Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 22

Gestão Estratégica

de Custos
Material Teórico
Análise de Custos

Responsável pelo Conteúdo:


Profa. Ms. Andréa Martins Cristovão

Revisão Textual:
Profa. Esp. Márcia Ota
Análise de Custos

• Introdução
• Análise de lucro, volume e margem de segurança

·· A proposta desta unidade é destacar a importância da análise de custo para a


criação de vantagem competitiva nas organizações.

Caro(a) aluno(a),
Leia, atentamente, o conteúdo desta Unidade, que possibilitará a você conhecer vários
aspectos relacionados à análise de custos dentro das empresas, como os gastos são controlados
e o que fazer para aumentar os lucros.
Você, também, encontrará nesta Unidade uma atividade composta por questões de múltipla
escolha, relacionada com o conteúdo estudado. Além disso, terá a oportunidade de trocar
conhecimentos e debater questões no fórum de discussão.
É extremante importante que consulte os materiais complementares, pois são ricos em
informações, viabilizando o aprofundamento de seus estudos sobre esse assunto.

5
Unidade: Análise de Custos

Contextualização

Para iniciar esta Unidade, a partir da ilustração abaixo, reflita sobre a questão da ANÁLISE
DE CUSTOS nas empresas em geral.

Oriente sua reflexão pelas seguintes questões:


• Qual a importância do controle de custos dentro de uma empresa?
• Qual a diferença entre custos e despesas?
• Qual mensagem a ilustração pretende transmitir?

6
Introdução

Para iniciarmos nossos estudos, vamos conhecer as duas funções básicas da análise de
custos: controle e tomada de decisões. Com isso, é possível ajudar empresas a criarem uma
vantagem competitiva que identifica os produtos e os mercados para os quais a empresa está,
de fato, capacitada para atuar de modo diferenciado.
Utilizam-se os dados de custos com vistas a desenvolver estratégias, objetivando obter uma
vantagem competitiva, criando um valor melhor para o cliente por um custo igual ou inferior
àquele oferecido pelos competidores.
Além disso, importa notar que o controle de custos representa o cérebro ou o pulmão ou
o coração ou o espírito sem o qual uma entidade não sobreviverá.
Sendo assim, qualquer atividade que manipule valores está sujeita ao controle dos custos.
Portanto, o pequeno agricultor, o microempresário e as grandes empresas necessitam de
controle de custos.
Então, constata-se que é necessário a organização ter suas estratégias em sintonia com
todas as atividades de valor, inclusive com a sua estrutura de custos, primordialmente no que
concerne à análise de custos sob:
• a abordagem da contabilidade estratégica;
• a identificação da cadeia de valor e dos fatores determinantes de custos que explicam as
variações de custos da organização e das entidades que compõem a cadeia de valor, bem
como de seus principais concorrentes.
Segundo Shank, Govindarajan (1997):
“a cadeia de valor de qualquer empresa em qualquer setor é o conjunto de
atividades criadoras de valor desde as fontes de matérias-primas básicas,
passando por fornecedores de componentes e até o produto final entregue
nas mãos de consumidor.”

A busca simultânea de custo baixo e de diferenciação depende de uma compreensão sofisticada


dos determinantes de custo, receitas e ativos em cada atividade de valor e as interligações.
Dessa maneira, construir uma vantagem competitiva sustentável exige conhecimento de
todo o conjunto de entidades de valor relacionadas à cadeia de valor que a empresa e seus
concorrentes são e fazem parte.
Consequentemente, a gestão estratégica de custos objetiva fornecer um produto ou valor
superior que seus concorrentes aos clientes por um custo menor que os seus competidores, de
modo a obter a vantagem competitiva.

7
Unidade: Análise de Custos

Análise de lucro, volume e margem de segurança

Em pequenas empresas comerciais, para haver dinamismo nos diversos fatores econômicos
é preciso se ter um monitoramento contínuo de elementos que compõem os custos e
despesas das ações. Salienta-se que as decisões empresariais requerem informações precisas e
constantemente renovadas que possibilitem suporte às atividades inerentes ao negócio.
Com isso, quando conseguimos classificar a variabilidade dentro de uma determinada
estrutura de custos, podemos criar uma série de análises que são fundamentais para que os
gestores de empresas consigam tomar as decisões mais acertadas.
Assim, a análise da relação Custo x Volume x Lucro representa-se de fundamental importância
na determinação de um volume de produção necessário a ser atingido para a obtenção do lucro
pretendido. Ao mesmo tempo, atua como uma ferramenta para determinar receitas necessárias
a fim de atingir volumes de vendas que não gerem prejuízos para o empreendimento.

Análise da margem de contribuição


Você sabe o que é margem de contribuição?
É a contribuição dos produtos e serviços de uma empresa versus a cobertura total de todos
os custos e também de todas as despesas fixas para que determinemos o lucro da empresa.
Em outras palavras, é a diferença entre o preço de venda e a soma das despesas e custos
variáveis de um produto ou serviço, sendo a “sobra financeira” de cada produto ou divisão de
uma empresa para a recuperação – ou amortização – das despesas e dos custos fixos de uma
entidade e para a obtenção de lucro esperado pelos empresários. Portanto, é indispensável
para que os gestores possam tomar uma decisão segura.
A seguir, a conta básica da margem de contribuição:

MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO – RECEITA – (CUSTOS VARIÁVEIS + DEPESAS VARIÁVEIS), PORTANTO:

MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO – CUSTO FIXO + RESULTADO (LUCRO OU PREJUÍZO)

Importante destacar que as empresas submetem-se a gastos variáveis e fixos na execução


de suas diversas atividades administrativas, operacionais e comerciais.
• Gastos fixos: representam parcelas de despesas e custos sobre os quais os gerentes/
executivos não podem ser responsabilizados tendo em vista que foram decisões
tomadas pela alta direção quando da implantação da empresa ou criação de uma
infraestrutura operacional.
• Gastos variáveis: representam parcelas de despesas e custos sobre as quais os gerentes/
executivos podem ser responsabilizados.
Diante desse contexto, para a administração de uma empresa, é primordial a segregação
dos gastos entre variáveis e fixos a fim de que se tenha a garantia da adequada atribuição de
responsabilidades na avaliação de desempenho. Consequentemente, a correta identificação
e segregação dos gastos permitirão a obtenção e a análise da margem de contribuição
dos produtos e/ou dos departamentos, que é uma das mais importantes ferramentas da
contabilidade gerencial, para as tomadas de decisões nas organizações.

8
Análise do Ponto de Equilíbrio
Para um negócio que esteja no início é fundamental conhecer os seus custos de arranque,
que fornecem a informação necessária para gerar receita suficiente com o objetivo de pagar
as despesas correntes relacionadas com a gestão do seu negócio.
Nesse processo, utilizamos a análise do Ponto de Equilíbrio que é uma ferramenta, a qual
possibilita determinar quando uma empresa vai ser capaz de cobrir todas as suas despesas e
começar a fazer lucro.
Em face disso, será preciso a identificação dos seus custos fixos e variáveis para que o seu
ponto de equilíbrio seja calculado, salientando que:
• Os custos fixos são despesas que não variam com o volume de vendas, tais como aluguel
ou salários administrativos e devem ser pagos independentemente das vendas e são,
muitas vezes, referidos como os custos indiretos.
• Os custos variáveis modificam-se diretamente com o volume de vendas, tais como os
custos de aquisição, de expedição, estoque ou de fabricação de um produto.
A análise do ponto de equilíbrio mostra a quantidade de receita que você vai precisar ter
para cobrir suas despesas antes de fazer um centavo de lucro. Desse modo, se você pode,
com facilidade, ter mais do que o valor da receita de vendas que precisa para suprir as suas
despesas, certamente, não só irá alcançar, como superar o seu ponto de equilíbrio e, então, o
seu negócio oferecerá uma boa oportunidade de ganhar dinheiro.
Importante lembrar que muitos empresários experientes usam uma análise de ponto de
equilíbrio ou previsão como ferramenta de triagem primária para novos empreendimentos.
Eles não escrevem um plano de negócios completo a menos que seu ponto de equilíbrio
mostre previsão de que sua receita de vendas projetada excede, em muito, os seus custos de
fazer negócios.
Como vimos há pouco, a margem de contribuição é o que sobra das receitas obtidas pela
empresa após deduzirmos todas as despesas e custos fixos. O que restar dessa equação é o
total de lucro que a empresa obteve. Simples não é?
Com isso, podemos concluir que, em determinado volume de atividades, a margem da
contribuição gerada assemelha-se ao total de custos e despesas fixas e a partir daí sabemos
que as sobras desse montante constituem o lucro da empresa.
Quando estudamos e entendemos esses números, conseguimos entender, de forma bem
mais fácil e ampla, o que é o chamado ponto de equilíbrio.
Diante dessas afirmações, é possível destacar que você terá que fazer suposições sobre seus
gastos e receitas se quiser executar uma análise do ponto de equilíbrio. Para tanto, deverá
fazer uma pesquisa séria e uma análise de seu mercado, com vistas a determinar o seu volume
de vendas projetado e suas despesas antecipadas. Afinal, sua melhor aposta é a de investir em
um plano de produto do negócio “faça você mesmo” para aprender a fazer a receita razoável
e as estimativas de custo.

9
Unidade: Análise de Custos

Além disso, precisará fazer as seguintes estimativas e cálculos quando preparar a sua análise
de do ponto de equilíbrio:
• Custos fixos: (às vezes chamado de “overhead”) não variam muito de mês para mês,
incluem seguro, aluguel, contador e outros gastos estabelecidos. Além disso, é uma boa
ideia para se jogar um pouco mais, ou seja, aproximadamente uns 10% em sua análise
do ponto de equilíbrio para cobrir despesas diversas, que você não pode prever.
• Receita de vendas: é o total de reais da atividade de vendas que você traz para o seu
negócio a cada mês ou ano. Em consequência, para realizar uma análise do ponto de
equilíbrio válida, você deve basear sua previsão sobre o volume de negócio que você
realmente espera – não o quanto você precisa para fazer um bom lucro.
• Lucro bruto médio de cada venda: é o dinheiro deixado de cada real de vendas,
depois de pagar os custos diretos da venda. Importante notar que os custos diretos são
aqueles que você para fornecer seu produto ou serviço.

Exemplo
Se Mariana paga, em média, R$ 100,00 pelos vestidos e os vende a,
aproximadamente, R$ 300,00, seu lucro bruto médio é de R$ 200.

• Percentual médio de lucro bruto: indica o quanto de cada real de renda das vendas
é de lucro bruto. Para calcular a porcentagem de lucro bruto médio, é preciso dividir sua
margem de lucro bruto médio pelo preço médio de venda.

Exemplo
Se Mariana faz uma média de lucro bruto de R$ 200 em vestidos que
ela vende por uma média de R$ 300, seu percentual de lucro bruto é de
66,7%, ou seja, R$ 200 divididos por R$ 300.

O ponto de equilíbrio é capaz de mostrar claramente uma situação na qual


um dado volume de receita é suficiente para que a empresa possa cobrir
todos os custos e todas as despesas, variáveis ou fixas. Esse cenário mostra
Atenção a ausência de lucros. Abaixo desse ponto, podemos dizer que a empresa
terá prejuízos!

Diante desses apontamentos, você pode achar que a criação de uma previsão de ponto de
equilíbrio pode ser complicada. No entanto, depende de você preparar os primeiros passos
para o seu processo de planejamento de negócios. Afinal, como já pôde observar, se a previsão
do ponto de equilíbrio for preparada de modo realista, você poderá saber se sua ideia irá
funcionar ou se ainda precisará de modificações para que seja vencedora.

10
Além disso, se o seu ponto de equilíbrio for maior do que as suas receitas esperadas, você
precisa decidir se certos aspectos de seu plano podem ser alterados para criar um ponto de
equilíbrio possível. Por exemplo:
• encontrar uma fonte mais barata de fornecimento;
• fazer sem um empregado;
• economizar aluguel trabalhando fora de sua casa; ou
• vender seu produto ou serviço a um preço mais elevado.
Entretanto, se você fizer tudo isso e o seu ponto de equilíbrio da receita de vendas ainda
parecer um número inatingível é sinal de que talvez seja necessário jogar fora a sua ideia
de negócio. Então, se esse for o caso, saiba que antes de investir o seu dinheiro ou de outra
pessoa, descobriu que a ideia não resultaria em sucesso.
Gráfico – Ponto de Equilíbrio

Agora, se a sua previsão de ponto de equilíbrio mostrar que você vai fazer mais receita do
que precisa para alcançá-lo, pode se considerar afortunado. No entanto, ainda será necessário
saber o quanto de lucro a sua empresa vai gerar, e se você tem dinheiro suficientemente
disponível para pagar suas contas quando elas forem devidas. Em síntese, uma previsão de
ponto de equilíbrio é uma grande ferramenta de triagem, mas você precisa de uma análise
mais completa antes de começar realmente a investir dinheiro no seu empreendimento.
A seguir, alguns aspectos fundamentais quando nos referimos ao ponto de equilíbrio:
• Prévia existência de uma análise estruturada de custos que possa ser representada por
meio da função do tipo: a + bx, onde teremos: a representando os custos e despesas fixas,
b representando todas as despesas variáveis por unidade, e x representa a quantidade.
• Precisamos ter em mente que custos e despesas fixas serão sempre constantes em uma
empresa, se levarmos em consideração a capacidade de produção que a empresa possui.
• Para que essa conta dê certo, precisamos nos assegurar que a variedade de produtos ou
serviços da empresa não mudará.
• Outro ponto a ser levado em consideração é que, no período de tempo que estudarmos
a empresa, o volume físico da produção deve ser igual ao de vendas.
• Precisamos nos assegurar que a margem de contribuição seja sempre positiva.
• Outro item importante é verificar que todos os custos variáveis unitários e todos os
preços de venda sejam proporcionais a determinados níveis da produção.
• A capacidade de produtividade e dos recursos utilizados nesse processo não pode variar,
ou seja, não pode apresentar oscilações.
• A capacidade de produção da empresa deve ser constante, ou seja, também não pode
sofrer variações.

11
Unidade: Análise de Custos

O que é margem de segurança operacional


Há muito tempo, os procedimentos de controle e avaliação de desempenho das operações
empresariais têm sido considerados imprescindíveis para o alcance e manutenção da
competitividade das Organizações.

Em mercados extremamente competitivos, as intervenções de concorrentes forçam


a redução das margens de lucro. Consequentemente, se os gestores não fundamentarem
as suas decisões em controles internos adequados, será, cada vez mais difícil, as empresas
suportarem as intervenções dos concorrentes no mercado em que atuam. Então, para superar
tais dificuldades, é primordial que os gestores tenham, à disposição, relatórios de avaliação de
desempenho das diversas áreas da empresa.

Na área de vendas, a relevância para a continuidade das operações é inquestionável.


Por isso, cabe que sejam constatados os diversos comportamentos dos diversos segmentos
nos quais a entidade atua.

Então, a importância de contar com relatórios se acentua nas empresas comerciais que
trabalham com uma gama diversificada de produtos em seu mix de comercialização e possuem
milhares de integrantes na sua carteira de clientes. Nesse tipo de empresa, assume relevância
a urgência na obtenção de respostas a questionamentos acerca da rentabilidade de clientes,
produtos, linhas e territórios de vendas, no sentido de delinearem e direcionarem as decisões
de cunho operacional, tático e estratégico.

Além disso, empresas precisam trabalhar com alguma margem de segurança operacional.
Essa margem, também conhecida pela sigla MSO, indica qual o percentual, qual o valor total
da margem de contribuição que uma organização tem acima do ponto de equilíbrio.

Podemos dizer que esse ponto cria certa folga nos orçamentos da empresa, isso gera mais
segura para evitar prejuízos. A conta é mais ou menos a seguinte:

MSO = margem de contribuição da empresa (-) margem de contribuição no ponto de equilíbrio.

A margem de segurança é um indicador estático do risco econômico de exploração que nos


dá a percentagem do volume de atividade efetivamente praticada para além do ponto crítico.
Para calcular a margem de segurança, temos de conhecer sempre, previamente, o ponto
crítico das vendas (em valor, ou em quantidade).

Só tem sentido calcular esse indicador quando a empresa já apresenta lucro, ou seja, já
passou os valores apresentados pelo ponto crítico das vendas.

12
A seguir, compartilhamos um gráfico que mostra essa folga nas operações empresariais:

Figura 4.2 – Gastos e Receitas X Volume em unidades

Figura 4.3 – Margem de Segurança X Volume

Para saber ainda mais sobre esse assunto, leia o artigo que
escolhemos para você, disponível no link abaixo:
http://www.scielo.br/pdf/csp/v22n6/13.pdf

13
Unidade: Análise de Custos

Bases de cálculo para que uma empresa consiga determinar a base de custos a
partir das proporções: Custos por taxa.
Para que uma empresa possa usar o modelo de custos por taxa, precisa, antes de tudo,
assumir que existe certa proporção entre o montante dos custos indiretos, gerados pela
estrutura de custo de determinada corporação, e o montante de custos diretos designados
como base de cálculo. Essa proporcionalidade deve ser aplicada com todos os custos diretos
que são investidos para a fabricação de um dado produto. Se usarmos essa base de cálculo,
estaremos, automaticamente, embutindo os custos indiretos a esses produtos.
As bases de cálculo mais utilizadas pelas empresas, para que elas sejam capazes de colocar
em seus produtos e serviços o preço justo e adequado, são determinadas por meio do markup,
custos dos materiais e também os custos primários, que são representados pela aquisição dos
materiais e também da mão de obra direta. Já para que consigamos calcular os custos a
partir das proporções, podemos usar, além do markup, o montante da mão de obra direta,
adicionando, separadamente, o valor dos materiais.

O markup pode ser definido como um índice que deve ser aplicado sobre o
custo de determinado produto ou serviço. Além disso, deverá ser calculado
de forma a considerar as despesas de vendas, de gestão, financeiras,
Atenção impostos e ainda deverá gerar lucros! Dessa forma, a empresa consegue
determinar o preço adequado para que seu produto possa ser vendido.

Figura 4.4 – Custos e Despesas

14
Figura 4.5 – Definição do Markup

A principal função do conceito geral do método por taxas é garantir que haja o devido
ressarcimento de todos os custos dos produtos e serviços por meio de um método, o qual
tem como meta mostrar, na unidade produzida ou comercializada, toda a estrutura que gera
proporcionalidade dos custos e despesas da corporação.

Markup com base nos custos dos materiais


Como já vimos, o markup pode ser definido com o relacionamento existente entre o preço
de venda e o custo direto (base de cálculo). Nesse caso, a base para o cálculo é a matéria-
prima. Se fizermos uma comparação entre o valor da matéria-prima, com o preço de venda
de um dado produto, que podemos chamar de preço de referência.

Figura 4.6 – Formação de Preços


FORMAÇÃO DE PREÇOS – MARK-UP

A) Obtenção do Mark-up I
Despesas e Margem de Lucro (a)
Preço de venda sem impostos 100,00% (b)
Custo (b – a)
Mark-up I
Preço de venda sem impostos: Custos (100:___)

B) Sobre o valor do custo unitário de R$ 150.000, deve-se aplicar o mark-up ______. O preço de
venda unitário será 150.000 x ______ = R$ ______. Assim a empresa estará trabalhando com a
margem de ______ %.

15
Unidade: Análise de Custos

Rentabilidade dos clientes


No mundo dos negócios, há inúmeros fatores que afetam direta ou indiretamente as
organizações. As revoluções econômicas, a globalização, a revolução tecnológica vêm
melhorando a produtividade nas fábricas e, consequentemente, propicia uma crescente
competitividade entre as empresas, seja na forma de administrar as organizações, em que se
busca qualidade, produtividade e a satisfação do cliente. Tudo isso está ligado à rentabilidade
da empresa.
Para tornar uma empresa bem sucedida e competitiva no mercado, é primordial o cuidado
em relação aos seguintes pontos:
• processos estratégicos;
• forma de administrar;
• flexibilidade;
• reestruturação; e
• adaptação das necessidades do mercado e do cliente.
Dessa forma, as informações coletadas e analisadas precisam estar mais próximas da
realidade e os produtos e os serviços necessitam de uma personalização para atender às
necessidades/exigências dos clientes.
Diante desse cenário, é possível constatar que o foco está mudando de produtos rentáveis
para clientes rentáveis. Portanto, mantê-los sai mais barato que conquistar novos. Entretanto,
para que isso aconteça, é necessário encantar os clientes, conhecer suas reais necessidades,
dispensando-lhes tratamentos personalizados, atenção diferenciada, valorizando realmente o
conceito de serviço ao cliente.
Sendo assim, os administradores precisam assegurar que os clientes, os quais contribuem
consideravelmente para a rentabilidade da organização recebam dela atenção compatível. Afinal,
se a empresa conhece seus clientes mais rentáveis, fica mais fácil, pela segmentação deles, ter
stocks de acordo com as necessidades desses clientes, satisfazendo-os e encantando-os.

16
Material Complementar

Para complementar os conhecimentos adquiridos nesta Unidade, leia as seguintes obras:

Livros:
Análise de Custos e Preços de Vendas - Ênfase em Aplicações e Casos Nacionais,
Wernke, Rodney.
Análise Gerencial de Custos: Aplicação em Empresas Modernas, Antonio Cezar Bornia.

Ambas enriquecerão sua compreensão da importância da análise de custos nas empresas.


Bom estudo!

17
Unidade: Análise de Custos

Referências

CAMARGO. Marcos Antônio. DIAS. Alexandre Teixeira. Estratégia, administração


estratégica e estratégia corporativa: uma síntese teórica. Caderno de pesquisa em
administração. São Paulo, v10, 2003. Disponível em http://www.fea.usp.br, acesso em
20/12/2014.

CERTO. Samuel. PETER. J. P. Administração estratégica – planejamento e implementação


de estratégias, 2 edição São Paulo, Editora Pearson Education do Brasil, 2005.

CLARET. Martin. A arte da guerra, São Paulo, associação brasileira de direitos reprográficos.
Ed. Martin Clarete, 2005

GOVINDARAJAN, JOHN K.S.V. A revolução dos custos. 4.ed. Rio de Janeiro:


Campus, 1997.

LEONE, George. Custos: planejamento, implantação e controle. São Paulo: Atlas, 2000.

MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2001.

NAKAGAWA, Masayuki. Gestão Estratégica de Custos. São Paulo: Editora Atlas, 1993.

RESNIK, P. A bíblia da pequena empresa. São Paulo: McGraw-Hill, Makron Books, 1990.

18
Anotações

19

Você também pode gostar