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DEFEITOS - ANULABILIDADES

VÍCIOS OU DEFEITOS DO NEGOCIO JURÍDICO QUE REPERCUTEM NO PLANO DA VALIDADE

Engano fático, uma falsa noção, em relação a uma pessoa, ao objeto do negócio ou a um direito.
ERRO
O erro acidental NÃO gera a anulabilidade do negócio, não atingindo o plano de sua validade ao contrário do erro essencial.
Artifício ardiloso empregado para enganar alguém, com intuito de benefício próprio. O dolo deve ser essencial ao ato.
O dolo acidental, que não é causa para o negócio, não pode gerar a sua anulabilidade, mas somente a satisfação das perdas e danos
a favor do prejudicado.
Isso pode acontecer se a parte a quem aproveite dele tivesse ou devesse ter conhecimento. Em caso contrário, ainda
que válido o negócio jurídico, o terceiro responderá por todas as perdas e danos da parte a quem ludibriou.
DOLO Dolo de 3º
Legal só obriga o representado a responder civilmente até a importância do proveito que teve
Dolo do
representante Convencional o representado responderá solidariamente com ele por perdas e danos.

art. 147 do CC
Omissão dolosa
Pressão física ou moral exercida sobre o negociante, visando obrigá-lo a assumir uma obrigação que não lhe interessa.
A coação, para viciar o negócio jurídico, há de ser relevante, baseada em fundado temor de dano iminente e considerável à pessoa
envolvida, à sua família ou aos seus bens.
nulidade absoluta
COAÇÃO Coação física
Anulável
Coação moral
Gera a anulabilidade do negócio, se o negociante beneficiado dela tiver ou devesse ter conhecimento, respondendo ambos
SOLIDARIAMENTE perante o prejudicado pelas perdas e danos. Por outro lado, o negócio jurídico permanecerá válido se o
negociante beneficiado pela coação dela NÃO tiver ou NÃO devesse ter conhecimento (art. 155 do CC),
Coação por 3º
O negociante temeroso de grave dano ou prejuízo acaba celebrando o negócio, mediante uma prestação exorbitante, presente a onerosidade
ESTADO DE excessiva (elemento objetivo).
PERIGO
Situação de perigo conhecido da outra parte (elemento subjetivo) + onerosidade excessiva (elemento objetivo).
Ocorre quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor
da prestação oposta”.
En. 149 do CJF/STJ: “Em atenção ao princípio da conservação dos contratos, a verificação da lesão deverá conduzir, sempre que possível, à
revisão judicial do negócio jurídico e NÃO à sua anulação, sendo dever do magistrado incitar os contratantes a seguir as regras do art. 157, §
2.º, CC"
LESÃO
Premente necessidade ou inexperiência (elemento subjetivo) + onerosidade excessiva (elemento objetivo)
a) a lesão só é admissível nos contratos comutativos; b) a desproporção entre as prestações deve verificar-se no momento do contrato e não
posteriormente.
En. n. 150 do CJF/STJ, III Jornada de Direito Civil, pelo qual: “a lesão que trata o art. 157 do Código Civil NÃO exige dolo de aproveitamento”.
A atuação maliciosa do devedor, em estado de insolvência ou na iminência de assim tornar-se, que dispõe de maneira GRATUITA ou ONEROSA
o seu patrimônio, para afastar a possibilidade de responderem os seus bens por obrigações assumidas em momento anterior à transmissão.
Nesses casos será cabível ação anulatória, que é denominada pela doutrina ação pauliana ou ação revocatória. Somente os credores que já o
eram no momento da disposição fraudulenta poderão promover a referida ação pauliana (art. 158, § 2.º, CC)
Para a caracterização dessa fraude, exigem-se os seguintes pressupostos: a existência de dano ao direito do credor (eventus damni); o
consenso entre o devedor e o adquirente do bem (consilium fraudis); e a anterioridade do crédito que se busca garantir em relação ao
negócio jurídico tido por fraudulento
Obs.: para os casos de disposição gratuita de bens, ou de remissão de dívidas (perdão de dívidas), o art. 158 do CC DISPENSA A
PRESENÇA DO ELEMENTO SUBJETIVO (consilium fraudis), bastando o evento danoso ao credor.
Sum. 195 do STJ: “em embargos de terceiro NÃO SE ANULA ATO JURÍDICO, por fraude contra credores”. Assim, imperiosa a necessidade de se
FRAUDE promover a dita ação pauliana, não substituída pelos embargos de terceiro.
CONTRA Não confundir
CREDORES
Fraude contra credores Fraude a execução
Instituto de Direito Civil Instituto de Direito Processual Civil (art. 593 do CPC)
Requisitos: consilium fraudes + prejuizo Ocorre a fraude à execução quando, ao tempo da alienação do bem, já corria
contra o devedor demanda capaz de reduzi-lo à insolvência, devendo o fraudador
Há necessidade de o credor promover ação pauliana
ter sido citado na demanda.
A sentença da ação pauliana é constitutiva negativa Pode ser declarada ineficaz e reconhecida no próprio processo de execução
mediante simples requerimento da parte lesada.
Súm. 375 do STJ, prevê que “O reconhecimento da fraude à execução depende do
registro da penhora do bem alienado ou da prova de má-fé do terceiro adquirente”
A decisão que a reconhece tem natureza declaratória, de ineficácia do ato praticado.
Vícios que serão anuláveis
EFEITOS Art. 178. É de quatro anos o prazo de DECADÊNCIA para pleitear-se a ANULAÇÃO do negócio jurídico, contado:
II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o negócio jurídico;

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