Avaliação e Atendimento Ao Politraumatizado

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AVALIAÇÃO E

ATENDIMENTO INICIAL
AO POLITRAUMATIZADO
DISCIPLINA DE EMERGÊNCIAS CLÍNICAS E TERAPIA
INTENSIVA - 03/04/2023
https://www.youtube.com/watch?v=jxWjNQwO7wg
Quadrimodal distribution of death after trauma suggests that critical injury is a potentially terminal disease

⇨ Morte no local
⇨ Morte no PS
⇨ Morte na UTI
⇨ Morte por ativação de processo inflamatório - imunidade
⇨ O que é Trauma?
Doença epidêmica secundária à transmissão de
energia além da tolerância do organismo.
⇨ O que é Politrauma?
Por definição de Berlin…
● Mortalidade >= 30%
○ >= 2 lesões

○ Tabela de Escala Abreviada de Injúria (AIS) >=3

○ 1 ou mais critério de gravidade

■ Idade maior que 70


■ Glasgow <=8
■ Hipotensão <=90 (sistolica)
■ Acidose (base excess <=-6)
RTS CALCULATOR APP 7.84 > …

XXXX

XXXX

XXXX
0 - 75
ÍNDICES DE TRAUMA COMO MÉTODO PROGNÓSTICO EM PACIENTES VÍTIMAS DE TRAUMA ABDOMINAL ATENDIDOS NO HOSPITAL DE REFERÊNCIA DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NO ESTADO DO PARÁ1

Gilson Renan Wanzeler ESTUMANO2 , João Paulo de Oliveira ALMEIDA2 , Pedro Alves Feitoza NETO3 e Mauro José Pantoja FONTELLES4
https://quizlet.com/au/291452394/imist-ambo-diagram/ https://www.reddit.com/r/Paramedics/comments/fa19xc/hd_version_of_the_imist_ambo_handover_tool_ready/
1)PREPARAÇÃO
A. FASE PRÉ-HOSPITALAR
⇨ Notificar o hospital que vai receber o paciente
⇨ Prioridades: controle da hemorragia externa, controle da via aérea e do choque,
imobilizações e transporte o mais rápido possível.
⇨ Informações importantes: hora do trauma, eventos relacionados ao trauma, história do
paciente.

B. FASE HOSPITALAR
⇨ Preparar a área de reanimação: testar laringo, separar tubos, aquecer soluções de
cristaloides, preparar equipamento de monitorização
⇨ Preparar equipe: mais médicos se necessário; laboratório e radiologia;
⇨ Proteção para a equipe: EPIs
FIELD TRIAGE
DECISION SCHEME
2) TRIAGEM
a) MULTIPLAS VÍTIMAS:
⇨ O número de doentes e a gravidade das lesões não excede a capacidade do hospital
⇨ Atender primeiro doentes com risco de vida iminente e doentes com traumas
multissistêmicos.

a) VÍTIMAS EM MASSA
⇨ O número de doentes e a gravidade das lesões excedem a capacidade da equipe do hospital
⇨ Atender primeiro os doentes com maior capacidade de sobrevida, que gaste o menor
tempo, equipamentos e recursos de pessoal
3) AVALIAÇÃO PRIMÁRIA (ABCDE)

A. MANUTENÇÃO DA VIA AÉREA COM PROTEÇÃO DA COLUNA CERVICAL


B. VENTILAÇÃO E RESPIRAÇÃO
C. CIRCULAÇÃO COM CONTROLE DA HEMORRAGIA
D. DISFUNÇÃO NEUROLÓGICA
E. EXPOSIÇÃO E CONTROLE DO AMBIENTE
3) AVALIAÇÃO PRIMÁRIA (ABCDE)

A. MANUTENÇÃO DA VIA AÉREA COM PROTEÇÃO DA COLUNA CERVICAL


B. VENTILAÇÃO E RESPIRAÇÃO
C. CIRCULAÇÃO COM CONTROLE DA HEMORRAGIA
D. DISFUNÇÃO NEUROLÓGICA
E. EXPOSIÇÃO E CONTROLE DO AMBIENTE
3) AVALIAÇÃO PRIMÁRIA (XABCDE)

X. CONTROLE DE HEMORRAGIAS EXTERNAS


A. MANUTENÇÃO DA VIA AÉREA COM PROTEÇÃO DA COLUNA CERVICAL
B. VENTILAÇÃO E RESPIRAÇÃO
C. CIRCULAÇÃO COM CONTROLE DA HEMORRAGIA
D. DISFUNÇÃO NEUROLÓGICA
E. EXPOSIÇÃO E CONTROLE DO AMBIENTE
Afeganistão
Maratona de Boston
MECÂNICO - Compressão

FISIOLÓGICO - Medicamentos
MECÂNICO - Compressão
MECÂNICO - Compressão

https://stopthebleed.usuhs.edu/
MECÂNICO - Compressão
MECÂNICO - Compressão
FISIOLÓGICO - Medicamentos
FISIOLÓGICO - Medicamentos - UTI

CUIDADO COM PACIENTES ANTICOAGULADOS!!!


A. MANUTENÇÃO DA VIA AÉREA COM PROTEÇÃO DA COLUNA CERVICAL

VIA AÉREA
a. Garantir a permeabilidade da via aérea
b. Aspiração e inspeção para identificar corpos estranhos, fraturas de face, fraturas mandíbula, fraturas traqueolaríngeas
c. Manobras iniciais: elevação do mento (chin lift) ou tração da mandíbula (jaw thrust)
d. Reavaliação frequente
e. TCE grave, Glasgow menor ou igual a 8 ou respostas motoras descoordenadas >>>>>>> garantir via aérea definitiva

PROTEÇÃO DA COLUNA CERVICAL


b. Deve ser protegida durante a avaliação e manipulação da via aérea
c. Não hiperestender, hiperfletir ou rodar a cabeça
d. Se for necessário tirar imobilização cervical, imobilizar manualmente
e. Imagens são feitas após a avaliação inicial (ABCDE)
f. CONSIDERAR COMO POTENCIAL LESÃO DA COLUNA CERVICAL
i. Traumas multissistêmicos
ii. Alteração do nível de consciência
iii. Trauma fechado acima da clavícula
A. MANUTENÇÃO DA VIA AÉREA

IMAGEM CONTRAINDICADA PARA


PESSOAS SENSÍVEIS
A. MANUTENÇÃO DA VIA AÉREA
MANUTENÇÃO DA VIA AÉREA
The Physiologically Difficult Airway at TRAUMA -
2 - 3 horas após intubação (PCR - choque pós intubação)

SEQUÊNCIA RESSUCITATIVA DE INTUBAÇÃO < risco de PCR:


○ Volume e noradrenalina no periférico antes
○ NÃO UTILIZAR FENTANIL
■ Cetamina ou etomidato
○ Dose de Sedativo pela metade
○ Oxigenação apneica
○ Guiada por ePOCUS
○ Tubo com bougie (kiwi grip)
MANUTENÇÃO DA VIA AÉREA
B. VENTILAÇÃO E RESPIRAÇÃO
1. Avaliação rápida dos pulmões, parede torácica e diafragma
2. INSPEÇÃO, PALPAÇÃO, PERCUSSÃO E AUSCULTA CONJUNTAMENTE
3. Despir pescoço e tórax
4. Avaliar
a. Distensão de veias jugulares,
b. Posição da traqueia,
c. Movimentação da parede torácica
d. Lesões da parede torácica capazes de comprometer a ventilação rapidamente:
i. PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO
ii. TÓRAX INSTÁVEL
iii. CONTUSÃO PULMONAR
iv. HEMOTÓRAX MACIÇO
v. PNEUMOTÓRAX ABERTO
REPOSIÇÃO VOLÊMICA
CIRCULAÇÃO COM CONTROLE DA
HEMORRAGIA
⇨ HIPOTENSÃO:
○ Descartado o PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO, a hipotensão em doentes
traumatizados deve ser considerada hipovolêmica até que se prove o contrário
○ Idosos (atenção - taquicardia… obnubilação…)
○ Crianças e atletas perdem muito sangue antes de apresentarem sinais clínicos
CIRCULAÇÃO COM CONTROLE DA HEMORRAGIA

1. AVALIAÇÃO DO VOLUME SANGUÍNEO E DÉBITO CARDÍACO


a. NÍVEL DE CONSCIÊNCIA
i. Sinal de hipoperfusão cerebral
b. COR DA PELE
i. Coloração rósea periférica: raramente há hipovolemia importante
ii. Pele esbranquiçada e face acinzentada: sinal de hipovolemia
c. PULSO
i. Pulsos periféricos cheios, lentos e regulares são sinais de normovolemia (descartar beta-bloqueadores)
ii. Pulso rápido e filiforme pode ser hipovolemia
iii. Frequência normal não garante normovolemia
iv. Pulso irregular pode ser disfunção cardíaca
v. Ausência de pulsos centrais >>> reanimação imediata
1. AVALIAÇÃO DA HEMORRAGIA
o EXTERNA
▪ Fazer preferencialmente compressão manual (torniquete e
pinçamentos em casos extremos)
o INTERNA
▪ Tórax, abdome, retroperitônio, bacia, ossos longos
▪ Identificar com exame físico e de imagem (RX ou FAST)
▪ Tratamento: descompressão do tórax, compressão da pelve,
imobilizadores, intervenção cirúrgica.
INFUSÃO DE LÍQUIDOS
INFUSÃO DE LÍQUIDOS
INFUSÃO DE LÍQUIDOS

1. COLOIDES (2000 ML)


o CONTRAINDICAÇÕES
▪ AUMENTO DA PIC
▪ AUMENTO DA PIA
INFUSÃO DE LÍQUIDOS
INFUSÃO DE LÍQUIDOS

BLEND
INFUSÃO DE LÍQUIDOS
INFUSÃO DE LÍQUIDOS

1 : 1 : 1
INFUSÃO DE LÍQUIDOS

DIESEL

SANGUE
INFUSÃO DE LÍQUIDOS

● RESTRIÇÃO DE CRISTALÓIDE

● HEMOCOMPONENTES PRECOCE

● PROPORCIONAL / BALANCEADA,

NÃO SIMULTÂNEA
Principais variáveis associadas à
sobrevida global no trauma…

TRÍADE DA MORTE
▪ HIPOTERMIA
▪ ACIDOSE
▪ COAGULOPATIA
INFUSÃO DE LÍQUIDOS

1 : 1 : 1
Principais variáveis associadas à
sobrevida global no trauma…

TRÍADE DA MORTE
▪ HIPOTERMIA
Principais variáveis associadas à sobrevida global no trauma…
Principais variáveis associadas à sobrevida global no trauma…
Principais variáveis associadas à sobrevida global no trauma…
DISFUNÇÃO NEUROLÓGICA

1. Nível de consciência, tamanho e reatividade das pupilas, sinais de


lateralização e nível da lesão medular.
a. NÍVEL DE CONSCIÊNCIA: rebaixamento do NC obriga a revisar
imediatamente a ventilação, oxigenação e perfusão.
i. Perda da oxigenação
ii. perda da perfusão cerebral
iii. trauma direto
iv. tóxico-metabólica - hipoglicemia, álcool, narcóticos
E. EXPOSIÇÃO E CONTROLE DO
AMBIENTE
⇨ Despir totalmente o doente e colocar manta térmica
⇨ Utilizar fluidos aquecidos
⇨ Examinar o dorso
Não devemos esquecer …
Definição de politrauma (Berlin)
Escores RTS e ISS
Anamnese IMIST, AMBO
X (mecânico e medicamentoso)
Via aérea fisiológica difícil
IOT em sequência ressuscitativa
Protocolo de trransfusão maciça
Tétrade da morte (diamante - hipotermia, acidose,
coagulopatia e hipocalcemia
Estratégia com restrição de cristalóides,
hemocomponentes em infusão precoce (1:1:1), Ácido
Tranexânico e cálcio.
6) CONSIDERAR A NECESSIDADE DE
TRANSFERÊNCIA DO DOENTE

⇨ A DECISÃO DE TRANSFERIR
JÁ DEVE SER FEITA APÓS A
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA E
REANIMAÇÃO

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