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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

FACULDADE DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS

EMBALAGEM E ESTABILIDADE DE ALIMENTOS


TP - 244
“EFEITO DA ACTIVIDADE DE AGUA SOB A ESTABILIDADE DE
ALIMENTOS DESIDRATADOS”

Aluno: Thony Arce


thony@fea.unicamp.br
Prof. Dr. Assis Faria
@feA.unicamp.br

Campinas-SP, Brasil
Tópicos
I. Introdução
II. Tecnologias de produtos desidratados
III. Fatores de estabilidade
IV. Embalagens
V. Alterações
VI. Tecnologias de produtos em pó
VII. Vida útil
VIII. Referências Bibliográficas

Campinas-SP, Brasil
I. Introdução

A desidratação de produtos alimentícios, é um


processo combinado de transferência de calor e
massa, no qual quase toda água do produto é
eliminada, reduzindo, conseqüentemente, a sua
Atividade de água.

Minimiza
Minimizaaadeterioração
deterioraçãodedecor,
cor,sabor
saboreeodor,
odor,provocados
provocadospelas
pelasreações
reações
oxidativas e por outras reações químicas e impedir o desenvolvimento
oxidativas e por outras reações químicas e impedir o desenvolvimento
microbiano.
microbiano.

Campinas-SP, Brasil
I. Introdução

OBJETIVOS:

Redução de custo em transporte

Facilitar armazenamento e manipulação do produto

Proporcionar efetivo prolongamento de sua


vida útil.

Campinas-SP, Brasil
I. Introdução
PROCESSOS
Vaporização
Sublimação
Remoção de água por solvente ou na adição de
agentes osmóticos, como sais e açúcares.

“Oemprego de parâmetros inadequados para a


desidratação de determinado produto pode causar:”

Diminuição de aroma
Alterações na cor

Alterações da textura e sabor;


além de perdas de nutrientes.
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I. Introdução
O QUE DEVEMOS CONHECER?

No intuito de otimizar o processo de secagem e a


obtenção de produto com boa qualidade que
satisfaça as exigências dos consumidores, são
necessários:

AS INFORMAÇÕES TÉCNICAS SOBRE:

1. CINÉTICA DE SECAGEM

2. ATIVIDADE DE ÁGUA E

3. AS ISOTERMAS DE DESSORÇÃO,
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I. Introdução
O QUAL É O INTERES DAS ISOTERMAS
DE ADSORÇAÕ PARA A TECNOLOGIA
ALIMENTARIA ?
d e sa d so rç ã o
dessorção

Teor de água
As curvas de secagem permitem Mo
predizer o momento do processo a d so rç ã o
em que se atinge o teor de umidade
desejado e desta forma obter
produto de boa qualidade.

A tiv id a d e d e á g u a

Sem
Semaadesidratação
desidrataçãodedeum
umproduto
produtoseseleva
levamais
maisláláde
deseu
seuponto
pontoótimo
ótimoMo,
Mo,se
se
pode
pode prever que a reumidificação até um conteúdo em água correspondenteaa
prever que a reumidificação até um conteúdo em água correspondente
Mo,
Mo,pode
podeconcluir,
concluir,devido
devidoááhistéressis,
histéressis,aauma
umaAaAaperigosamente
perigosamenteelevada.
elevada.
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II. Tecnologias

Para atingir teor de


umidade adimensional de
0,3 (correspondente a
23,5% em base úmida) são
necessários tempos de 51,
BANANA
36 e 30 horas de secagem
para as temperaturas de
50, 60, e 70ºC,
respectivamente.

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II. Tecnologias

Para o mesmo tempo de secagem,


a Aa do produto aumenta com a
diminuição da T°.

Para T° fixa, a Aa diminui com o


tempo de secagem.

Para T°s mais elevadas a taxa de evaporação


Para T°s mais elevadas a taxa de evaporação
de água é maior, influenciando o teor de
de água é maior, influenciando o teor de
umidade e conseqüentemente a Aa do produto
umidade e conseqüentemente a Aa do produto
(SILVA, 1995; TRAVAGLINI et al., 1993).
(SILVA, 1995; TRAVAGLINI et al., 1993).
Campinas-SP, Brasil
II. Tecnologias

A Aa água sofre alterações


conforme o teor de
umidade do produto.

Para os três níveis de T° de


secagem (50, 60 e 70ºC) a
Aa aumentou em função do
teor de umidade do
produto.

Resultados similares foram obtidos por


Resultados similares foram obtidos por
McLAUGHLIN e MAGGE (1998),
McLAUGHLIN e MAGGE (1998),
estudando as isotermas da batata para as
estudando as isotermas da batata para as
T°s de 30, 45 e 60ºC.
T°s de 30, 45 e 60ºC.
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II. Tecnologias
FRUTA SECA
Produto obtido pela perda parcial da água da fruta madura inteira ou em
pedaços, atingindo-se um teor de umidade final que varia de 15% a 25%.

FRUTAS DESIDRATADAS
São obtidas pela perda quase total de água da fruta inteira, em pedaços ou
polpa, sendo o teor de umidade do produto final de no máximo, 3%. ITAL (2002).

PURES DE FRUTAS SUCOS DESIDRATADOS


De modo geral, a umidade não deve ser superior a Umidade abaixo de 1% é desejada.
3%

Praticamente todos os vegetais precisam ter o seu teor de umidade


reduzido a 5% ou menos para ser obter a estabilidade desejada.

Em
Emcondições
condiçõesdedeembalagem
embalageme ea aT°s
T°snão
nãosuperiores
superioresa a25°C,
25°C,ososprodutos
produtospodem
podem
permanecer
permanecer armazenados, sem perder a suas características essenciais, porum
armazenados, sem perder a suas características essenciais, por um
período
períododedeaté
até12
12meses
meses. . Campinas-SP, Brasil
II. Tecnologias
ALIMENTOS DESIDRATADOS E LIOFILIZADOS
•Batatas desidratadas
•Café em pó liofilizado
•Chá em pó liofilizado
•Cogumelos desidratados
•Falafel desidratado
•Frutos desidratados
•Gelado desidratados
•Gengibre desidratado
•Legumes e especiarias desidratados
•Leite creme desidratado
•Molhos desidratados
•Picado á base de soja, desidratado
•Pudins desidratado
•Sobremesas desidratadas
•Temperos e molhos em pó
•Vegetais desidratados
•Verduras e legumes liofilizados

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III. Fatores de estabilidade de alimentos
ALIMENTOS PERECÍVEIS – VEGETALES DESIDRATADOS

(1) reações de oxidação de lipídios;

(2) reações de escurecimento não enzímico;

(3) reações de oxidação de vitaminas (C e B1) e

(4) oxidação de pigmentos como clorofila e


carotenos.

Para frutas desidratadas, as reações enzímicas e de escurecimento não-enzímico são os


Para frutas desidratadas, as reações enzímicas e de escurecimento não-enzímico são os
maiores fatores de deterioração. Predominam as reações enzímicas, pois as frutas não são
maiores fatores de deterioração. Predominam as reações enzímicas, pois as frutas não são
normalmente branqueadas e geralmente são desidratadas a uma Aa entre 0,5 – 0,6.
normalmente branqueadas e geralmente são desidratadas a uma Aa entre 0,5 – 0,6.
(LABUZA (1982)
(LABUZA (1982)
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IV. Embalagens
As frutas secas requerem embalagens que impeçam a troca de umidade com
os ambientes de estocagem.

São utilizadas embalagens flexíveis de


estruturas como
PEBD, PP, BOPP/PEBD e PET/PEBD

Estruturas com PET e BOPP apresentam


como vantagens, proporcionar brilho e
uma melhor qualidade de impressão.

O ganho de umidade para muitos alimentos, atingindo valores acima da monocamada (Aa entre
O ganho de umidade para muitos alimentos, atingindo valores acima da monocamada (Aa entre
0,2 e 0,3), as velocidades para reações enzimáticas e químicas aumentam.
0,2 e 0,3), as velocidades para reações enzimáticas e químicas aumentam.
Sabe-se que, para cada aumento de 0,1 na Aa, a velocidade de certas reações duplicam ou até
Sabe-se que, para cada aumento de 0,1 na Aa, a velocidade de certas reações duplicam ou até
triplicam. LABUZA (1971)
triplicam. LABUZA (1971)
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V. Alterações
ALTERACÕES NA QUALIDADE DE FRUTAS E HORTALIÇAS
DESIDRATADAS DURANTE A ESTOCAGEM

a)ATIVIDADE MICROBIANA
Em geral, a Aa mínima para produção de toxinas é freqüentemente mais alta que para o
crescimento do microrganismo.

Esse fenômeno representa um importante fator de segurança para alimentos


desidratados, como teor intermediário de umidade (HAAS et al., 1975, SCOTT, 1957,
em ITAL 2002).

Tabela 1. Padrão microbiológicos para frutas e hortaliças, secas, desidratadas ou liofilizadas


Contaminação Padrão

Salmonellas Ausência (em 25 g)


coliformes fecais (NMP) 10/g (máximo)
Bolores e Leveduras 2x10³/g (máximo)

Fonte: Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária-Divisão Nacional de Vigilância de alimentos Portaria


No 01 de 28 de janeiro de 1987.

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V. Alterações
ALTERACÕES NA QUALIDADE DE FRUTAS E HORTALIÇAS
DESIDRATADAS DURANTE A ESTOCAGEM

b) ESCURECIMENTO NÕA ENZÍMICO


A maioria dos alimentos desidratados e, praticamente, todos de teor
intermediário de umidade, são sujeitos ao escurecimento não enzimático.
Essa reação envolve aminoácidos e açúcares redutores.

A reação é consequência da T°, do pH do produto, da presença de


SO2 e de outros inibidores e, principalmente, da Aa

Durante a estocagem, essas reações também ocorrem, mas


regidas por outros parâmetros, como a Aa e Tº

A taxa de degradação da clorofila é influenciada pela Aa. Em espinafre liofilizado, observou-se que, com o
A taxa de degradação da clorofila é influenciada pela Aa. Em espinafre liofilizado, observou-se que, com o
aumento da Aa, ocorre um aumento na velocidade de degradação da clorofila. Observou-se ainda que a clorofila é
aumento da Aa, ocorre um aumento na velocidade de degradação da clorofila. Observou-se ainda que a clorofila é
estável em Aa próximas a 0,11 (LABUZA 1982 em ITAL 2002).
estável em Aa próximas a 0,11 (LABUZA 1982 em ITAL 2002).
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V. Alterações
ALTERACÕES NA QUALIDADE DE FRUTAS E HORTALIÇAS
DESIDRATADAS DURANTE A ESTOCAGEM

c) ALTERACÕES FISICAS E SENSORIAIS

Aglomeração ou perda de fluidez: Sucos de frutas, contém


considerável quantidade de açúcares e substancias solúveis que os
tornam particularmente suscetíveis á absorção de umidade ou
exposição a T°s elevadas

Estas
Estasalterações
alteraçõessão
sãocríticas
críticasdurante
duranteooprocesso
processode
desecagem
secagemeeestocagem,
estocagem,dando
dando
origem
origem a produtos indevidamente aglomerados, com redução de sua capacidadede
a produtos indevidamente aglomerados, com redução de sua capacidade de
dispersão e até com perda de coloração característica
dispersão e até com perda de coloração característica
Campinas-SP, Brasil
Junho 2006, Campinas

Campinas-SP, Brasil
Junho 2006, Campinas

Campinas-SP, Brasil
Junho 2006, Campinas

Campinas-SP, Brasil
Junho 2006, Campinas

Campinas-SP, Brasil
Junho 2006, Campinas

Campinas-SP, Brasil
Junho 2006, Campinas

Campinas-SP, Brasil
VI. Tecnologia – Café Solúvel

A maior causa de perda de qualidade de café solúvel é o


aumento de umidade, que resulta em total aglomeração
do produto quando se atinge a níveis de 7 a 8%.

LABUZA (1982), cita genericamente que, com atividade


de água de 0,50 o café solúvel se aglomera e se dissolve
em valores de 0,75.

O café solúvel tem sido comercializado no Brasil em estruturas laminadas


O café solúvel tem sido comercializado no Brasil em estruturas laminadas
contendo uma folha-de-alumínio como componente barreira a umidade. Neste tipo
contendo uma folha-de-alumínio como componente barreira a umidade. Neste tipo
de material, como a taxa de permeabilidade ao vapor de água é de cerca de 0,03g
de material, como a taxa de permeabilidade ao vapor de água é de cerca de 0,03g
água/m²/dia a 38°C/90%UR, é estimado que a umidade do café solúvel atingisse
água/m²/dia a 38°C/90%UR, é estimado que a umidade do café solúvel atingisse
cerca de 4,6 - 4,7% após 2 anos de estocagem a 30°C/80% UR. (ALVES, 1998)
cerca de 4,6 - 4,7% após 2 anos de estocagem a 30°C/80% UR. (ALVES, 1998)

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VI. Tecnologia – Leite em pó
DERIVADOS DO LEITE

•Bebidas lácteas em pó
•Iogurte em pó
•Leite de cabra em pó
•Leite de vaca em pó
•Leite em pó desnatado
•Leite em pó maltado
•Leite em pó para bebes
•Leite em pó seco a vácuo
•Leite em pó seco com spray
•Leite em pó seco em cilindros
•Leite em pó seco em frio
•Leite em pó, completo
•Nata em pó
•Pó de soro de leite
•Pós aromatizantes para sorvete
•Soro de fabricação de queijo, em pó
•Soro de leite concentrado
•Soro de leite em pó
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VI. Tecnologia – Leite em pó

LEGISLAÇÃO

Os padrões americanos requerem um conteúdo mínimo de 26%


de gordura e 1,5 a 3,0% de umidade.
A FAO permite até 5% de umidade e 26% de gordura ,
(HARGROVE & ALFORD 1974, em DA SILVA 1993)

A legislação brasileira (Decreto No 1255 de 25/06/1962


do Ministério da Agricultura no Capítulo V), para leite em
pó para consumo direto, não deve apresentar mais de 3%
de umidade

Campinas-SP, Brasil
VI. Tecnologia – Leite em pó
LEGISLAÇÃO

A legislação brasileira considera impróprio para consumo o


leite desidratado, que apresenta:

a) Cheiro o sabor estranhos, de ranço, de mofo e outros;

b) Insolubilidade no leite em pó e nas farinhas lácteas:

c) Estufamento de latas em leite parcialmente desidratado;

d) Embalagem defeituosa, expondo a produto á contaminação e


a deterioração.

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VI. Tecnologia – Leite em pó
PRODUÇAÕ

A dessecação em laticínios se dá pela atomização em câmaras de


secagem tipo “spray-dryer”. O leite concentrado é aspergido na
câmara como gotas menores que 100 micrômetros de diâmetro.
Estima-se que um litro de leite concentrado, após atomizado, perfaça
uma área de 60 a 80m2.

As gotas de leite concentrado entram em contato com o ar quente na


câmara de secagem e são, rapidamente, convertidas em partículas de leite
em pó, pela retirada de água. Estas partículas têm de 5 a 100
micrômetros de diâmetro.
Campinas-SP, Brasil
VI. Tecnologia – Leite em pó
PRODUÇAÕ

O processo “spray – drying” é o mais utilizado,


fornece um produto como melhores
características físico – químicas e
organolépticas e maior vida útil
(BOERSEN, 1990 em DA SILVA 1993).

Campinas-SP, Brasil
VI. Tecnologias – Leite em pó

TABELA 2. Composição centesimal do leite em pó integral desnatado

Leite em pó
Leite Leite em
Constituinte bubalino em pó Convencional Instantâneo
pó* integral

Proteína 23,2 26,4 35,9 35,8


Gordura 46,1 27,5 0,8 0,7
Umidade 3,4 2,0 3,0 4,0
Lactose 22,6 38,2 52,3 51,6
Cinza 4,2 5,9 8,0 7,9
Lecitina 0,5 - - -

FONTE: HARGROVE & ALFORD 1974


•GUERRA 2005.

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VI. Tecnologias – Leite em pó
EMBALAGENS

A maioria do leite em pó integral produzido no Brasil é


acondicionado em embalagens metálicos com injeção de gás inerte.
Além fornecem proteção mecânica, eliminam a interferência da luz
e permitem que a produto seja embalado em atmosfera inertizada

Tradicionalmente, o leite em pó é empacado de 25 kg em pacotes de papel Kraft,


feito com polietileno de baixa densidade (LDPE). A camada interna do LDPE varia
na espessura de 1 a 4 mil (mil = 0,076 mm)

Para a atividade comercial doméstica nos Estados Unidos, o leite em pó


descremado é comodamente empacotado em PE de 2 ou 3 mil dentro de um
pacote de papel kraft de 4 dobras
Campinas-SP, Brasil
VI. Tecnologias – Leite em pó
EMBALAGENS

A pacote de papel para empacar leite em pó, consiste


no papel kraft de 3-dobras e em um forro interno LDPE
do 3-mil

As pacotes plásticos para leite em pó consistem em duas


camadas - um forro interno do LDPE 3-mil e um escudo
externo de polipropileno (PP) do 5-mil.
PP é um polímero do hidrocarboneto polimerizado do gás do
propylene e tem propriedades boas de barreira a umidade

Para assegurar a qualidade máxima do armazenamento, o produto seco é


Para assegurar a qualidade máxima do armazenamento, o produto seco é
armazenado a prova de vapor, prova de umidade, empacado e selado em um lugar
armazenado a prova de vapor, prova de umidade, empacado e selado em um lugar
escuro, fresco e seco
escuro, fresco e seco
Campinas-SP, Brasil
Tecnologia de empaques
E n v e lo p e s p a r a p r o d u t o s e m p ó c o m 4 s o ld a s E n v e lo p a d o r a a u t o m á t i c a p a r a
p ro d u to s e m p ó (F A B R IM A )

E n v e lo p a d o r a 5
p is t a s a u t o m á t ic a E n c a rtu c h a d o ra
(P A L U D O )

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II. Tecnologias – Leite em pó
Tabela 3. Influência do armazenamento em 37°C e 90% UR no atividade de
água e umidade do leite desnatada em pó.

Os valores meios de Aa aumentou Armazenamento (dias)


significativamente com comprimento Fabricante do
Pacote
saco
do armazenamento 0 45 90 135 135*

Atividade de
água
A Papel 0,15 0,19 0,26 NA 0,21
Os valores de Aa de leite em A Plástico 0,16 0,19 0,24 0,26 0,22
pó empacados em pacotes de B Papel 0,17 0,21 0,26 NA 0,23
C Papel 0,17 NA 0,27 0,27 0,24
papel ou plásticos aumentaram
quando armazenados por 135 Umidade (%)
A Papel 2,69 3,11 3,24 NA 2,87
dias a T° amb. e foram A Plástico 2,87 3,2 3,09 3,81 2,86
equivalente á Aa de leite em B
C
Papel 2,88 2,82 3,71 NA 5,99
Papel 2,76 NA 3,59 3,48 3,16
pó armazenado por
aproximadamente 60 dias
*Amostras armazenadas a temperatura ambiente (23-25°C) por 135 dias, os valores
tabelados são os meios de análises duplicadas de dois repetições
NA; pacotes repetidos no avaliados por análises

Campinas-SP, Brasil
II. Tecnologias – Leite em pó
Tabela 3. Influência do armazenamento em 37°C e 90% UR no atividade de
água e umidade do leite desnatada em pó.
á umidade, se encontra uma clara
tendência de aumento durante o Armazenamento (dias)
armazenamento Fabricante do
Pacote
saco
0 45 90 135 135*

A umidade do leite em pó em Atividade de


água
pacotes de papel aumentou, na A Papel 0,15 0,19 0,26 NA 0,21
média, por 26,5% durante os A Plástico 0,16 0,19 0,24 0,26 0,22
B
90 dias. C
Papel
Papel
0,17
0,17
0,21
NA
0,26
0,27
NA
0,27
0,23
0,24
O % de aumento em umidade
Umidade (%)
de leite em pó em pacotes de A Papel 2,69 3,11 3,24 NA 2,87
papel armazenados a T° amb. A Plástico 2,87 3,2 3,09 3,81 2,86
B Papel
por 135 dias foi aprox. de 7% C Papel
2,88
2,76
2,82
NA
3,71
3,59
NA
3,48
5,99
3,16
a 108%.
Visto em leite em pó em
pacotes de plástico, o nível de *Amostras armazenadas a temperatura ambiente (23-25°C) por 135 dias, os valores
tabelados são os meios de análises duplicadas de dois repetições
umidade era quase inalterada. NA; pacotes repetidos no avaliados por análises

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VI. Tecnologia – Leite em pó
ALTERAÇÕES

TASMA & PALLANSCH (1964), mencionam que as alterações no “flavor”


do leite em pó durante a estocagem apresentam mudanças complexas,
devido a parâmetros como temperatura, teor de água e concentração de
oxigênio.

O conteúdo de vitaminas também pode ser afetado pelos condições de


estocagem do leite em pó. Por exemplo, a perda de vitamina C dependo do
oxigênio e da permeabilidade ao vapor de água do material de embalagem,
DeBOER et alii (1984).

LABUZA (1971) afirma que uma umidade de 4% no leite em pó integral é


próxima do nível da monocamada e baixo desta, a deterioração oxidativa
predomina e acima desta o escurecimento enzimático é acelerado.

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VI. Tecnologia – Leite em pó
ALTERAÇÕES

REENER (1988), afirma que a redução do conteúdo de água no leite em pó por


volta de 4%, não torna produto estéril, mas não permite crescimento
microbiano e nem atividade enzimática, mas a associação de elevadas T°s e
aumento no conteúdo de umidade afetam a estabilidade do produto.

RENNER (1988) cita o valor de 0,5 de atividade de água em produtos


derivados do leite, para que reações de escurecimento não-enzimáticos
ocorram á temperatura ambiente.

Segundo MADI et alii (1984) quando a umidade do produto excede 5% a 30°C,


a velocidade de a reação de Maillard aumenta significativamente

MADI et alii (1984) em DA SILVA (1993), concluíram que a aglomeração do leite em


pó integral inicia-se a uma Aa entre 0,4 e 0,5.
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VI. Tecnologia – Leite em pó
ALTERAÇÕES

Como a maioria das reações, quando a Aa diminui, a velocidade das reações


oxidativas diminuem e então aumentam novamente quando se atinge valores de Aa
abaixo da monocamada. Este efeito é atribuído ás alterações na hidratação de
traços de metais catalisadores, os quais tornam-se mais ativos com a retirada de
água.

BURVALL et alii (1978) estudaram o efeito da Aa no valor nutricional da proteína


durante a estocagem de leite em pó, conduzindo que a perda de lisina foi baixa
após um ano de estocagem em Aa de 0,11 e em Aa de 0,62 a perda foi de 25% após
a 9 meses.

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VII. Vida útil
ESTIMATIVA DA VIDA ÚTIL DE ALIMENTOS DESIDRATADOS

A vida comercial
Tempo entre sua elaboração e o momento em que sua
qualidade alcança um valor mínimo, a partir do qual não é
mais recomendado para consumo, principalmente porque
perdeu grande parte de suas características sensoriais
desejadas pelo consumidor

As propriedades da embalagem


Umidade Relativa de armazenamento
(Deve ser próxima a umidade relativa de equilíbrio do
produto armazenado)

Devido
Devidoaacomplexidade
complexidadedas
dasreações
reaçõesque
queconduzem
conduzemaadeterioração
deterioraçãode
deum
um
alimento, a melhor maneira de se determinar a vida comercial, segundo
alimento, a melhor maneira de se determinar a vida comercial, segundo
GIMENEZ
GIMENEZ(1986),
(1986),ééaaavaliação
avaliaçãosensorial
sensorial
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VII. Referências Bibliográficas

DA SILVA, M.R. Estudo de estabilidade do leite em pó integral utilizando-se absorvedores de oxigênio em


embalagens metálicas e embalagens flexíveis de alta barreira. Campinas, 1993. 168 p. Tese (Mestrado) –
Faculdade de Engenharia de Alimentos – Universidade Estadual de Campinas.

ITAL. ......

GUERRA, R., NEVES, E., e PENA, R. Caracterização e processamento de leite bufalino em pó em


secador por nebulização. Ciênc. Tecnol. Aliment., 2005, vol.25, No 3, p. 443-447. ISSN0101-2061

MUKHERJEE (2005)

SHAKEEL-UR-REHMAN, NANA Y FARKYE e ANDREW A SCHAFFNER. The effect of multiwall kraft


paper or plastic bags on physico-chemical changes in milk powder during storage at high temperature and
humidity.2003, International Journal of Dairy Technology, vol 56, No 1, p. 12-16

COSTA, E., DE OLIVEIRA, G., ARRAES, G., MONTEIRO, S., SILVA, ª, Desidratação da polpa de
Acerola (Malpighia emarginata D.C.) pelo processo “Foam-Mat”. Ciênc. Tecnol.
Aliment. vol.21 no.2 Campinas May/Aug. 2001

CANO-CHAUCA M., et. al..B.CEPPA, Curvas de secagem e avaliação da atividade de água da Banana Passa.
Curitiba, v. 22, n. 212, , pn. . 112, 2004

Campinas-SP, Brasil

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