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RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO

MULTIDISCIPLINAR

DADOS PESSOAIS
Nome: Arthur Gabriel Batista Policena
Data de nasc.: 22/04/2016 sexo: Masculino
Responsavel: Gisely Policena de Campos

PROFISSIONAIS RESPONSÁVEIS:
Luan Henrique de Jesus da Costa (psicopedagogo)
Psicóloga: Maisa de Souza O. Felix CRPº 06/127025
Fonoaudióloga: Thaís De Aguiar Neme CRF 11.432
Terapia Integrativa e Complementar: Wesley B. dos Santos

PARECER DA PSICOPEDAGOGIA

ARTHUR GABRIEL BATISTA POLICENA, diagnosticado dentro do Transtorno do


Espectro Autista, incluído no ensino regular e em acompanhamento
Neuropsicopedagógico desde fevereiro de 2020.

O aprendente apresenta DÉFICIT na comunicação sendo diagnosticado como


NÃO ORALIZADO, faz uso de comunicação alternativa por imagens, porém ainda de
forma não funcional e generalizada e comunicação por sinais, expressando
esporadicamente sons com função de mando, negação e/ou confirmação.
O menor expressa conhecer os códigos de escrita e leitura, números e sua função
social. Reconhece e faz pareamento de letras, números, formas geométricas e imagens
próximas do real e pictogramas.

O mesmo apresenta em momentos pontuais uma rigidez nas propostas


pedagógicas que levam ações e descontextualizadas com função de expressar
frustração, esquiva e desconhecimento dos mecanismos de resolução das mesmas.
Comportamentos estes que levam aos conflitos em sala de aula, mas que podem ser
manejados com a garantia de previsibilidade das atividades, situações de aprendizagem
sem erro, modelo de resolução e esquemas de reforçamento/combinados.

PARECER DA PSICOLOGIA

ARTHUR se encontra em processo de intervenção em terapia ABA, onde o


mesmo adquiriu muitos ganhos, atualmente o paciente adquiriu tolerância para
permanecer em atividades, apresenta aversão por transitar de uma atividade para outra,
nessas situações, A.G apresenta rigidez cognitiva, consequentemente arremessa os
materiais da mesa de treino, como forma de protesto para não ter que realizar.
A.G tem momentos de apatia durante as sessões, comportamento observado
após o início da nova medicação que ocasionou em inúmeros efeitos contrários aos
esperados: maior foco de atenção e concentração.
Observa-se que neste período de alteração da medicação o paciente passou a
apresentar excesso de salivação, dificuldade em manter postura corporal como uma
fraqueza ou cansaço, letargia. Aparenta estar distante, o que pode ser representado como
processo de fuga para não realizar o que foi determinado.
Seus comportamentos agressivos foram diminuídos em comparação ao início de
seu processo terapêutico e, o mesmo entende que está batendo de forma irônica, não
como se estivesse zangado ou desregulado. Sua compulsividade alimentar, também
diminuiu, e o paciente não faz busca por comida em comparação ao seu início.
PARECER DA TERAPIA OCUPACIONAL

Após um período de intervenção em Terapia Ocupacional, observamos uma


significativa evolução nas habilidades de Atividades da Vida Diária (AVDs) do paciente,
em destaque no contexto do banheiro e escovação dos dentes.

Durante as sessões, foram utilizadas estratégias específicas, como o uso da


Comunicação Alternativa (CAA), pictogramas e rotinas visuais para aumentar a
compreensão e independência da criança. Inicialmente, Arthur demonstrava dificuldades
significativas em entender os passos necessários para realizar essas atividades de forma
autônoma. No entanto, ao longo do processo de atendimento , houve uma melhora
gradual e significativa em sua capacidade de seguir instruções, organizar-se e completar
as tarefas relacionadas ao banheiro e escovação dos dentes. Observa-se que a criança
passou a demonstrar maior autonomia e confiança ao realizar essas atividades, reduzindo
a necessidade de suporte constante.

Além disso, foi notado uma melhoria na sua capacidade de autorregulação e


tolerância sensorial, o que contribui para uma interação mais tranquila e cooperativa
durante as atividades de cuidado pessoal.

É importante ressaltar que o progresso alcançado não só beneficia a criança em


termos de autocuidado, mas também tem um impacto positivo em sua autoestima e
inclusão social, pois ela se sente mais capaz de participar de atividades cotidianas de
forma independente.

Portanto, com base na evolução observada, a criança demonstrou adquirir de forma


significativa habilidades importantes de AVDs relacionadas ao banheiro e escovação dos
dentes, o que promove sua autonomia e qualidade de vida no dia a dia
PARECER DA FONOAUDIOLOGIA

Ressalta-se que o paciente Arthur Gabriel Batista Policena, encontra-se em


terapia fonoaudiológica na clínica Wallon.

Destaca-se que o paciente possui atraso na aquisição e desenvolvimento da


linguagem, interação comunicativa em geral diminuída, buscando apontar e gritar para se
expressar, brincadeiras simbólicas pouco elaboradas, uso demasiado de vocalizações
inteligíveis, durante as sessões paciente interage com a terapeuta de forma não-verbal,
imita algumas ações, obtendo intenções comunicativas quando de interesse próprio
utilizando o adulto de instrumento, possui também distúrbio miofuncional orofacial
caracterizado por alteração da tonicidade (lábios, língua e bochechas), alteração de
mobilidade de lábio e língua e disfunção mastigatória.

Observa-se que, diante de uma atividade A. compreende o que é solicitado, mas


não é colaborativo agindo com rigidez, se expressando através da linguagem receptiva,
apontando, fazendo gestos e articulando sons de forma incompreensível. Durante as
demandas, quando executa a tarefa, não corresponde verbalmente.

Conforme tais fatores, o paciente utiliza o Sistema de Comunicação por Troca de


Figuras (PECS), como uma forma de comunicação alternativa e aumentativa para
dificuldades de fala com objetivo de expressar suas necessidades, desejos e compartilhar
informações com outras pessoas, porém ainda não possui independência na expressão
de desejos e necessidades, visto que se localiza na fase 2, que exige do indivíduo a
iniciar a comunicação de forma espontânea aprendendo a selecionar e entregar a figura
correspondente à pessoa com quem deseja se comunicar.

De tal modo, as sessões de fonoterapia tem como objetivo aprimorar e ampliar


habilidades e funções comunicativas aumentando a utilização do meio verbal em
detrimento dos meios vocal e gestual e adequar funções miofuncional orofacial.
Vale ressaltar que atualmente há avanços nos aspectos citados significativos. Sendo
observado, expansão da comunicação, interação aumentada, gestos simbólicos mais
aprimorados, tempo de atenção e compreensão enriquecidos.

PARECER DA TERAPIA INTEGRATIVA

Arthur vem sendo assistido pela terapia integrativa com foco em seu
desenvolvimento psicomotor e nas dificuldades em planejar seus movimentos e em
manter a concentração em atividades específicas, sua hiperatividade interfere no
processo de aprendizagem e na interação social.

No entanto, no entorno do processo terapêutico, foi observado uma melhora


significativa em diversas áreas. A criança adquiriu habilidades de planejamento motor
mais eficazes, demonstrando maior capacidade de executar tarefas motoras com precisão
e coordenação com foco nas AVD´S. Além disso, houveram avanços no desenvolvimento
sensorial, com a criança demonstrando uma melhor compreensão e integração das
informações sensoriais do ambiente, o que contribuiu para uma maior eficácia na
realização de atividades motoras.

Em relação à interação social, foi notada uma melhoria na capacidade da criança


de se engajar em atividades em grupo, demonstrando maior cooperação e participação
ativa livre de comportamentos heteroagressivos e disruptivos. Isso sugere um aumento da
autoconfiança e da habilidade de se relacionar com os outros.

Outro avanço significativo foi observado no controle de esfíncteres, habilidade que


foi alvo dos processos com início em NOVEMBRO/2023 indicando uma maior maturidade
e autonomia na gestão das funções corporais.
CONCLUSÃO

A equipe em concordância considera e aponta que o paciente encontra-se em uma


crescente de evolução que enfrenta como obstáculos a grande agitação motora e
desatenção em momentos de atividade orientada. Também se faz necessário uma
observação detalhada no que se refere ao comportamento de “bater” como forma de
atenção, uma vez que este ainda se segue de outros comportamentos que denotam uma
função interna e não mensurável. Quanto à medicação no período de 60 dias observou-se
muitos efeitos colaterais indesejados e interferentes.

Bauru, 08 de Abril de 2024.

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Maisa de Souza O. Felix Wesley Bruno dos Santos
PSICÓLOGA TERAPEUTA INTEGRATIVO
CRP: 06-127025

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Luan Henrique de Jesus da Costa
Psicopedagogia

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