Data de Nascimento: 16/06/2015 Queixa Principal: Desatenção + Aprendizagem + Hiperatividade
O presente relatório destina-se a descrição do acompanhamento Maria
Clara Rocha da Silva, 06 anos. A mesma compareceu a Zoe Clínica de Saúde Avançada, situada na Av. Rotary, n. 1056, Gruta de Lourdes, Maceió, Alagoas para avaliação psicológica, sendo acompanhado desde dezembro de 2020. As queixas dos pais eram: dificuldade na atenção e concentração, aprendizagem em atraso, comunicação/ linguagem em deficiência e baixo autoestima.
Na anamnese inicial, segundo genitora, Maria Clara apresentou queixas
escolares relacionadas ao acompanhamento psicopedagógicos, pois a mesma não reconhecia cores, números e letras, como também, apresentava hiperatividade corporal e verbal, onde havia sido levantado uma hipótese diagnóstica por parte da psicopedagoga para TDAH- Transtorno de Déficit de Atenção e Aprendizagem.
Nas primeiras sessões foram estimulados a formação de vínculo e relação
terapêutico com exploração de ambiente e brinquedos, como também avaliação dos comportamentos que estão em déficit e em excesso.
Durante o primeiro mês foi possível observar preferência por brinquedos
com bonecos e jogos no celular. Quando a mesma chegava à clínica tinha dificuldade para esperar por sua vez, e sempre que possível perguntava se era sua vez de entrar na sessão.
Torna-se importante salientar que as queixas escolares coincidiram com o
comportamento de Maria Clara em sessão, pois, foi notório o atraso na aprendizagem e compreensão de comandos dentro do marco de desenvolvimento. A mesma apresentava dificuldade na organização e planejamento, déficit na área de memorização, dificuldade em manter contato visual e percepção. Paciente demonstrava ansiedade na forma de se comunicar (verbalmente e corporal), como por exemplo: não esperava o outro terminar a frase ou explicar o contexto, fazia muitas interrupções e questionamentos apenas com a frase: “o que é isso?”. Paciente presentava olhar expressivo de frustação por não compreender o que era solicitado ou explicado.
Dentro de algumas atividades terapêuticas era possível avaliar que a
paciente não reconhecia as cores, mas fazia pareamento; tinha intenção comunicativa e sentava permanente; buscava interação e aceitava os comandos, mesmo que não as compreendesse de forma clara.
Durante o tratamento estão sendo trabalhadas habilidades cognitivas,
principalmente atenção, concentração e percepção visual associado à estímulos de comunicação assertiva, adequação comportamental e das emoções.
Vale ressaltar que paciente sempre foi assídua e frequenta a psicoterapia
sob meus cuidados 1x por semana com duração de 30 minutos.
Atualmente, após 01 ano de estimulação (levando em consideração
as faltas ocasionadas por doenças) pode-se perceber evoluções bastante significativas, tais como:
Sustentação do contanto visual, seja em brincadeiras lúdicas ou
comunicação simples; Interesse no brincar com jogos novos e de estimulação cognitiva; No domínio da cognição realiza atividades de esforço mental com propósito e resolução de problemas moderados, como por exemplo quebra cabeça de 40 peças sem ajuda física, apenas com poucas dicas verbais; atividades de raciocínio lógico e etc; Atenção sustentada, conseguindo realizar atividades de maior duração; Espera sua vez; Organização e planejamento.
A menor faz acompanhamento com neuropediatra, tomando a
medicação Ritalina, antes em comprimido, atualmente em cápsula.
Vale ressaltar que após todas as intervenções a menor apresenta alguns
aspectos que merecem destaque: Maria Clara ainda apresenta atraso de aprendizagem, dificuldade nos quesitos de reter informações e memorizar. Percebe-se que a mesa apresenta desempenho inconstante no reconhecimento e identificação de cores, números e letras, e mesmo com auxílio terapêutico ainda assim apresenta persistência nos erros; dificuldade para organização sequencial, por exemplo as letras do alfabeto, dias da semana e meses do ano; dificuldade em organiza-se com tempo (hora), no espaço (ates e depois) e direção (direita e esquerda).
É notório que os comportamentos funcionais vêm sendo sustentados e
mantidos, e pelo contexto evidenciado conclui-se que Maria Clara está adaptada às terapias, o que é positivo pois o reforça ao bom desempenho; tem conseguido compreender comandos que o ajudam diretamente na aprendizagem e no estabelecimento de rotina social e emocional.
Como psicorientação é sugerido:
1- Avaliação com neuropsicóloga;
2- Acompanhamento com psicopedagoga; 3- Acesso a adaptação de recursos didáticos na escola.
Coloco-me à disposição para maiores esclarecimentos.
O Corpo e Os Fatores Psicomotores Como Agentes Intervenientes Nas Dificuldades de Aprendizagem de Leitura e Escrita de Escolares As Contribuicoes Da Psicomotricidade