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Objetivos e Tratamentos : Esporão de

Calcâneo ,Fascite Plantar ,Luxação


Tornozelo e Pé .
Tratumato Ortopedia e Reumatologia
Profª Isabella Lins Coelho
Fascite Plantar x Esporão de Calcâneo
O esporão de calcâneo e a fascite plantar são dois problemas distintos, mas que
podem ser confundidos entre si.
A principal diferença é que a fascite plantar afeta o tecido fibroso chamado fáscia
plantar, que recobre a musculatura dos pés e se estende do calcanhar até a ponta
dos dedos do pé e o esporão é um pequeno crescimento ósseo, que se
desenvolve no osso calcâneo, no local onde a fáscia se prende.
Esporão de Calcâneo
O esporão do calcâneo (osso do calcanhar) é um crescimento anormal do osso,
formando uma saliência óssea. Ou seja, no osso é formado uma protuberância
óssea que corresponde a um depósito anormal de cálcio. A maioria das vezes, o
esporão localiza-se na parte inferior do calcâneo (“por baixo” do “osso do
calcanhar” ou na “sola do pé”) e não é visível desde o exterior. Veja imagens
superiores.
O calcâneo é o maior osso do nosso pé. É o calcâneo que sustenta o peso do
nosso corpo, dessa forma suporta um impacto constante e intenso.
Cientificamente o esporão surge no contexto de microtraumas e inflamação
crónica que favorecem a calcificação dos tecidos em volta do calcâneo.
Esporão de Calcâneo
O esporão do calcâneo desenvolve-se maioritariamente na “sola do pé”, no
entanto, também poderá surgir na zona envolvente do tendão de aquiles. Por
vezes, esta patologia é referida popularmente como “esporão de galo”, dadas as
semelhanças da localização desta saliência óssea para as esporas dos galos.
Esporão de Calcâneo
• Em alguns casos, o esporão do calcâneo pode ser assintomático (sem sintomas).
Noutros casos, pode provocar dor no calcanhar que pode ser em alguns casos
bastante intensa e gerar até problemas de mobilidade, pela dor ao colocar o pé
no chão para andar.

• Habitualmente, a dor surge porque o esporão do calcâneo se associa


a inflamação da fáscia plantar (fascite plantar). A fáscia plantar é um tecido
(banda espessa de tecido fibroso) que faz a união do calcanhar aos dedos do pé.
Tem como função a proteção dos tendões do pé através de tecido fibroso,
absorvendo os choques e suportando a arcada plantar (“planta do pé”). A fascite
plantar é a principal causa de dor no calcanhar.
Causas do Esporão de Calcâneo
Embora as causas para o desenvolvimento de esporão do calcâneo não sejam
completamente conhecidas, sabemos que existem diversos fatores de risco que facilitam o
desenvolvimento desta patologia (doença), a saber:
• Praticar esportes que exijam um elevado impacto (do pé no chão). São exemplos:
dançar, correr, saltar, ballet, etc;
• Usar calçado inadequado (p. ex. usar salto alto, no caso das mulheres, calçado apertado
ou deformado, etc);*
• A “pisada” ser desajustada;
• Permanecer muitas horas de pé;
• Estar na faixa etária acima dos 40 anos;
• Ter excesso de peso (obesidade);
• Ter o pé chato ou o pé cavo
Esporão de Calcâneo- Sintomas
O esporão do calcâneo é na maioria das vezes (cerca de 95%) assintomático (sem sintomas) ou
causa poucos sintomas, podendo permanecer longos períodos de tempo sem causar qualquer
tipo de incómodo.
Porém, o sintoma mais frequente é a dor no calcanhar (“tipo pontada”). A dor não é provocada
apenas e somente por existir o esporão. Para existir dor, é necessário, também, que se verifique a
inflamação da fáscia (fascite plantar).

Na fascite plantar, a dor no calcanhar é, normalmente, mais forte quando nos levantamos de
manhã da cama e damos os primeiros passos e/ou quando estamos muito tempo sentados e
depois iniciamos, também, os primeiros passos.

Normalmente, as dores tendem a agravar-se quando subimos escadas, estamos longos períodos
de tempo em pé ou pelo contrário estamos demasiado tempo em repouso. Por sua vez, a dor
tende a abrandar ao deambular (andar, com atividade).
Em alguns casos, pode verificar-se algum edema (“inchaço”) do próprio calcanhar ou até mesmo
do tornozelo.
Esporão de Calcâneo- Fisiopatologia
Dor localizada no calcanhar, na sola do pé (maior pela manhã e
após ou durante atividades físicas);
Dor no arco e dor ao alongar a panturrilha (rigidez dos músculos da
região);
Redução de amplitude de movimento dos pés.
Esporão de Calcâneo- Diagnóstico
ESPORÃO DE CALCÂNEO:
• Clínico
• Radiografia (Raio X)
• Ultrassonografia
• Ressonância Nuclear Magnética
Pode-se fazer radiografias para confirmar o diagnóstico, mas estas
podem não detectar os esporões em formação. A ultrassonografia
ou Ressonância magnética são métodos importantes de avaliação
da integridade e qualidade da fáscia plantar.
Esporão de Calcâneo- Tratamento
Eletrotermofototerapia*
Alongamentos
Liberação de Miofascial –Instrumental /Terapia Manual
Mobilizações
Bandagens
Palmilhas
Fisioterapia Aquática
Acupuntura
Osteopatia

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Esporão de Calcâneo- Tratamento
Liberação de Fáscia Plantar transversalmente e longitudinalmente
Mobilizações de Calcâneo
Liberar musculatura de Panturrilha ( gastrocnêmio)-Alongamento (cabeça dos
metatarsos e artelhos apontados para você 30 seg.) 3 a 5 repetições.
Fortalecer musculatura – tolha calcanhar fixo e puxar com a ponta dos dedos –
repetições * (musc. intrínsecos dos flexores dos dedos)

Panturrilha – 3 series 15 a 20 repetições


Movimento sentado de inicio -baixa carga
Progressão – fazer o movimento de pé
( a volta do movimento é bem lenta )

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Fascite Plantar

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Fascite Plantar
A fáscia plantar é um tecido fibroso localizado ao longo da planta
do pé: do calcanhar até a ponta dos dedos.
Fascite plantar é a inflamação que ocorre devido a um estresse
excessivo dessa região.
A fáscia se estende pela região do calcanhar e, após longos
períodos de sobrecarga, pode causar o esporão.

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Fascite Plantar
A fascite plantar é comum em homens e • Fatores Intrínsecos
mulheres de meia idade, especialmente em • SOBREPESO;
pessoas com sobrepeso que permanecem muito
tempo em pé no trabalho. • TENSÃO ( ENCURTAMENTO) DE TRÍCEPS SURAL;
• Distúrbios posturais • RIGIDEZ DO TENDÃO DE AQUILES;
• Tipos de pés e pisadas • FRAQUEZA DA MUSCULATURA INTRÍNSECA DO PÉ ;
• Muito tempo na posição em pé • ENVELHECIMENTO DO COXIM GORDUROSO
• Esforço físico intenso • Fatores Extrínsecos
• Falta de flexibilidade • EXCESSO DE REPETIÇÃO DE DETERMINADO
MOVIMENTO;
• Calçados • •TREINAMENTO INCORRETO: QUANDO E XI STE
Muitas vezes ocorre em atletas, especialmente UM A CARGA EXCESSIVA,
corredores, saltadores e, geralmente afeta as • DURAÇÃO ALÉM , EXCESSO DE REPETIÇÃO, FALTA
pessoas que trabalham com calçados de DE DESCANSO;
segurança
• • USO INADE QUADO DE CALÇ ADOS .

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Fascite Plantar -Fisiopatologia
Fisiopatologia
• Estiramento excessivo da fáscia
• Microtraumas
• Inflamação crônica e dor
O paciente com fascite apresenta dor na parte posterior que
irradia para a planta do pé. Esta dor ocorre principalmente nos
primeiros passos ao levantar-se da cama pela manhã, pois os
pés permanecem em flexão plantar e relaxados durante toda a
Noite. Além disso, atividades esportivas ou ficar longos
períodos em pé também causam dor importante.

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Fascite Plantar - Diagnóstico
FASCITE PLANTAR: O diagnóstico pode ser feito através da história
clínica do paciente e do exame físico dos pés.
O médico irá procurar por sinais de lesão nos pés, pontos
dolorosos e alterações anatômicas, como pé chato.
A ultrassonografia para avaliar o grau da inflamação, além da
radiografia para excluir a presença de fraturas, esporão ósseo ou
artrite.
Normalmente para este tipo de problema não é usada a
ressonância magnética.

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Fascite Plantar – Tratamento
Existem vários recursos dentro da fisioterapia que podem ser
utilizados para o tratamento :
Laser , Ultra , Ondas Curtas
Liberação Miofascial
Alongamentos
Mobilização Articular
Palmilhas
Fortalecimentos Musculares
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Fascite Plantar – Tratamento
Existem vários recursos dentro da fisioterapia que podem ser
utilizados para o tratamento :
Laser , Ultra , Ondas Curtas
Liberação Miofascial
Alongamentos
Mobilização Articular
Palmilhas
Fortalecimentos Musculares
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Luxação Tornozelo e Pé
Acometimentos em Tornozelo e Pé
Isabella Coelho

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Luxação Tornozelo e Pé
• Luxação é o deslocamento repentino, parcial ou completo, das
extremidades dos ossos que compõem uma articulação.
• Isso quer dizer que um osso se separa do outro e desaparecem os pontos
de contato entre eles, o que pode provocar lesões nas estruturas próximas
(ligamentos, vasos sanguíneos, etc.).
• Luxação é diferente da fratura, porque o osso sai do lugar, mas não se
quebra nem racha. Ao contrário, permanece inteiro. No entanto, o fato de
haver uma luxação, não exclui a possibilidade de também existir uma
fratura naquele osso.
• Já a subluxação é quando o osso se desloca, mas e puxado pelo ligamento,
mas no retorno não encaixa perfeitamente ficando um pouco fora do lugar.

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Anatomia
• Constitui-se de 26 ossos, 31 articulações e 20 músculos que lhe são
próprios.
• O tornozelo é composto pelos ossos: Tíbia, Fíbula, Talús e Calcâneo.
• O é pé dividido em: Antepé, mediopé e retropé.

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Anatomia
• LIGAMENTOS:
• -Região medial: Ligamento deltoide, ligamento tíbio talar anterior e
tíbio talar posterior.
• - Região lateral: Ligamento talo fibular anterior, ligamento calcâneo
fibular, talo fibular posterior e interrósseo.

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Anatomia
• PRINCIPAIS ARTICULAÇÕES:
• -Subtalar
• -Mediotársea
• -Tarso metatársea
• -Metatarsofalangeana
• -Interfalangeanas proximal e distal.

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Mecanismo da Lesão

A principal causa de luxação consiste no traumatismo violento que


provoca uma insuficiência nos elementos de sustentação da articulação
(ligamentos, cápsula articular, tendões e músculos) e a deslocação do
osso, que deixa de estar unido à articulação.
Pode ser causada por queda, fratura, lesão congênita, frouxidão
ligamentar, capsular ou muscular gerada por doenças crônicas.

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Sinais e Sintomas
Dor Local
Edema
Hematoma
Proeminência Óssea
Pode haver Fratura Óssea Exposta
Deformidade na Articulação
Inchaço Local
Incapacidade de Realizar Movimentos

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Complicações

Os tipos mais simples de trauma no tornozelo em geral não


apresentam complicações, e a função perfeita é restaurada.
É importante que a luxação seja reduzida o mais rápido possível, uma
vez que em estado de deslocamento o suprimento sanguíneo à
articulação pode ser comprometido.
Porém alguns traumas podem ocorrer as seguintes complicações:
Osso Osteoporótico
Rigidez do tornozelo

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Diagnóstico
Pode-se chegar ao diagnóstico de luxação, ao observar a área
deformada e através do exame de raio X, que evidencia as alterações
ósseas.
A ressonância magnética e a tomografia podem ser realizadas após a
redução da luxação para avaliar os danos causados nos músculos,
ligamentos e na cápsula articular.
• Raio X
• Ressonância Magnética
• Tomografia *

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Diagnóstico
Pode-se chegar ao diagnóstico de luxação, ao observar a área
deformada e através do exame de raio X, que evidencia as alterações
ósseas.
A ressonância magnética e a tomografia podem ser realizadas após a
redução da luxação para avaliar os danos causados nos músculos,
ligamentos e na cápsula articular.
• Raio X
• Ressonância Magnética
• Tomografia *

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Diagnóstico
Uma boa avaliação é imprescindível para o bom prognóstico .
Lesões agudas são mais simples de tratar
Lesões crônicas tendem a levar um tempo maior .
Importante : Testes Específicos
Sinal de Gaveta Anterior Tornozelo
Teste de Estresse em Valgo
Goniométria

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Tratamento
Objetivos Fisioterapêuticos
Reduzir Quadro Álgico
Reduzir Edema
ADM
Fortalecimento
Dentro dos recursos temos :
Eletritermofototerapia
Cinesioterapia
Liberação de Miofascial –Instrumental /Terapia Manual
Mobilizações
Bandagens

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Tratamento
A fase crônica é uma fase que já se pode fazer movimentos na articulação
luxada com mais segurança. Visando reabilitar os movimentos, fortalecer os
músculos e a articulação.
Reforço muscular ativo, trabalho de estabilização dinâmica e propriocepção.
Treino de equilíbrio e coordenação (em atividades que envolvam esforço
equivalente em ambos os membros inferiores)
Introduzir caminhadas, escadas e corrida progressivamente.
Devem ser dados conselhos sobre o calçado mais adequado, inclusive para a
prática desportiva, e possível uso de palmilhas.
Exercícios funcionais, relacionados com as competências necessárias
durante as atividades da vida diária (gesto específico do trabalho/desporto
praticado)
Seguir um plano de exercícios terapêuticos efetuado em casa ao mesmo
tempo que retorna à atividade.

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