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Resultados

Para os adolescentes:
 O afeto depressivo e timidez = 32%

do total da amostra
 A conduta psicológica expressa

através de:
- Medo, retraimento, isolamento
(associado as dificuldades de
socialização)
 O afeto foi demonstrado por:
-Tristeza, solidão, choro (podendo estar
associado a privações afetivas na infancia)
 Imagem fisica, para crianças e
adolescentes destaca o corpo como atributo
negativo (criticas,descontentamento e
insatisfação) em relação a imagem de si
mesmo.
 Representações sociais dos agressores se
expressam ambivalente no seu discurso
cujo sentimento de raiva, piedade, tristeza
e desejo de ajudar os agressores (na
maioria eram seus pais) se oscilavam.
 Relatos dos adolescentes quanto as
representações sociais dos agressores
revelavam medo e vergonha quando se
tratava da descrição das suas experiencias
com pais agressores presentes em sua
historia de vida.
65% dos discursos apresentavam
ambivalencia em seu conteudo do
tipo:
“é uma maldade agredir os filhos,mas,
em relação ao meu pai, eu gosto
dele,eu me orgulho de meu pai, eu
gosto dele”
 35% contem conteúdos de
sentimento de crueldade:
“meu pai cortou minha perna com a
faca da cozinha”; “eles usam
revólveres, facas, e paus”; “meu pai,
numa noite de inverno, nos pôs para
dormir numa construção ao lado de
nossa casa”.
 Neste trabalho: “as representações sociais
dos agressores revelam aspectos
psicopatológicos e problemas emocionais
graves”
 Os adolescentes que participaram do

grupo de estudo (no total de 60 jovens)


consideram que essa atividade
agressivas contra as crianças
adolescentes ocorrem de acordo com a
seguinte porcentagem:
42% Pais
32% Mães
26% Outros (irmãos,
avós,padrastos,parentes etc)
 As representações do grupo de estudo traduzem
o processo de identificação com o agressor e
permitem a reprodução da agressão:“acho que
todos sentem ódio e rancor das lembranças das
brigas, mas eu sou esperto e querido nas ruas
pelos outros; fui líder de grupos de
adolescentes, tinha meu horário no Taquaral
(para assaltar as pessoas) mas não chamava
ninguém para participar. Quando alguém queria
entrar no grupo, devia me obedecer. Prefiro
lidar com camaradas inteligentes, que me
ouvem e não agem precipitadamente”.
 Violência frequentemente veiculadas
pela mídia.

Ex: Adolescentes que queimaram índio


que dormia no ponto de ônibus em
Brasília.
 98.6% dos adolescentes falaram de
questões envolvendo justiça,
sentimentos de ódio, vingança, medo
e indignação – Esses sentimentos
fazem parte das representações
sociais dos agressores e expressam
atitudes que estes adolescentes
encontram pra se proteger, defender
ou reagir os perigos de tal fenômeno
psicossocial
 Sentimentos como revolta e
indignação estão presentes nas
representações sociais dos agressores
e são notados no processo cognitivo
na reprodução da violência.
 Agressão gera agressão (identificação
do adolescente com o
agressor,reproduzindo episódios de
agressão)
 “As crianças agredidas precisam
repetir a situação da agressão, em
uma tentativa de obter o controle e
dividir o “poder” com o agressor, a
partir de uma identificação com o
mesmo, para neutralizar os
sentimentos de inatividade e
aniquilamento associados aos maus-
tratos.”
 Adolescentes sem historia de maus tratos
físicos na infância:
-expressam representações sociais dos
agressores por meio de informações
transmitidas pela mídia, através de
historias infantis, ou através de pessoas
que passaram por tal situação.
-tal grupo revelou sentimentos como: revolta,
ódio e indignação com relação a imagem do
agressor.
 Os sentimentos dos adolescentes que
já foram maltratados fisicamente na
infância são sempre ambivalentes,
sobre seus agressores, enquanto os
não vitimados revelam opiniões e
atitudes com grande intensidade de
violência.
Presença de um discurso contraditório no grupo
comparativo, com conteúdo extremamente
agressivo.

“Os agressores são pessoas ruins que não


prestam”

“Eles devem sofrer um acidente”.

“Devem ser amarrados e alguém dar uma surra


de chicote bem grosso em praça pública e receber
a prisão perpétua”.
 Nos adolescentes com idade acima de
16 anos, as representações sociais dos
agressores expressam uma
preocupação quanto à ausência de
políticas públicas que efetivamente
propiciem proteção social, psicológica e
médica.
“Eles têm pouco dinheiro para
a família”.
“Acho que eles devem ser tratados por
uma psicóloga e, se não der certo,
perder a guarda de seus filhos”.

“São pessoas amargas, solitárias,


desconfiadas, medrosas e tristes”

“Eles estão doentes e precisam de ajuda”.


 As representações sociais da violência
doméstica são constituídas por aspectos
psicossociais, presentes neste fenômeno
social.
 Alcoolismo,
 Drogadição,
 Baixo nível de escolaridade dos pais,
 Precárias condições sócio-econômicas,
 Ausência de desejo pela maternidade e
paternidade,
 No estudo das características psicossociais
dos agressores, os pais revelaram seus
conflitos vivenciados no cotidiano familiar.

 Nesta mesma ótica, quatro anos depois, os


filhos e os enteados, expressaram suas
representações sociais elaboradas a partir
de efeitos nefastos que os conflitos dos pais
exercem em suas vidas, seus significados e
as condições psicossociais vividas na
infância, sendo elas responsáveis por seus
comportamentos na adolescência.
 O maior valor de contribuição relativa foi determinada
pelo grupo comparativo, no vocábulo angústia –
comparativo, no vocábulo angústia – como uma sensação
desagradável, independente da vivência traumática.
 O sentimento de angústia diante da “morte” foi o
vocábulo, em toda a análise, que obteve o maior valor
de contribuição relativa (0,052791).
 O vocábulo surra materializa o
desconhecido, refletindo-se na
realidade, ao aproximar-se da expressão
violência familiar. Os outros vocábulos,
com altos índices de contribuição
relativa, expressam poder constituído na
família; aspectos psicológicos;
solicitação da lei; e características
sociais do contexto familiar (Tabela 1).
 Tabela 2
 O Núcleo central da expressão violência
familiar, a morte está representada,
simbolicamente, com o maior valor de
contribuição relativa (0,052536).
 Considerando que nesta amostra 42% dos
pais são os agressores e 35% não têm
contato com o pai, o vocábulo morte
poderia estar expressando a perda ou a
ausência paterna.

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