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Estágio básico II (Grupos)

PROFESSORA TUHANY SABINO


“Linhas e composições da instituição grupo: a
montagem das cartografias grupais”
 Linha M – Moreno
 Linha K – Kurt Lewin
 Linha TA- Taylor
 Linha E- Mayo
 Linha T- Terapêutica
 Linha B- Bion
 Linha P- Pichón
 Linha A- Anzieu, Pontalis, Kaes, Missenard e Bejarano.
 Linha G- Félix Guattari
Linha TA - Taylor

 Industrial americano interessado em estudar o comportamento dos trabalhadores no


mínimos detalhes para aumentar a produtividade eficiência da produção.
 Os quatro princípios Tayloristas
 Parcelamento do trabalho
 Treinamento de especialistas de detalhe
 Reformulação do papel da programação e controle do trabalho pela individualização
 Fixação de tarefas pré-planejadas pela direção. Racionalizando ao máximo o trabalho
operário
Linha TA - Taylor

Fragmentar o
Expropriar o saber fazer Tornar qualquer conhecimento do
do trabalhador trabalhador substituível trabalhador como forma
de controle

Agilizar a Desmobilizar a
produção/aumentar os organização do
lucros movimento operário
Efeitos da linha Taylor

 Desqualificação de trabalhador
 Redução do gesto do trabalhador a movimentos padronizados
 Ausência de qualificação profissional
 Desgaste da força de trabalho
 Deterioração das relações entre operários, chefias e patrões
 Aumento de tensões nervosas
 Crescente irritabilidade
 Perda de interesse pelo trabalho
Os efeitos nocivos da linha Taylor criam demandas
para os psicólogos e sociólogos. Daí ganham força
a psicossociologia industrial e a nascente
psicologia de grupos.
Linha M – Moreno

 Psiquiatra romeno
 Teatro da espontaneidade “O sociograma seria a
 Sociometria representação gráfica dessas redes
 (Buscava mapear as relações de de preferência e rejeição, revelando
simpatia, antipatia, indiferença) hierarquias, sistemas de poder. Era
 Sociograma (questionário de poucas uma técnica de mudança social e seu
perguntas, que traçava a rede de
relações entre as pessoas de um
objetivo era pensar/intervir no
grupo e/ou organização) sistema de grupos, na comunidade
como um todo.” p. 94
Linha M- Moreno

 Psicodrama como recurso terapêutico


 Catarse e dramatização de conflitos
 Ponto de bifurcação no entendimento do Psicodrama procedimento terapêutico
fenômeno de grupos elaborado pelo autor. Utilizando
técnicas do Teatro da espontaneidade ele
pretendia dispara nos sujeitos
espontaneidade criadora, como forma
de evitar a cristalização dos indivíduos
institucionalizados e combater a
conserva cultural.
Linha K- Kurt Lewin

 Kurt Lewin – Psicólogo alemão, ligado ao movimento gestaltista, segue na trilha de


moreno apostando na intervenção social e/ou comunitária.
 Criador da expressão dinâmica de grupo, que mais tarde foi convertido em técnicas de
trabalho com grupo, não especificamente por ele, mas por psicólogos posteriores a ele.
 Lewin chegou a iniciar uma nova modulação em sua psicossociologia experimental que se
assemelhava bastante a pesquisa ação, o amadurecimento dessa abordagem foi
interrompido por sua morte prematura em 1947. Dessa pesquisa ação incipiente surgiu de
maneira bastante original, em decorrência de um imprevisto o conceito de Grupo de
diagnóstico, onde os sujeitos do experimento participam da discussão sobre a dinâmica
de grupo a qual foram submetidos.
Linha K- Kurt Lewin

 Inspirado na matemática cria a expressão


dinâmica de grupo
 Realizou o famoso experimento “Climas
Sociais” “Algumas de suas hipóteses são baluartes
do mundo grupalista: o grupo é mais que
a soma de suas partes, quando há
modificação de uma das partes, a
estrutura grupal se modifica, o grupo é
uma realidade irredutível ao indivíduos
que o compõe.” p. 97
Linha E – Westerny Electric Company

 Elton Mayo – desenvolveu um dos primeiros estudos em ciências sociais norte-


americanos
 Apontou para a existência do fenômeno do grupo e das relações interpessoais
como geradoras de efeitos na produtividade do trabalho nas fábricas.
 Desenvolveu estudo na Western Electric Company, desse estudo surge a
Psicossociologia Industrial.
Linha E - Westerny Electric Company

“ A linha E , traz, portanto, outros pontos de inserção na instituição grupo.


Este aparece como instrumento de solução para conflitos que
ultrapassavam os aspectos físico-ambientais, detectados pelas propostas
tayloristas e fordistas. Tratava-se do fator humano, o qual escapava das
medidas cadastradas pelos inovadores da organização da produção. O
trabalho com grupos se configura, então, como tecnologia a ser empregada
especialmente frente a situações de conflito ( nas industrias, nas escolas,
nas comunidades marginalizadas etc). “ p. 100
Linha T – Terapêutica

 Grupos de mútuo apoio


 Em 1905 o medico Prat, observou que alguns dos participantes do grupo de cuidados de
higiene que promovia para pacientes tuberculosos, participavam mais que outros.
 Diante dessa observação ele os convida para que se sentem mais próximo a ele
 Isso tem efeitos positivos no quadro de saúde dos pacientes, a promoção de vínculo com o
médico, e a possibilidade de expressar as emoções diante dos seus pares eram os
responsáveis pelos efeitos positivos dessa terapêutica.
Linha B – Bion

 Psiquiatra Inglês, fez suas primeira observações quanto ao fenômeno do grupo com os
pacientes do hospital que dirigia e com um grupo de ex-soldados da segunda grande
guerra.
 A grande contribuição do autor foi a inclusão da dimensão inconsciente nos estudos de
grupo até então desconsiderada.
 Diante dos desafios impostos a ele pelo gerenciamento do hospital e os soldados com
diversas sequelas da guerra, uma das intenções do trabalho em grupo do autor era lidar
com as tensões emocionais presentes nos grupos.
Linha P – Pichón

 O grupo se estabelece pela tarefa, grupo operativo. Pichón considera que uma
equipe ou conjunto de pessoas só se estrutura enquanto grupo quando está
operando sobre uma tarefa, de forma a garantir a abertura constante da espiral
dialética entre sujeito e objeto
 A essa estruturação grupal Picón deu o nome de grupo operativo, segundo ele
tem como função essencial aprender a pensar, de desenvolver a capacidade de
resolver contradições, situações conflitantes manifestadas no campo grupal.
 Sendo que a tarefa, um objetivo a ser cumprido ou uma finalidade em comum
tem a função de disparar a formação do processo grupal.
Linha A - Anzieu, Pontalis, Kaes, Missenard e
Bejarano

 Psicanalise de grupos francesa


 Fundam o Centro de Estudos Franceses para a Formação e a Investigação Ativa em Psicologia
(CEFFRAP)
 Nessa perspectiva o grupo serve como contexto para descoberta das formações do inconsciente.
 Para eles as ações em um grupo são deslocamentos, condensações e figurações simbólicas do
desejo.
 Todos os grupos tem seus símbolos e seus mitos.
 O papel do Analista é ser permeavel as representações imaginárias do grupo e conduzir para sua
elaboração.
 Grupo como dispositivo de ligação e transformação da realidade psíquica
Linha G – Guatarri

 Tentativa de superar o impasse grupalista do mentalismo versus individualismo


 Se preocupava em fomentar uma experiência de grupo que não repetisse os mecanismos
seriados e individualizantes da sociedade industrial
 Grupo sujeito
 Grupo sujeitado
Linha G – Guatarri

Grupo sujeitado caracterizado pela


hierarquia e pela organização vertical ou
piramidal; é uma tendencia grupal que “Grupo sujeito propõe-se a pensar sua
conjura qualquer inscrição de morte, de própria posição, abrindo-se para o outro e
dissolução, que preserva os mecanismos para os processos criativos. É uma
de autoconservação, fundados na tendência grupal, que conjura as
exclusão de outros grupo, e que impede hierarquias e totalidades, que se deixa
cortes criativos. Opera por totalização, confrontar com seu próprio limite, sua
unificação, substituindo as condições de finitude, que não busca garantias
enunciação coletiva por agenciamentos transcendentais e que se define por um
estereotipados, cortados ao mesmo tempo coeficiente de transversalidade ampliado”
do real e da subjetividade” p. 113 p. 113
Afinal por que grupos?

O que um grupo pode? Por que fazer grupo? Quando fazer um grupo?

 Para romper com a produção de subjetividades narcísicas, fechadas em


si mesma.
 Combater o individualismo, a formação de identificação identitárias
excludentes
 Produzir coletividade, transformação, expandir possibilidades de ação
O que um grupo pode? Por que fazer grupo? Quando fazer um grupo?

 Essas últimas questões tangem a prática do profissional psi nos mais


diferentes âmbitos do exercício profissional. O grupo é um recurso
comumente utilizado pelos profissionais nos serviços de saúde, a vezes
simplesmente empurrados pela alta demanda de atendimentos. Mas
será que é sempre assim? Claro que não, quero mostrar como o grupo
pode ser perfeitamente viável e oferecer cuidado genuíno e de
qualidade. Existem muitos tabus em torno do atendimento em grupo, um
deles é que como é uma forma de atender um maior número de pessoas
em um espaço de tempo curto, isso baixaria a qualidade do atendimento.
Em certas situações problema, o dispositivo grupal é exatamente o
mais indicado, por que aborda a questão atingindo em cheio a situação
problema a ser trabalhada. Com atingir em ceio quer dizer, coloca em
evidência um problema permitindo que ele seja trabalhado.
Referências bibliográficas

 BENEVIDES, R. Grupo a afirmação de um simulacro. 2007.

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