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Historia e Cosmologia
Historia e Cosmologia
Tales observou a natureza e supôs que o princípio de tudo estaria contido nela própria. A sua
análise foi motivada pela falta de coerência das mitologias, ao tentarem explicar o surgimento
de tudo, com histórias fantasiosas que envolviam deuses e titãs. As observações de Tales o
fizeram supor que o princípio de tudo seria a água, pois notou que essa substância está
presente em todas as formas de vida.
A atitude de Tales o colocou no posto de primeiro filósofo e também fez florescer um proceder
filosófico que impulsionou os estudos de vários outros pré-socráticos, os quais, assim como
Tales, queriam descobrir a verdadeira origem do Universo. Todos eles buscaram essa origem
na própria natureza, com base na observação empírica do meio em que viviam. Essa atitude
fez com que o ser humano fosse parando aos poucos de creditar os fenômenos naturais pouco
conhecidos a intervenções divinas e forças sobrenaturais.
Teve início com Tales de Mileto, na região da Jônia, que atualmente é parte da Turquia. Tales
estabeleceu a água como princípio gerador de tudo. Anaximandro, que teve contato com as
ideias de Tales, passou pelo mesmo processo de observação empírica da natureza e constatou
que a origem de tudo estava contida num elemento infinito e indeterminável, designado pela
palavra ápeiron. Seu discípulo, Anaxímenes, concordou que o elemento era infinito, mas
afirmou ser possível determiná-lo, pois era o ar. O ar estaria presente em tudo, sendo, portanto,
a causa material primeira.
Pitagórica Escola
Pitágoras foi um dos mais importantes matemáticos de todos os tempos. Sua percepção
matemática, envolta por rituais místicos, levou-o a estabelecer que a origem de todo o Universo
estaria em relações matemáticas, mais especificamente naquilo que dá origem a tudo na
Geometria — o ponto — junto à ideia de unidade proposta pelo algarismo 1, que é o início por
excelência. Seus seguidores continuaram a mística pitagórica, que envolvia Música,
Matemática e Cosmologia.
Eleata Escola
Parmênides e seu discípulo, Zenão, são os principais filósofos eleatas. Para eles, a origem de
tudo não estaria no estabelecimento de uma causa material primordial, mas no entendimento
de que não houve início, pois não houve mudança. Eles eram imobilistas e acreditavam que a
natureza era eterna e imutável, e que as mudanças que apreendemos são frutos de nossa
percepção enganosa.
Pluralistas
Não elegeram apenas um elemento primordial, mas vários elementos que se juntaram para
formar todo o Universo, de acordo com as suas teorias. Para Empédocles, a origem do
Universo estaria no que ele chamou de quatro elementos básicos — terra, fogo, água e ar.
Anaxágoras estabeleceu que a origem deu-se por meio da junção de sementes.
Essa junção acontecia quando havia afinidade entre diferentes sementes, mediante a relação
que ele classificou como amor. Do mesmo modo, sementes que não tinham afinidade entre si
separavam-se pela relação que ele chamou de ódio. Demócrito e Leucipo, talvez os mais
conhecidos dentre os pluralistas, formularam a teoria atomi sta, que creditava a origem de tudo
à junção de partículas invisíveis e indivisíveis, os átomos.
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FILOSOFIA
Por
Kauane Elias
Atualizado em 30 de novembro de 2023 ás 15:08 • Publicado em 12 de dezembro de 2022
9 minutos de leitura
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Principais teóricos
Questões
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Filosofia pré-socrática
O termo “pré-socrático” indica que eles aparecem na história antes do surgimento das ideias
inovadoras de Sócrates, o outro importante filósofo grego que será abordado mais adiante.
A filosofia pré-socrática tinha como princípio a compreensão do mundo por meio da natureza.
Nesse sentido, a palavra grega “physis” significa natureza e era considerada um campo de
observação, um lugar em que poderiam ser encontradas a maior parte das respostas a respeito
do mundo e seus fenômenos.
Por mais simples que pareça essa linha de raciocínio, é importante ressaltar que esse foi um
dos primeiros momentos na história da humanidade em que o homem parou de buscar a
explicação para todos os eventos através de mitos. Agora, os indivíduos queriam entender
padrões de comportamento da natureza que justificassem certos acontecimentos.
Dessa forma, os deuses deixaram de ser a explicação única para a origem dos objetos e seres
vivos. Agora, o universo (cosmo) deve ser compreendido a partir da razão e da lógica, que
derivam do grego “lógos” — inicia-se, aqui, a cosmologia.
Cada um dos filósofos pré-socráticos dedicou-se a entender o princípio que originou todas as
coisas, o elemento primordial da existência de todos os seres. Naquele momento, esse
conceito era chamado de arkhé e ele é definido de formas diferentes para estudiosos, alguns
deles propuseram que era a água, outros o ar, outros os átomos e até mesmo os números
foram considerados.
Um outro estudo surgia, em conjunto com o crescimento da cosmologia, houve uma parte da
filosofia pré-socrática que buscava explicar os seres, algo que chamamos hoje de ontologia.
Ciência muito abordada nos cursos de saúde e tecnologias humanas.
Filosofia socrática
A filosofia socrática, por assim dizer, são as ideias propostas por Sócrates, um dos mais
importantes filósofos de toda a história dessa ciência. Suas teorias surgem quando a
argumentação retórica estava em desenvolvimento na sociedade grega.
Sócrates observava os cidadãos ao seu redor e passou a criticar seus comportamentos, a partir
disso, construiu o método socrático para o encontro da verdade. Mas, afinal, qual era o
contexto que tanto indignava o filósofo?
Durante um certo período, a Grécia Antiga estava repleta de sofistas, indivíduos que
transmitiam informações para outras pessoas, a troco de dinheiro. Geralmente, os ouvintes
tinham o intuito de ingressar na política.
Diante disso, os defensores do sofismo afirmavam que a verdade é uma técnica, uma forma de
manipular o conhecimento e convencer o interlocutor de suas ideias. Dentre as ferramentas
argumentativas utilizadas estão o convencimento, a persuasão, o entendimento guiado que não
deixa a pessoa raciocinar sozinha e, por fim, a informação deve ser racionalmente válida, ainda
que não seja um fato.
Por exemplo, se dissermos que o mar é feito de água e sal, depois afirmamos que um biscoito
crocante é feito de água e sal, podemos induzir o interlocutor a pensar que o mar é um grande
biscoito. Obviamente, essa frase é uma inverdade, apesar de fazer sentido racional.
Foi nesse cenário que surgiu a filosofia socrática. Sócrates era contra o relativismo e construiu
métodos para convencer o ouvinte, de forma que ele fosse livre para raciocinar e criar suas
concepções, até mesmo quando combatido com ideias opostas às suas crenças.
Diante disso, Sócrates propõe que o conhecimento sempre pode ser ampliado e que as ações
devem ser condizentes com as informações de cada indivíduo.
Principais teóricos
Para o filósofo Heráclito, que nasceu na cidade de Éfeso, na Grécia Antiga, o elemento
primordial que dá origem ao universo é o fogo. Ele observava o movimento efetuado pelas
chamadas e a transformação empregada pelo fogo e, ao mesmo tempo, considerava que o
mundo estava em constante modificação e movimentação — nesse ponto, ele associou as
ideias e chegou ao fogo como ponto principal do arché.
A mobilidade dos seres era algo que fascinava estudiosos de ontologia. Em suas teorias, ele
afirmava que o mundo está repleto de modificações e não é previsível, está sempre em uma
nova forma. Inclusive, a dualidade entre conceitos seria uma das características da vida: o
calor como o contrário do frio, o preto oposto ao branco, a luz em oposição à escuridão, entre
outros exemplos.
Pré-socrático: Parmênides
É importante destacar que, embora os dois estudiosos não tenham se conhecido, suas ideias
foram muito contrapostas durante muito tempo da história. Inclusive, enquanto Platão tinha
uma inclinação mais próxima à concretude de Parmênides, Aristóteles tenta criar uma nova
visão, que tentava “resolver” a diferença de visão proposta pelos pré socráticos.
Tales de Mileto
Filósofo que considerou a água como elemento principal na construção do universo, seu jargão
mais conhecido é simples e direto: “tudo é água”. Afinal, ele observava que a molécula de água
está presente em todas as formas de vida e até mesmo no ar — o que justificava sua teoria.
Anaximandro de Mileto
Outro importante estudioso nascido em Mileto foi Anaximandro, discípulo de Tales e criador do
apeiron. Esse conceito seria uma matéria infinita responsável pela criação dos seres e objetos,
como o elemento principal do universo.
Anaxímenes de Mileto
Esse outro filósofo da cidade grega de Mileto acreditava que o nascimento do cosmos está
relacionado com o ar. Uma famosa frase dele sintetiza a teoria: “Como nossa alma, que é ar,
nos mantém unidos, assim um espírito e o ar mantêm unido também o mundo inteiro; espírito e
ar significam a mesma coisa.”
Pitágoras
O famoso Pitágoras, do teorema dos triângulos retângulos, nasceu em Samos, Grécia. Como
você pode imaginar, o estudioso tinha grande admiração pela matemática e dedicou grande
parte de sua vida à essa ciência. Pelo contato íntimo com os valores, propôs que os números
eram elementos principais para a construção do universo, uma vez que padrões numéricos
aparecem em diversas partes da natureza e seres.
A filosofia socrática, que encerra o período anterior a ele (pré-socrático), é um marco para o
estudo filosófico ocidental. Sócrates, que viveu aproximadamente 70 anos entre 470 e 499 a.C,
é chamado de pai da filosofia. Isso não diminui a importância dos pensadores anteriores, mas
demonstra como as ideias socráticas são relevantes para o pensamento atual.
Diante do desejo de encontrar a verdade, Sócrates propôs que existem verdades universais,
que se encaixam para tudo e todos em qualquer lugar ou época. Perceba que o relativismo dos
sofistas é colocado em cheque nesse conceito, já que eles propagavam verdades relativas, que
se adaptam aos contextos.
Nos estudos socráticos, é necessário refletir sobre os temas, só assim a verdade universal
pode ser acessada pelos humanos. Diante disso, Sócrates também introduz o conceito do
autoconhecimento: para aprender mais, o indivíduo precisa reconhecer sua ignorância sobre os
temas. Assim, suas convicções seriam questionadas e novas poderiam aparecer.
Nesse sentido, surge a famosa frase “Conhece-te a ti mesmo”, tão citada para se referir ao
filósofo. Inclusive, diante de todo o conhecimento que alcançou e formulou durante toda sua
vida, Sócrates proferiu a frase “Só sei que nada sei” porque, mesmo que tenha aprendido
muitas coisas, haveria uma infinidade de informações que não foram acessadas por ele ainda.
Com base nessa teoria da ignorância, o filósofo desenvolveu o Método Socrático, que aborda
uma forma de argumentação para induzir seu interlocutor a pensar e reconhecer sua própria
ignorância, para só então poder aceitar novas concepções.
Na primeira etapa do Método Socrático, o interlocutor deve ser questionado até que perceba
sua própria falta de conhecimento. Tudo isso deve ser feito por meio do diálogo e
argumentação bem fundamentadas, na fase chamada de ironia.
Depois que o ouvinte já está “preparado”, inicia-se a segunda fase, chamada de maiêutica, que
significa trazer à luz. Por meio de exemplos, Sócrates busca que seu interlocutor perceba
pontos em comum em todos os cenários apresentados. Com isso, a pessoa pode acessar a
verdade a partir de seu próprio raciocínio, sem estar cercada de ideias falsas e com um método
correto.
Questões
(Enem 2016)
TEXTO I
Fragmento B91: Não se pode banhar duas vezes no mesmo rio, nem substância mortal
alcançar duas vezes a mesma condição; mas pela intensidade e rapidez da mudança, dispersa
e de novo reúne.
HERÁCLITO. Fragmentos (Sobre a natureza). São Paulo: Abril Cultural, 1996 (adaptado).
TEXTO II
Fragmento B8: São muitos os sinais de que o ser é ingênuo e indestrutível, pois é compacto,
inabalável e sem fim; não foi nem será, pois é agora um todo homogêneo, uno, contínuo. Como
poderia o que é perecer? Como poderia gerar-se?
Tanto /entity/heraclito”>Heráclito de Éfeso como Parmênides de Eleia são dois filósofos que se
dedicaram ao estudo dos seres, a ontologia. O pensamento sistemático não era o alvo de seus
estudos, embora utilizassem a lógica para propor suas ideias.
A retórica dos sofistas está mais próxima ao período socrático e traz mais debates sobre a
verdade relativa e métodos de persuasão. O mundo sensível, sinalizado na alternativa E só
aparece quando Platão introduz suas ideias na filosofia e, por fim, os pré socráticos estavam
buscando novas explicações para o mundo, que não fosse parte da mitologia grega, o que
inviabiliza a opção B também.
UNCISAL 2011
Na Grécia Antiga, o filósofo Sócrates ficou famoso por interpelar os transeuntes e fazer
perguntas aos que se achavam conhecedores de determinado assunto. Mas durante o diálogo,
Sócrates colocava o interlocutor em situação delicada, levando-o a reconhecer sua própria
ignorância. Em virtude de sua atuação, Sócrates acabou sendo condenado à morte sob a
acusação de corromper a juventude, desobedecer às leis da cidade e desrespeitar certos
valores religiosos.
Considerando essas informações sobre a vida de Sócrates, assim como a forma pela qual seu
pensamento foi transmitido, pode-se afirmar que sua filosofia
D) ficou consagrada sob a forma de diálogos, posteriormente redigidos pelo filósofo Platão.
Uma das principais características da filosofia socrática era o diálogo, por meio do qual o
filósofo questionava o interlocutor, que deveria refletir sobre os temas de maneira ativa para
reconhecer sua ignorância e acessar novas esferas do conhecimento.
É importante observar que Sócrates não transmitia as informações, mas encontrava maneiras
de levar o ouvinte a construir o raciocínio sozinho, afinal, acreditava que a verdade universal
está dentro de todos os indivíduos, mas encoberta por informações falsas.
Por fim, o filósofo não se baseava nos mitos para sua argumentação. Assim, a alternativa que
melhor responde ao enunciado é a letra D: “sua filosofia ficou consagrada sob a forma de
diálogos, posteriormente redigidos pelo filósofo Platão.” Afinal, grande parte dos feitos
socráticos foram documentados por Platão, já que Sócrates não se dedicou a essa atividade.
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