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EDUCAÇÃO SEXUAL

Parte de Romário sobre

Violência Contra Mulher


Assédio Sexual no ambiente de trabalho

Definição:
O assédio sexual no ambiente de trabalho acontece de forma geral, por um
constrangimento com conotação sexual em que, como regra, o agente utiliza sua posição
hierárquica superior ou sua influência para obter o que deseja. Sendo, definido no artigo
216-A do Código Penal como crime. Tendo como pena prevista a detenção de um a dois
anos.

Categorias:

1° - Por chantagem. Quando a aceitação ou a rejeição de uma investida sexual é


determinante para que o assediador tome uma decisão favorável ou prejudicial para a
situação de trabalho da pessoa assediada.

2° - Por intimidação. Abrange todas as condutas que resultem num ambiente de trabalho
hostil, intimidativo ou humilhante.

Exemplo -
O que aconteceu com as funcionárias da Caixa que sofreram assédio por parte do
presidente da empresa, o Sr. Pedro Guimarães.
Uma delas segundo veiculou o site g1.globo.com disse o seguinte:
"Eu considero um assédio. Foi em mais de uma ocasião. Ele tem por hábito chamar grupo
de empregados para jantar com ele. Ele paga vinho para esses empregados. Não me senti
confortável, mas, ao mesmo tempo, não me senti na condição de me negar a aceitar uma
taça de vinho. E depois disso ele pediu que eu levasse até o quarto dele à noite um
carregador de celular e ele estava com as vestes inadequadas, estava vestido de uma
maneira muito informal de cueca samba canção. Quando cheguei pra entregar, ele deu um
passo para trás me convidando para entrar no quarto. Eu me senti muito invadida, muito
desrespeitada como mulher e como alguém que estava ali para fazer um trabalho. Já tinha
falado que não era apropriado me chamar para ir ao quarto dele tão tarde e ainda me
receber daquela forma. Me senti humilhada".

Com isso surge a pergunta:


Porque elas não denunciaram?
O g1 também veiculou a seguinte informação:
"Algumas dessas mulheres dizem que simplesmente desistiram de usar o canal de
denúncias oferecido pela Caixa. Elas afirmam que souberam de outros casos que não
teriam sido levados adiante e contam que as vítimas até sofreram retaliações."

Assim fica evidente que simplesmente ter uma legislação colocando a prática de assédio
como crime não será eficaz. Pois uma das dificuldades ao ajuizar uma ação de assédio
sexual é a produção de provas. “Geralmente, os atos não são praticados em público. São
feitos de forma secreta, quando a vítima está sozinha”, explica a ministra e presidente do
Tribunal Superior do Trabalho Maria Cristina Peduzzi.
Comprovando dessa forma que só será possível prevenir o assédio moral e sexual,
garantindo relações de trabalho em que predominem a dignidade, o respeito e os direitos do
cidadão, quando a educação sexual for amplamente debatida na sociedade principalmente
no núcleo escolar como as colegas apresentaram anteriormente.

Parte de a sobre:

Muitas mulheres são instruídas a se manter longe do entendimento básico de seus direitos,
tanto jurídicos quanto humanos. Suas reclamações são frequentemente ridicularizadas e
tratadas com total indiferença, forçando uma vulnerabilidade que reforça o comportamento
patriarcal e a ideia que a mulher submissa é o modelo que nunca diz não às vontades de
seu marido.

O controle da figura feminina está se perpetuando por eras, a professora Cristina Severi do
Departamento de Direito Público da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto (FDRP) da USP
onde se é realizado trabalhos de pesquisas ligados aos temas: crítica jurídica feminista,
direitos humanos das mulheres, acesso à justiça, mulheres em situação de violência e
mobilização política por direitos conta que, de modo geral o Brasil ainda vive um processo
onde as mulheres são menos valorizadas. “A sociedade brasileira é constituída por um
processo patriarcal, isto é um sistema de construção de símbolos e percepções que
determina o que é ser homem ou mulher de modo que com estas diferenças resultam em
um lugar mais subordinado para as mulheres.”

Este também, é o motivo para a fetichização, isto é, normalização e incentivo de violências


em cenários de conteúdos adultos. Vídeos e fotos que simulam a mulher em situações de
não consentimento ou degradantes (embriaguez, inconsciência ou em troca de favores),
antigamente circulavam em sites pornográficos livremente assim como a facilidade de
disponibilizar qualquer tipo de conteúdo nas plataformas sem a devida fiscalização
resultando em compartilhamento de conteúdo pessoal sem o consentimento da parceira.

O Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas dos EUA chegou a compilar
o número de imagens, vídeos e outros conteúdos relacionados à exploração sexual infantil
denunciados a cada ano, e apontou em 2015, 6,5 milhões de vídeos ou outros arquivos; em
2017, 20,6 milhões; e em 2019, 69,2 milhões. O Facebook removeu 12,4 milhões de
imagens relacionadas à exploração infantil em um período de três meses este ano, e o
Twitter deletou 264 mil contas em seis meses no ano passado por envolvimento na
exploração sexual de crianças.

Também incentiva o conhecido como “pornô de vingança” onde parceiros divulgam


conteúdo de suas ex-namoradas como punição de algum erro ou término do
relacionamento.

Mesmo após novas regras de rigidez serem implantadas, como a retirada de termos-busca
pejorativos e sugestivos, ainda há uma grande procura e venda de imagem de menores e
sexualização de mulheres exercendo cargos sérios como secretária, empregada,
enfermeira, aluna e até mesmo laços familiares como irmã, mãe e filha.
Parte de Diogo sobre: Sexualidade

A OMS define a sexualidade como energia que nos motiva para encontrar amor.

Orientação Sexual não possui explicação científica e também não é uma escolha, por isso o
termo "opção sexual" não é correto. A pessoa descobre-se ao longo de seu
desenvolvimento e, a partir daí, tem noção de sua atração por um ou mais gêneros.

Apesar da transfobia ser crime desde 2019, o Brasil é o país que mais mata pessoas trans e
travestis por 13 anos consecutivos. O número de assassinatos de mulheres trans e travesti
é o maior desde 2008, ano em que o dado começou a ser registrado. 70% dos assassinatos
aconteceram na América do Sul e Central, sendo 33% no Brasil. 96% das pessoas
assassinadas em todo mundo eram mulheres trans ou pessoas transfeminadas; 58% eram
profissionais do sexo; a idade média das vítimas é de 30 anos; 36% dos homicídios
ocorreram na rua e 24% na própria casa.
Esses dados foram contabilizados pela organização Transgender Europe, os dados são
obtidos por movimentos trans e organizações que realizam o monitoramento, de forma
profissional, em seus respectivos países.

Porém a luta continua, a comunidade LGBTQIA+ conquistou alguns direitos citados adiante:

Em 2011, o STF reconheceu as uniões estáveis entre pessoas do mesmo sexo. No mesmo
ano, 4° Turma do STJ reconheceu o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. 6 anos
depois, o STF decidiu que união estável e casamento têm o mesmo valor jurídico em
termos de direitos de herança. Em 2016 o decreto № 8727/2016 autoriza transexuais e
travestis adotarem o nome social em documentos oficiais.

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