Ago10nedp U6 Sug Resol Testes Teste 7 91000167 01000

Você também pode gostar

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 3

Teste 7: O que torna a ação moralmente correta?

Grupo I

1. B.

2. A.

3. D.

4. B.

5. D.

6. C.

7. B.

8. D.

9. C.

10. A.

Grupo II

1.

1.1. Explicação da diferença entre imperativo categórico e imperativo hipotético, recorrendo às


máximas apresentadas no texto: a máxima «Não deves fazer promessas enganadoras»
constitui um imperativo categórico, porque ordena que não façamos promessas enganadoras,
independentemente dos fins que desejamos alcançar (OU ordena incondicionalmente) (a ação
de fazer promessas enganadoras é considerada má em si mesma, não dependendo o facto de
ser má dos nossos desejos ou interesses); a máxima «Não deves fazer promessas
mentirosas para não perderes o crédito quando se descobrir o teu procedimento» constitui um
imperativo hipotético, porque ordena que não façamos promessas mentirosas como um meio
para o fim, determinado pelo nosso interesse (inclinação), de não perdermos o crédito que
temos aos olhos dos outros (OU ordena condicionalmente) (a ação de fazer promessas
enganadoras não seria considerada má em si mesma, admitindo-se que, em virtude dos
nossos fins, poderia ser boa nuns casos e má noutros).

1.2. As ações por dever são aquelas em que a pura intenção de praticar o bem se afirma como
um valor em si mesmo, independentemente das consequências e dos proveitos que se
possam produzir, ela surge, para nós como um dever incondicionado, que não pode ser
confundido com a obediência a uma lei, a um interesse ou a uma inclinação imediata. As
ações conformes ao dever são todas as ações que tiverem propósitos e inclinações exteriores
ao puro cumprimento do dever.

2. Explicação do modo como o exemplo dado representa um desafio para a moral kantiana: a
moral kantiana prescreve regras absolutas, como “não matar”, “não roubar” ou “não mentir”;
porém, parece haver casos em que essas regras absolutas entram em conflito, sem que seja
Teste 7: O que torna a ação moralmente correta? – Sugestões de resolução

possível decidir qual prevalece; no caso apresentado, a regra que manda “ajudar os outros
sempre que possível” (encontrando alimentos ou agasalhos que lhes permitam sobreviver)
pode ser considerada tão importante como a regra que proíbe o roubo.

3.

3.1. Para Stuart Mill, o fim último da moralidade é a felicidade geral, o que exige que no
momento de decidir qual ação praticar, devemos ter em consideração as consequências
positivas e negativas que dessa ação possam advir, fazendo um cálculo, que implica que se
tenha em consideração o interesse da maioria das pessoas, impondo ao indivíduo total
imparcialidade.

4.

4.1. Partindo de um ponto de vista hedonista, Mill considera que a felicidade, tal como
Bentham, está na busca do prazer e na ausência de dor. Mill considera que os prazeres
devem ser entendidos quanto à qualidade, distinguindo-os entre prazeres inferiores/ corporais,
comuns a todos os animais, e prazeres superiores, próprios dos seres humanos, porque
exigem intelectuais faculdades superiores/ intelectuais. Os prazeres superiores são preferíveis
aos prazeres inferiores, pois quem já experienciou ambos percebe que a satisfação dos
prazeres superiores, ainda que mais difícil, é mais prazerosa que a satisfação dos prazeres
inferiores e jamais se sujeitaria a ficar apenas pela satisfação destes.

Grupo III

1.

1.1. O aluno poderá explicitar estes conteúdos ou outros que sejam relevantes para a questão.

O problema filosófico inerente à questão formulada é saber o que torna uma ação moralmente
boa: a intenção ou a consequência da ação?

− Se a resposta for o que torna uma ação moralmente boa é a intenção do agente, então o
aluno deve apresentar a perspetiva Kantiana. Para Kant, o agente deve agir por puro amor ao
dever, regendo-se por imperativos categóricos. Só uma ação motivada pura e simplesmente
pelo princípio do querer – dever – é que pode ter conteúdo moral. Todas aquelas ações que
tiverem propósitos e inclinações exteriores ao puro cumprimento do dever não têm
legitimidade moral, nomeadamente as ações que têm como base as consequências/efeitos da
ação, os sentimentos ou interesses pessoais. A ética de Kant é uma ética formal: deve é
indicar-nos uma regra (forma) que possamos seguir para nos apercebermos melhor se
estamos, de facto, a agir por dever ou se estamos a ser levados pela emoção ou pelo
interesse (ações conformes ao dever). Segundo Kant, a moralidade é, pois, a relação das
ações com a autonomia da vontade. A vontade autónoma é uma vontade que se
autodetermina por princípios que universalmente aceita e que não estão relacionados com
sentimentos, impulsos e inclinações. A ação que possa concordar com a autonomia da
vontade é permitida; a que com ela não concorde é proibida.

− Se a resposta for o que torna uma ação moralmente boa são as consequências que dela
resultam, então o aluno deve apresentar a perspetiva de Stuart Mill. Mill vai defender uma
perspetiva utilitarista, partindo do princípio de que uma ação é moralmente correta se as
consequências que dela decorrem promoverem o prazer e a ausência de dor. O utilitarismo é,
Teste 7: O que torna a ação moralmente correta? – Sugestões de resolução

assim, uma ética consequencialista. Uma ação é correta ou incorreta dependendo dos seus
resultados ou consequências. Segundo Mill, as consequências, ou resultados de uma ação
devem ser avaliados tendo em conta o prazer que provocam, uma ação será boa se trouxer
felicidade, prazer para um maior número de pessoas. Uma ação não é intrinsecamente boa ou
má, esta avaliação depende dos resultados, das consequências da ação, pelo que mentir pode
ser melhor do que não mentir caso seja para benefício da maioria. Para Mill, as regras morais
não decorrem de uma abstração com resultados universais e deveres absolutos. Uma ação é
moral se maximizar imparcialmente a felicidade ou o bem-estar geral. Ao contrário do que
defendia Kant, as intenções do agente que pratica a ação são irrelevantes para determinar se
uma ação é boa ou má.

Você também pode gostar