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APRESENTAÇÃO

Este material tem como objetivo apresentar aos cursistas os 10 passos


para realização de uma avaliação psicopedagógica. É baseado na teoria da
Epistemologia Convergente criada pelo professor Jorge Visca, no livro
Psicopedagogia clínica: Uma visão diagnóstica dos problemas de aprendizagem
escolar de Maria Lucia Lemme Weiss, nas orientações do manual prático do
diagnóstico clínico da psicopedagoga Simaia Sampaio, em alguns livros e
orientações de diversos autores, em especial a psicopedagoga Nádia Bossa e
em minha experiência clínica.
Cada cursista deverá a partir das sugestões de práticas expressas
nesse ebook, criar suas próprias estratégias para avaliação psicopedagógica,
com muito protagonismo e liberdade de pensamento e ideias.

Instituto Laine Queiroz


O PAPEL DA PSICOPEDAGOGIA

 A psicopedagogia é um campo de conhecimento e atuação que lida


com os problemas de aprendizagem nos seus padrões normais ou
patológicos, considerando a influência da família, da escola e da
sociedade no seu desenvolvimento.
 É uma ciência que estuda o processo de aprendizagem humana e suas
características.
 Alguns elementos facilitadores e obstáculos são condicionados a
diferentes fatores, fazendo com que cada situação seja única e
particular.
 Estudo do processo de aprendizagem de cada sujeito.
 Avaliação e Intervenção.

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O PAPEL DA PSICOPEDAGOGIA

 De maneira pragmática, podemos então definir a psicopedagogia como


uma junção de saberes que vem da pedagogia e da psicologia, porém
também é usada em sua abordagem a antropologia, além de aspectos da
neurociência.
 Basicamente identifica como o sujeito cria seu próprio conhecimento.
 Tem em vista questões ambientais e afetivas e tem abordagem
multidisciplinar.

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AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA

A avaliação psicopedagógica tem como objetivo identificar as causas e


bloqueios que se apresentam nos sujeitos com dificuldades ou transtornos de
aprendizagem.
Estes bloqueios se apresentam como sintomas, e estes se manifestam
de diferentes maneiras: agressividade, agitação excessiva, baixo rendimento
escolar, timidez excessiva, enurese noturna, encoprese, baixa concentração,
isolamento, tristeza, etc...
É importante que nós enquanto psicopedagogos e psicopedagogas,
tenhamos em mente a necessidade de sensibilizar estes olhares em volta
desse sujeito que pede socorro.

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AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA

Os dez passos da avaliação psicopedagógica são como peças de


uma grande quebra cabeça, que aos poucos, sessão por sessão o
psicopedagogo vai encaixando, desvendando as causas de tais sintomas.
Essa análise, estudo e interpretação são de responsabilidade do
psicopedagogo, que deverá levar em conta todas as pistas oferecidas pelo
sujeito, família e escola, bem como todos os aspectos explícitos e implícitos
no cenário em seus diversos segmentos, cognitivo e afetivo; familiar,
pedagógico e social.

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AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA

As causas que podem provocar o aparecimento de sintomas


são três:

1. A afetividade (predomina os oponentes energéticos da aprendizagem);


2. As funcionais;
3. O estágio de pensamento (cognitivo).

De acordo com Bossa (2000-p.24), a investigação permanece


durante todo o trabalho da avaliação por meio da intervenção e da
escuta psicopedagógica para que se possam decifrar os processos que
dão sentido ao observado e norteiam a intervenção.

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AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA

O processo de avaliação diagnóstica já começa a abalar algumas


estruturações relacionais e de comportamento de todos os atores envolvidos
(sujeito, família e escola), e já é possível notar alterações significativas de
comportamento desse sujeito, tanto positivas quanto negativas, por
exemplo, o sujeito pode apresentar melhora significativa do comportamento
e a família acreditar que não há a necessidade de uma intervenção, ou
apresentar piora no quadro comportamental, uma maior agitação ou
agressividade.
Essas reações são esperadas e fazem parte do processo, para tanto
é necessário alertar a família logo no início do atendimento clínico, ainda na
sessão de enquadramento.

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AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA

De acordo com a linha da Epistemologia Convergente, Visca nos


informa que o diagnóstico começa com a consulta inicial (dos pais ou do
próprio paciente) e encerra com a devolutiva (1987, p. 69).
Há outras vertentes, como por exemplo, a sequência diagnóstica
sugerida por Weiss que sugere a anamnese logo no início.
De acordo com Sampaio (2014 - p. 19), essa alteração da
sequência das sessões pode não alterar o resultado do diagnóstico, porém
é muito importante que o profissional adote uma linha teórica e acredite
nela.

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AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA

OS 10 PASSOS DA AVALIAÇÃO
PSICOPEDAGÓGICA
1 – Enquadramento
Este curso apresenta a 2 - Sessão Lúdica
seguinte configuração de 3 - EOCA
avaliação diagnóstica 4 - Provas Operatórias
psicopedagógica: 5 - Técnicas Projetivas
6 - Avaliação da linguagem (oral e escrita)
7 - Outros testes
8 – Anamnese
9 - Visita à escola
10 - Devolutiva (Relatório Psicopedagógico)

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1° PASSO – O ENQUADRAMENTO

1° SESSÃO - ENTREVISTA INICIAL

A entrevista inicial é sempre realizada com os pais ou os responsáveis


pelo sujeito que será submetido a avaliação e tem por objetivo esclarecer o
motivo da consulta, acolher a queixa que eles relatam sobre as dificuldades que
a criança vem apresentando, assim como estabelecer os dias e horários para
atendimento, valores e honorários.
Durante a entrevista inicial é levantada apenas informações atuais do
paciente, não levantamos ainda o histórico do paciente, pois isto será realizado
em uma sessão específica chamada de anamnese.

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1° PASSO – O ENQUADRAMENTO

ENTREVISTA INICIAL

O objetivo dessa sessão é estabelecer hipóteses sobre aspectos


importantes para o diagnóstico psicopedagógico.

É importante observar os comportamentos dos pais durante a


entrevista inicial.

É importante não ceder as exigências dos pais, sendo necessário já


impor alguns limites.

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1° PASSO – O ENQUADRAMENTO

De acordo com Visca (1987, p. 47), apesar dos pais compreenderem a


importância do psicodiagnóstico para o paciente, há alguns ataques que podem
surgir ainda durante o enquadramento, são eles:

Ataque ao psicopedagogo:
-Preferia um psicólogo ou professor

Ataque ao local:
-Preferia a domicílio ou na própria escola.

Ataque ao tempo:
-Questionam a quantidade, o tempo e a frequência dos atendimentos.

Portanto é muito importante que o psicopedagogo apresente-se de forma


segura e firme já nesta primeira sessão, pois aqui será gerada uma impressão (boa ou
ruim) para os contratantes e para a criança também.

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1° PASSO – O ENQUADRAMENTO

O tempo indicado desta sessão é de 1 hora. Esse primeiro momento pode


ser divido entre a entrevista inicial com os responsáveis e um rápido contato com a
criança, para iniciar o estabelecimento de vínculos. Esse momento pode ser de
grande valia para que o profissional desperte na criança o desejo em vir ao
consultório para as sessões.
Pode-se jogar um jogo de tabuleiro, sugerir uma brincadeira bem divertida
e ao final entregar a criança um pequeno mimo para que se inicie o estabelecimento
do vínculo entre o paciente e o psicopedagogo.
O mimo deve ser algo muito simples, porém significativo, como um kit de
desenho, de pintura, livros de histórias, jogos coletivos elaborados pelo próprio
psicopedagogo.

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1° PASSO – O ENQUADRAMENTO

Durante o momento do jogo ou da brincadeira com o sujeito é importante


realizar uma entrevista inicial também com perguntas do tipo:
Você sabe por que está aqui?
1. Você sabe o que é uma Psicopedagoga?
2. Onde você estuda?
3. O que você mais gosta de fazer? Por que?
4. O que não gosta de fazer? Por que?
5. O que você deseja ser quando crescer? Por que?
6. O que não deseja ser quando crescer? Por que?
7. O que lhe dá mais medo? Por que?
8. O que lhe dá mais raiva? Por que?
9. O que lhe dá mais pena? Por que? Etc...

O psicopedagogo precisa agir de forma extremamente profissional e se


atentar á sua postura ética. É natural que as famílias se apeguem a figura do
psicopedagogo e alimente relações de amizade, muitos confundem a prática de
acolhimento, para tanto é importante que o profissional mantenha os limites de sua
atuação profissional, não misturando as relações de amizade com o profissional.
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*Material disponível para reprodução no Ebook.

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2° PASSO – SESSÃO LÚDICA

1° SESSÃO
A observação lúdica é uma técnica de compilação de dados que auxilia a investigar os
aspectos mais significativos para a formulação das hipóteses.

Trata-se de uma observação espontânea na qual a motivação por brincar deve ser a maior
preocupação para essa criança, descartando totalmente o fato de se sentir observada.

Os principais objetivos dessa sessão é iniciar a criação de vínculo entre o sujeito avaliado e
o psicopedagogo.

Logo após a entrevista com os pais, convide a criança para a sala lúdica e lá inicie a sessão
lúdica.

É importante deixarmos a criança bem a vontade no ambiente. Apresente a criança uma


caixa grande com tampa, cheia de brinquedos variados, e informe a criança que ela poderá brincar
com o brinquedo que ela quiser. Diga que ela poderá explorar bastante a caixa e que poderá fingir que
não estamos ali, ou pode nos convidar para brincarmos juntas.

É importante colocar dentro da caixa brinquedos diversos de acordo com a faixa etária, o
interesse e o que se quer investigar.

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2° PASSO – SESSÃO LÚDICA

Durante a sessão observe e anote os seguintes pontos:

 A interação da criança frente ao brinquedo.


 O repertório cognitivo, afetivo, motor, funcional, social.
 O nível e o tipo de linguagem.
 Se há narrativa durante a brincadeira.
 A conduta.
 O uso do brinquedo enquanto função real.
 A proposta de brincadeiras.
 A centralização de brinquedos regressivos ou superiores a idade da criança.
 O levantamento de hipóteses.

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3° PASSO – EOCA

2° SESSÃO - Consigna: "Gostaria que você me mostrasse o que sabe fazer, o que lhe ensinaram a
fazer e o que aprendeu a fazer. Para isto, poderá utilizar este material como quiser, ele está à
sua disposição".

A EOCA, junto à caixa lúdica, é utilizada como ponto de partida em todo processo de
investigação diagnóstica das dificuldades de aprendizagem, entretanto são sessões distintas.

Esta sessão tem por objetivo investigar os vínculos da criança com os objetos e os
conteúdos da aprendizagem escolar, analisar suas defesas, condutas evitativas e como lida com os
desafios.

Esta sessão visa perceber o que a criança aprendeu e sabe fazer. Tem a intenção de
investigar o modelo de aprendizagem do sujeito. A EOCA deverá ser um instrumento simples,
porém rico em seus resultados.

Este instrumento foi elaborado pelo professor argentino Jorge Visca, o qual tem por
objetivo estudar as manifestações cognitivo-afetivas da conduta do entrevistado em situação de
aprendizagem.

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3° PASSO – EOCA

Durante a EOCA, o entrevistado poderá se comportar de diferentes maneiras.


Sampaio (2014, p.35), nos esclarece que “após ouvir a consigna, o sujeito pode
imediatamente pegar o material e começar a desenhar ou escrever, ou começar a falar,
ou pedir que lhe digam o que fazer, ou mesmo simplesmente ficar paralisado.

Devemos observar e registrar os seguintes aspectos da aplicação da EOCA:


 Conhecimentos revelados.
 Atitudes.
 Destrezas.
 Mecanismos de Defesa.
 Ansiedades.
 Áreas de expressão da conduta.
 Níveis de Operatividade.
 Lateralidade.

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3° PASSO – EOCA

Outros aspectos importantes da observação, são:

 A temática: Tudo aquilo que o sujeito diz, considerando o aspecto manifesto e


latente.

 A dinâmica: Tudo aquilo que o sujeito faz, ou seja, gestos, tons de voz, postura
corporal, a forma de pegar os materiais, de sentar-se, sua apreciação do produto
são tão reveladores quanto a temática e o produto.

 O Produto: Tudo oque o sujeito produziu.

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2° PASSO – EOCA

Este instrumento consiste em uma entrevista estruturada que põe em


evidência o aprendizado e conta como reativos quaisquer material, dependendo da
idade do educando e da queixa.

Na idade escolar podem ser: folhas pautadas, lápis de escrever, borracha,


lápis colorido, giz de cera, papéis variados, revistas, tesoura, cola, livros de acordo com
a idade do entrevistado, apontador, canetas, canetas hidrocor, folhas sulfite, régua, etc.
Eu particularmente gosto de acrescentar algum material que eu acredite que vá me
auxiliar nesse contato inicial com a criança/ adolescente, levando em conta alguma
demanda específica do caso. O bom estado dos materiais também é um fator relevante
para a avaliação.

Os objetos são deixados sobre uma mesa, dentro de uma caixa, organizados
de tal forma que o entrevistado precise abrir as caixas de lápis, o estojo, apontar o lápis
preto sem ponta, enfim que ele precise procurar o que deseja observando todo o
material para decidir o que vai utilizar.

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2° PASSO – EOCA

MATERIAL

Com crianças em idade escolar:


Folhas pautadas, folhas lisas, folhas quadriculadas, papel vegetal, papel crepom, folhas
coloridas, lápis de escrever sem ponta, apontador, borracha, lápis colorido, giz de cera,
revistas, tesoura, cola, lantejoulas, glitter, livros de acordo com a idade do
entrevistado, gibis, canetas, canetas hidrocor, folhas sulfite, régua, jogos como damas,
uno, quebra-cabeças, etc...

Com crianças da educação infantil:


Pode-se incluir massas de modelar, cubos, jogos de encaixe, livro para esta faixa etária,
etc...

Com adolescente ou adulto:


Conversação complementada por dinâmicas, jogos, papéis, revistas e livros.

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2° PASSO – EOCA

Com a EOCA podemos observar a modalidade de aprendizagem do


sujeito (hipoassimilativa, hiperassimilatıva, hipoacomodativa,
hiperacomodativa ou se assimilação e acomodação estão em equilíbrio):

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2° PASSO – EOCA

MODALIDADES DE APRENDIZAGEM

Hipoassimilação:
Nesta sintomatização ocorre uma assimilação pobre, o que resulta na pobreza no
contato com o objeto, de modo a não transformá-lo, não assimilá-lo de todo, apenas
acomodá-lo.

Hiperassimilação:
Sendo a assimilação o movimento do processo de adaptação pelo qual os elementos
do meio são alterados para serem incorporados pelo sujeito, numa aprendizagem
sintomatizada pode ocorrer uma exacerbação desse movimento, de modo que o
aprendiz não resigna-se ao aprender. Há o predomínio dos aspectos subjetivos sobre
os objetivos. Esta sintomatização vem acompanhada da hipoacomodação.

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2° PASSO – EOCA

MODALIDADES DE APRENDIZAGEM

Hipoacomodação:
A acomodação consiste em adaptar-se para que ocorra a internalização. A
sintomatização da acomodação pode dar-se pela resistência em acomodar, ou seja,
numa dificuldade de internalizar os objetos (Fernández, 1991 p.110). A criança
apresenta dificuldade de estabelecer vínculos emocionais e cognitivos. Pode ser
confundido com um ser preguiçoso. Também não explora muito os objetos como se
eles fossem machuca-lo. Normalmente permanece em uma mesma atividade.

Hiperacomodação:
Se acomodar-se é abrir-se para a internalização, o exagero disto pode levar a uma
pobreza de contato com a subjetividade, levando à submissão e à obediência acrítica.
Essa sintomatização está associada a hipoassimilação. A criança tem dificuldade de
criar, prefere copiar, repete o que aprende sem questionar, sem investigar, é muito
obediente, aceita tudo, é submisso.

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2° PASSO – EOCA

CONSIGNAS E INTERVENÇÕES

As consignas e intervenções possibilitam observar:

 A possibilidade de mudança de conduta;

 A desorganização ou reorganização do sujeito;

 A justificativas verbais ou pré-verbais;

 A aceitação ou a recusa do outro (assimilação, acomodação, introjeção, projeção).

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2° PASSO – EOCA

FATORES DE OBSERVAÇÃO DURANTE A EOCA


Através da observação do tema, da dinâmica e do produto, pode se observar
o sintoma e as causas históricas coexistentes (ansiedade, defesa, funções, nível de
pensamento utilizado, grau de exigência, aquisições automáticas, aspectos da
lateralidade, organização, ritmo de trabalho, interesses, etc).

DIMENSÃO AFETIVA
Alguns indicadores:
 Alterações no campo geográfico e o de consciência (distração, inadequação da
postura, fugas, etc).
 Condutas defensivas (medos, resistência à tarefas, à mudanças, à ordens, etc).
 Ordem e escolha dos materiais.
 Aparecimento de condutas reativas (choro, ansiedade, etc).

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2° PASSO – EOCA

DIMENSÃO COGNITIVA

Alguns indicadores:
 Leitura dos objetos e situação;
 Utilização adequada dos objetos;
 Estratégias utilizadas na produção de tarefas;
 Organização;
 Planejamento da atividade (antecipação);
 Nível de pensamento utilizado.

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2° PASSO – EOCA

POSTURA DO EXAMINADOR

 Deve ser um mero observador da conduta do avaliado.


 Participar com intervenções somente quando achar necessário.
 Utilizar-se de vários tipos de consignas para maior riqueza das observações.
 Colocar limites quando achar necessário.
 Utilizar consigna múltipla quando o avaliado apresentar dificuldades para entrar na
tarefa, assim facilitará a decisão do avaliado.
 Caso o avaliado permaneça sem iniciativa, devemos lembrar também que esta
também é uma postura a ser analisada, é uma forma de agir frente a situações
novas, deve ser avaliada em seus vários fatores.
 Se necessário, pode ser feitas mais de uma entrevista de EOCA.

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2° PASSO – EOCA

REGISTRO

 Papel pautado dividido em duas colunas, sendo a da esquerda maior, pois servirá
para as anotações do que ocorrerá na entrevista e a coluna da direita para
anotações das hipóteses levantadas.

 Deve-se anotar tudo que ocorrer, postura, ações, palavras, frases, etc.

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2° PASSO – EOCA

LEVANTAMENTO DAS HIPÓTESES

As hipóteses serão levantadas de acordo com as observações feitas durante a


entrevista. Levando-se em conta a dinâmica, a temática e o produto.

Quando as hipóteses nos levarem a uma área específica (ex: psicologia,


fonoaudiologia, neurologia, etc), deve-se acender o sinal de alerta e ao se confirmar
nas próximas sessões, devemos pedir a avaliação de um profissional competente,
sempre que possível.

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2° PASSO – EOCA

PRINCIPAIS OBSTÁCULOS DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

 Obstáculos Funcionais: assimilação, motor, lentidão, elaboração mental, domínio


espacial,etc.

 Obstáculos Epistemofílicos (emocionais): estado confusional, conduta evitativa,


perseveração, mecanismos defensivos, exigência, etc.

 Obstáculos Epistêmicos (Cognitivos): desempenho, antecipação, insensibilidade


(não percebe determinados conflitos), não possui mecanismo de integração.
Assimilação, acomodação, nível cognitivo, etc.

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2° PASSO – EOCA

No livro, Manual Prático do Psicopedagogo Clínico, Simaia Sampaio (2014, p. 37) nos
aponta algumas observações gerais importantes para aplicação da EOCA:

 A EOCA é realizada em apenas uma sessão.


 O material deve ser colocado em uma caixa em cima da mesa onde a criança ficará sentada.
 Se a criança quiser pegar outro material no armário, diga-lhe que hoje vai trabalhar com o
material da mesa.
 Se a criança ficar trazendo outros assuntos que não tenham nada a ver com a atividade, é um
indicativo de dificuldade que se tem de concentrar. Anote o comportamento e procure fazê-la
voltar a atividade.
 Se ela não quiser escrever ou ler, poderá ser um indicativo de rejeição por leitura e escrita e
um vinculo inadequado com a aprendizagem sistemática.
 Se a criança ficar paralisada, você poderá repetir a consigna e dizer-lhe: "Você poderá me
mostrar as coisas que aprendeu a fazer, como desenhos, leitura, contas ou outra coisa que
quiser."
 Deixar o lápis sem ponta, assim observamos a autonomia da criança em apontá-lo ou se irá
pedir ao psicopedagogo para que faça isso por ela.

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*Material disponível para reprodução no Ebook.

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

Por meio das provas operatórias é Possível detectar o nível da estrutura


cognitiva com que o sujeito opera diante da situação apresentada, ou seja, o
funcionamento e o desenvolvimento das funções lógicas do sujeito.

Sampaio, (2014, p. 41) afirma que: “Uma criança com dificuldades de


aprendizagem poderá ter uma idade cognitiva diferente da idade cronológica”, sendo
assim esta criança apresenta uma defasagem cognitiva que poderá ser a causa da
dificuldade de aprendizagem. As vezes uma criança com dificuldades de aprendizagem
pode apresentar outros sintomas, como a falta de atenção, por exemplo, e quando
realizada a avaliação psicopedagógica descobre-se que esta criança não apresenta um
transtorno de déficit de atenção, mas sim uma defasagem cognitiva que faz com que
ela não compreenda determinados conteúdos que estão acima de sua capacidade
cognitiva do momento atual e por esta razão é impossível que ela fixe sua atenção.

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

MOMENTO DA APLICAÇÃO DAS PROVAS OPERATÓRIAS

No momento da aplicação das provas é importante ter claro as consignas e


todos os materiais necessários, pois qualquer pergunta errada pode alterar o resultado
das provas. É preciso que o profissional esteja seguro, caso seja um profissional
iniciante é importante que o mesmo estude as consignas e leve as digitadas para evitar
algum erro.
Ao aplicar as provas, Simaia Sampaio (p.42) afirma que é importante
alternarmos entre provas de conservação, classificação e seriação.
Para posterior análise do material é essencial que o psicopedagogo faça o registro da
sessão, relatando detalhadamente as respostas do paciente, inclusive as reações,
atitudes, falas, argumentos, forma de manipulação do material, sua organização, etc.

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

Para o sucesso na aplicação das provas operatórias, o cuidado com


alguns itens é muito importante, são eles:

1. Vínculo
2. Clarear o que se vai fazer
3. Apresentação do material da prova (quando o sujeito manuseia, ouvir o que
ele diz).
4. A ordem ou consigna
5. A pergunta não precisa ser translúcida que dirija ou direcione a resposta.
6. Resposta
7. Primeira transformação do objeto, não transforma o aspecto considerado.
8. Pedido de argumentação.

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS

3° E 4° SESSÃO

9. Resposta argumentada por:


- Identidade: quando o sujeito percebe que não se acrescenta nada ao material
utilizado
- Identidade subjetiva: quando o sujeito identifica que a quantidade de material
dada possui a mesma quantidade.
- Reversibilidade: quando o sujeito argumenta – “se você voltar a forma antiga”.
- Compensação: quando o sujeito argumenta compensando as diferenças das formas
apresentadas: “é mais comprida; mais larga; etc”. Pode ser conservadora ou não.

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

10. Contra-argumentação: Pode-se contradizer o pensamento exprimido pelo sujeito


(tentar levar em consideração o ponto de vista do sujeito e pesquisar se a resposta tem
um esquema ou é por mero acaso).
11. Justificação: resposta do sujeito, pode ser conservadora ou não.
12. Segunda transformação
13. Sequência dos Passo a passo: a Passos anteriores.

Observação
Quando o sujeito, na argumentação ou justificativa, responde “não sei”, pode ter
dificuldades no aspecto operativo, possui a imagem, mas não opera mentalmente, ou
pode estar no nível intermediário entre um período e outro.

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

AVALIAÇÃO DA APLICAÇÃO DAS PROVAS OPERATÓRIAS

Na avaliação as respostas são divididas em três níveis:


Nível 1: Não há conservação. O sujeito não atinge o nível operatório para este domínio.
Nível 2: As respostas apresentam oscilações, instabilidade ou são incompletas. Ora
conserva, ora não.
Nível 3: As respostas são estáveis. O sujeito demonstra aquisição da noção. Sem
oscilação.
As questões emocionais do sujeito podem influenciar negativamente no
êxito de determinadas provas, por exemplo, uma criança muito dependente dos
adultos pode ficar muito tímida com a contra-argumentação do terapeuta,
concordando com o que ele fala, deixando de lado a operação que já é capaz de
realizar; por esse motivo é sempre importante ampliar o olhar para esta criança
durante todo o processo de avaliação psicopedagógica.

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

As provas do diagnóstico operatório são assim relacionadas:


 Provas de Classificação – Nesta prova se investiga o grau de operatividade a
respeito das operações lógicas no trato com as classes. São elas: Mudança de
Critério, Quantificação da inclusão de classes e Interseção de classes.
 Prova de Seriação – Seriação de Palitos (10 palitos graduados para serem
organizados segundo seu tamanho).
 Provas de Espaço – Espaço Unidimensional, Espaço bidimensional, Espaço
tridimensional.
 Provas de Conservação – a conservação diz respeito a igualdade e possibilita a
percepção de que mesmo diante de transformações o objeto conserva sua
identidade, integridade ou qualidade em questão. Estas questões são importantes
para os processos reguladores das atividades do sujeito em sua adaptação frente a
realidade. O que se observa nestas prova é o êxito ou não na variável quantitativa
em distintos conteúdos.

 Instituto Laine Queiroz


3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

Conservação de pequenos conjuntos discretos de elementos – prova das fichas ou dos


números, possibilita a verificação da conservação da equivalência numérica com
quantidades discretas, apesar das transformações que foram expostas. Parte-se da
correspondência termo a termo.
Conservação da quantidade de líquido – prova do transvasamento de líquido,
investiga-se o grau de conservação com um material físico continuo em diversas
variáveis.
Conservação da quantidade de matéria – prova da massa, utiliza um novo material
(massa de modelar), ma está correlacionada a anterior.
Conservação de peso – esta prova tem êxito no segundo nível das operações concretas
e indaga sobre o grau de aquisição da invariância de peso.
Conservação de volume – esta conservação é alcançada por volta dos 11/13 anos
dentro do período das operações concretas

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

Conservação de comprimento – esta prova é somente administrada somente quando o


sujeito atingiu a conservação das equivalências numéricas, pois ela estuda a capacidade dos
mesmos a respeito da transposição ou reconstrução deste conhecimento ao nível da
conservação de um contínuo unidimensional – o comprimento e a largura.

 Provas do pensamento formal ou Hipotético dedutivo – são as provas de combinatórias


entre os elementos, que possibilitam perceber se o sujeito alcançou o nível de
pensamento formal, apesar do material ser concreto, a formulação do pensamento exige
um sistema de lógica proporcional. Combinação de fichas, Permutação de Fichas e
Predição.
As provas consistem de uma situação experimental elaborada, mas a técnica
utilizada para as provas é basicamente igual a todas. Interroga-se o avaliado frente aos
fenômenos observáveis e/ou manipuláveis a partir dos quais se leva o sujeito a raciocinar.
Variam somente segundo a natureza lógica dos problemas ou de fenômenos físicos.

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

SELEÇÃO DAS PROVAS POR IDADE

Até 6 anos Provas de conservação: de pequenos conjuntos discretos de elementos

Provas de seriação: Seriação de Palitos.

Provas de conservação: de pequenos conjuntos discretos de elementos


da quantidade de líquido, da quantidade de massa, superfície,
comprimento;
Provas de classificação: de mudanças de critério ou dicotomia,
7 anos interseção de classes ou qualificação da inclusão de classes.
Prova de seriação: Seriação de Palitos.
Provas de Espaço: Espaço Unidimensional.
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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

Provas de conservação: de pequenos conjuntos discretos


de elementos da quantidade de líquido, da quantidade de
massa, superfície, comprimento, peso;
8 e 9 anos Provas de classificação: interseção de classes,

quantificação de inclusão de classes, mudança de critério.


Provas de seriação: Seriação de Palitos.
Provas de Espaço: Espaço Unidimensional e Bidimensional.

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO
Provas de conservação: de pequenos conjuntos discretos de
elementos da quantidade de líquido, da quantidade de massa,
10 a 11 anos superfície, comprimento, peso e volume.

Provas de classificação: interseção de classes, quantificação de


inclusão de classes, mudança de critério.
Provas de seriação: Seriação de Palitos.

Provas de Espaço: Espaço Unidimensional e Bidimensional.


No caso de se obter êxito na prova de conservação de volume,
12 anos ou administra-se as provas para o pensamento formal: Combinação de
mais fichas, Permutação de Fichas e Predição. Provas de Espaço: Espaço
Instituto
Tridimensional. Laine Queiroz
3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

Instituto Laine Queiroz


3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

ORIENTAÇÕES INICIAIS PARA APLICAÇÃO DAS PROVAS OPERATÓRIAS

Sampaio (2014, p. 47) nos esclarece que é muito importante que o


psicopedagogo sempre pergunte, após cada resposta dada: Como sabe? Pode me
explicar? Pois assim será possível observar o pensamento do entrevistado, sua
capacidade de argumentação e expressão verbal.
Quando a criança tem a capacidade de conservar, porém dificuldade em
argumentar, provavelmente é aquela criança que sabe ler, porém tem dificuldades em
explicar sobre o que leu.

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

ORIENTAÇÕES INICIAIS PARA APLICAÇÃO DAS PROVAS OPERATÓRIAS

Tipos de argumento que a criança pode apresentar:

Argumento de identidade: “Tem a mesma quantidade porque não tirou nem colocou
nada”.
Argumento de reversibilidade: “Porque se voltar a fazer uma bola com a massinha,
terá a mesma quantidade de massa que esta outra bola”.
Argumento de compensação: “Este copo é mais alto, mas este é mais fino”. Ou “as
fichas apenas estão mais juntas ou separadas”.

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS

3° E 4° SESSÃO

ORIENTAÇÕES INICIAIS PARA APLICAÇÃO DAS PROVAS OPERATÓRIAS

Para que não fiquemos com dúvidas sobre os resultados dos testes, Visca nos alerta
para algumas estratégias:
 Pedido de estabelecimento de Igualdade Inicial: O paciente sempre deverá reconhecer a
igualdade inicial das bolinha de massa, líquido dos copos, conjunto de fichas, fichas na
superfície verde; e a diferença inicial nas correntes ou barbantes na prova de comprimento.
 Pergunta de reasseguramento: Para garantir que o paciente estabeleceu a igualdade ou
diferença inicial, Visca sugere que façamos uma pergunta de reasseguramento: “As
quantidades em massa/líquidos/fichas/barbantes ou correntes são iguais? Ou há diferença?
Quais?”.
 Pergunta de Argumentação: Quando a criança responde se há mais ou menos, sempre a
provocamos a argumentar: Como sabe? Pode me explicar?
 Pergunta de Retorno Empírico: Sempre perguntar ao paciente se retornarmos o estado inicial
da massa, fichas ou líquido, se a quantidade será a mesma do outro copo/massa ou fichas.

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

ORIENTAÇÕES INICIAIS PARA APLICAÇÃO DAS PROVAS OPERATÓRIAS

 Contra-argumentação: Quando o paciente conserva, devemos inverter a pergunta para observar se


ele mantém a argumentação. “Tem certeza que essa massinha tem a mesma quantidade?, essa
salsicha é tão fininha comparada a bola”. A criança que já possui a noção de conservação não mudará
de opinião. Se o paciente não conserva, faça-o lembrar da situação anterior, quando as duas
massinhas eram bolas, e o paciente havia afirmado que tinham a mesma quantidade, por exemplo, e
peça-lhe que explique porque agora mudou de opinião. Se o paciente disser que possuem a mesma
quantidade apóa a contra-argumentação dopsicopedagogo, podemos considerar que a criança está
pscilando, encontrando-se no nível transitório entre o pré operatório e o operatório concreto. Pode-
se ainda criar enredos para a contra-argumentação, por exemplo, uma vez uma menina me disse que
a salsicha tinha menos massinha que a bola, você acha que ela estava certa ou errada?
 Pergunta de Coticidade: Realizada sempre na prova de conservação de pequenos produtos discretos
de elementos. Ao final da prova, tapa-se com as mãos uma das coleções de fichas e pergunta-se:
“Conte as fichas. Pode me dizer quantas fichas há embaixo de minhas mãos?” “Como sabe”.
 Verificação Empírica: Quando é necessário, podemos comprovar a hipótese do entrevistado de
maneira concreta, pesando as duas massas, contando as fichas, medindo o barbante ou corrente, por
exemplo.

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

PASSO A PASSO: DA APLICAÇÃO DAS PROVAS OPERATÓRIAS

1- PROVA DE CONSERVAÇÃO DE PEQUENOS CONJUNTOS DISCRETOS DE ELEMENTOS

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO
PASSO A PASSO: DA APLICAÇÃO DAS PROVAS OPERATÓRIAS
PEQUENOS CONJUNTOS DISCRETOS DE ELEMENTOS

Material:
10 fichas azuis e 10 fichas vermelhas, em formato de círculo do mesmo tamanho.
Passo a passo:
1) Apresentação do material
2) Inicio da aplicação: Pedir para o sujeito escolher uma cor
3) Estabelecimento de Identidade Inicial: Colocar as 6 fichas da mesma cor em uma
fileira e pedir que o sujeito coloque a mesma quantidade de fichas na mesa.
EX: Coloque a mesma quantidade das suas fichas como coloquei das minhas.
4) 1° transformação: Alongamento- Esticar uma das coleções e perguntar: como fica
agora: temos a mesma quantidade, ou +, ou -.

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

PASSO A PASSO: DA APLICAÇÃO DAS PROVAS OPERATÓRIAS

Diante da resposta do paciente, pede-se uma argumentação: Como assim?


Qualquer que seja a resposta do sujeito deve-se contra argumentar com ou sem
terceiros.

5) 2° transformação: Encurtamento e seguem-se os mesmos Passos da 1°


transformação.
6) 3° transformação: Formar um círculo e repete-se como a anterior.
7) Pergunta por Coticidade: O psicopedagogo coloca as suas fichas debaixo da mão e
pergunta:
Quantas eu tenho embaixo da minha mão? A mesma quantidade, ou + ou -? Como
você sabe? Você pode explicar.

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

PASSO A PASSO: DA APLICAÇÃO DAS PROVAS OPERATÓRIAS

Contra argumentações:
 De conservação: Ex: veja como esta fila é mais comprida. Você acha que está maior,
tem mais fichas?
 De não- conservação: Ex: Lembra que antes você disse que tinha a mesma
quantidade. Agora ficou diferente?
 Com o terceiro - Outro menino me disse que havia a mesma quantidade de fichas
vermelhas e azuis. Você acha que ele estava certo ou errado?

Diante da resposta, pede-se uma justificativa.

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

PASSO A PASSO: DA APLICAÇÃO DAS PROVAS OPERATÓRIAS

2- DICOTOMIA (mudança de critério)

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

PASSO A PASSO: DA APLICAÇÃO DAS PROVAS OPERATÓRIAS


Material:
Cinco quadrados e círculos grandes a azuis; Cinco quadrados e círculos grandes vermelhos;
Cinco quadrados e círculos pequenos azuis; Cinco quadrados e círculos pequenos
vermelhos; 2 caixas iguais (que tenham a base maior que quatro figuras grandes).

Passo a passo:
1) Apresentação do material
2) Propor a classificação espontânea: Coloque juntos os que se parecem, que têm algo de
igual.
3) DICOTOMIA: Colocar as duas caixas na frente do sujeito e pedir que divida em grupos,
colocando em cada caixa os que se parecem e que podem ficar juntos. Quando o sujeito
dividiu em dois grupos, pedir o nome para as caixas. Se o sujeito descrever de forma
heterogênea, pede-se que diga com menos palavras ou utilizar a historinha: Se eu tivesse
que guardar as caixas na gaveta, o que você acha que eu deveria escrever na tampa para
saber o que tem dentro?
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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

4) 1° Mudança de Critério: Tirar das caixas, juntar na mesa e falar: Você poderia separar outra vez
em 2 grupos, de um outro jeito, colocando junto as que se parecem? Perguntar o nome que daria
aos grupos (com menos palavras). Caso o sujeito não saiba, existem 2 alternativas:
Insinuação: Sugerir na caixa uma classificação com alguns elementos (Ex.: tamanho, cor ou forma)
Demonstração: Acrescentar mais elementos para deixar mais explicita.

5) 2º Mudança de Critério: Colocar de volta na mesa e pedir para dividir em dois grupos, de outro
jeito. Perguntar o nome que daria aos grupos. Recapitulação: Faz-se a recapitulação quando a
criança atinge os três critérios usando insinuação ou demonstração. Pedir que o sujeito faça
novamente a dicotomia e as mudanças de critério. EX.: Você poderia repetir como você colocou
da 1°, da 2° e da 3° vez? Utilizar os critérios já utilizados. O resultado final é a recapitulação.

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

SERIAÇÃO DE PALITOS

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

Material: palitinhos com 6 mm de diferença entre eles; palito número 11 cuja medida é de 3 mm
de diferença entre o 5º e o 6º. Este palito (que passará ser o 6º palito) deve ter um sinal para
identificar (palito de inclusão) – opcional; 1 anteparo (cartão ou cartolina).

Passo a passo:

1) Seriação a Descoberto: Pedir ao sujeito que coloque os palitos em uma ordem um ao lado do
outro: > para o < ou do < para o >. Se o sujeito não compreender o pedido, o Pp. pode:

 Começar a seriação com uns quatro palitos e pedir que o sujeito continue.
 Fazer a seriação completa e desarrumar. A seguir pede-se que o sujeito a faça.
 Não permitir que o sujeito coloque os palitos em pé, mas deitados sobre a mesa.

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

2) Dar o palito da inclusão para que o coloque no lugar certo.


No caso de não ter o palito da inclusão, pode-se pedir para que o sujeito feche os olhos e então se
tira o 5 ou 6 e a seguir pede-se que o sujeito o encaixe no lugar corresponde

3) Seriação com Anteparo: Misturar os palitos colocar um anteparo e dizer ao sujeito: Gostaria
que Você me desse os palitos em 0rdem do < para o > ou do > para o < e eu vou colocar atrás do
anteparo na mesma ordem que você for me dando.

O sujeito não pode ordenar antes os palitos, mas pode pegá-los na mão (sem ordenar) para
entregar.

Observações:
Nunca se diz: Faça uma escada!
Os dois últimos passos só são feitos se o sujeito tem êxito no primeiro.

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

INTERSECÇÕES DE CLASSES

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

Material:

5 fichas redondas amarelas


5 fichas redondas azuis
5 fichas quadradas azuis
1 cartolina de forma retangular contendo 2 círculos de cores diferentes e também diferente das
fichas ou dois barbantes de cores diferentes em forma circular.

Passo a passo:
1) Colocar as cinco fichas amarelas no círculo esquerdo (verde), colocar as redondas azuis no
meio; colocar os quadrados azuis no círculo à direita (vermelho).
2) Pedir para o sujeito nomear o material e dar as características.
3) Perguntar: -> Por que você acha que coloquei estas fichas no meio? Tem mais fichas azuis ou
amarelas? Tem mais fichas redondas ou quadradas? Tem mais ou iguais redondas e azuis? Como
você sabe? Você pode me explicar? (intersecção).

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

4) Olhando todas as fichas redondas e olhando todas as fichas azuis, um tem mais que
o outro ou são iguais?
5) Tem mais ou menos tanto de fichas quadradas e azuis?
6) Como sabe? (inclusão)
7) Olhando as fichas quadradas e olhando as fichas azuis, um tem mais que o outro ou
são iguais?

Perguntas Suplementares: * Só se fazem estas perguntas se a criança errar a pergunta


3 e 4.

O que é que tem neste primeiro circulo? (verde)


O que é que tem neste outro círculo? (vermelho)

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

CONSERVAÇÃO DE LÍQUIDOS

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS

3° E 4° SESSÃO

Material:
2 copos iguais. (A1, A2)
1 copo cujo diâmetro seja + ou - a metade dos 2 copos, mais alto que o copo testemunho. ( B)
1 copo + largo e baixo que o copo testemunho. (C)
4 copinhos cada um dos quais deve ter aproximadamente ¼ da capacidade do copo testemunho. (
D1,D2,D3, D4)
2 garrafas com líquido de cores diferentes

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

1) Identidade inicial: Mostrar os 2 copos iguais ao sujeito pedindo que ele compare os tamanhos;
Pedir que ele coloque um tanto de água ( + ou – a metade) em um copo e depois a mesma
quantidade no outro copo;
Perguntar se os 2 têm a mesma quantidade de líquido.

2) 1° Transvazamento; Alongamento:
O Psicopedagogo pega o líquido de seu copo e derrama no copo + alto e pergunta: “Quanto nós
temos agora? A mesma quantidade? + ou -? Por que você acha?”
Contra-argumentação:
De conservação: Ex.: Mas veja como este copo é alto, será que tem a mesma quantidade de
líquido como neste outro baixo? O que você acha?
De não-conservação: Ex.: Mas antes você disse que era a mesma quantidade, você acha que
mudou? Por quê? Veja como este é fino e o outro é largo. Como você acha que fica de líquido?
(Referir-se ao critério negligenciado: altura/ largura ou nível da água)
Pergunta de Volta Empírica: Ex.: E se eu voltar a colocar como no início, como teríamos de
líquido? Se o sujeito não responder com sucesso, retoma-se a identidade inicial.

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

3) 2° Transvazamento: Achatamento (utilizar o copo mais largo). Repetem-se os Passo a


passo: a Passoscomo no 1º transvazamento.

4) 3º Transvazamento: Partição (utilizar os quatro copinhos) Repete-se o procedimento


anterior.

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

CONSERVAÇÃO DE MASSA

Igualdade inicial (achatamento) (alargamento)

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

Material: 2 massas de cores diferentes

Passo a passo:

1) Apresentação do material
2) Estabelecimento de identidade inicial:
Dar as duas bolas de massa já prontas e perguntar ao sujeito se tem a mesma quantidade de
massa em cada bola, mais ou menos.
Pedir que faça duas bolas com a mesma quantidade de massa e de cores diferentes.
3) 1° Deformação: Alongamento- Faz-se uma salsicha da massa experimental e pergunta-se ao
sujeito: E agora, temos a mesma quantidade, + ou -?
Se o sujeito responde sem argumentação pede-se. Ex.: Você pode me explicar?

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

Contra-argumentação:

De conservação: Ex: A salsicha é mais comprida do que a bola, será que não tem mais massa? O
que você acha?
De não conservação: Ex. Mas antes você não disse que as 2 bolas tinham a mesma quantidade:
Mas veja que a Salsicha é mais fina e a bola é bem mais grossa. O que você me diz?
Utilização de uma 3° pessoa: Mas uma menina me disse que havia a mesma quantidade na
salsicha e na bola. Você acha que ela estava certa ou errada? Se o sujeito responde sem
justificativa, fazer o pedido de justificativa.
Pergunta de Volta Empírica: Após a justificativa do sujeito faz-se a pergunta de volta empírica. Ex:
Se eu voltar a fazer a bolas como no início, como fica? Caso o sujeito não saiba responder, retoma-
s a identidade inicial (volta empírica).
2° Deformação: Achatamento (panqueca): Repetir os procedimentos da 1° deformação.
3° Deformação: Partição (4 bolinhas): Repetir os procedimentos anteriores).

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

CONSERVAÇÃO DO COMPRIMENTO

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

Material: 2 correntes de 20 a 30 cm.

Passo a passo:
1) Estabelecer a Identidade Inicial: Coloca a mais curta do lado do Pp e a mais comprida do lado
do sujeito. Perguntar: Como você acha que são de comprimento as duas correntes:
Se ele não compreende o fator comprimento, conta-se a história de dois ratinhos que caminham
sobre as correntes. Onde o ratinho caminhará mais ou menos ou igual:
Quando o sujeito afirmar a diferença propõe-se a primeira situação.

2) 1° Situação: Coloca-se a corrente mais comprida de um jeito que comece e termine junto com a
outra.
Perguntar: Como o ratinho caminhará agora, mais ou menos ou a mesma coisa?

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

Contra-argumentação
De conservação: O examinador insiste na coincidência dos extremos.
EX: Os dois acabam no mesmo ponto! Será que o ratinho caminhará igual? Você pode me
explicar?
De não conservação: Lembrar que no inicio as correntes eram desiguais.
EX: No início, esticadas, as correntes eram do mesmo comprimento? E agora ficou diferente?
Pergunta de volta Empírica: Após a justificativa do sujeito faz-se a pergunta de volta empírica. Ex:
Se esticarmos como no inicio, como você acha que as correntes ficariam de comprimento? Igual,
ou uma é mais curta ou é mais comprida.

3) 2° Situação: Fazer com que a corrente do lado do sujeito pareça mais curta.. Repete-se como na
1° Situação.

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

INCLUSÃO DE CLASSES

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

Material: Classes de flores (ex. margaridas e rosas) ou Classes de animais (ex. coelhos e camelos).

Passo a passo:

1) Perguntar se o sujeito conhece flores. Quais flores? Se o sujeito não conhece flores, utiliza-se
outra classe de elementos. Assegurar-se de que o sujeito conhece o nome da classe, perguntando:
As rosas são flores? As margaridas são flores?

2) Inicia-se as perguntas ao sujeito:


a) Se você pega as margaridas, com o que eu fico?
b) Se alguém pega as flores de minha mão com o que eu fico?
c) Se eu fizer um ramalhete com as flores e depois devolvê-las. E você fizer um ramalhete com as
margaridas; quem vai ficar com mais?
d) Se eu penso fazer um ramalhete com as margaridas e você com as flores do bouquet, qual dos
dois vai fazer o ramalhete maior?

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

CONSERVAÇÃO DE SUPERFÍCIE

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

Material: 12 cartõezinhos quadrados iguais (4 cm por 4 cm); 2 cartolinas ou emborrachados


verdes (tamanho ofício) que representam os campos 1 ou 2 herbívoros iguais.

Passo a passo:
1) Identidade Inicial: Comprovar a igualdade da superfície das duas cartolinas.
Comprovar a igualdade dos quadradinhos.
2) Criar o argumento: Vamos fazer de conta que temos dois campinhos (cartolinas
verdes) e se este cavalinho ( ou outro herbívoro) comer deste e do outro campinho,
vai comer o mesmo tanto de capim, ou vai comer + num campinho do que no
outro, ou - ?
3) 1° Subtração: Colocar um quadradinho (ou casinha) num dos campos e perguntar:
Se o dono deste campo colocar uma casinha em seu campo, e o cavalo comer neste
campo e no outro, será que comerá o mesmo tanto de capim?

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

4) 2° Subtração: Acrescentar uma casinha no outro campo e repetir a mesma pergunta.

5) 3° Subtração: Acrescentar mais 3 casinhas em cada campo e repetir a mesma


pergunta.

6) Realizar as transformações: Distribuir de diferentes maneiras as posições das


casinhas de um dos campos e voltar a fazer a mesma pergunta.

Contra- argumentação
De conservação: Ex: Mas veja como aqui tem bastante espaço e no outro parece pouquinho. Você
acha que o cavalinho vai comer igual nos 2 campos?
De não conservação: Ex Mas antes você tinha dito que o cavalinho comia igual. Agora ficou
diferente?

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

COMBINAÇÃO DE FICHAS

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS

3° E 4° SESSÃO

Materiais: 6 fichas de diferentes cores com 2,5 cm de diâmetro cada uma.

Passo a passo:
1) O psicopedagogo deve fazer a seguinte cosigna: “Gostaria que você formasse com
estas fichas todos os pares que conseguir”.
2) Se o paciente não entender, você poderá insinuar, formando um par.
3) Descreva como o sujeito realizou a prova.

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

PERMUTAÇÃO DE FICHAS

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS

3° E 4° SESSÃO

Materiais: 4 fichas de diferentes cores com 2,5 cm de diâmetro cada uma.

Passo a passo:
1) O psicopedagogo deve fazer a seguinte cosigna: “Gostaria que você me mostrasse
todas as combinações que seja capaz de formar com estas fichas. Você deverá
utilizar todas as fichas,”.
2) Se o paciente não entender, você poderá insinuar, formando um par.
3) Descreva como o sujeito realizou a prova.

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

PREDIÇÃO

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS

3° E 4° SESSÃO

Materiais: 17 fichas verdes; 10 fichas amarelas; 6 fichas lilás; 1 ficha branca; 1 saco de pano.

Passo a passo:
1) O entrevistador coloca as fichas sobre a mesa e pede-lhe que as observe por algum tempo.
2) Depois, guarde-as em um saco não transparente. Peça ao sujeito que retire uma ficha.
3) Quando ele colocar sua mão no saco, você deverá segurar sua mão ainda dentro do saco e
perguntar-lhe que cor ele acha que irá sair e por quê.
4) Depois, permita-lhe retirar e olhar a ficha.
5) Guarde novamente a ficha no saco
6) Repita umas quatro ou cinco vezes.

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

ESPACO UNIDIMENSIONAL

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

Materiais: oito cubos medindo 6cm de lado; dezesseis cubos pequenos de 3cm; um anteparo
(Serve apenas para separar. Não tem a intenção de esconder (o entrevistador pode olhar); uma
base de 5cm de altura; uma varinha de 60cm; varetas e tiras de papel.

Passo a passo:

1) O entrevistador constrói sobre a base uma torre com os oito cubos maiores. Coloque o
anteparo entre sua torre e o espaço onde o entrevistado irá construir a torre dele.
2) O psicopedagogo deve fazer a seguinte cosigna: “Observe que, sobre esta base, eu construi
uma torre. Gostaria que você construisse outra torre, do outro lado deste anteparo que tenha
a mesma altura que a minha, porém utilizando a mesa como base. Para isso, você poderá
utilizar os seguintes materiais: tiras de papel, varinhas e vareta”.

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS

3° E 4° SESSÃO

3) Se não houver acerto operatório, o entrevistador deverá repetir a prova quantas vezes achar
necessário.

4) Se houver acerto operatório, o entrevistador deverá perguntar-lhe:


Sua torre é tão alta quanto a minha? Elas possuem a mesma altura? Como sabe que elas possuem
a mesma altura?

5) Aos oito anos - Havendo acerto operatório, o entrevistador desfaz a torre construída pelo
entrevistado ao mesmo tempo em que diminui um cubo da sua torre e pergunta-lhe: “Poderia
fazer uma torre da mesma altura que esta, porém sem usar a varinha? (Pode permitir-lhe usar as
tiras de papel)”.; “Elas possuem a mesma altura?”; “Como sabe?”.

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

ESPAÇO BIDIMENSIONAL

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

Materiais: folhas brancas lisas; um lápis preto; duas tiras de papel de aproximadamente 10cm de
largura; uma borracha; uma régua de 20cm; uma vara de aproximadamente 10cm de largura; um
pedaço de corrente ou barbante.

Passo a passo:
1) Espalhar os materiais sobre a mesa;
2) O psicopedagogo deve fazer a seguinte cosigna: “O que você está vendo sobre a mesa?”;
3) O entrevistador faz um ponto no lado superior direto de uma folha de sulfite e entrega outro
papel em branco para a criança.
4) O psicopedagogo deve questionar a criança: “Observe que eu fiz um ponto nesta folha e aqui
têm outras folhas. Eu quero que você faça em outra folha um ponto no mesmo lugar que este
na minha folha. Se você quiser, poderá utilizar este material sobre a mesa. O que você não
poderá fazer é colocar uma folha sobre a outra para decalcar. O ponto tem de ser feito de
maneira que, quando colocarmos uma folha sobre a outra contra a luz, eles estejam no
mesmo lugar”.;
5) Se não houver acerto operatório, diga-lhe: "Não estão no mesmo lugar, você poderá tentar de
novo nesta folha". Entregue-lhe outra folha. "Poderá utilizar este material".

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS

3° E 4° SESSÃO

6) A prova poderá ser repetida quantas vezes o entrevistador achar necessário.

7) Caso o entrevistado utilize as duas medidas e o ponto saia um pouco fora do lugar,
não há necessidade de repetir a prova, o importante é que pensou em utilizar as duas
medidas.

8) Se houver acerto operatório, o entrevistador deverá perguntar-lhe: “Por que mediu


assim?”; Com uma medida não seria suficiente?

9) Observe quantas medidas o sujeito utiliza.

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

ESPAÇO TRIDIMENSIONAL

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

Materiais: duas caixas iguais com fundo de isopor de aproximadamente 20 a 25cm de base e 15 a
20cm de profundidade e 15cm de altura; dois arames (retos de uns 20cm e que possam
permanecer retos);duas bolinhas pequenas de isopor; tachinhas ou percevejos; três tiras de
cartolinas de diferentes tamanhos; uma régua milimetrada; um lápis.

Passo a passo:
1) Coloque o material sobre a mesa e indague o paciente: “O que você está vendo sobre a
mesa?”.
2) O profissional irá encaixar o arame na base da caixa (de isopor) e colocar a bolinha de isopor
no arame por aproximadamente 10cm de altura da base.
3) O psicopedagogo deve fazer a seguinte cosigna: “observe que, nesta caixa, eu coloquei um
arame com uma bolinha de isopor . Gostaria que, nesta outra casa, você colocasse o arame
com a bolinha da mesma maneira e no mesmo lugar em que eu coloquei a minha. Para isso,
você poderá usar estes materiais”.
4) O psicopedagogo deve questionar a criança: “Como você fez? Explique-me como pensou”.

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3° PASSO – PROVAS OPERATÓRIAS
3° E 4° SESSÃO

REGISTRO

*Material disponível
para reprodução no Ebook.

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4° PASSO – Técnicas Projetivas
5° SESSÃO

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4° PASSO – Técnicas Projetivas
5° SESSÃO

Sampaio, (2014, p. 99) afirma que de acordo com Visca, as técnicas projetivas
psicopedagógicas têm o objetivo de investigar a rede de vínculos que o sujeito possui
em três domínios: o escolar, o familiar e consigo mesmo.

O que podemos avaliar por meio do desenho é a capacidade do pensamento


para construir uma organização coerente e harmoniosa e elaborar uma emoção. Os
pensamentos se revelam por meio do desenho.

A interpretação de cada uma das provas projetivas deve ser feita em função
do sujeito em particular e em função do total de informações que se obteve.
Os indicadores e significados encontrados não implicam numa questão
fechada ou sem lugar para dúvidas, cada psicopedagogo pode realizar novas
descobertas, ampliando os aspectos de indicadores e significados.
Os desenhos deverão ser analisados dentro de um contexto geral e não de
forma isolada.
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4° PASSO – Técnicas Projetivas
5° SESSÃO
No livro, Manual Prático do Psicopedagogo Clínico, Simaia Sampaio (2014, p. 101) nos aponta
algumas observações gerais importantes para aplicação das técnicas projetivas:
 O tamanho total do desenho: se for pequeno demais ou grande demais, poderá indicar vinculo
inadequado em relação à situação da cena.
 O tamanho dos personagens: quem aparece exageradamente maior ou menor que os demais.
 Se o sujeito que desenha está presente nas cenas ou se não se desenha.
 Quem não aparece no desenho. Por exemplo, no desenho da familia, não desenha o pai ou não se
desenha.
 O distanciamento dos personagens: se estão separados por alguma barreira ou presos em
quadrados.
 Se usa borracha de forma exagerada ou se nunca usa.
 Se não desenha pés ou mãos, pode indicar dificuldade nos relacionamentos, sem objetivos,
apresentando dificuldades para buscar o conhecimento.
 Se faltam olhos, orelhas, boca, pode estar relacionado a ouvir, ou em falar, ou em prestar atenção.
 Se o desenho está condizente ao que é pedido. Se a criança tem boa compreensão e não desenha o
que foi solicitado, pode indicar uma conduta evitativa relacionada à situação solicitada.
 Se se recusa a desenhar.
 Se se recusa a escrever.
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4° PASSO – Técnicas Projetivas
5° SESSÃO

POSIÇÃO DO DESENHO NA FOLHA - De acordo com Visca (2008. p. 23) a posição do


desenho na folha revela características da personalidade do sujeito:

Superior-exigente
Interior - impulsivo
Direita - progressivo
Esquerda - regressivo
Superior direita - exigente progressivo
Superior esquerda - exigente regressivo
Inferior direita - impulsivo progressivo
inferior esquerda - impulsivo regressivo
Central - equilibrado

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4° PASSO – Técnicas Projetivas
5° SESSÃO

Durante a aplicação das técnicas projetivas, podemos solicitar à criança que


escreva algo sobre seu desenho, se a criança já estiver alfabetizada. Desta forma,
teremos a oportunidade de observar como está a escrita da criança, sua grafia,
ortografia, concordância, capacidade de descrever uma situação.

Se a criança não quiser escrever nada, não devemos forçá-la, pois estas
provas envolvem uma situação ligada ao emocional, e algumas crianças podem se
recusar para não entrar no conflito. Se assim ocorrer, pedimos apenas para falar sobre
o desenho. Podemos solicitar sua escrita em outra oportunidade de maneira informal.

Em todos os desenhos, devemos ficar atentos ao título do desenho e ao


relato.

Instituto Laine Queiroz


4° PASSO – Técnicas Projetivas
5° SESSÃO

TÍTULO DO DESENHO
O título do desenho nos revela o vínculo que a criança estabelece com a
aprendizagem. É importante observar se há relação entre o título e o desenho em si.
Se há criatividade, negação ou repressão em relação ao domínio que se pretende
investigar.

RELATO
O relato do desenho também nos revela o vínculo que a criança estabelece
com a aprendizagem. É importante observarmos os mecanismos de dissociação,
negação e repressão utilizados. Se há relação com o título, com o conteúdo em si e
com o desenho; se há criatividade e boa expressão oral e se existe um objeto de
aprendizagem.

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4° PASSO – Técnicas Projetivas
DOMÍ PROVA INVESTIGAÇÃO IDADE
NIO
Par educativo Vínculo com aprendizagem 6-7 anos
Escolar Eu e meus companheiros Vínculo com os componentes da classe 7-8 anos
A representação do campo geográfico da sala
Planta da Sala de Aula 8-9 anos
de aula e a desejada

A Planta da Minha Casa A planta da casa onde mora, sua 8-9 anos
Os 4 momentos do dia representação real e desejada 6-7 anos
Os vínculos ao longo do dia
Familiar Família Educativa 6-7 anos
O vínculo da aprendizagem com o
grupo familiar e cada um dos
integrantes da mesma
O desenho em episódios A delimitação da permanência da entidade 4 anos
psíquica em função dos afetos
O dia do meu aniversário A representação que se tem de si e do contexto 6-7 anos
físico sociodinâmico em um momento de
6-7 anos
Consigo transição de uma idade para outra
Desenho das minhas férias 6-7 anos
mesmo As atividades escolhidas durante o período de
férias escolares
Fazendo aquilo que mais gosto
O tipo de atividade que mais gosta

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4° PASSO – Técnicas Projetivas
VÍNCULO ESCOLAR - EU COM MEUS COMPANHEIROS
CONSIGNA: “Gostaria que você se desenhasse com seus companheiros de classe”.
INDICADORES CARACTERÍSITCAS SIGNIFICADOS
Grande Bom vínculo com colegas e com a
Tamanho total aprendizagem
Pequeno Vínculo negativo

Grande Liderança ou incapacidade para


descentrar-se
Tamanho do
Pequeno Submissão e sentimento de ser vítima do
personagem principal
grupo
Igual Relação igualitária: aceita e é aceito

Lado a lado Comunicação superficial


Posição
Concêntrica (centralizado) Comunicação profunda: reflexiva e sensível

Inclusão de docente Inclusão Relação deficitária com os colegas:


dependência. Grande afeto pelo
docente
Relato ou comentário Observar se há contradições entre o que diz e o desenho. Comentários gerais dão
sobre colegas uma visão do conjunto, que indica como o entrevistado está inserido no grupo ou
deseja estar. Comentários pessoais revelam os sub vínculos com cada membro do
grupo.

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4° PASSO – Técnicas Projetivas
VÍNCULO ESCOLAR - PLANO DE SALA DE AULA
CONSIGNA: “Gostaria que você desenhasse a planta da sua sala de aula, como se estivesse vendo-
a de cima.”
INDICADORES CARACTERÍSTICAS SIGNIFICADOS

Pequeno Restrição , que se apresenta como uma inibição.


Tamanho da sala Descontrole, falta de limites adequados.
Muito grande
Disposição das Tradicional Respostas rígidas ou ordenadas.
carteiras Não tradicional Respostas mais flexíveis e espontâneas.
Em frente Bom vínculo com o docente e/ou com aprendizagem é
positivo
No fundo ou lateral Retração e não participação muito ativa. O vínculo
Localização da
com a aprendizagem pode ser negativo.
criança na sala de
aula No centro Vínculo neutro com a aprendizagem e com os colegas e
com o docente
Não se localiza na sala Vínculo negativo com o espaço da sala de aula.

Incluídos São os objetos com que o entrevistado estabeleceu um


Elementos vincula positivo.
Excluídos São os objetos com que o entrevistado não estabeleceu
nenhum vincula.
Ausentes Vínculo negativo com o contexto físico da sala de aula.

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4° PASSO – Técnicas Projetivas
VÍNCULO ESCOLAR - PLANO DE SALA DE AULA
CONSIGNA: “Gostaria que você desenhasse a planta da sua sala de aula, como se estivesse vendo-
a de cima.”
INDICADORES CARACTERÍSTICAS SIGNIFICADOS

Pequeno Restrição , que se apresenta como uma inibição.


Tamanho da sala Descontrole, falta de limites adequados.
Muito grande
Disposição das Tradicional Respostas rígidas ou ordenadas.
carteiras Não tradicional Respostas mais flexíveis e espontâneas.
Em frente Bom vínculo com o docente e/ou com aprendizagem é
positivo
No fundo ou lateral Retração e não participação muito ativa. O vínculo
Localização da
com a aprendizagem pode ser negativo.
criança na sala de
aula No centro Vínculo neutro com a aprendizagem e com os colegas e
com o docente
Não se localiza na sala Vínculo negativo com o espaço da sala de aula.

Incluídos São os objetos com que o entrevistado estabeleceu um


Elementos vincula positivo.
Excluídos São os objetos com que o entrevistado não estabeleceu
nenhum vincula.
Ausentes Vínculo negativo com o contexto físico da sala de aula.

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4° PASSO – Técnicas Projetivas
VÍNCULO ESCOLAR - PAR EDUCATIVO
CONSIGNA: “Gostaria que você desenhasse duas pessoas: uma que ensina e outra que aprende”.

INDICADORES CARACTERÍSTICAS SIGNIFICADOS


Muito grande ou muito pequeno Vínculo negativo com a aprendizagem
Tamanho total
Dimensão razoável Relação equilibrada. Vínculo positivo e
negativo estão equilibrados
Pequeno Desvalorização
Tamanho dos personagens
Grande Supervalorização (persecutório)
Muito pequeno Depósito de projeções negativas
Tamanho dos objetos
Muito grande Cisão de quem aprende e quem ensina
Frente a frente Bom vínculo com a aprendizagem

Posições Lado a lado Regular vínculo com a aprendizagem


Docente de costas para a turma O aluno sente-se rechaçado pelo
docente
O aluno de costas para o docente O aluno rechaça o docente
Grande distância Não comprometimento com o conteúdo
e transmissão de conhecimentos
Distância entre os personagens Mínima distância Supervalorização de conhecimentos
e o objeto da aprendizagem sobre o ato de transmissão
Distância adequada Quem ensina usa os conteúdos como
instrumento para ensinar e aprender
Perspectiva Com perspectiva Vínculo maduro do ponto de vista

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afetivo, cognitivo e social
Centração na aprendizagem sistemática,
Escolar pode ser positivo ou negativo
Âmbito onde se dá a cena
Melhor vínculo com a aprendizagem
Posições Lado a lado Regular vínculo com a aprendizagem
Docente de costas para a turma O aluno sente-se rechaçado pelo
docente
O aluno de costas para o docente O aluno rechaça o docente

4° PASSO – Técnicas Projetivas


Distância entre os personagens
Grande distância

Mínima distância
Não comprometimento com o conteúdo
e transmissão de conhecimentos
Supervalorização de conhecimentos
e o objeto da aprendizagem sobre o ato de transmissão
INDICADORES Distância adequada
CARACTERÍSTICAS Quem ensinaSIGNIFICADOS
usa os conteúdos como
instrumento para ensinar e aprender
Perspectiva Muitoperspectiva
Com grande ou muito pequeno Vínculo negativo com a aprendizagem
Vínculo maduro do ponto de vista
Tamanho total
Dimensão razoável afetivo,
Relação cognitivo e social
equilibrada. Vínculo positivo e
negativo estão
Centração equilibrados sistemática,
na aprendizagem
Escolar
Pequeno Desvalorização
pode ser positivo ou negativo
Âmbito
Tamanhoonde
dosse dá a cena
personagens
Grande Melhor vínculo com
Supervalorização a aprendizagem
(persecutório)
Extra-escolar assistemática.
Muito pequeno Depósito de projeções negativas
Tamanho dos objetos Supervalorização do intelectual que
Só cabeças
Muito grande Cisão ser
pode de quem aprende e quem ensina
persecutório
Corpo
Frentedo docente inacabado
a frente Agressão
Bom vínculo coma aquem
oculta ensina
aprendizagem
Características corporais Lado a lado Quando não com
Regular vínculo há a aprendizagem
dificuldades em
Posições
desenhar, significa uma desvalorização
Docente de costas
Simplificação para a turma
dos personagens O aluno sente-se rechaçado pelo
do vínculo de aprendizagem com o
docente
O aluno de costas para o docente docente
O aluno rechaça o docente
Nega o vínculo com a
Título do desenho Grande distância Não comprometimento com o conteúdo
aprendizagem
e transmissão de conhecimentos
Distância entre os personagens Resume as características do
Mínima distância Supervalorização de conhecimentos
e o objeto da aprendizagem vínculo
sobre o ato de transmissão
Também é uma projeção
Distância adequada onde se pode
Quemanalisar
ensinao vínculo estabelecido
usa os conteúdos como
através: instrumento para ensinar e aprender
Perspectiva -Com perspectiva
do conteúdo mesmo; Vínculo maduro do ponto de vista
Relato afetivo, cognitivo e social
- sua correspondência com o desenho;
Centração na aprendizagem sistemática,
-Escolar
sua relação com o título pode ser positivo ou negativo
Âmbito onde se dá a cena
obs: tanto no relato quanto no títuloMelhor
podemos vínculo com os
observar a aprendizagem
mecanismos de
Extra-escolar assistemática.
Instituto Laine Queiroz
dissociação, negação e repressão.
Supervalorização do intelectual que
Só cabeças pode ser persecutório
Corpo do docente inacabado Agressão oculta a quem ensina
4° PASSO – Técnicas Projetivas
VÍNCULO FAMILIAR - FAMÍLIA EDUCATIVA
CONSIGNA: “Gostaria que você desenhasse sua família, fazendo o que cada um sabe fazer”.

INDICADORES CARACTERÍSTICAS SIGNIFICADOS


Frente ao Processo O vínculo com a aprendizagem não é nem demasiado
Posição dos positivo ou negativo. O grupo familiar não é um
Personagens referencial muito adequado.
Em Meio ao Processo O entrevistado sente que o grupo serve de
referência para desenvolver e integrar meios de
aprendizagem
Fora do Processo Á carência de modelos significativos de identificação

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4° PASSO – Técnicas Projetivas
VÍNCULO FAMILIAR - A PLANTA DA MINHA CASA
CONSIGNA: “Gostaria que você desenhasse sua casa, como se você estivesse vendi-a de cima”.

INDICADORES CARACTERÍSITCAS SIGNIFICADOS


Desenho pequeno Inibição para o uso do espaço, diminuição do uso
potencial emocional com que investe as
situações e objetivos com que aprende
Tamanho do plano
Desenho que ocupa a folha toda Expansão egótica e uma aprendizagem positiva,
da casa
desde que não haja um descontrole motor

Desenha usando mais de uma Descontrole, falta de antecipação e vínculo


folha negativo ou instável com a aprendizagem em
geral e ao estudo sistemático em particular
Desenhar pessoas Incluir pessoas neste desenho pode ter significados diversos e contraditórios de
aceitação ou rejeição. É importante perguntar sobre essas pessoas.
As aberturas Representadas, esquecidas, transladas e objetivas encontram-se ligadas diretamente
aos canais de comunicação imaginários ou reais.
Interno Sente-se incluído no contexto familiar e sente
Ponto de vista que o mesmo é um continente adequado
Externo Sente-se estranho e admira a casa

Interior da casa Privilegia-se a aprendizagem formal de tipo


Espaços intelectual
representados Exterior da casa - horta, galinheiro, Valorização da aprendizagem vinculada ao corpo e

Comentários sobre o
Instituto Laine Queiroz
jardim, parque e espaços abertos a natureza.
Detectar as tentativas realizadas ou não para mudar a habitação e o grau de
dormitório aceitação e resistência que o meio lhe oferece.
Desenha usando mais de uma Descontrole, falta de antecipação e vínculo
folha negativo ou instável com a aprendizagem em
geral e ao estudo sistemático em particular

4° PASSO – Técnicas Projetivas


Desenhar pessoas Incluir pessoas neste desenho pode ter significados diversos e contraditórios de
aceitação ou rejeição. É importante perguntar sobre essas pessoas.
As aberturas Representadas, esquecidas, transladas e objetivas encontram-se ligadas diretamente
aos canais de comunicação imaginários ou reais.
VÍNCULO FAMILIAR Interno
- A PLANTA DA MINHA CASA
Sente-se incluído no contexto familiar e sente
CONSIGNA:
Ponto de vista “Gostaria que você desenhasse sua casa, como
que se você
o mesmo estivesse
é um vendi-a
continente de cima”.
adequado
Externo Sente-se estranho e admira a casa
INDICADORES CARACTERÍSITCAS SIGNIFICADOS
Interior da
Desenho casa
pequeno Privilegia-se
Inibição paraaoaprendizagem formal
uso do espaço, de tipodo uso
diminuição
potencial emocional com que investe as
Espaços intelectual
situações e objetivos com que aprende
Tamanho do plano
representados
da casa Desenho que ocupa a folha toda
Exterior da casa - horta, galinheiro, Expansão egótica
Valorização e uma aprendizagem
da aprendizagem vinculadapositiva,
ao corpo e
desde que não haja um descontrole motor
jardim, parque e espaços abertos a natureza.
Comentários sobre o Desenha as
Detectar usando mais de
tentativas uma
realizadas Descontrole,
ou não para mudarfalta de antecipação
a habitação e o grauede
vínculo
folha negativo ou instável com a aprendizagem em
dormitório aceitação e resistência que o meio lhe geral
oferece.
e ao estudo sistemático em particular
Desenhar pessoas Os comentários
Incluir podem
pessoas neste revelarpode
desenho aceitação, rejeição, indiferença
ter significados ou objetividade
diversos e contraditórios de
aceitação ou rejeição. É importante perguntar sobre essas pessoas.
Escolha do A maneira como e por quem foi escolhido possui grande importância a partir dos 8 ou
As aberturas Representadas, esquecidas, transladas e objetivas encontram-se ligadas diretamente
dormitório 10
aosanos. Revela
canais a influênciaimaginários
de comunicação que a família
ouimpõem
reais. refletindo nos vínculos de
aprendizagem.
Interno Sente-se incluído no contexto familiar e sente
O lugarde
Ponto devista
estudo Revela o vínculo com a aprendizagem que
que se estabelece
o mesmo é um nas situaçõesadequado
continente e os estilos
de aprendizagem que se pode estruturar.
Externo Sente-se estranho e admira a casa

Lugar de reunião Onde, quem,


Interior com, por que e quando sePrivilegia-se
da casa reúnem sãoa perguntas que formal
aprendizagem revelamdeostipo
Espaços modelos familiares da aprendizagem intelectual
familiar
representados Exterior da casa - horta, galinheiro, Valorização da aprendizagem vinculada ao corpo e
jardim, parque e espaços abertos a natureza.
Comentários sobre o
dormitório Instituto Laine Queiroz
Detectar as tentativas realizadas ou não para mudar a habitação e o grau de
aceitação e resistência que o meio lhe oferece.
Os comentários podem revelar aceitação, rejeição, indiferença ou objetividade
4° PASSO – Técnicas Projetivas
VÍNCULO FAMILIAR - OS QUATRO MOMENTOS DO DIA
CONSIGNA: “Gostaria que você desenhasse os quatro momentos do seu dia, desde que acorda
até a hora que vai dormir”.

INDICADORES CARACTERÍSTICAS SIGNIFICADOS


Adequação a Desenho adequado a Capacidade de adaptação às
consigna consigna exigências externas e tolerância a
frustração
Escolha automática Vida monótona e sem criatividade
Escolha em função da carga Dinamismo, criatividade e uso
afetiva positiva enriquecedor do tempo.
Os momentos
escolhidos Escolha em função da carga Apatia, solidão e deposição de
afetiva negativa impulsos agressivos manifestos ou
latentes.
Atividade Indica os gostos do sujeito e imposições externas, as aspirações e
realizada frustrações, as identificações e o potencial de organização que possui.

As pessoas Modelo de Identificação. Modelos de aprendizagem familiar, que


pode ser compacto ou diversificado.
O campo Na casa (parcial ou totalmente) Indicam o estilo de vínculo, a
geográfico da em dependência adequada ou adequação e a flexibilidade
cena não, realizando atividades de destes.
Instituto Laine Queiroz
acordo ou desacordo com o lugar.
afetiva negativa impulsos agressivos manifestos ou
latentes.
Atividade Indica os gostos do sujeito e imposições externas, as aspirações e

4° PASSO – Técnicas Projetivas


realizada frustrações, as identificações e o potencial de organização que possui.

As pessoas Modelo de Identificação. Modelos de aprendizagem familiar, que


pode ser compacto ou diversificado.
O campo Na casa (parcial ou totalmente) Indicam o estilo de vínculo, a
geográfico da em dependência adequada ou adequação e a flexibilidade
cena não, realizando atividades de destes.
acordo ou desacordo com o lugar.

Os objetivos do Indica como se encontra povoado o mundo interno do sujeito e revela a


ambiente realidade objetiva quanto aos ambientes físicos: desprovido,
sobrecarregado, ordenado, confuso ou indiscriminado.
Os detalhes do O tipo de traços, proporções, posições, retoques, detalhes,
desenho estereotipias, mobilidade, etc
Sequência Sequência Principio da realidade e da capacidade de
espacial (Quadrados 1,2 3, 4) acomodação, aprendizagem realista.
Com sequência lógica Uso ordenado do tempo, alta tolerância a
frustração.
Sequência
temporal Sem sequência lógica Impulsividade, uso desordenado do tempo e
baixa tolerância a frustração. Aprendizagem
inconstante.
Sequência do relato em Reforça os aspectos assinalados na sequência espacial
concordância com a espacial
Sequência do relato em Reforça os aspectos assinalados na sequência temporal
concordância com a temporal
Sequência do relato em Severa desorganização temporal e consequentemente
concordância com as severas dificuldades de aprendizagem.
Sequências espacial e temporal
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4° PASSO – Técnicas Projetivas
VÍNCULO CONSIGO MESMO
O DIA DO MEU ANIVERSÁRIO
CONSIGNA: “Gostaria que você fizesse um desenho do dia do aniversário de uma criança”.

INDICADORES CARACTERÍSTICAS SIGNIFICADOS


Muito grande ou muito pequeno Vinculo negativo com a
aprendizagem
Tamanho total
Tamanho razoavelmente dimensionado Relação equilibrada. Vínculos
positivos e negativos estão
equilibrados.
Tamanho dos Pequeno Desvalorização
personagens
Grande Supervalorização
De frente Vínculo positivo
Posições
De constas Vínculo negativo
Própria casa Atitude realista
Lugar publico Posição de abertura as
aprendizagens
Fora do contexto real possível Pode sugerir uma capacidade criadora
ou um mundo imaginário do
impossível, compensador de
sentimentos de frustrações com baixa

Espaço
Instituto Laine Queiroz tolerância e uma
predominância do princípio do prazer
geográfico sobre o da realidade.
Tamanho razoavelmente dimensionado Relação equilibrada. Vínculos
positivos e negativos estão
equilibrados.
Tamanho dos Pequeno Desvalorização
personagens

4° PASSO – Técnicas Projetivas


Grande Supervalorização
De frente Vínculo positivo
Posições
De constas Vínculo negativo
Própria casa Atitude realista
Lugar publico Posição de abertura as
aprendizagens
Fora do contexto real possível Pode sugerir uma capacidade criadora
ou um mundo imaginário do
impossível, compensador de
sentimentos de frustrações com baixa
tolerância e uma
Espaço predominância do princípio do prazer
geográfico sobre o da realidade.

A idade do personagem que faz aniversário comparada com a idade do entrevistado diz
respeito a aceitação do mesmo neste momento da vida. Se for menor pode significar
desejo de não crescer e não aprender. Se for igual indica aceitação e uma tolerância a
aprendizagem. Quando é maior, regularmente indica alto nível de aspiração.

A caracterização dos demais personagens determina aceitação ou rejeição


As contradições entre o desenho e o relato revelam o grau de coerência ou não dos
aspectos em conflito que implicam ou não perturbações nos vínculos que o entrevistado
estabelece consigo mesmo.
Rodeado de pessoas Possui um mundo interno rodeado de identificações
múltiplas que indicam uma adequada capacidade de
aprendizagem em termos qualitativos e quantitativos
Sozinho Aprendizagem predominante assimilativa, dificuldade de
descentração do pensamento.
Indicadores
geográficos Posição Frente a frente sugere identificação introjetiva
positiva. Todas as outras indicam introjetivas
negativas
Presentes recebidos Os mesmo representam objetos desejados

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4° PASSO – Técnicas Projetivas
VÍNCULO CONSIGO MESMO - MINHAS FÉRIAS
CONSIGNA: “Gostaria que você fizesse um desenho do que fez nas férias, utilizando os materiais
sobre a mesa (folha,lápis preto, borracha)”.

INDICADORES CARACTERÍSTICAS SIGNIFICADOS


Adequação Vínculo positivo, flexível com a capacidade de
Adequação ou não acomodação.
a consigna Não adequação Vínculo negativo, rígido, com predominância da
assimilação e pouca criatividade.
Atividade Depositarão os desejos mais íntimos e das capacidades que se deseja desenvolver
representada
Continua fazendo o mesmo Por que gosta muito do que faz, por que não sabe
fazer algo diferente (falta de criatividade) ou
Desenhos representa predomínio da assimilação.
Realiza algo totalmente Criatividade, flexibilidade, tendência a
distinto acomodação e capacidade de aprendizagem.

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4° PASSO – Técnicas Projetivas

VÍNCULO CONSIGO MESMO - FAZENDO AQUILO QUE MAIS GOSTA


CONSIGNA: “Gostaria que você se desenhasse, fazendo aquilo que mais gosta”.

INDICADORES SIGNIFICADOS
Indecisão na hora do Pode indicar problema entre o desejo do sujeito e uma forte proibição do meio
tema. Desenhar, apagar ou contradições entre distintos interesses não adequadamente discriminados ou
ou mudar de tema hierarquizados. Indecisão na escolha do tema.
Apagar objetos sem Indica a consolidação de uma eleição e uma marcada tendência ao perfeccionismo.
mudar de tema
Coerência no relato é produto de maior influência de censura sobre o domínio
verbal que sobre a produção gráfica
Relato
Coerência entre o relato e o desenho revela os conflitos sujeito- realidade e do
sujeito consigo mesmo
Contexto espacial e temporal onde ocorrem as cenas podem significar um
âmbito de realização possível ou impossível.

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4° PASSO – Técnicas Projetivas

VÍNCULO CONSIGO MESMO - DESENHO EM EPISÓDIOS


CONSIGNA: “Uma criança tem todo o dia livre para ela. Você irá desenhar o que esta criança irá
fazer desde a hora que acorda pela manhã e sai de sua casa (quadrado 1) até a hora que retorna
novamente à sua casa (quadrado 6) ”.

INDICADORES SIGNIFICADOS
Pode ser observado vínculo com a normatividade lógico-matemática através da
Tempo e espaço transformação ou não de objetos animados (árvores, flores) de estados de tempo
(sol nuvens, chuva) das estações (primavera, verão, inverno).
O tema Pode ser único, com critério estável ou não.
Os afetos Simples ou complexos
Elementos relacionais ou Adequadamente elaborados ou não em termos de comunicação e movimento
sociais

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6° PASSO – Avaliação da Linguagem
6° SESSÃO

O PROCESSO DE AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM ESCRITA REALIZADO PELA CRIANÇA


A escrita, como sistema semiótico, usada para representar de forma gráfica a linguagem
verbal, foi construída pela humanidade durante milhares de anos.
Esta compreensão alfabética da escrita não foi a primeira que surgiu na sua construção social
(Rego, 1983).
O homem, na busca de uma comunicação mais duradoura, encontrou formas de se
comunicar graficamente.
Uma das formas de registro, mais antigas, encontradas na história escrita é a Pictografia.
A pictografia é uma forma gráfica que não se refere diretamente à linguagem verbal. São
desenhos figurativos usados como linguagem comunicativa (espécie de desenhos que representam
objetos).
Na evolução de sua história, a escrita passou a ser utilizada como representação de idéias.
Esta fase foi denominada Ideografia.
Como o nome está dizendo, ideogramas não são apenas as ideias de objetos representados,
são mais abstratos.
Nesta fase ideográfica, apesar do aprimoramento, a representação gráfica ainda não tinha
relação com o som das palavras.

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6° PASSO – Avaliação da Linguagem
6° SESSÃO

O PROCESSO DE AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM ESCRITA REALIZADO PELA CRIANÇA


A evolução da escrita, depois deste momento, chega a representação da linguagem verbal
articulada. Esta etapa foi denominada Logografia.
Esta preocupação de representar aspectos sonoros da palavra deu margem ao aparecimento
da fonografia, que tem como característica principal a representação da palavra em uma sequência
fônica, fazendo corresponder para cada sílaba fonética, um grafema diferente, dando origem aos
silábicos.
Os sistemas silábicos exigem um grande número de grafemas, tornando pouco prática sua
aplicação.
A grande inovação da escrita silábica é que se baseia numa análise da palavra enquanto
forma linguística, ou seja, sequência de sons, desmembrando-a em sílabas, que são unidades sonoras e
não necessariamente unidades de significado.
Reduzindo de forma significativa os sinais a serem utilizados na escrita, surge a escrita
Alfabética, na qual as letras constituem a representação de unidades mínimas das palavras, que são os
fonemas.
Este sistema de escrita proporcionou o aparecimento das leis de combinação, possibilitando,
com poucos signos, representar todas as palavras utilizadas na linguagem verbal.

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6° PASSO – Avaliação da Linguagem
6° SESSÃO

O PROCESSO DE AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM ESCRITA REALIZADO PELA CRIANÇA


Emilia Ferreiro, Doutora da Universidade de Genebra, onde foi orientada e colaboradora de
Jean Piaget, desenvolveu várias pesquisas sobre a comunicação da língua escrita em crianças, levando
como hipótese inicial a lei de biogenética de Herckel: a ontogênese repete a filogênese, ou seja, o
desenvolvimento do ser repete o desenvolvimento da espécie.
A criança, segundo a autora, constrói a linguagem escrita, passando em seu desenvolvimento
pelas mesmas sequências e etapas que a humanidade passou para chegar ao sistema de escrita
alfabética. Muito embora tenha constatado na análise de produção escrita que algumas crianças saltem
etapas, observou-se também que uma etapa posterior nunca aparece antes de outra mais primitiva.

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6° PASSO – Avaliação da Linguagem
6° SESSÃO

O PROCESSO DE AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM ESCRITA REALIZADO PELA CRIANÇA

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6° PASSO – Avaliação da Linguagem
6° SESSÃO

O PROCESSO DE AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM ESCRITA REALIZADO PELA CRIANÇA

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6° PASSO – Avaliação da Linguagem
6° SESSÃO

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6° PASSO – Avaliação da Linguagem

6° SESSÃO

NÍVEL PRÉ SILÁBICO

 Neste nível as escritas são alheias à busca de correspondência entre grafias e sons.

Instituto Laine Queiroz


6° PASSO – Avaliação da Linguagem

6° SESSÃO

NÍVEL PRÉ SILÁBICO

 Neste nível as escritas são alheias à busca de correspondência entre grafias e sons.

Instituto Laine Queiroz


6° PASSO – Avaliação da Linguagem

6° SESSÃO

NÍVEL PRÉ SILÁBICO

 Neste nível as escritas são alheias à busca de correspondência entre grafias e sons.

Instituto Laine Queiroz


6° PASSO – Avaliação da Linguagem

6° SESSÃO

NÍVEL SILÁBICO

 Neste nível existe claramente esta tentativa de corresponder grafia e sílaba sonora
(geralmente uma grafia para cada sílaba), o que não inclui problemas derivados de
exigências de quantidade mínima de letras.

Instituto Laine Queiroz


6° PASSO – Avaliação da Linguagem

6° SESSÃO

NÍVEL SILÁBICO

 Neste nível existe claramente esta tentativa de corresponder grafia e sílaba sonora
(geralmente uma grafia para cada sílaba), o que não inclui problemas derivados de exigências
de quantidade mínima de letras.

Com valor sonoro

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6° PASSO – Avaliação da Linguagem

6° SESSÃO

NÍVEL SILÁBICO ALFABÉTICO

 Neste nível coexistem duas formas de fazer corresponder sons e grafias: a silábica e
a alfabética. Há sistematização no sentido de que cada grafia corresponde a um
som: existe a possibilidade de alguma falha excepcional, mas o critério de
quantidade mínima – que afeta marcadamente as produções do nível silábico – é
aqui compensado pela análise fonética, que permite agregar letras sem afetar a
correspondência sonora.

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6° PASSO – Avaliação da Linguagem

6° SESSÃO

NÍVEL ALFABÉTICO

 Este nível deixa de lado a hipótese silábica na construção da escrita, e permite a


formação de correspondência fonemas e grafemas, o que não exclui erros
ocasionais.
 Este nível corresponde a etapa alfabética da evolução da escrita universal.

Instituto Laine Queiroz


6° PASSO – Avaliação da Linguagem

6° SESSÃO

Emilia Ferreiro nos apresenta uma criança que pensa, participa, constrói sua
aprendizagem, no lugar daquela criança que tem que aprender a lógica do adulto e é
preparada para isso a nível de percepção, discriminações e coordenações, mas não a
nível de compreensão do objeto que vai aprender.

“Nos últimos anos, perdemos de vista o aprendiz, estávamos


tão preocupados com a mão, o olho, os ouvidos que
esquecemos que no comando há sempre um ser
pensante”. (Weiss – 1985, pg. 116).

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6° PASSO – Avaliação da Linguagem

6° SESSÃO

TESTE DE SONDAGEM ESCRITA


A sondagem de hipótese de escrita busca acompanhar os avanços das crianças na
aquisição da base alfabética.
MATERIAIS:
1 folha sulfite
Lápis
Borracha
PROCEDIMENTO:
Peça à criança que escreva o nome dela. Em seguida dite algumas palavras, do mesmo
campo semântico, como bichinhos de jardim, flores, frutas ou animais, sendo a
primeira polissílaba, a segunda palavra trissílaba, a terceira dissílaba e a quarta
monossílaba. Depois peça que a criança escreva uma frase que contemple uma palavra
ditada anteriormente.
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6° PASSO – Avaliação da Linguagem

6° SESSÃO

Exemplo:

Campo semântico - animais


Elefante (Polissílaba)
Formiga (Trissílaba)
Tigre (Dissílaba)
Rã (Monossílaba)

Frase: O elefante pisou na formiga

Ao finalizar, peça que a criança leia as palavras escrita usando o dedo para apoiar a
leitura. Registre se a criança lê corretamente as sílabas, e registre essa leitura.

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6° PASSO – Avaliação da Linguagem

6° SESSÃO – MODELO DE REGISTRO

*Material disponível
para reprodução no Ebook.

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6° PASSO – Avaliação da Linguagem

6° SESSÃO

AVALIAÇÃO DA CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA

A avaliação da consciência fonológica é o ponto de partida para avaliação da


linguagem. Ela é muito importante para identificarmos possíveis riscos para dislexia,
por exemplo. De acordo com especialistas, uma pessoa com dislexia possui prejuízo na
identificação de rimas e manipulação de fonemas, caracterizando um déficit na
consciência fonológica, e por isso dificuldade de leitura.

Para avaliação da consciência fonológica do nosso paciente podemos lançar


mão de jogos e atividades que avaliem a capacidade da criança em reconhecer rimas e
aliteração.

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6° PASSO – Avaliação da Linguagem

6° SESSÃO

AVALIAÇÃO DA CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA

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6° PASSO – Avaliação da Linguagem

6° SESSÃO

NOÇÃO DE RIMA

Para avaliar se a criança tem noção de rima, você pode mostrar uma imagem
e sugerir outras quatro para que a criança descubra qual figura rima com a primeira
imagem. Você também pode brincar fazendo um bate bola com rimas, elencando
palavras diversas e solicitando que a criança diga uma rima para cada palavra que você
disser.
Há muitos jogos que você pode criar que explorem essa consciência de rimas
e aliteração.

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6° PASSO – Avaliação da Linguagem

6° SESSÃO
NOÇÃO DE RIMA - ESCREVA PALAVRAS QUE RIMEM COM:
PALAVRAS DITADAS RESPOSTA
MADEIRA

GATO
RUA

RAIZ

CANÇÃO

TOC
SALA

FOTO

BRAÇO

CAMA

OVELHA

ESPELHO

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6° PASSO – Avaliação da Linguagem

6° SESSÃO

PAREAMENTO SONORO (A partir de 4 anos)

Faça alguns flashcars com imagens que terminem com o mesmo som. Quatro
figuras que terminem com ela, eta, ato, ão. Peça a criança que nomeie todas as figuras.
Caso a criança não saiba nomear todas as figuras o psicopedagogo poderá nomear e
certificar-se que a criança entendeu. Em seguida peça que a criança agrupe as figuras
que terminam como mesmo som.

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6° PASSO – Avaliação da Linguagem

6° SESSÃO

Avaliação da habilidade de categorizar palavras de acordo com semelhanças sonoras


no final da palavra.

PALAVRAS DITADAS RESPOSTA


LAGO - FOGO - VELA
LATA - BULE - FITA
PEIXE - SACO – BICO
CINTO - FOLHA - PILHA
FADA - DEDO - RODA
BOTE - PENTE - RATO
MURO - VARA - PERA
DEDO - LAGO - FOGO
BURRO - CARRO - FOTO
CASA - BOTA - MESA
CHAVE - BOTE - PENTE

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6° PASSO – Avaliação da Linguagem

6° SESSÃO

Avaliação da habilidade de categorizar palavras de acordo com semelhanças sonoras


no início da palavra.

PALAVRAS DITADAS RESPOSTA


SAPO - SALA - FOCA
BIFE - FOLHA - FOGO

JACA - PINTO - PINCEL


LAÇO - LATA - LEQUE
BULE - BOTA - BURRO
PORCO - PENA - PENTE

BOTE - VASO - VACA


COLA - COPO - BOTE
RATA - LÁPIS - RÁDIO
NAVE - CASA - CABO
FILÉ - SINAL - SIRI

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6° PASSO – Avaliação da Linguagem

6° SESSÃO

MANIPULAÇÃO DE FONEMAS

FOCA-FO + BANANA-BANA: ________________________


GALO-LO + LINHA:______________________________
OVO-O + ABELHA- AB:___________________________
BALÃO-ÃO + SEREIA-SER: ________________________
LÁPIS-LA + LATA-LA: ____________________________
JACARÉ-CARÉ + GATO-GA:_______________________
BALEIA-LEIA + CIRCO-CI: _________________________
MALA-LA + PANELA-NELA: _______________________
FOGUETE-TE + CADEIRA-CADE: ___________________
NARIZ-RIZ + VELA-LA: ___________________________
GARFO-FO + GIRAFA-GI:________________________
CORDA-DA + CANETA-CA: ______________________

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6° PASSO – Avaliação da Linguagem

6° SESSÃO

INVESTIGAÇÃO DE PALAVRAS

Tenho a palavra MAR, se eu trocar o M pelo L, que palavra formará?


Tenho a palavra PATO, se eu trocar o P pelo R, que palavra formará?
Tenho a palavra FACA, se eu trocar o F pelo V, que palavra formará?
Tenho a palavra BOBO, se eu trocar o B pelo L, que palavra formará?
Tenho a palavra BOLA, se eu trocar o L pelo C, que palavra formará?

PALAVRAS QUE COMEÇAM COM SONS SEMELHANTES

Em uma folha, separe quatro colunas: em uma coloque P, outra B, outra D e


por fim T. Em seguida peça para a criança colocar as palavras nas colunas
correspondentes ao som inicial. Faça o mesmo com F e V.

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6° PASSO – Avaliação da Linguagem

6° SESSÃO

DESCUBRA A PALAVRA

Identifique e grife as palavras que estão escondidas:

COTADIFUBEBORRACHAINHJGFRDE
LIOUNITZIUTVEJANELARLAIHTDUHY
JAQUERADNCOMJKDLLUAKPKÇKLKH

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6° PASSO – Avaliação da Linguagem

6° SESSÃO

AVALIAÇÃO DE CONSCIÊNCIA SINTÁTICA

Instrução: Eu tenho aqui um bonequinho que fala tudo ao contrário. Vamos ensinar
este bonequinho a falar corretamente.

Olha só como ele fala: “Sorvete ontem tomou Maria”.

Como é certo falar ? Se o paciente não conseguir corrigir, pode ser orientado.

Observe agora como ele vai falar: “Menino o laranja gosta”.

Agora, você vai ensinar o bonequinho a falar corretamente, nas frases abaixo:

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6° PASSO – Avaliação da Linguagem

6° SESSÃO
AVALIAÇÃO DE CONSCIÊNCIA SINTÁTICA

SENTENÇA RESPOSTA

Está muito chovendo hoje


Bolsa tirou ele o lápis
Comprou sorvete um morango de Paulo
O foi ao parque para menino um
Na comprou papai bicicleta uma loja
As passeando criança na estão praça
Vou papai com a para a praia
Bravo cachorro muito meu é

Triste quando ficou Luiz viajou Maria


O menino chorou triste porque estava

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6° PASSO – Avaliação da Linguagem

6° SESSÃO
AVALIAÇÃO DE CONSCIÊNCIA SINTÁTICA
Instrução: Agora você vai me dizer se o bonequinho falou certo ou errado e vai corrigir
quando ele falar errado.

SENTENÇA RESPOSTA

O menino está doente.


A mulher viajou.

O passarinho fugiram.
Carla quebrou seu brinquedo nova.
Os homens dirigiram o carro amanhã.
Pedro vai para o cinema ontem.
O professor escreve no quadro.
As meninas escuto muita música.

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6° PASSO – Avaliação da Linguagem

6° SESSÃO

TESTE DE LEITURA SILENCIOSA/ORAL

Em uma avaliação psicopedagógica é muito importante identificarmos a


velocidade de leitura dos sujeitos, isso porque alguns transtornos ou dificuldades de
aprendizagem relacionam-se diretamente com as dificuldades de leitura, uma pessoa
com dislexia, por exemplo, costuma ler menos de 50 palavras por minuto.
Para testar a velocidade de leitura, basta somar a quantidade de palavras
lidas nos cinco minutos e divida o resultado por cinco par saber a quantidade de
palavras lidas em 1 minuto.
Para realizar o teste você pode usar qualquer texto adequado a faixa etária
do paciente. Na apostila há sugestão de textos.

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6° PASSO – Avaliação da Linguagem

6° SESSÃO

TESTE DE LEITURA SILENCIOSA


Escala de Avaliação

RESULTADO: NÚMERO
NÚMERO DE IDADE DO
IDADE DE PALAVRAS LIDAS
PALAVRAS LIDAS ENTREVISTADO
POR MINUTO
7 a 8 anos 50 a 60
8 a 9 anos 60 a 85
9 a 10 anos 85 a 110
10 a 11 anos 110 a 125
11 a 12 anos 125 a 135
12 a 13 anos 135 a 145

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6° PASSO – Avaliação da Linguagem

6° SESSÃO

TESTE DE LEITURA ORAL


Escala de Avaliação

NÚMERO DE RESULTADO: NÚMERO


ANO ESCOLAR DO
ANO ESCOLAR PALAVRAS LIDAS DE PALAVRAS LIDAS
ENTREVISTADO
POR MINUTO POR MINUTO
2° ANO 39
3° ANO 71
4° ANO 74
5° ANO 98

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6° PASSO – Avaliação da Linguagem

6° SESSÃO

TESTE DE COMPREENSÃO TEXTUAL


Forneça um texto adequado à faixa etária do paciente e peça-lhe que leia
silenciosamente. Ao finalizar, pergunte o que o paciente entendeu do texto. Solicite
que o paciente reconte a história. Observe se há sequência de fatos, se há menção aos
detalhes, se o paciente entendeu a ideia central do texto.

USO DE FÁBULAS NO DIAGNÓSTICO DE LINGUAGEM

As fabulas são ótimos textos para observarmos leitura, interpretação, síntese


oral e escrita, ortografia, entre outros.

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6° PASSO – Avaliação da Linguagem

6° SESSÃO

A CRIANÇA QUE NÃO SABE LER

Utilize as letras e números móveis para identificar quais letras e números a


criança já conhece. Em seguida peça a criança que registre a sequência de números e
alfabética, assim já conseguimos identificar o repertório dessa criança. É importante
realizar avaliação da consciência fonológica da criança, se já tem noção de rima,
aliteração e correspondência sonora.

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7° PASSO – Outros Testes

7° E 8° SESSÃO

Cada processo de Avaliação Psicopedagógica é único, e pretende identificar


as causas que geram no indivíduo as dificuldades de aprendizagem. A partir das
primeiras sessões o profissional irá traçar um caminho de investigação o qual irá
demandar testes específicos. Por exemplo, um sujeito que traz uma queixa de agitação
excessiva, impulsividade, dificuldade em prestar atenção nas aulas, requer alguns
testes com foco em avaliar o risco para o TDAH.

Seria impossível listar no ebook todos os testes passíveis de utilização em


uma avaliação clínica, entretanto apresentarei alguns testes importantes que podem
inspirar a busca individual de cada profissional.

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7° PASSO – Outros Testes

7° E 8° SESSÃO

RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICO

A observação da competência do cálculo pode se dar de maneira lúdica, utilizando jogos,


como dominó tradicional e o dominó do campo aditivo e multiplicativo, bingo, pega varetas, etc. Com
estes instrumentos podemos observar se a criança conhece os números, se sabe somar, subtrair,
multiplicar e dividir.
 Soma - o entrevistado deverá contar quantos palitos ele conseguiu e quantos o entrevistador
conseguiu.
 Subtração - o entrevistado deverá encontrar a diferença entre a quantidade do entrevistado e do
entrevistador.
 Multiplicação - o entrevistado deverá multiplicar a quantidade de palitos amarelos pelo seu valor e
fazer assim com as demais cores.
 Divisão - o entrevistado deverá contar quantos palitos têm no total e realizar uma situação problema:
Tenho cinquenta palitos e quero dividir com oito crianças. Com quantos palitos cada criança ficará?
Sobrará palitos?

Além disso podemos avaliar o raciocínio lógico a partir de situações problemas.

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7° PASSO – Outros Testes

7° E 8° SESSÃO

RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICO

*Material disponível
para reprodução no Ebook.

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7° PASSO – Outros Testes

7° E 8° SESSÃO

USO DE JOGOS NA AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA

O jogo é uma parte intrínseca das crianças, por isso nos oferece a
oportunidade ideal para conhecer seu estado interior em um ambiente que faz com
que se sintam seguras.
Durante a consulta, o jogo pode ser utilizado tanto para a avaliação quanto
para o processo de intervenção da criança. Em cada caso, haverá características
distintas, uma vez que estará sendo usado para finalidades diferentes. Por exemplo,
quando o jogo é utilizado como técnica de intervenção, o psicopedagogo participa da
dinâmica intervindo, fazendo modificações e oferecendo interpretações e comentários
à criança. Porém, quando usado como elemento de avaliação, é a criança que dirige o
jogo e atribui os papéis.

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7° PASSO – Outros Testes

7° E 8° SESSÃO

USO DE JOGOS NA AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA

Sampaio, 2014 – p.137, nos afirma que durante a aplicação do jogo, podemos observar diversas
situações, tais como:

 tolerância à frustração;
 como lida com o erro;
 se consegue concluir o jogo ou solicita outro antes de terminar;
 limites;
 se mostra interesse em aprender as regras;
 se tenta enganar ou tenta mudar as regras do jogo para vencer;
 noção espacial;
 raciocínio lógico;
 concentração
 Podemos utilizar alguns jogos, como damas, dominó tradicional ou de figuras, mancala,
quarto, lig 4, quebra-cabeças, banco imobiliário, detetive, cara a cara, etc.

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7° PASSO – Outros Testes

7° E 8° SESSÃO

TESTE DE SEQUÊNCIA LÓGICA

Uma forma de identificar se a criança tem consciência de sequência logica é


fazer flashcards com cenas que contam uma história, por exemplo, um flash com uma
semente, outro com o broto germinando, depois a planta crescendo e por fim a planta
morrendo. Embaralhar e pedir para a criança montar a sequência, por fim solicitar que
a criança narre a sequência de fatos.

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7° PASSO – Outros Testes

7° E 8° SESSÃO

TESTE DE ORIENTAÇÃO ESPACIAL - A dificuldade em orientação espacial pode refletir


na dificuldade de posicionamento das letras, na dificuldade de ordenar letras para
formar palavras e no ordenamento de números antecessores e sucessores.

 Uso do quebra-cabeças – observe se consegue encaixar as peças, verificando a


posição e os detalhes ou se as encaixa por tentativa de acerto e erro.
 Técnicas projetivas da planta da casa ou da sala de aula.
 Coloque alguns cartões com as mesmas figuras, porém em posições diferentes.
Exemplo: um menino em frente da cadeira, atrás da cadeira, em cima da cadeira,
perto da cadeira, longe da cadeira. Peça-lhe que aponte com o dedo onde o menino
está longe da cadeira, onde o menino está em cima da cadeira etc.

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7° PASSO – Outros Testes

7° E 8° SESSÃO

TESTE DE ORIENTAÇÃO TEMPORAL

*Material disponível
para reprodução no Ebook.

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7° PASSO – Outros Testes

7° E 8° SESSÃO

CPI - CAMINHOS PARA INDEPENDÊNCIA – AVALIAÇÃO DA ROTINA DA CRIANÇA

Durante uma avaliação psicopedagógica é importante avaliar a questão


ambiental a qual criança está inserida, para tanto é necessário investigar como
funciona a rotina diária do paciente. Conseguimos perceber alguns excessos, algumas
ausências, essas informações contribuirão de maneira significativa para nossa
avaliação. Ao final é possível propor ajustes necessários á rotina familiar, garantindo o
equilíbrio necessário entre momento para estudos, momentos em família, organização,
diversão, alimentação e higienização.

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7° PASSO – Outros Testes

7° E 8° SESSÃO

CPI - CAMINHOS PARA INDEPENDÊNCIA – AVALIAÇÃO DA ROTINA DA CRIANÇA

*Material disponível
para reprodução no Ebook.

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7° PASSO – Outros Testes

7° E 8° SESSÃO

TESTE DE MEMÓRIA AUDITIVA

RECONTANDO UMA HISTÓRIA

O avaliador lê em voz alta o texto e em seguida pede para o avaliando


recontar a história. É importante observar se o paciente consegue se recordar dos
detalhes do enredo, se há sequência de fatos, se houve compreensão global do texto.

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7° PASSO – Outros Testes

7° E 8° SESSÃO

TESTE DE MEMÓRIA VISUAL

O teste de memória visual revela a capacidade do sujeito em guardar e


reproduzir imagens visualizadas. A memória visual tem grande impacto no processo de
aprendizagem e pode relacionar-se diretamente com transtornos de aprendizagem
específicos, como a dislexia.

BOM DEPART
Fazer flashcards das figuras abaixo. Mostrar ao paciente, uma por vez e
solicitar que o mesmo as reproduza.

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7° PASSO – Outros Testes

7° E 8° SESSÃO

TESTE DE MEMÓRIA VISUAL

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7° PASSO – Outros Testes

7° E 8° SESSÃO

TDAH - ESCALA DE AVALIAÇÃO SNAP-IV – CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Como Avaliar

O questionário denominado de SNAP-IV foi construído a partir dos sintomas


do Manual de Diagnóstico e Estatística - V Edição (DSM-V) da Associação Americana de
Psiquiatria e se aplica a crianças e adolescentes. Você também pode imprimir e levar
para o professor preencher na escola. Esta é a tradução validada pelo GEDA – Grupo de
Estudos do Déficit de Atenção da UFRJ e pelo Serviço de Psiquiatria da Infância e
Adolescência da UFRGS.
Os itens de 1 a 18 apontarão sintomas primários do Transtorno de Déficit de
Atenção e Hiperatividade, enquanto os itens de 19 a 26 apontarão sintomas primários
de sintomas de Transtorno Desafiador e de Oposição.

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7° PASSO – Outros Testes
7° E 8° SESSÃO

TDAH - ESCALA DE AVALIAÇÃO SNAP-IV – CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Como Avaliar

1) Se existem pelo menos 6 itens marcados como “BASTANTE” ou “DEMAIS” de 1 a 9=


existem mais sintomas de desatenção que o esperado numa criança ou
adolescente.
2) Se existem pelo menos 6 itens marcados como “BASTANTE” ou “DEMAIS” de 10 a
18= existem mais sintomas de hiperatividade e impulsividade que o esperado
numa criança ou adolescente.

O questionário SNAP-IV é útil para avaliar apenas o primeiro dos critérios


(critério A) para se fazer o diagnóstico. Existem outros critérios que também são
necessários.

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7° PASSO – Outros Testes
7° E 8° SESSÃO

TDAH - ESCALA DE AVALIAÇÃO SNAP-IV – CRIANÇAS E ADOLESCENTES

 CRITÉRIO A: Sintomas (vistos acima).


 CRITÉRIO B: Alguns desses sintomas devem estar presentes antes dos 12 anos de
idade.
 CRITÉRIO C: Existem problemas causados pelos sintomas acima em pelo menos 2
contextos diferentes (por ex., na escola, no trabalho, na vida social e em casa).
 CRITÉRIO D: Há problemas evidentes na vida escolar, social ou familiar por conta
dos sintomas.
 CRITÉRIO E: Se existe um outro problema (tal como depressão, deficiência mental,
psicose, etc.), os sintomas não podem ser atribuídos exclusivamente a ele.

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7° PASSO – Outros Testes
7° E 8° SESSÃO - TDAH - ESCALA DE AVALIAÇÃO SNAP-IV – CRIANÇAS E ADOLESCENTES

IMPORTANTE:

 Este questionário é apenas um ponto de partida para levantamento de alguns


possíveis sintomas primários do TDAH.
 O diagnóstico correto e preciso do TDAH só pode ser feito através de uma longa
anamnese (entrevista) com um profissional médico especializado (psiquiatra,
neurologista, neuropediatra).
 Muitos dos sintomas abaixo relacionados podem estar associados a outras
comorbidades correlatas ao TDAH e outras condições clínicas e psicológicas.
 Lembre-se sempre que qualquer diagnóstico só pode ser fornecido por um
profissional médico.

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7° PASSO – Outros Testes

TDAH - ESCALA DE AVALIAÇÃO SNAP-IV – CRIANÇAS E ADOLESCENTES

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7° PASSO – Outros Testes
7° E 8° SESSÃO - TEA - ESCALA DE AVALIAÇÃO M-CHAT (RISCO PARA AUTISMO)

A escala classifica as crianças avaliadas em três níveis:


Baixo Risco | Pontuação de 0 a 2
Há pouca chance de desenvolvimento de TEA, e não é necessária nenhuma outra medida. No caso
da criança ter menos de 24 meses, é preciso repetir a aplicação do teste.
Risco Moderado | Pontuação de 3 a 7
Neste cenário, é importante que os pais participem da Entrevista de Seguimento (segunda etapa
do M-CHAT-R/F), que vai reunir informações adicionais sobre indícios do distúrbio. Se nesta etapa,
o resultado for igual ou maior que 2, é um caso positivo e a criança deve ser encaminhada para
um especialista. Se a soma das respostas ficar entre 0 e 1, é um resultado negativo para TEA, mas
a criança deve fazer o teste novamente nas próximas consultas de rotina.
Alto Risco | Pontuação de 8 a 20
Com este resultado, não é necessário fazer a Entrevista de Seguimento. Os pais devem marcar
uma consulta com especialistas para a confirmação do diagnóstico e a avaliação do tratamento
personalizado.

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7° PASSO – Outros Testes

*Material disponível
para reprodução no Ebook.

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7° PASSO – Outros Testes

7° E 8° SESSÃO – AVALIAÇÃO DO MATERIAL


ESCOLAR

*Material disponível
para reprodução no Ebook.

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7° PASSO – Outros Testes
7° E 8° SESSÃO – TESTE DE AUDIBILIZAÇÃO

TESTE DE AUDIBILIZAÇÃO - Discriminação Fonética


Adaptado de: GOLBERG, Clarissa S. A Evolução Psicolingüística e suas Implicações na alfabetização.

Consigna: “Vou dizer duas sílabas e você me dirá se elas são iguais ou diferentes”.

Instruções:
 24 pares de sílabas para serem distinguidos pela criança se iguais ou diferentes
 Anotar cada par errado

1- pa / pa ( ) 9- ga / ca ( ) 17- za / za ( )
2- pa / ba ( ) 10- ca / ca ( ) 18- za / sa ( )
3- bo / pó ( ) 11- fa / fa ( ) 19- chu / zu ( )
4- bo / bo ( ) 12- fa / va ( ) 20- chu / chu ( )
5- te / te ( ) 13- ve / ve ( ) 21- go /go ( )
6- te / de ( ) 14- fe / ve ( ) 22- go / co ( )
7- do / do ( ) 15- si / zi ( ) 23- je / je ( )
8- do / to ( ) 16- si / si ( ) 24- je / chu( )
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7° PASSO – Outros Testes
7° E 8° SESSÃO – TESTE DE MEMÓRIA

Memória de frases – 6 frases apresentadas que a criança deverá repetir.

I- Consigna: Direi algumas frases e gostaria que você os repetisse pra mim. Pode repetir
só o que você lembrar. Vou dizer só uma vez, por isso preste atenção.

II -Consigna: “Eu vou dizer uma frase e gostaria que você a repetisse, pode repetir o
que você lembrar, eu direi uma vez somente, por isso preste atenção”.
Lúcia faz bolo para a mãe.
1. O animal feroz caiu no buraco.
2. A linda menina faz as tarefas de casa.
3. No almoço comi arroz, feijão, pão e guisadinho.
4. Um pequeno cachorrinho entrou no pátio de minha casa.
5. Pedro e seu irmão sobem no ônibus que vai para a escola.

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7° PASSO – Outros Testes
7° E 8° SESSÃO – TESTE DE MEMÓRIA

III - Consigna: “Eu vou contar uma história bem pequena e gostaria que você repetisse,
se possível, usando as mesmas palavras”.
Maria ganhou uma boneca. Era uma linda boneca de louça. A boneca tinha os olhos
azuis e um vestido amarelo de bolinhas vermelhas. Mas, no mesmo dia em que
Maria ganhou a boneca, ela caiu e quebrou. Maria chorou muito.

IV - Memória de relatos – 3,4,5,6 fatos que a criança deve repetir.


Consigna: vou contar umas histórias para você e gostaria que me repetisse, se possível,
usando as mesmas palavras.

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7° PASSO – Outros Testes
7° E 8° SESSÃO – TESTE DE MEMÓRIA

V- Memória de dígitos – conjunto de dígitos para a criança repetir.

Consigna: Agora eu direi alguns números e, como fez com as frases, gostaria que
repetisse.

Instruções:
 Anotar a ordem que foi dita pela criança.
1) 3-8-6 7) 7-2-0-9
2) 2-7-5 8) 1-5-8-6
3) 9-0-4 9) 9-4-7-3-1
4) 7-3-2 10) 8-4-2-3-9
5) 3-4-1-7 11) 5-2-1-8-3
6) 6-1-5-8 12) 7-0-4-9-6

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7° PASSO – Outros Testes
7° E 8° SESSÃO – TESTE DE MEMÓRIA

Relato com três fatos


Ontem era domingo.
As crianças foram jogar bola.
E voltaram cansadas.

Relato com quatro fatos


O menino estava de aniversário.
Convidou seus amiguinhos.
Todos cantaram parabéns.
E ele ficou feliz.

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7° PASSO – Outros Testes
7° E 8° SESSÃO – TESTE DE MEMÓRIA

Relato com cinco fatos


A menina foi visitar sua vovó.
Que mora perto do parque.
Ela andou de roda gigante.
Comeu pipoca.
E voltou à noite.

Relato com seis fatos


Paulo levou seus brinquedos para a escola.
Na hora do recreio brincou com seus amigos.
Depois guardou tudo na sacola.
Ele esqueceu um carrinho.
E na casa chorou muito.
Mas no outro dia a professora entregou.

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7° PASSO – Outros Testes
7° E 8° SESSÃO – CONCEITUAÇÃO
I-Identificação dos absurdos – 6 frases onde os absurdos são indicados pela criança.

Consigna: “Vou dizer algumas frases e no final de cada uma delas você me dirá se o
fato que aconteceu na frase é absurdo ou não, isto é, não pode acontecer ou se pode
acontecer e porque você achou que é absurdo ou não este fato”.

Instruções:
 Ditar 6 frases onde os absurdos deverão ser apontados pela criança.
 Anotar as respostas
1. O menino e o cachorro calçaram os seus sapatos.
2. As crianças acenderam a fogueira no rio.
3. Como chovia muito o menino jogou-se no lago para não se molhar.
4. Joãozinho tem em casa um gato, um cachorro e um leão.
5. Fui na padaria comprar leite, pão casado e manteiga.
6. Quando faltou luz, o menino foi ver televisão.

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7° PASSO – Outros Testes
7° E 8° SESSÃO – CONCEITUAÇÃO
II- Identificação de objetos e situações – identificar um objeto ou situação
apresentada.

Consigna: “Vou lhe fazer algumas perguntas e você me responderá como souber”.

Instruções:
 Identificar um objeto ou situação apresentada.
 Anotar as respostas.
1. O que serve para cortar carne?
2. O que serve para escrever?
3. Onde se colocam flores?
4. Quando se toma banho?
5. Quando se bebe água?

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7° PASSO – Outros Testes
7° E 8° SESSÃO – CONCEITUAÇÃO
III- Definição de palavras – palavras que a criança deverá repetir por gestos usos,
descrição, etc.

Consigna: “Vou dizer algumas palavras e você vai repetir depois que eu parar, ok?”

1. Tombadouro
2. Pindamonhangaba
3. Nabucodonosor
4. Itapetininga
5. Constantinopla
6. Familiaridade

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7° PASSO – Outros Testes
7° E 8° SESSÃO – CONCEITUAÇÃO
IV-Organização sintático-semântica – conjunto de três palavras para a criança reunir
significativamente.

Consigna: “Vou dizer algumas palavras soltas e gostaria que você formasse frases
usando todas as palavras que eu disser”.

Instruções:
 Anotar as frases.
1. menino – futebol – domingo
2. escola – criança – tarde
3. praça – balanço – criança
4. viagem – homem – ônibus
5. chuva – inverno – frio

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7° PASSO – Outros Testes
7° E 8° SESSÃO – CONCEITUAÇÃO
V- Avaliação do vocabulário compreensivo – 23 lâminas com 4 desenho, a criança
deve dizer qual desenho de cada lâmina melhor se encaixa com a palavra dita.

Consigna: “Vou lhe mostrar algumas figuras e dizer uma palavra e você apontará para a
figura que para você representa esta palavra”. (se necessário dê um exemplo)

Instruções:
 23 lâminas com 4 desenhos.
 A criança deve identificar o desenho que melhor se adapte a palavra dita pelo
examinador.
 Verificar os erros e anotar.
Brinquedo. Trabalho. Queda. Transporte. Herói. Diversão. Cansado. Organizado.
Descuidado. Quente. Veloz. Antigo. Montar. Agradecer

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7° PASSO – Outros Testes

7° E 8° SESSÃO

OUTROS TESTES:

 LOCALIZAÇÃO E EVOCAÇÃO DAS PARTES DO CORPO


 LATERALIDADE
 TESTE DE ORIENTAÇÃO (DIREITA-ESQUERDA – PIAGET)
 PROVA DE RITMO
 AVALIAÇÃO DA COORDENAÇÃO VISO-MOTORA - FIGURAS GEOMÉTRICAS – ZALDO
ROCHA
 AVALIAÇÃO DA COORDENAÇÃO MOTORA FINA

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8° PASSO – ANAMNESE

9° SESSÃO – INVESTIGAÇÃO DA HISTÓRIA VITAL

 A anamnese consta de uma segunda entrevista com os pais com o objetivo de


retirar dados sobre a história vital do avaliado.
 A história vital dará uma série de dados objetivos que estão vinculados ao problema
atual e também permite detectar o grau de identificação que o avaliado tem com
a mãe, assim como a de ser a sua história a continuação da história dela.
 O formulário da anamnese deve incluir um registro da história pessoal, familiar e,
além disso, problemas clínicos pertinentes ou incapacidades físicas que devem ser
anotadas.
 É importante incluir que estes dados possibilitam ao psicopedagogo compreender a
vida do paciente e de sua família, contribuindo no processo de confirmação de
hipóteses.
 Encerrada a anamnese, o psicopedagogo levantará o terceiro sistema de hipóteses.
A anamnese deverá ser confrontada com todo o trabalho do diagnóstico para se
fazer a devolutiva e o encaminhamento.

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8° PASSO – ANAMNESE

9° SESSÃO – INVESTIGAÇÃO DA HISTÓRIA VITAL


As áreas de indagação serão:

Antecedentes natais
Prénatais: referese a gestação Desenvolvimento
Perinatais: referese ao parto Desenvolvimento motor
Neonatais: referese ao recém nascido Desenvolvimento da linguagem
Desenvolvimento de hábitos
Doenças
Graves Aprendizagem
Comuns Assistemática (social)
Psicossomáticas Sistemática (escolar)
Fragilidade física

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8° PASSO – ANAMNESE

9° SESSÃO – INVESTIGAÇÃO DA HISTÓRIA VITAL

Com a anamnese devemos investigar:

 Se há consciência da família em relação às dificuldades da criança.


 Se ha doenças na infância que paralisaram a criança em um determinado momento,
estagnando sua aprendizagem. Ou se superprotegeu demais, impedindo o
desenvolvimento da maturidade desta criança.
 Se a família auxilia o desenvolvimento da autonomia deste sujeito.
 Se são pais muito autoritários, causando medo na criança de se mostrar, se expor,
tendo medo de ser castrada em suas opiniões.
 Se a família participa das descobertas da criança, se incentiva estas descobertas.
 Se há estímulos em casa relacionados à aprendizagem.
 Se, nesta família, circula a afetividade ou se só há cobranças.
 Se os limites são impostos e como são colocados.
 Qual a forma de punição dada por esta família.

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8° PASSO – ANAMNESE

9° SESSÃO – INVESTIGAÇÃO DA HISTÓRIA VITAL

Com a anamnese devemos investigar:

 Se há consciência da família em relação às dificuldades da criança.


 Se ha doenças na infância que paralisaram a criança em um determinado momento,
estagnando sua aprendizagem. Ou se superprotegeu demais, impedindo o
desenvolvimento da maturidade desta criança.
 Se a família auxilia o desenvolvimento da autonomia deste sujeito.
 Se são pais muito autoritários, causando medo na criança de se mostrar, se expor,
tendo medo de ser castrada em suas opiniões.
 Se a família participa das descobertas da criança, se incentiva estas descobertas.
 Se há estímulos em casa relacionados à aprendizagem.
 Se, nesta família, circula a afetividade ou se só há cobranças.
 Se os limites são impostos e como são colocados.
 Qual a forma de punição dada por esta família.

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8° PASSO – ANAMNESE

9° SESSÃO – INVESTIGAÇÃO DA HISTÓRIA VITAL

Importante:

 Na entrevista, o psicopedagogo deverá


deixar os pais à vontade para falar o que
quiserem, mas você poderá perguntar
caso eles pulem alguma etapa. O
questionário, a seguir, e para a
orientação do entrevistador.
 Não transforme a anamnese em um
questionário automatizado. À medida
que os pais forem falando, você poderá
ir anotando no local indicado.
*Material disponível
para reprodução no Ebook.

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9° PASSO – VISITA À ESCOLA

No decorrer de uma Avaliação Psicopedagógica a entrevista com a escola é


essencial. É muito importante identificarmos as dificuldades, comportamentos, rede
de vínculos e proposta metodológica da escola do nosso sujeito.
Esse momento da avaliação também é uma oportunidade de realizarmos
parcerias de indicações, ofertas de palestras e formação para pais e professores; por
esse motivo a nossa visita a escola deve sempre ocorrer de maneira cordial e
harmoniosa.
O psicopedagogo não realizará qualquer julgamento da práxis oferecida pela
unidade escolar. O objetivo desta visita é investigar, conhecer e registrar.
É interessante que o psicopedagogo realize a entrevista com a coordenação
pedagógica e com o(a) professor(a) do paciente.
Neste momento identificamos a relação da família com o paciente sob outra
perspectiva, e a relação da família com a escola, como recebe orientações, se é
participativa do processo escolar do aprendente.
Eu não cobro o valor da visita escolar da família do paciente, pois considero
parte integrante da investigação diagnóstica.

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9° PASSO – VISITA À ESCOLA

Há a possibilidade de enviarmos os questionários por email, quando a escola


não aceita agendar a reunião, por algum motivo. Entretanto, o indicado é sempre a
visita presencial.
É sempre necessário contar ao paciente sobre a nossa ida a escola e a
possibilidade de assistir a aula. Neste caso, é importante apresentar-se as crianças da
turma como uma pessoa neutra, sem qualquer vinculação ao paciente, evitando o
constrangimento.
Se possível, peça à escola, com antecedência, um relatório pedagógico do
paciente em que seja relatado as habilidades e dificuldades de aprendizagem
observadas, bem como as questões comportamentais.
Ao final, informe que a escola receberá um informe psicopedagógico que
será disponibilizado pela família do paciente.
Sempre ao final de uma avaliação psicopedagógica, eu sugiro a entrega de
um relatório detalhado e completo e de um informe resumido, para que a família, se
assim desejar, disponibilize à escola.

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9° PASSO – VISITA À ESCOLA

*Material disponível para reprodução no Ebook.

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10° PASSO – DEVOLUTIVA

O que se entende por devolutiva é uma comunicação verbal feita ao final de


toda avaliação, em que o terapeuta relata aos pais e ao paciente os resultados obtidos
ao longo do diagnóstico.
No caso de crianças, é necessário que se faça algum tipo de devolutiva no
nível de compreensão de idade. Somente assim não lhe ficará a sensação de que algo
lhe foi tirado, de que não há segredo entre o terapeuta e os pais, de que o terapeuta
os traiu.
A entrevista de devolutiva não é um momento isolado do diagnóstico, é o
desfecho de toda a investigação que se iniciou na sessão de enquadramento.
É preciso que circule muito afeto e acolhimento para que todos sintam o
desejo de recolocar suas dúvidas, sentimentos de confusão, para que eles possam
afetuosamente ver trabalhados e repensados os sentimentos de culpa. A mobilização,
obviamente, diante desta situação não é apenas da família, mas também do terapeuta,
e deve ser repensada pelo terapeuta em sua própria supervisão.

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10° PASSO – DEVOLUTIVA

É importante organizar os dados sobre o paciente em 4 grande áreas:

 Pedagógica;
 Cognitiva;
 Orgânica;
 Afetivo-Social.

A partir daí, vamos selecionando o que usar no diálogo, qual a ordem em


que será apresentado, e quais pontos serão dados mais ênfase, quais os pontos que,
neste momento, ainda será necessário complementar. Desta forma, é importante ter
assim um relatório anotado com o que considero essencial, e que modifico em função
das ocorrências do momento.

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10° PASSO – DEVOLUTIVA

Inicio sempre a entrevista recordando a queixa inicial. Após este momento,


toco nos aspectos mais positivos do paciente, nos aspectos que levam a valorização do
que faz melhor, nas relações destes pontos com a perspectiva de melhoria escolar ou
de seu futuro em geral. Este momento é importante para a reformulação da
autoestima e de avaliações distorcidas feitas pelos pais.
Continuando a entrevista, analiso os aspectos que estão realmente causando
a problemática na aprendizagem ou apenas na produção escolar.
Finalizo fazendo as recomendações e indicações necessárias. As
recomendações referem-se aos âmbitos familiares e escolares: troca de turma ou de
escola, mudança na forma de a família comportar-se em relação ao paciente, como a
professora poderia agir em síntese, ou uma orientação geral.
As indicações referem-se aos atendimentos que se fazem necessários:
psicopedagógicos, psicoterápicos, fonoaudiólogicos, terapêutico-familiares, aulas
particulares, etc.

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10° PASSO – DEVOLUTIVA
A construção da devolutiva com os pais e o paciente é fundamental na aceitação
das indicações, quando são necessárias. Deve-se evitar a quebra de continuidade do
atendimento, pois no final do diagnóstico é a porta de entrada de um atendimento que se
inicia com o mesmo terapeuta ou com outro. O importante é que a mobilização ocorrida
não desapareça, mas seja o “gancho” para começar uma nova fase, possivelmente da
intervenção psicopedagógica.
Se o profissional estiver inseguro em relação ao diagnóstico, discuta o caso com
outros especialistas, e com seu supervisor psicopedagógico.
Procuro sempre fazer a devolutiva para os pais juntos, evitando a situação, muito
frequente, em que “problemas escolares são com a mãe e o pagamento das sessões com o
pai”, ficando este sem engajamento afetivo com a situação. No caso de pais separados,
quando não aceitam a hipótese de sessão conjunta, faço as duas sessões separadamente,
deixando a critério do paciente comparecer em ambas ou a apenas uma, junto com quem
preferir.
Finalmente é preciso que a devolutiva se encerre, ficando claros o modelo de
aprendizagem do paciente e de sua família, as questões ambientais saudáveis e suas
dificuldades, bem como as possibilidades de mudança na busca do prazer e eficiência no
aprender.
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10° PASSO – DEVOLUTIVA

No final da devolutiva, uma nova questão se impõe: como propor o processo


de intervenção/acompanhamento psicopedagógico? Percebendo a necessidade da
realização de um processo terapêutico de Intervenção Psicopedagógica, o
psicopedagogo deverá apresentar sua proposta de intervenção juntamente com o
relatório final, descrevendo quais aspectos cognitivos pretende-se reabilitar no
paciente. O psicopedagogo deverá realizar o enquadramento para o tratamento, em
relação aos horários, aos honorários, à frequência, ao comprometimento etc. Para isso
é importante assinar um contrato de prestação de serviços, porém agora para o
acompanhamento psicopedagógico. O modelo de contrato para avaliação
psicopedagógica já disponibilizado no ebook pode ser adaptado para contrato de
prestação de serviços referente ao acompanhamento psicopedagógico.
É neste momento que entregamos a família a documentação
psicopedagógica, que consiste no relatório detalhado das sessões, o informe
psicopedagógico e a proposta de intervenção.
Todos os modelos de documentação encontram-se na apostila.

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Referências Biblográficas

BASSEDAS, E. Instrumentação Educativa e Diagnósticos Psicopedagógicos. CARRAHER. O Método Clínico: Usando os exames de Piaget.
Petrópolis. Vozes.
BOSSA, Nadia A. A psicopedagogia no Brasil. Contribuições a partir da prática . Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.
DOLLE, Jean-Marie. Essas crianças não aprendem. Diagnósticos e terapias cognitivas. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2002.
FERNANDEZ, Alicia. A Inteligência Aprisionada. Porto Alegre, Artes Médicas, 1991.
FERREIRO, E.; GOMES, P. E. colaboradores. Analisis de las perturbaciones no processo de aprendizaje escolar da lectura y la escritura. México,
1982.
GOLBERT, C. A. Evolução Psicolingüística e suas Implicações na Alfabetização. Porto Alegre Artes Médicas, 1994 GOULART, Íris Barbosa. Piaget:
Experiências básicas para utilização pelo professor.
JOHNSON, D. J. Princípios educacionais para crianças com disfunção de aprendizagem. Reabilitation Literature, 1967.
PAIN, Sara. Diagnóstico e tratamento dos problemas da aprendizagem. Porto Alegre. Artes Médicas. 1992 PERES E RAMOS, Aydil. Psicologia
Clínica.
REGO, L.L.B. Aspectos do desenvolvimento cognitivo e lingüístico e a alfabetização. Seminário Multidisciplinar de Alfabetização. INEP, 1983.
SAMPAIO, S. Dificuldades de aprendizagem: a psicopedagogia na relação sujeito, família e escola. Rio de Janeiro: Walk Editora. 2009.
SAMPAIO, S. Manual Prático do Diagnóstico Psicopedagógico Clínico. 5° Edição. Rio de Janeiro. Walk Editora, 2014.
SCOZ, Et Ali. Psicopedagogia: Contextualização, formação e atuação profissional. Porto Alegre. Artes Médicas, 1992 VISCA, J. Clínica
Psicopedagógica: Epistemologia convergente. Porto Alegre. Artes médicas, 1987
_______. Psicopedagogia: Novas contribuições; organização e tradução Andréa Morais, Maria Isabel Guimarães. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 1991.
_______. El diagnostico operatório em la practica psicopedagogica. Buenos Aires: Ard.Serv,G., 1995.
_______. Técnicas Projetivas Psicopedagógicas e pautas gráficas para sua interpretação. Buenos Aires: Visca&Visca, 2008.
WEISS, M. L. Psicopedagogia Clínica: Uma visão diagnóstica. Rio de Janeiro. DP&A, 1997
WEISS, T. Repensando a Prática da Alfabetização. As idéias de Emília Ferrero na sala de aula. Cad. Pesq. São Paulo (52): 115, 119, fev 1985.

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