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Introdução Ao Estudo Da Psicanálise: Vida E As Obras de Sigmund Freud
Introdução Ao Estudo Da Psicanálise: Vida E As Obras de Sigmund Freud
OBRAS DO SIGMUND
INTRODUÇÃO FREUD
AO ESTUDO DA
PSICANÁLISE: VIDA E AS OBRAS DE
SIGMUND FREUD
Sumário
INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 4
MORTE ...................................................................................................................... 8
OBRAS..................................................................................................................... 10
A PSICANÁLISE ...................................................................................................... 11
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 29
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NOSSA HISTÓRIA
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Introdução ao Estudo da Psicanálise: Vida e as Obras
do Sigmund Freud
Introdução
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A prática profissional refere-se à forma de tratamento, a Análise, que busca o
autoconhecimento ou a cura, que ocorre através desse autoconhecimento.
Atualmente, o exercício da Psicanálise ocorre de muitas outras formas. Ou seja, é
usada como base para psicoterapias, aconselhamento, orientação; é aplicada no
trabalho com grupos, instituições. A Psicanálise também é um instrumento
importante para a análise e compreensão de fenômenos sociais relevantes: as
novas formas de sofrimento psíquico, o excesso de individualismo no mundo
contemporâneo, a exacerbação da violência etc.
Freud foi o primeiro de oito filhos do casal de judeus formado por Jakob
Freud e Amalia Nathansohn. Os outros filhos do casal, e irmãos de Freud,
chamavam-se Julius, Anna, Regine, Marie, Esther, Pauline e Alexander. Quando
ainda era uma criança pequena, os pais de Freud decidiram mudar-se para Viena,
local onde Freud passou quase toda a sua vida.
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Durante sua fase escolar, Freud ficou conhecido por ser um bom estudante,
possuía boas notas, lia muito e tinha enorme facilidade para aprender idiomas. Os
biógrafos de Freud falam que ele tinha ótimo desempenho em idiomas como
francês, inglês, latim e grego, por exemplo. Em 1873, Freud concluiu o ensino médio
e, com 17 anos, ingressou na Universidade de Viena.
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distúrbio neurológico em que a pessoa tem grande dificuldade com a formulação e
compreensão da linguagem.
Em 1885, Freud foi a Paris para realizar estudos com Jean-Martin Charcot,
um importante neurologista da época. Charcot era conhecido por tratar os seus
pacientes por meio da hipnose. O que Freud aprendeu com Charcot teve enorme
peso para que ele formulasse suas teorias anos depois.
Vida pessoal
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Problemas com o nazismo
Com a ascensão do nazismo, na década de 1930, Freud começou a enfrentar
alguns problemas. Em 1933, alguns dos seus livros foram queimados pelos nazistas
na Alemanha. Isso aconteceu por conta do antissemitismo do nazismo, que
associava as ideias de Freud à decadência do “mundo moderno”. Por conta dessa
ocasião, Freud escreveu ironicamente para um amigo dizendo: “Que progresso
estamos fazendo! Na Idade Média, teriam me queimado na fogueira. Agora eles se
contentam em queimar meus livros”
Em 1938, Freud foi obrigado a fugir da Áustria, por conta do Anschluss, nome
como ficou conhecida a anexação da Áustria à Alemanha Nazista. Como era judeu,
Freud acabou tendo que se mudar para Londres, na Inglaterra, local onde faleceu
pouco mais de um ano depois.
Morte
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em Freiberg in Mähren, Viena e Londres foram transformadas em museus em
homenagem ao seu legado.
Teorias de Freud
Ao longo de sua carreira, Freud ficou conhecido por formular inúmeras teorias
que influenciaram de maneira considerável o campo da psicologia. A saber:
Complexo de Édipo
Freud continuou a dedicar-se ao estudo da mente humana e passou a se
autoanalisar. Aplicando a psicanálise sobre si mesmo, ele conseguiu acessar
memórias da sua infância, e essa autoanálise lhe permitiu formular a teoria do
Complexo de Édipo. Freud realizou essa autoanálise após associar pesadelos e
períodos depressivos que enfrentou com a morte de seu pai.
Outras teorias
Ao longo de sua carreira, Freud teorizou ideias a respeito da interpretação
dos sonhos e do papel destes em retratar desejos que são reprimidos na mente
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humana ou memórias recentes que estão bloqueadas no inconsciente. A respeito do
inconsciente, disse que a mente humana funciona como um iceberg, em que parte
dos pensamentos é perceptível, e a outra parte, não.
Obras
Ao longo de sua carreira como psicanalista, Freud escreveu uma série de
livros que são hoje um grande legado de sua obra. Dentre os livros escritos por
Freud, podem ser destacados:
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A Psicanálise
Depois de ter contato com a hipnose como forma de tratamento, Freud
procurou utilizá-la em seus pacientes. Isso aconteceu depois de ter aberto um
consultório em Viena para tratar de “doenças nervosas”. O contato com a hipnose
levou Freud a concluir, tempos depois, que as doenças mentais eram, de fato,
causadas por distúrbios em uma parte que ele chamou de inconsciente.
Após esse caso, Freud passou a aplicar a “cura pela palavra” em seus
próprios pacientes. Ele os incentivava a falar sobre os traumas e anotava tudo o que
era dito pelos seus pacientes. Com o tempo, começou a identificar que a parte
consciente da mente humana não tinha acesso a todas as lembranças e grande
parte dos pensamentos ficava reprimida no “inconsciente”. Assim, o tratamento por
meio da psicanálise só seria de fato eficaz se fosse possível acessar os
pensamentos e traumas do inconsciente, levando-os para a consciência do
paciente.
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Estrutura e dinâmica da personalidade
Freud imaginava a psique (ou aparelho psíquico) do ser humano como um
sistema de energia: cada pessoa é movida, segundo ele, por uma quantidade
limitada de energia psíquica. Isso significa, por um lado, que se grande parte da
energia for necessária para a realização de determinado objetivo (ex. expressão
artística) ela não estará disponível para outros objetivos (ex. sexualidade); por outro
lado, se a pessoa não puder dar vazão à sua energia por um canal (ex.
sexualidade), terá de fazê-lo por outro (ex. expressão artística).
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O pré-consciente, refere-se aos fenômenos que não estão conscientes em
determinado momento, mas podem tornar-se, se o indivíduo desejar se ocupar com
eles;
O inconsciente, que diz respeito aos fenômenos e conteúdos que não são
conscientes e somente sob circunstâncias muito especiais podem tornar-se. (O
termo subconsciente é muitas vezes usado como sinônimo, apesar de ter sido
abandonado pelo próprio Freud.)
Freud não foi o primeiro a propor que parte da vida psíquica se desenvolve
inconscientemente. Ele foi, no entanto, o primeiro a pesquisar profundamente esse
território. Segundo ele, os desejos e pensamentos humanos produzem muitas vezes
conteúdos que causariam medo ao indivíduo, se não fossem armazenados no
inconsciente. Este tem assim uma função importantíssima de estabilização da vida
consciente. Sua investigação levou-o a propor que o inconsciente é alógico (e por
isso aberto a contradições); atemporal e aespacial (ou seja, conteúdos pertencentes
a épocas ou espaços diferentes podem estar próximas). Os sonhos são vistos como
expressão simbólica dos conteúdos inconscientes.
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Modelo estrutural da personalidade (2ª Tópica)
Freud desenvolveu mais tarde, (1923) um modelo estrutural da
personalidade, em que o aparelho psíquico se organiza em três estruturas:
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satisfazê-las com um máximo de prazer e um mínimo de consequências negativas.
A principal função do ego é buscar uma harmonização inicialmente entre os desejos
do id e a supervisão/realidade/repressão do superego.
Superego (Über-Ich, "super-eu", "além-do-eu"): é a parte moral da
mente humana e representa os valores da sociedade.
Os mecanismos de defesa
O ego está constantemente sob tensão, nas suas tentativas de harmonizar os
impulsos do id no mundo exterior e adequando-os à repressão do superego.
Quando essa tensão (normalmente sob a forma de medo) se torna grande demais,
ameaça a estabilidade do ego, que pode fazer uso dos mecanismos de defesa ou
ajustamentos. Estas são estratégias do ego para diminuir o medo através de uma
deformação da realidade - dessa forma o ego exclui da consciência conteúdos
indesejados. Os mecanismos de defesa satisfazem os desejos do id apenas
parcialmente, mas, para este, uma satisfação parcial é melhor do que nenhuma.
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(1937) diz que mecanismos defensivos falsificam a percepção interna do sujeito
fornecendo somente uma representação imperfeita e deformada.
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As fases do desenvolvimento psicossexual
Freud foi o primeiro a afirmar que os primeiros anos das vida são os mais
importantes para o desenvolvimento da pessoa e o desenvolvimento do indivíduo se
dá em fases ou estádios psicossexuais. Freud foi, assim, o primeiro autor a afirmar
que as crianças também têm uma sexualidade.
Freud descreve quatro fases distintas, pelas quais a criança passa em seu
desenvolvimento. Cada uma dessas fases é definida pela região do corpo a que as
pulsões se direcionam. Em cada fase surgem novas necessidades que exigem
satisfação; a maneira como essas necessidades são satisfeitas determina como a
criança se relaciona com outras pessoas e quais sentimentos ela tem para consigo
mesma. A transição de uma fase para outra é biologicamente determinada, de tal
forma que uma nova fase pode iniciar sem que os processos da fase anterior tenha
se completado. As fases se seguem umas às outras em uma ordem fixa e, apesar
de uma fase se desenvolver a partir da anterior, os processos desencadeados em
uma fase nunca estão plenamente completos e continuam agindo durante toda a
vida da pessoa.
A fase oral
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futura personalidade da pessoa. Assim, uma satisfação insuficiente das pulsões
orais pode conduzir a uma tendência para ansiedade e pessimismo; já uma
excessiva satisfação pode levar, através de uma fixação nessa fase, a dificuldades
de aceitar novos objetos como fonte de prazer/dor em fases posteriores,
aumentando assim a probabilidade de uma regressão.
A fase oral se divide em duas fases menores, definidas pelo nascimento dos
dentes. Até então a criança se encontra em uma fase passiva-receptiva; com os
primeiros dentes a criança passa a uma fase sádica-ativa através da possibilidade
de morder. O principal objeto de ambas as fases, o seio materno, se torna, assim,
um objeto ambivalente. Essa ambivalência caracteriza a maior parte dos
relacionamentos humanos, tanto com pessoas como com objetos.
A fase anal
A segunda fase, segundo Freud, é a fase anal, que vai aproximadamente do
primeiro ao terceiro ano de vida. Nessa fase a satisfação das pulsões se dirige ao
ânus, ao controle da tensão intestinal. Nessa fase a criança tem de aprender o
controle dos esfincteres sobre o ato de defecar e, dessa forma, deve aprender a
lidar com a frustração do desejo de satisfazer suas necessidades imediatamente.
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Como na fase oral, também os mecanismos desenvolvidos nesta fase
influenciam o desenvolvimento da personalidade. O defecar imediato e
descontrolado é o protótipo dos ataques de raiva; já uma educação muito rígida com
relação à higiene pode conduzir tanto a uma tendência ao caos, aos descuido, à
bagunça quanto a uma tendência a uma organização compulsiva e exageradamente
controlada.
A fase fálica
A fase fálica, que vai dos três aos cinco anos de vida, se caracteriza segundo
Freud pela importância da presença (ou, nas meninas, da ausência) do falo ou
pênis; nessa fase prazer e desprazer estão, assim, centrados na região genital. As
dificuldades dessa fase estão ligadas ao direcionamento da pulsão sexual ou
libidinosa ao genitor do sexo oposto e aos problemas resultantes. A resolução desse
conflito está relacionada ao complexo de Édipo e à identificação com o genitor de
mesmo sexo.
Freud desenvolveu sua teoria tendo sobretudo os meninos em vista, uma vez
que, para ele, estes vivenciariam o conflito da fase fálica de maneira mais intensa e
ameaçadora. Segundo Freud o menino deseja nessa fase ter a mãe só para si e
não partilhá-la mais com o pai; ao mesmo tempo ele teme que o pai se vingue,
castrando-o. A solução para esse conflito consiste na repressão tanto do desejo
libidinoso com relação à mãe como dos sentimentos agressivos para com o pai; em
um segundo momento realiza-se a identificação do menino com seu pai, o que os
aproxima e conduz, assim, a uma internalização por parte do menino dos valores,
convicções, interesses e posturas do pai.
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O complexo de Édipo representa um importante passo na formação do
superego e na socialização dos meninos, uma vez que o menino aprende a seguir
os valores dos pais. Essa solução de compromisso permite que tanto o ego (através
da diminuição do medo) e o id (por o menino poder possuir a mãe indiretamente
através do pai, com o qual ele se identifica) sejam parcialmente satisfeitos.
O período de latência
Depois da agitação dos primeiros anos de vida segue-se uma fase mais
tranquila que se estende até a puberdade. Nessa fase a libido é desinvestida das
fantasias e da sexualidade, tornando-as secundárias, mas reinvestida em outros
meios como o desenvolvimento cognitivo, aprendizado, a assimilação de valores e
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normas sociais que se tornam as atividades principais da criança, continuando o
desenvolvimento do ego e do superego.
A fase genital
A última fase do desenvolvimento psicossocial é a fase genital, que se dá
durante a adolescência. Nessa fase as pulsões sexuais, depois da longa fase de
latência e acompanhando as mudanças corporais, despertam-se novamente, mas
desta vez se dirigem a uma pessoa do sexo oposto, ou não (onde entra a questão
da homossexualidade).
No início de sua obra, Freud dividiu os transtornos emocionais, que então ele
denominava psiconeuroses, em três categorias psicopatológicas:
1) As neuroses atuais.
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adequação ou não do termo “perversão” para nomear uma determinada categoria
de pacientes que apresentam uma série de características comuns e típicas entre
eles, levando em conta o fato de que essa denominação tem o inconveniente de
estar impregnada de “pré-conceitos”, especialmente os de ordem moral e ética, o
que nem sempre faz jus à seriedade e à profundidade com que tais pacientes
merecem ser compreendidos e analisados.
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sintomas são: palpitações do coração, tremores, falta de ar, suor, náuseas. Há uma
exagerada e ansiosa preocupação por si mesmo.
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a) Esquizofrenia: apatia emocional, carência de ambições, desorganização
geral da personalidade, perda de interesse pela vida nas realizações pessoais e
sociais. pensamento desorganizado, afeto superficial e inapropriado, riso insólito,
bobice, infantilidade, hipocondria, delírios e alucinações transitórias.
1) aferir que para eles não existe castração, assim, não existem limites
sociais impostos às suas ações ou
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abrangentemente com todas as formas de ausência de empatia com o Outro - pela
ausência de atuação do Superego.
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Contudo, há várias décadas é possível constatar a contribuição da
Psicanálise e dos psicanalistas em várias áreas da saúde mental. Historicamente, é
importante lembrar a contribuição do [pg. 80] psiquiatra e psicanalista D. W.
Winnicott, cujos programas radiofônicos transmitidos na Europa, durante a Segunda
Guerra Mundial, orientavam os pais na criação dos filhos, ou a contribuição de Ana
Freud para a Educação e, mais recentemente, as contribuições de Françoise Dolto
e Maud Mannoni para o trabalho com crianças e adolescentes em instituições —
hospitais, creches, abrigos.
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Cada palavra, cada símbolo tem um significado particular para cada
indivíduo, o qual só pode ser apreendido a partir de sua história, que é
absolutamente única e singular. Por isso é que se diz que, a cada nova situação,
realiza-se O sofrimento humano assume inúmeras expressões, novamente a
experiência inaugurada por Freud, no início do século 20 — a experiência de tentar
descobrir as regiões obscuras da vida psíquica.
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VÍDEOS DE APOIO
“Com uma longa carreira que passou por incentivar o uso da cocaína e
desenvolver o polêmico conceito do Complexo de Édipo, Freud foi o revolucionário
fundador da psicanálise, permitindo pela primeira vez um estudo científico e
desmistificado dos elementos da mente humana.”
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REFERÊNCIAS
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