
5. Comunicação virtual e pesquisas

A SKY acredita que uma comunicação verdadeira e coerente


com a nossa essência acontece de dentro para fora. É no
nosso dia a dia, na forma que nos relacionamos uns com os
outros, que a inclusão se fortalece.

Nossas campanhas internas e externas, apresentações,


comunicados, postagens nas redes sociais e quaisquer
outros materiais de comunicação devem refletir o quanto
apoiamos e valorizamos a diversidade e a inclusão.

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COMUNICAÇÃO INCLUSIVA

ALGUMAS PERGUNTAS
IMPORTANTES NA HORA DE
PRODUZIR OU APROVAR MATERIAIS:
• As imagens escolhidas representam a pluralidade da
população?
• Pessoas negras, com deficiência e/ou dificuldades, LGBTI+,
mulheres, entre outros, aparecem apenas em situações
específicas, que reforcem estereótipos estabelecidos pela
sociedade, como projetos sociais e produtos para pessoas de
baixa renda, ou também em cargos de liderança e posições
inspiradoras?
• Os canais são inclusivos?
• Essa comunicação agride ou exclui alguém?

ACESSIBILIDADE: BOAS PRÁTICAS


DE CONTEÚDO DIGITAL
• Incluir descrição de imagem.
• Todo conteúdo em vídeo com texto falado deve possuir
versão legendada.
• Vídeos devem ter janela de Libras
(com avatar digital ou tradutor-intérprete).
• É recomendado que conteúdos em áudio (como podcasts)
também tenham transcrição em texto.

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COMUNICAÇÃO INCLUSIVA

• Outra recomendação é que sites


tenham um avatar digital para
interpretação em Libras.
• Os hiperlinks (direcionamentos
para outras páginas) dentro
dos textos devem indicar a
finalidade e o destino do link.
Por exemplo: “Para conferir a
programação, clique aqui”,
“Clique aqui para responder
à pesquisa”.
• Atente para gráficos e infográficos.
Nem sempre um leitor de tela
consegue relatar de maneira compreensível
os elementos de um gráfico ou infográfico. É recomendável ter um
texto descritivo, com detalhes dos dados apresentados e com as
principais análises a partir do gráfico.
• Opte por cores que geram contraste entre texto e fundo e prefira
cores escuras no background da aplicação. Usuários com baixa
visão tendem a ter sensibilidade à luz de telas brancas ou de cores
claras. Evite utilizar as cores verde e vermelho, pois geralmente as
pessoas com daltonismo apresentam dificuldade para
identificá-las.
• Ao criar uma ação que envolva interação, sorteio, entre outros,
pensar em como incluir todas as pessoas. Um caça-palavras, por
exemplo, não tem um formato que inclua as pessoas com
deficiência visual.

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COMUNICAÇÃO INCLUSIVA

AO ENVIAR UM CONVITE PARA


VIDEOCONFERÊNCIA, ATENTE
PARA A ACESSIBILIDADE DO LINK.
• Deixe claro qual é o link para acessar a reunião,
ele deve estar bem visível.
• O link deve estar em texto, não em imagem.
Se houver arte no convite, este deve ter descrição
de imagem.

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COMUNICAÇÃO INCLUSIVA

REDES SOCIAIS
Mesmo que ainda não haja um ambiente digital 100%
inclusivo, podemos começar a utilizar a Descrição da
Imagem. Essa é uma recomendação que você já pode
adotar ao postar no nosso Workplace. Veja algumas
dicas para descrever imagens:

• Identifique os elementos relevantes na imagem.


• Descrever a imagem de forma clara e objetiva,
sempre levando em consideração a complexidade e
a quantidade de elementos visuais.
• Mencione as cores.
• Use verbos no presente e evite gerúndio.
• Elimine pleonasmos, como “a foto ilustra”.
• Não use adjetivos.
• Descreva apenas o que tiver certeza.
• Coloque o nome da pessoa, se houver, ou substantivo
primeiro, depois use pronome pessoal. Tenha certeza
de que está usando o pronome correto; se tiver
dúvida, pergunte ou cogite alterar a imagem.

Descrição de imagem: Retrato de


uma jovem mulher de pele branca e
cabelo loiro escuro liso na altura do
ombro. A mulher está de cabelos
soltos, veste uma camiseta de manga
comprida verde escura e está olhando
para frente e sorrindo. Ao fundo, uma
parede branca. Fim da descrição.

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COMUNICAÇÃO INCLUSIVA

DATAS DE CONSCIENTIZAÇÃO
• Não usar o termo “data comemorativa”, pois todas as datas de
Diversidade e Inclusão são datas de conscientização. Por trás
de cada data, há uma luta.
• Considere e valorize pessoas palestrantes pretas/negras,
LGBTI+, mulheres, pessoas com deficiência, pessoas de outras
raças, etnias, de diversas faixas etárias, culturas e religião para
falar sobre quaisquer temas.
• Todo evento é uma oportunidade de falar (e agir) em prol da
diversidade e inclusão.
• Saia dos estereótipos: por que não contratar um recepcionista
homem? Ou uma mecânica mulher? Ou uma assistente técnica
mulher?
• Ao escolher locais para eventos, pense na acessibilidade em
todos os aspectos, como locomoção, interação e comunicação.

MARCA EMPREGADORA
É o conjunto de posicionamento, atributos e mensagens que a
empresa define e põe em prática para comunicar sua marca
empregadora, de forma a atrair e reter os melhores talentos.
Perguntas poderosas:

• Os descritivos de cargo são assertivos, acessíveis e inclusivos?


• Nos descritivos fica claro que a empresa valoriza a diversidade?
• Os descritivos incentivam a participação ou criam barreiras?

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COMUNICAÇÃO INCLUSIVA

DICAS

Priorize palavras neutras, que não remetam a gênero.


.
A descrição das vagas é inclusiva para todas as pessoas?
Exemplos: pessoas com deficiência e ou dificuldades,
mulheres, LGBTI+, de todas faixas etárias, raças, religião,
entre outros.

Inclua um parágrafo que deixe claro que a empresa


valoriza a diversidade e incentiva a aplicação de
pessoas com perfis diversos.

É importante explicitar, se for o caso, benefícios


diferenciados, como licença-paternidade estendida,
creche para filhos de empregados de qualquer gênero, etc.

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COMUNICAÇÃO INCLUSIVA

COMUNICAÇÃO PRESENCIAL
• Tenha escuta ativa.
• Evite estrangeirismos e siglas de forma exacerbada.
• Conheça o(a) seu(sua) interlocutor(a).
• Elimine expressões machistas, racistas, capacitistas,
LGBTfóbicas, etaristas, etc.
• Pessoas surdas podem ser oralizadas ou não, fazer leitura labial
ou não, saber Libras ou não, ser alfabetizadas ou não.
• Ao falar com uma pessoa surda que faz leitura labial, fale mais
pausadamente e sempre de frente para o seu interlocutor.
• Ao falar com uma pessoa cega ou com deficiência visual em um
grupo de pessoas, toque levemente o seu ombro para sinalizar
que você está falando com ela.
• Ao ajudar uma pessoa cega ou com deficiência visual a
caminhar, sempre dê o braço para ela segurar, e não o contrário.
• Não presuma. Na dúvida, pergunte. Sem ser invasivo e com
muita sensibilidade.

FICOU COM DÚVIDAS?


Procure os canais de comunicação corporativa,
a área de diversidade e inclusão ou a liderança
para saber mais.

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BOAS PRÁTICAS
DE DIVERSIDADE,
EQUIDADE E INCLUSÃO
Diversidade e inclusão representam uma jornada, tanto para a empresa,

ter informações precisas


sobre a população interna da empresa é essencial para
desenhar estratégias efetivas para ampliar a diversidade
e inclusão na empresa.

Estabeleça metas: tudo o que é relevante nas


organizações é representado por meio de metas, que
são prioridades de ação na empresa. Com diversidade e
inclusão não poderia ser diferente.

Tenha uma boa governança: muitas empresas criam

desenvolver estratégia e planos de ação, respectivamente.

decisões relacionadas à diversidade e inclusão.

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BOAS PRÁTICAS DE DIVERSIDADE, EQUIDADE E INCLUSÃO

Seja intencional: para aumentar a


representatividade na empresa é preciso
ser intencional. Fazer processos seletivos

e transformar a realidade na empresa.

Privilegie a equidade em detrimento da


igualdade: as políticas e práticas empresariais
podem prever o oferecimento de diferentes
ferramentas de desenvolvimento, dependendo
das características de cada pessoa.

Olhe para a cadeia de valor: trabalhar


diversidade e inclusão dentro da empresa

fornecedores e clientes.

Tenha um olhar para o potencial: muitas

representados são reconhecidas apenas por


suas limitações. Entender que todas as pessoas

passo para enxergar além do capacitismo, do


racismo, do machismo e da LGBTfobia.

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O QUE VOCÊ
PODE FAZER

Estimule a empresa a criar processos seletivos


inclusivos e não a contratar para cumprir cotas;

para todas as vagas, independentemente de

por contratações, não elimine pessoas por


critérios individuais que não se relacionam às

Se comunique com clareza, simplicidade e não


utilize estrangeirismos ou siglas; se comunique

oportuno para a interação. Na dúvida, pergunte.

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O QUE VOCÊ PODE FAZER

Tome cuidado com os vieses inconscientes, que são atalhos


mentais que influenciam nossas atitudes, percepções,
julgamentos e ações sem que percebamos que estamos
dando vantagem para um determinado aspecto. São
exemplos de vieses inconscientes: pressupor que uma

pensar que uma pessoa negra não pode ter um cargo de


liderança ou que um homem é mais capaz de resolver um
problema complexo do que uma mulher.

É preciso se comunicar com fluidez para que a interação

a todos. É a partir daí que os resultados dessas práticas


começam a surgir. Aos poucos, essas ações se tornarão
cotidianas e contribuirão muito para o desenvolvimento de
uma sociedade mais justa.
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GUIA DE
DIVERSIDADE
& INCLUSÃO

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