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AULA 31.

07

AUDIÇÃO: é a percepção de certa classe de estímulos vibratórios que, captados pela orelha,
vão impressionar a área cerebral correspondente, tomando então o indivíduo consciência
deles. Para ouvir é preciso reconhecer e entender todos os estímulos.

IMPORTANCIA DA AUDIÇÃO

AUDIÇÃO

DESENVOLVIMENTO GLOBAL

LINGUAGEM E FALA COGNIÇÃO ACADÊMICO SOCIAL

A cognição é alterada quando há falta de estímulos, bem como o meio acadêmico. E o estímulo
deve ser adequado, pois a criança é o que o meio faz dela. Suas relações sociais também são
influenciadas por conta da audição, principalmente quando há a perda auditiva. e a fala só é
desenvolvida por causa da audição, e a linguagem pela fala.

De 4 a 5 meses (20 semanas), o sistema auditivo está formado e até os 12 anos estão em
formação. Até os 3 meses de vida deve ser feito o diagnóstico e até os 6 meses uma
intervenção adequada (aparelho auditivo/estimulo).

O desenvolvimento normal da compreensão da linguagem depende do funcionamento normal


dos processos auditivos para receber, transmitir, perceber, relembrar e integrar as
experiencias sonoras. Os primeiros anos de vida têm sido considerado como o período crítico
para o desenvolvimento das habilidades auditivas e de linguagem (ou seja, até o primeiro ano
de vida a criança detecta – desde o primeiro mês de vida -; discrimina; reconhece – 8 e 9
meses -; e compreende o que está ouvindo).

A audição normal é fator essencial para a aquisição da linguagem oral, e esta se desenvolve ao
longo dos três primeiros anos de vida. É por meio da fala que nos comunicamos.

 Privação sensorial – primeiro ano de vida – pode acarretar em alterações auditivas


futuras.
 Detecção e intervenção precoce – quanto mais cedo, melhor o prognóstico
 Prevalência de alterações auditivas – em crianças SEM fatores de risco, ocorre de 2 a
5% de 1000 crianças. Já em cças COM fatores de risco, de 2 a 5% de 100 crianças.
 Diagnóstico tardio – que ocorre na maioria dos casos, acaba prejudicando a ccça, que
terá atrasos.

FATORES DE RISCO

 Pais/familiares com perda auditiva congênita


 Má formação de cabeça/pescoço
 Uso de medicação – ototoxidade
 Traumas – como no parto
 Doenças que a mãe teve durante gestação
 Criança com baixo peso
 UTIN
 Após o nascimento, o que mais causa perda auditiva em crianças são as otites.

AULA 07.08.18
AUDIÇÃO NA GESTAÇÃO

O bebe em desenvolvimento é capaz de ouvir sons internos e externos ao corpo materno (alta
intensidade).

AUDIÇÃO PRÉ-NATAL

Na 20ª semana intra-uterina – ouve tanto sons externos e sons intrauterinos (mastigação,
líquido amniótico). Várias pesquisas mostram que a mãe que estimulou a criança a escutar
música, ela passa a reconhecer a musica que foi escutada (comportamentos diferentes para
determinada música).

RCP – 24ª/25ª semana de gestação – reflexo cócleo-palpebral já começa aqui. No ultrassom é


possível ver.

Ao nascer – reconhece a voz da mãe – caso a mãe tenha conversado com ela durante a
gestação.

PLASTICIDADE NEURONAL

Estimulação -> ativa e reforça as vias neuronais específicas. Para haver plasticidade precisa ter
estimulação. Crianças que são expostas a música desde pequena/útero, a criança tende a ter
um desenvolvimento melhor. Reforça e ativa áreas específicas e é possível ver em exames de
imagens, diferentemente das crianças que não são expostas. Isso influencia na linguagem da
criança.

Durante os 2 primeiros anos de vida, a neuroplasticidade ocorre de forma maior.

AVALIAÇÃO AUDIOLÓGICA NAS CRIANÇAS

o Detectar D.A de qualquer grau

No bebe, é necessário saber se ouve ou não em determinadas frequências/intensidades. Em


crianças, uma perda mesmo que leve, pode gerar um atraso maior de linguagem

o Diagnóstico diferencial (se é alteração central/doenças)

Saber se é uma lesão coclear ou retro coclear. Crianças com lesões cocleares tendem a
desenvolver linguagem oral com uma intervenção correta. Já crianças com lesões retro
cocleares não terá linguagem oral fluente (auxiliar de libras/orofacial). Crianças retro cocleares
podem passar no teste positivamente, pois é testado se a cóclea está normal ou alterada,
contudo, não dá para saber se está lesionado algum nervo ou outra estrutura. Geralmente é
descoberto depois de algum tempo.

o Avaliar quantitativa e qualitativamente a audição

Saber como a criança reage a determinado estimulo, pois cada criança reage de forma
diferente. saber se o menino passou, ok. Mas e a qualidade do som que passou? A criança
deve detectar, reconhecer, compreender.

o Diagnóstico e intervenção precoce

Tem que ser feito até os 3 meses o diagnóstico e a intervenção até os 6 meses para um bom
prognóstico, pensando em crianças que já nasceram.

EXAMINADOR
 Experiencia – precisa ter uma agilidade para fazer os exames no paciente para saber se
é reação ou não que a criança teve, ou se realmente está incomodando o som.
 Flexibilidade
 Adequação – adequar o exame para cada criança, para saber o que ela reconhece
 Conhecimento teórico abrangente – para saber onde começa o teste, para saber o que
ela escuta de som ou se não escuta. No infantil geralmente começa no mínimo para
poder ir mais rápido do que ele possa escutar.

Doença infecto contagiosa: configuração descendente.

Em infantil geralmente é usado dois fonoaudiólogos.

AVALIAÇÃO AUDIOLÓGICA

Avaliação deve ser ampla o suficiente para observar o indivíduo como um todo.

DIAGNÓSTICO

Exames – as vezes precisa investigar outras questões /anamnese – tem no mínimo 70% do
diagnóstico/comportamento da criança e da família – é necessário comportamento adequado
para conseguir realizar o exame/avaliador – precisa ver além do que aparenta. Ver se ele tem
autismo ou outros problemas.

METODOS SUBJETIVOS X MÉTODOS OBJETIVOS

Avaliação comportamental Imitanciometria

VRA (audiometria de reforço visual) EOA (emissões otoacústicas)

Audiometria condicionada PEATE (potencial evoc. auditivo de tronco


encefálico

P300 PEAEE (potencial evocado auditivo de estado


estável

Sempre precisam de outros exames, pois eles são


focados em apenas um local só.

MÉTODOS SUBJETIVOS

Eles dependem:

 Desenvolvimento cognitivo, linguístico e motor


 Cooperação do paciente

Vai permitir verificar as funções auditivas sem necessidade da resposta do paciente. As


interpretações nem sempre são evidentes; é necessário realizar diferentes exames e analisa-
los em conjunto, para poder ver se está compatível.

AVALIAÇÃO AUDITIVA COMPORTAMENTAL

Entende-se por comportamento auditivo todas as reações a sons manifestados,


primordialmente, por reações motoras. Depende tanto das estruturas centrais e periféricas
quanto da integridade biológica e psicológica da criança (se a criança cansa/ou não).
Observação das respostas comportamentais da criança a estímulos acústicos controlados. A
criança pode demonstrar isso tentando localizar, reflexo cócleo-palpebral; susto; expressão
facial (careta); alguns bebes podem chorar; bebe mamando pode parar de sugar; uma busca
muito pequena com os olhos.

 Não determina limiares auditivos – da para saber se ao menos está no padrão a


audição
 Distingue a normalidade da presença de perda auditiva
 Avalia o desenvolvimento da função auditiva
 Avalia maturação do SNAC – vê se a criança não estagnou em algum estágio
 Observação das respostas comportamentais da criança a estímulos sonoros – se ela
está respondendo bem e se é ela que realmente responde ou os pais que ajudam
 Idade (corrigida sempre para 40 semanas, pois de 38 a 42 semanas é considerado a
termo) – desenvolvimento neuromotor

Para avaliação de desenvolvimento/audiológica precisa usar a idade corrigida para saber se a


reação está dentro do esperado.

 Posicionamento x verificação do estado de sono – ele precisa estar livre para que a
criança possa mexer-se para todos os ângulos e que não esteja sonolento, caso
contrário não irá querer olhar.
 Nível de ruído ambiental

Perdas auditivas ocupacionais: 6 a 10 anos na mesma empresa.

A avaliação comportamental, pela literatura, é feita de 0 a 24 meses, contudo é feito até os 18


meses, pois a partir disso a criança começa a ficar inquieta e não realizar os exames de forma
correta.

SONS USADOS PARA O EXAME:

SONS VERBAIS

 Voz da mãe;
 Voz do examinador;
 Sons de Ling. (a;i;u;sh;s)
 Comandos verbais

SONS NÃO VERBAIS

 Localização – instrumentos
 RCP – reflexo cocleo-palpebral

APRESENTAÇÃO DE ESTÍMULOS

 Tempo de apresentação – quanto menor a criança, maior tempo o estímulo.


 Distancia da fonte – geralmente 25 cm da orelha da criança, sempre para trás (D e E-
quando maior, D e E (para baixo e para cima).
 Planos de apresentação
Cuidado: pistas visuais, interferência dos pais, força percussão
(dependendo da força que o examinador aplicar no aparelho) e
alternância de lados podem interferir nos resultados.
São usados sons não calibrados.

SONS INSTRUMENTAIS:

 AGUDOS

Guizo I – 55 dBNPS

Guizo II – 77 dBNPS

Black-Black – 80 dBNPS

Chocalho – 80 dBNPS

Sino – 85 dBNPS

Agogô grande – 100 dBNPS

Para dBNA (nível de audição) tira -30 de cada instrumento. Vai aumentando a intensidade caso
o paciente não escuta.

 Criança tem RCP: normal, leve ou moderada para cada frequência.


 Criança com RCP mas sem localização: leve/moderada

SONS MÉDIOS

Reco-reco – 84 dBNPS

Coco – 92 dBNPS

Prato – 96 dBNPS

SONS GRAVES

Agogô pequeno – 92 nBNPS

Tambor – 100 nBNPS

O PRATO, AGOGÔ PEQUENO E O TAMBOR SÃO USADOS APENAS PARA RCP. O resto, é
comportamental.

 Quando a criança faz a detecção, mas não possui RCP (piscar depende da estimulação
do músculo), considera-se alteração de vias auditivas centrais – como uma neuropatia
auditiva.

IDADE DE AVALIAÇÃO

 É considerado RN até 28 dias.

01 a 03 meses – EM SONO LEVE, a criança deve estar deitada, usando-se o guizo ou o reco-
reco de 10 a 20s, em 20 CM de cada orelha.

01 a 03 meses – EM ALERTA, deve estar no colo do cuidador ou no bebe conforto, onde ele irá
se orientar para onde o som vem.

0 a 3 meses – RCP – usa-se agogô. A criança precisa se habituar ao som. Também é usado a voz
da mãe (cuidador mais próximo).
AVALIAÇÃO COM SONS VERBAIS

 Voz da mãe, do examinador e sons de Ling.

A criança precisa tem reações de: atenção (parar de mamar), localização (saber de onde vem o
som) e detecção (saber se tem ou não som).

Comandos verbais

 Reação a voz familiar

Indicado para crianças de até 06 meses.

Observa-se a reação da criança diante a fala materna em todas as direções, sem fornecer
pistas visuais

A partir dos 6 meses a criança já responde a voz do examinador

IDADE RESPOSTA RESPOSTA VERBAIS RCP


0 a 3 atenção Acalma-se com a voz da mãe Presente
meses
4 a 6 Atenção; procura da fonte; Procura ou localiza a voz da Presente
meses localização lateral (LL) Direita e mãe
Esquerda
7 a 9 LL D e E, localização indireta (LI) p Localiza a voz da mãe e Presente
meses cima e p baixo examinador
JÁ USA-SE OS SONS DE LING
10 a 12 LL D/E e LI pra cima e Localização Reconhecimento de ordem I Presente
meses direta (LD) para baixo
13 a 18 LL D/E e LD pra cima e pra baixo Reconhecimento de ordem II e presente
meses III

COMANDOS VERBAIS

NÍVEIS EXEMPLOS FAIXA ETÁRIA


I Dá tchau, joga beijo, bate 09-12 meses
palma
II Cade o bico? Cade a 13-15 meses
mamãe? Cade o sapato?
III Cade o cabelo? Cade a mão? 15-18 meses
Cade o pé?

CLASSIFICAÇÃO DAS RESPOSTAS

 Normal: respostas adequadas para a idade na presente data


 Respostas inadequada ao esperado para a idade: respostas abaixo do padrão de
normalidade

Deve-se tomar cuidado com as crianças pré-termo.

SINAIS INDICADORES DE ATENÇÃO DE PROCESSAMENTO AUDITIVO


 Respostas exacerbadas
 Aumento de latência de respostas
 Ausência de habituação à estímulos repetitivos
 Dificuldade de localização e/ou RCP ausentes com acuidade auditiva normal

Quando a cça passa no teste de orelhinha mas tem indicativo de deficiência auditiva, deve-se
voltar nos meses: 3, 6, 9, 12, 18, 24

 PERDAS CONDUTIVAS, NEUROSSENSORIAIS SEVERAS E PROFUNDAS e MISTAS: tem


RCP ausente e tudo alterado.
 RCP PRESENTE: audição normal, neurossensorial leve e dependendo do grau pode ter
no moderado (quando a perda é até 50).

SONS DE LING: alto baixo

AULA 04.09.2018

AUDIOMETRIA DE REFORÇO VISUAL (VRA)

O objetivo do teste é avaliar a audição, obtendo-se limiares através do reforço visual de


qualquer comportamento da criança frente ao estímulo sonoro, como, por exemplo, localizar a
fonte sonora, piscar, ou arregalar os olhos.

 Indicado para crianças de 0 a 24 meses


 Crianças com déficit mental ou de atenção
 Crianças não colaboram (entre outras)
 Apresentação de estímulo visual (brinquedo iluminado) após a localização do estímulo
sonoro. Ou seja, dar o som e a criança procura, quando ela achar, ascende a luz. Faz
nas frequências de 500, 1K 2K e 4K – pois são as 4 frequências que dão o grau,
podendo saber se é leve, moderada ou profunda. No início, para condicionar, dá junto.
 É realizado com fone ou em campo livre – o ideal é fazer com o fone, pois terá
resposta da direita e da esquerda, sem que o outro responda pela melhor orelha.
 Tipo de estimulo: tom puro modelado – tonal (Warble) e a voz – vocal.

Espera-se encontrar o nível mínimo de resposta. Precisa confirmar os resultados da avaliação


comportamental.

AUDIOMETRIA CONDICIONADA

Realiza-se de 2 a 5 anos ou em crianças que não cooperam, ou tem síndrome, autismo(..).


Condiciona a criança a jogar o brinquedo todas as vezes que ela escutar o som.

AULA 09.10.18

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