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CENTRO DE REFERÊNCIA EM EDUCAÇÃO

ESPECIAL INCLUSIVA - CREI ITUIUTABA


SEE/MG

Diferenciando dificuldade de aprendizagem, transtornos


do neurodesenvolvimento e deficiência intelectual

1. Dificuldade de Aprendizagem
A dificuldade de aprendizagem é um tema que suscita muitas dúvidas e compreensões erradas.
Vamos explorar suas características e entender como identificar os sinais:

1. Dificuldades na Leitura, Ortografia, Escrita ou Matemática: Alunos com dificuldade de


aprendizagem podem apresentar problemas nessas áreas. Ler, escrever ou realizar cálculos
pode ser desafiador para eles.
2. Dificuldade em Entender e Seguir Regras e Instruções: Esses estudantes podem ter dificuldade
em compreender e aplicar regras e instruções, tanto na sala de aula quanto em casa.
3. Memória Prejudicada: A capacidade de reter informações pode ser afetada. Isso pode impactar
o aprendizado e a retenção de conceitos.
4. Falta de Coordenação Motora: Alguns alunos com dificuldade de aprendizagem podem
apresentar coordenação motora reduzida, o que pode afetar atividades como escrever ou
desenhar.
5. Resistência para Fazer as Tarefas Escolares: Esses estudantes podem demonstrar resistência
em realizar as tarefas escolares, o que pode ser um sinal de dificuldade de aprendizagem.
6. Agressividade e Hostilidade Durante Atividades Escolares: Em alguns casos, a frustração com
as dificuldades de aprendizagem pode levar a comportamentos agressivos ou hostis.
É importante que professores, educadores e pais estejam atentos a esses sinais para identificar
precocemente as dificuldades de aprendizagem. O acompanhamento próximo e o uso de
metodologias diferenciadas podem ajudar esses estudantes a superar os desafios e alcançar seu
potencial educacional.

Dificuldades escolares podem surgir por diversos motivos, afetando o desempenho dos estudantes.
Vamos explorar algumas causas comuns:

1. Falta de Interesse e Motivação: Quando os alunos não se sentem engajados ou estimulados


pelo ambiente escolar, é mais provável que desistam dos estudos.
2. Problemas Familiares: Questões como falta de apoio dos pais, situações de conflito em
casa ou mudanças familiares podem influenciar na decisão de abandonar a escola.
3. Limitações Financeiras: A falta de recursos financeiros pode levar à desistência dos estudos.
Alunos podem precisar trabalhar para ajudar em casa ou não ter condições de arcar com custos
relacionados à educação.

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4. Bullying e Saúde Mental: O bullying, problemas de saúde mental e dificuldades de


aprendizagem também podem levar os estudantes a abandonarem a escola.
5. Falta de Suporte Adequado: A ausência de suporte e acompanhamento nessas situações pode
desencorajar os jovens e levá-los a deixar a educação de lado.
O abandono escolar tem consequências negativas para os estudantes e para a sociedade como um
todo. Investir em prevenção, apoio psicossocial e capacitação para professores é fundamental
para garantir que todos os jovens tenham acesso a uma educação de qualidade.

As dificuldades de aprendizagem podem ser influenciadas por diversos fatores, incluindo problemas
de saúde física. Vamos explorar algumas dessas conexões:
1. Fatores Orgânicos:
o Saúde Física Deficiente: Condições médicas crônicas, como anemia, desnutrição ou outras
doenças, podem afetar o funcionamento cognitivo e a capacidade de aprendizado.
o Integridade Neurológica: Danos ao sistema nervoso central, como lesões cerebrais, podem
impactar a memória, a concentração e outras habilidades cognitivas.
o Alimentação Inadequada: A falta de nutrientes essenciais pode prejudicar o
desenvolvimento cerebral e afetar o desempenho acadêmico.
2. Fatores Psicológicos:
o Ansiedade e Estresse: Problemas de saúde física podem aumentar os níveis de ansiedade e
estresse, dificultando a concentração e o aprendizado.
o Depressão: A depressão afeta o ânimo, a motivação e a energia, interferindo diretamente
na capacidade de aprender.
3. Fatores Ambientais:
o Educação Familiar: Ambientes familiares com pouco estímulo educacional ou falta de apoio
podem contribuir para dificuldades de aprendizagem.
o Grau de Estimulação: A exposição a estímulos cognitivos e educacionais é fundamental para
o desenvolvimento intelectual.
o Influência dos Meios: A qualidade do ambiente escolar e a disponibilidade de recursos
também desempenham um papel importante.
É crucial considerar esses fatores interligados e adotar uma abordagem holística ao lidar com
dificuldades de aprendizagem. O suporte médico, psicológico e educacional adequado pode ajudar a
superar esses obstáculos e promover um ambiente propício ao aprendizado

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2- Dislexia
A dislexia é um distúrbio genético que dificulta o aprendizado e a realização da leitura e da escrita. O
cérebro, por razões ainda não muito bem esclarecidas, tem dificuldade para encadear as letras e
formar as palavras, e não relaciona direito os sons às sílabas formadas. É importante destacar que a
dislexia não está relacionada ao quociente de inteligência (Q.I.); disléxicos podem ter dificuldades
com as palavras, mas frequentemente se saem bem em cálculos.
Aqui estão alguns sintomas comuns da dislexia:
1. Troca de Letras: Principalmente quando as letras possuem sons parecidos, como “f” e “v”, “b”
e “p”, ou “d” e “t”.
2. Inversão ou Omissão de Sílabas: Ao ler ou escrever, a pessoa pode pular ou inverter sílabas.
3. Dificuldade em Associar Letras e Sons: A conexão entre letras e seus sons pode ser
problemática.
4. Confusão de Palavras Semelhantes: Por exemplo, confundir “macarrão” com “camarão”.
5. Erros Constantes de Ortografia.
6. Lentidão na Leitura.
7. Problemas de Localização Espacial (Esquerda e Direita).
8. Dificuldades para Estudar.
Os fatores de risco incluem histórico familiar. Embora não haja prevenção para a dislexia, é crucial
detectá-la precocemente para garantir o aprendizado da criança e sua qualidade de vida. O
diagnóstico é realizado por neurologistas, fonoaudiólogos e psicólogos, geralmente entre os 8 e 9
anos de idade. Embora não haja cura, com suporte especializado desde cedo, é possível levar uma
vida normal com dislexia123. A dislexia também pode ter consequências em outras áreas acadêmicas,
emocionais e comportamentais, como comorbidade com outras perturbações, alterações do
comportamento e desvalorização da autoestima

3- Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH)


O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um distúrbio
neurodesenvolvimental que afeta a capacidade de concentração, controle de impulsos e atividade
excessiva. Vamos explorar suas características e consequências:
1. Desatenção:
o Crianças com TDAH podem apresentar dificuldade em manter a atenção prolongada.
o Tendem a se distrair facilmente, perder detalhes e cometer erros por falta de foco.
o Dificuldade em seguir instruções e concluir tarefas.

2. Hiperatividade:
o Manifesta-se como inquietação constante, dificuldade em ficar parado e excesso de energia.

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o Crianças com TDAH podem parecer “ligadas no turbo”, mesmo quando não é apropriado.
o Dificuldade em esperar a vez e interrompem os outros.
3. Impulsividade:
o Tomam decisões precipitadas sem considerar as consequências.
o Falam sem pensar, interrompem conversas e têm dificuldade em controlar impulsos.
o Agem antes de refletir sobre as ações.

Consequências da Falta de Tratamento:


 Desempenho Acadêmico: Crianças com TDAH podem ter dificuldade em acompanhar o
currículo escolar e obter notas baixas.
 Relações Sociais: Problemas de comportamento e impulsividade podem afetar amizades e
relacionamentos.
 Autoestima: O fracasso repetido pode prejudicar a autoestima e a confiança.
 Risco de Acidentes: A impulsividade aumenta o risco de acidentes.
 Desafios na Vida Adulta: Sem tratamento adequado, os sintomas persistem na vida adulta,
afetando carreira e relacionamentos.
O diagnóstico é baseado na observação dos sintomas e na avaliação por profissionais de saúde. O
tratamento inclui medicamentos, estratégias comportamentais, apoio escolar e suporte familiar. É
fundamental reconhecer o TDAH precocemente e oferecer intervenções para melhorar a qualidade
de vida das crianças afetadas
As comorbidades associadas ao Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade
(TDAH) podem variar, mas é importante entender que o TDAH frequentemente coexiste com outros
transtornos ou condições. Aqui estão algumas das principais comorbidades relacionadas ao TDAH:
1. Distúrbio de Aprendizagem: O Distúrbio de Aprendizagem pode ser uma incógnita no início,
pois muitos dos sintomas podem parecer situações aparentemente normais. Alguns sinais
incluem rendimento escolar abaixo do esperado, indisciplina para realizar atividades e recusa
em se dedicar às tarefas em sala de aula1.
2. Transtorno Opositor Desafiador (TOD): O TOD é caracterizado por comportamentos
desafiadores e requer abordagens cuidadosas. Evitar advertências com gritos ou atitudes
drásticas é essencial. Sintomas incluem indisciplina, desrespeito às regras, irritação, discussões
com adultos e atribuição de erros a terceiros1.
3. Transtorno Bipolar: Embora menos comum, o Transtorno Bipolar pode coexistir com o
TDAH. Ambos envolvem alterações de humor, variando da excitação extrema à depressão 1.
4. Transtornos de Ansiedade: Muitas pessoas com TDAH também sofrem de transtornos de
ansiedade, como transtorno de ansiedade generalizada (TAG), transtorno de pânico, fobias
específicas ou transtorno de ansiedade social2.
5. Depressão e Estresse Crônico: A depressão e o estresse crônico também podem estar
associados ao TDAH3.

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É importante lembrar que cada indivíduo é único, e as comorbidades podem variar. O


acompanhamento médico e a compreensão dessas condições são essenciais para um tratamento
eficaz.
Agora, focando na compulsão em pessoas com TDAH, vamos explorar as diferentes formas em que
esses dois fenômenos podem se manifestar:
1. Compulsão Alimentar e TDAH:
o Compulsão Alimentar: É caracterizada pela ingestão excessiva de alimentos em um curto
período, muitas vezes acompanhada de sentimentos de vergonha ou remorso. Pessoas com
compulsão alimentar frequentemente comem além da saciedade, tornando-se compulsivas
mesmo quando desejam parar1.
o TDAH e Impulsividade: O TDAH é um distúrbio de neurodesenvolvimento que afeta as partes
do cérebro responsáveis pelo controle executivo. Pessoas com TDAH têm dificuldade em
planejar, diferenciar tarefas prioritárias, recalibrar planos e concluir metas de longo
prazo. Essa dificuldade pode levar a comportamentos impulsivos, incluindo a compulsão
alimentar1.
2. Causas do Ganho de Peso em Pessoas com TDAH:
o Alteração na Produção de Neurotransmissores: O TDAH está relacionado a níveis alterados
de neurotransmissores como dopamina e GABA. Baixos níveis de dopamina podem resultar
em um cérebro menos alerta, focando apenas em alimentos saborosos e estimulantes. O
GABA, que controla a inibição, também desempenha um papel1.
o Falta de Foco: As mesmas características do TDAH que dificultam o foco em outras áreas da
vida também tornam difícil manter uma rotina saudável de alimentação e
exercícios. Funcionamento executivo robusto é essencial para manter um peso saudável1.
o Impulsividade: Pessoas com TDAH podem ter dificuldade em controlar impulsos
relacionados à comida, cedendo a tentações com mais frequência1.
o Desconexão Corpo-Mente: A consciência interoceptiva, que nos ajuda a sentir as
necessidades internas do corpo, pode estar prejudicada em pessoas com TDAH. Isso pode
levar a interpretações errôneas de fome e à busca por alimentos para suprir necessidades
não claras

4- Transtorno do Espectro Autista (TEA)


O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é definido pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de
Transtornos Mentais (DSM-5) como um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por
dificuldades em três áreas principais:
1. Deficiência Social:
o Dificuldades na interação social, como dificuldade em compartilhar interesses ou conquistas
com os outros.
o Limitação para participar de brincadeiras criativas ou que exigem imaginação.
o Dificuldade em fazer amigos e interagir com outras crianças.

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2. Dificuldades de Linguagem e Comunicação:


o Uso limitado da linguagem para se comunicar com outras pessoas.
o Respostas raras quando chamado.
o Dificuldade em compreender a linguagem não-verbal e gestos como apontar ou acenar.
3. Comportamentos Repetitivos e/ou Restritivos:
o Movimentos, falas e manipulação de objetos de forma repetitiva e/ou estereotipada.
o Insistência na rotina e rituais verbais ou não verbais.
o Inflexibilidade a mudanças e padrões rígidos de comportamento e pensamento.
o Interesses restritos e fixos com intensidade.
o Hiper ou hiporreatividade a estímulos sensoriais, como luzes e movimentos incomuns.
Essas características são essenciais para o diagnóstico do TEA e ajudam a classificar o grau de
severidade do autismo, bem como a identificar as necessidades de intervenções e serviços de suporte
Entender o autismo é como desvendar um complexo quebra-cabeças, onde cada peça representa
uma característica única. Vamos explorar os diferentes níveis de autismo, desmistificando suas
características, sinais e sintomas. Prepare-se para mergulhar em um conteúdo rico que visa auxiliar
profissionais a compreender e apoiar de maneira mais efetiva seus pacientes e alunos.

Níveis de Autismo e Suas Principais Características


1. Nível 1 (Requer Apoio):
o Neste nível, a pessoa geralmente tem dificuldades com a comunicação social.
o Pode apresentar comportamentos repetitivos, mas consegue lidar com a maior parte das
situações do dia a dia.
o A independência é possível, mas o suporte é necessário para algumas áreas.
2. Nível 2 (Requer Apoio Substancial):
o As dificuldades são mais evidentes, exigindo um apoio mais constante.
o A comunicação social é mais afetada, e os comportamentos repetitivos são mais
pronunciados.
o A pessoa pode ter dificuldade em lidar com mudanças e situações sociais complexas.
3. Nível 3 (Requer Apoio Muito Substancial):
o O indivíduo necessita de cuidado e supervisão contínuos.
o As habilidades de comunicação são bastante limitadas.
o A independência é mínima, e o suporte é essencial em todas as áreas.

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Síndrome de Asperger
A Síndrome de Asperger, agora considerada parte do Transtorno do Espectro Autista (TEA),
apresenta características específicas:
 Interação Social: Dificuldades na interação social, como entender ironias ou expressões faciais.
 Fala Fluente: Geralmente, a pessoa com Asperger tem uma fala fluente e inteligência dentro da
média ou acima dela.
 Foco em Tópicos Específicos: Pode ser extremamente focada em tópicos específicos.
 Desajuste Social: Muitas vezes, parece desajustada socialmente.
Compreender essas características não é apenas sobre o diagnóstico, mas também sobre adaptar
estratégias para auxiliar na inclusão e bem-estar desses indivíduos

5- Deficiência Intelectual
A deficiência intelectual é um transtorno do desenvolvimento cognitivo que afeta cerca de 2 a 3%
das crianças. Ela pode surgir devido a diversas situações, desde complicações durante a gestação ou
no parto até alterações genéticas, como a Síndrome de Down e a Síndrome do X-frágil.
Os níveis de deficiência intelectual são classificados com base no Quociente de Inteligência (QI) e
seus prejuízos variam conforme o grau de comprometimento. Vamos explorar esses níveis:
1. Leve: O QI está entre 50 e 69. Pessoas com esse nível podem ter dificuldades em algumas áreas
acadêmicas, mas geralmente conseguem se adaptar bem ao ambiente social e realizar
atividades diárias com suporte adequado.
2. Moderado: O QI está entre 35 e 49. Indivíduos nesse nível apresentam maiores desafios na
aprendizagem, na comunicação e na independência. Eles podem precisar de apoio significativo
para tarefas cotidianas.
3. Grave: O QI está entre 20 e 40. Pessoas com esse grau de deficiência intelectual têm
dificuldades significativas em todas as áreas da vida. Dependem de cuidadores para a maioria
das atividades básicas.
4. Profundo: O QI está abaixo de 20. Esse é o nível mais grave, com limitações extremas. A
comunicação é muito limitada, e a dependência total de cuidadores é comum.
Os prejuízos associados à deficiência intelectual incluem:
As pessoas com deficiência intelectual enfrentam diversos prejuízos que afetam diferentes áreas de
suas vidas. Vou destacar alguns dos principais:
1. Dificuldade de Aprendizado:
o Aquisição de habilidades acadêmicas, como leitura, escrita e matemática, pode ser
desafiadora.
o A adaptação ao currículo escolar pode ser mais lenta, exigindo suporte adicional.

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2. Limitações na Comunicação:
o Dificuldade em expressar pensamentos e sentimentos de maneira clara.
o Compreensão limitada de linguagem verbal e não verbal.
3. Desafios Sociais:
o Dificuldade em estabelecer e manter relacionamentos interpessoais.
o Compreensão limitada das normas sociais e das nuances das interações sociais.
4. Independência Limitada:
o Dificuldade em realizar atividades cotidianas, como se vestir, alimentar-se e cuidar da
higiene pessoal.
o Dependência de cuidadores para tarefas básicas.
5. Estigma e Preconceito:
o Pessoas com deficiência intelectual frequentemente enfrentam estigmatização e
discriminação.
o O preconceito pode afetar sua autoestima e oportunidades de participação na sociedade.
6. Barreiras Educacionais e Profissionais:
o Acesso limitado a oportunidades educacionais e profissionais.
o Dificuldade em encontrar emprego e manter-se no mercado de trabalho.
7. Desafios Emocionais e de Saúde Mental:
o Maior risco de ansiedade, depressão e outros problemas de saúde mental.
o Necessidade de apoio emocional e psicológico.
É importante lembrar que cada pessoa com deficiência intelectual é única, e o suporte deve ser
adaptado às suas necessidades individuais. A inclusão, o respeito e a promoção da igualdade são
fundamentais para garantir uma vida plena e significativa para todas as pessoas, independentemente
de suas habilidades cognitivas .

Direitos das pessoas com deficiência no ambiente escolar


No ambiente escolar, as pessoas com deficiência têm direitos específicos que visam garantir sua
inclusão e igualdade de oportunidades. Vou destacar alguns desses direitos:
1. Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência):
o Essa lei, instituída pela Lei nº 13.146/2015, assegura e promove o exercício dos direitos e
liberdades fundamentais das pessoas com deficiência. Ela baseia-se na Convenção sobre os
Direitos das Pessoas com Deficiência e visa à inclusão social e cidadania dessas pessoas.
2. Direito à Educação Inclusiva:
o A educação é um direito fundamental da pessoa com deficiência. O sistema educacional
deve ser inclusivo em todos os níveis, proporcionando aprendizado ao longo da vida.

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o A escola deve adaptar-se para atender às necessidades individuais, promovendo o máximo


desenvolvimento possível dos talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais
dos alunos com deficiência.
3. Profissional de Apoio Escolar:
o Alunos com deficiência têm direito à presença de um profissional de apoio para auxiliá-los
em suas atividades diárias, se necessário.
o Esse profissional pode ajudar na comunicação, mobilidade, acesso ao currículo e outras
necessidades específicas.
4. Adaptações e Recursos:
o A escola deve fornecer material adaptado, como provas adaptadas, recursos pedagógicos
específicos e tecnologias assistivas.
o Conteúdos devem ser apresentados de maneira acessível, considerando as características
individuais dos alunos.
5. Acessibilidade Física e Atitudinal:
o A escola deve garantir acessibilidade física, como rampas, corrimãos e banheiros adaptados.
o Atitudes inclusivas e não discriminatórias são essenciais para criar um ambiente acolhedor.
6. Participação em Atividades Extracurriculares:
o Alunos com deficiência têm direito a participar de atividades extracurriculares, como
esportes, artes e eventos sociais.
7. Avaliação Individualizada:
o A avaliação da deficiência deve ser biopsicossocial, considerando impedimentos nas funções
do corpo, fatores socioambientais

Direitos da pessoa com deficiência no âmbito social

1) Benefício de Prestação Continuada (BPC): O BPC corresponde ao pagamento mensal de um salário


mínimo à pessoa com deficiência física, mental, intelectual ou sensorial com impedimentos de longo
prazo. Ele é concedido a quem demonstrar que, ao dividir a renda familiar bruta pelo número de
moradores, o valor mensal por pessoa não ultrapasse 1/4 do salário mínimo.

2) Isenção de impostos na compra de automóveis: PCDs que dirigem automóveis ou que possuem
um condutor têm isenção sobre alguns impostos na hora de adquirir um veículo novo no valor de até
R$ 200 mil. São eles: Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); Imposto sobre Operações
Financeiras (IOF); Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e Imposto sobre a
Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).

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3) Isenções no imposto de renda: Pessoas que possuem doenças graves podem ser isentas do
Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (IRPF).

4) Reserva de vagas em concursos públicos: O Decreto 9508/18 estipula uma reserva de no mínimo
5% das vagas em concursos públicos para pessoas com deficiência para cargos cujas atribuições sejam
compatíveis com sua deficiência. A PCD também tem direito a tratamento diferenciado nas seleções
para competir em condições justas, solicitando os instrumentos necessários na inscrição.

5) Reserva de vagas de emprego na iniciativa privada: A Lei n. 8.213/1991 (Lei de Cotas) estipula que
empresas que tenham entre 100 e 200 empregados reservem 2% das vagas a PCDs; e aquelas com
mais de mil empregados reservem 5%. Os processos seletivos devem oferecer tratamento
diferenciado para garantir igualdade e justiça na competição. Além disso, não há limite de idade para
uma pessoa com deficiência participar do programa “Jovem aprendiz”.

6) Reserva de vagas de estacionamento: O Estatuto da Pessoa com Deficiência estabelece a reserva


de 2% das vagas para pessoas com deficiência de mobilidade em estacionamento público e privado.

7) Meia-entrada: A Lei 12.933/2013 diz que PCDs que recebam BPC ou aposentadoria via INSS têm
direito ao pagamento de meia-entrada em espetáculos artísticos, culturais e esportivos.

8) Isenção de IPI em produtos que facilitem a comunicação da PCD: O Decreto 7.614/2011 reduziu
a zero as alíquotas do IPI sobre os produtos para melhorar a comunicação de PCDs.

9) Desconto na compra de passagens aéreas para acompanhantes de PCDs: A Agência Nacional de


Aviação Civil (ANAC) estabelece que, caso a PCD necessite de acompanhante em voo, as companhias
aéreas devem oferecer desconto de até 80% na passagem deste e no valor do excesso de bagagem
ao se transportar equipamentos indispensáveis.
10) Passe Livre: A Lei Federal nº 8.899/1994 (Lei do Passe Livre) estipula que pessoas com deficiência
de baixa renda podem requerer a credencial do passe livre para o transporte interestadual, seja de
ônibus, barco ou trem. Além disso, em alguns municípios, pessoas cadastradas nas prefeituras não
pagam tarifa de transporte público local.

11) Desconto na conta de luz: A Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE) foi criada pela Lei n°
10.438/2002 e garante descontos entre 10% e 65% na conta de luz, dependendo da renda familiar.

12) Assentos especiais e acessibilidade em transportes públicos: A Lei nº 10.048/2000 (Lei de


Atendimento Prioritário) já estipulava que empresas públicas de transporte e concessionárias
reservassem assentos exclusivos a PCDS, direito reforçado pelo Estatuto da Pessoa Com Deficiência.
Este determina que não somente o veículo, mas também as estações sejam acessíveis à PCD.

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13) Aposentadoria por invalidez: “A deficiência não gera a invalidez e nem é, por si só, incapacitante,
mas pode ser que esta modalidade de aposentadoria venha a ser utilizada por pessoas com
deficiência que venham a enfrentar alguma incapacidade para o trabalho”, explica a advogada.

14) Condições especiais para se aposentar: Segundo a Lei Complementar nº 142/2013 e o Decreto
nº 8.145/2013, é exigido de homens com deficiência idade mínima de 60 anos e 55 anos das
mulheres, desde que se tenha trabalhado pelo menos 180 meses na condição de PCD.

15) Permanecer com o cão-guia em locais públicos e privados: O Estatuto da Pessoa com Deficiência
complementou a lei nº 11.126/2005 e assegura ao deficiente visual acompanhado de cão-guia o
direito de ingressar e de permanecer com o animal em todos os meios de transporte e em
estabelecimentos públicos e privados de uso coletivo.

16) Atendimento prioritário: Em reforço à Lei n. 10.048/00, o Estatuto da Pessoa com Deficiência
prevê o direito ao atendimento prioritário à PCD em repartições públicas e empresas concessionárias
de serviços públicos, instituições financeiras, logradouros e sanitários públicos, assim como veículos
de transporte coletivo.

17) FGTS para comprar órteses e próteses: O decreto nº 9.345/18 garantiu à PCD o direito ao saque
do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Podem acessar o benefício trabalhadores com
deficiência de natureza física ou sensorial.

18) Prioridade de restituição no imposto de renda: Terão prioridade na liberação da restituição os


contribuintes com idade igual ou superior a 60 anos, sendo assegurada prioridade especial aos
maiores de 80 anos, os portadores de deficiência física ou mental, os portadores de moléstias graves
e os contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério.

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