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das ações:
•a ética deontológica de Kant
•a ética utilitarista de Stuart Mill
http://filosofiaes.blogspot.com/2020/04/telensino-filos
A NECESSIDADE DE
FUNDAMENTAÇÃO DA MORAL
Como distinguir O que há de
uma ação incorreto em
moralmente matar, roubar
correta de uma e mentir e de
ação PROBLEMA DA correto em
ajudar?
moralmente
incorreta?
FUNDAMENTAÇÃO
DA MORAL
Que critério ético Será sempre
justifica incorreto matar,
ou fundamenta a roubar e mentir?
afirmação de que a O que é correto fazer numa situação em que E será sempre
ação A é correta e a todas as alternativas são más e é preciso correto ajudar?
ação B é incorreta? escolher a menos má?
a ética deontológica de
Duas respostas diferentes Immanuel Kant
ao problema
da fundamentação da o utilitarismo de Stuart Mill
moral:
O PROBLEMA DA FUNDAMENTAÇÃO DA MORAL
O utilitarismo moderno,
associado aos ideais liberais
e democráticos, foi fundado
por Jeremy Bentham (1748-
1832) e Stuart Mill (1806-
1873) e tornou-se uma das
teorias morais e políticas
mais importantes do século
XIX.
4
Stuart Mill (1806-1873)
A ÉTICA DE STUART MILL
6
• Esta teoria responde ao problema da fundamentação da
moral da seguinte forma:
i) o bem último é a felicidade; e
ii) a ação correta é aquela, de entre as alternativas
disponíveis, que mais promove a felicidade.
O PRINCÍPIO DA UTILIDADE
9
Texto de Stuart Mill
10
ARGUMENTO DO BEM
ÚLTIMO Pág.194
15
O princípio moral em que se baseia o utilitarismo
é o princípio da Utilidade ou da Maior Felicidade
16
Princípio da Maior Felicidade
18
argumento A FAVOR DO Princípio
da maior felicidade Pág.196
10ºA 24
25
hedonismo
Ver Pág.198
34
35
Texto
Consequencialismo: Pág.201
intenção e consequências
[O] motivo, embora seja muito relevante
para o valor do agente, é irrelevante para
a moralidade da ação. Aquele que salva
um semelhante de se afogar faz o que está
moralmente certo seja o seu motivo o
dever, seja a esperança de ser pago pelo
incómodo; aquele que trai um amigo que
confia em si é culpado de um crime,
mesmo que o seu objetivo seja servir
outro amigo relativamente ao qual tem
maiores obrigações.
Consequencialismo:
intenção e consequências
• A avaliação moral das ações depende
apenas das suas consequências.
• As intenções e motivações do agente (a
razão pela qual este realiza as suas ações)
são irrelevantes para o estatuto moral dos
atos.
• Em qualquer situação, a ação correta é
aquela que, comparada com todas as
alternativas, tem as melhores
consequências, ou seja, aquela que gera o
melhor estado de coisas possível.
Consequencialismo:
intenção e consequências
• Para determinar o valor das
consequências de um ato, temos de
ponderar imparcialmente os prejuízos e
os benefícios que a sua realização trará a
todos os indivíduos afetados pelo mesmo.
• Devemos fazer esse cálculo com total
imparcialidade, o que significa que
devemos dar a mesma importância à
forma como cada indivíduo é afetado pela
nossa ação.
Consequencialismo:
intenção e consequências
Tenho de voltar a dizer o que os criticos
do utilitarismo raramente têm a justiça de
reconhecer : que a felicidade que
constitui o padrão utilitarista do que está
certo na conduta não é a felicidade do
próprio agente, mas a de todos os
envolvidos. Quanto à escolha entre a sua
própria felicidade e a felicidade dos
outros, o utilitarismo exige que ele seja
tão estritamente imparcial como um
espetador benevolente e desinteressado.
Texto
Pág.202
Consequencialismo: intenção e
consequências
Indivíduos afetados
Tota
I1 I2 I3 II4 I5 l
Ações disponíveis
4
Opção A 8 9 4 3 4 28
Opção B 3 3 3 3 3 15
Opção C 4 5 6 5 6 26
Indivíduos afetados
Tota
I1 I2 I3 I4 I5 l
Ações disponíveis
Opção A 8 9 4 3 4 28
Opção B 3 3 3 3 3 15
Opção C 4 5 6 5 6 26
os fins
m
justificara
os meios
Princípios secundários: a inexistência
de regras morais absolutas Ver Pág.205
Exemplo 1
Ocupamos um cargo político e
podemos ordenar a construção de
uma de três coisas: um museu,
uma praça de touros ou um
hospital?
61
Exemplo 2
62
Entre os atos alternativos de que um agente dispõe numa certa
ocasião, só são permissíveis aquele ou aqueles que, comparados com
os restantes, têm as consequências mais valiosas .
Exemplo 1 Exemplo 2
63
O Utilitarismo
64
O BEM ÚLTIMO
População População
1
A 1
1
B1 1
1 1 1
1 1 1
1 1 1
8 9 7 8 1 1 1
1 1 1
1 1
1 1
1
1
objeção ao agregacionismo - ii
• O problema da conclusão repugnante:
– Mill defende que a ação correta é aquela que
mais promove o bem-estar agregado, isto é,
aquela que corresponde a um maior total de
bem-estar depois de descontar a dor à soma
do prazer de todos os envolvidos.
– Mas, nesse caso, uma ação que resultasse
numa sociedade com um grande número de
indivíduos que vivessem vidas que quase não
merecem ser vividas seria preferível a uma
sociedade com poucos indivíduos, ainda que
tivessem vidas com elevados níveis de bem-
estar.
objeção ao agregacionismo - 11
Dicionário:
P: A ação é moralmente correta.
Q: A ação é aquela que, de entre as alternativas
disponíveis, mais promove a felicidade.
P Q (P ↔ Q)
V V V
V F F
F V F
F F V
Contraexemplos ao PMF
93
Objeções ao utilitarismo:
Se a resposta for positiva, o cálculo das
consequências é feito apenas com base nas
experiências passadas, o que é falível e não
contempla situações novas, e não com base em
valores e intenções que nos levam a preferir
determinadas consequências a priori.
94
Objeções ao utilitarismo:
2. Dificuldade em calcular as consequências:
a) A dificuldade do número
b) Com que critério se compara o grau de prazer
ou de dor?
O critério que seguimos quando não há nenhum valor ou
intenção universal arrisca-se a ser o reflexo do que o seu autor
considera como preferível.
95
Objeções ao utilitarismo:
96
Objeções ao utilitarismo:
Parece que esta teoria permite justificar muitas ações
que habitualmente aparecem à nossa consciência como
imorais, mesmo provocando maior prazer do que outras.
98
Conclusão:
O utilitarista ignora a importância moral da intenção dos agentes morais e não tem
em conta a moralidade dos meios com que se alcançam os resultados, uma vez
que estes são os únicos fatores de determinação do valor moral das ações.
99
OBJEÇÕES À ÉTICA DE MILL (ao utilitarismo)
Violação de direitos
individuais
Segundo esta objeção, o utilitarismo
parece justificar ações que a intuição
nos diz serem erradas – como, por
exemplo, sacrificar uma pessoa inocente,
violando o seu direito à vida, para
aumentar a felicidade geral.
São ações que põem em causa os direitos
de algumas pessoas, embora maximizem
a felicidade.
x salva uma pessoa de morrer afogada para
obter reconhecimento público
NÃO
101
x salva uma pessoa de morrer afogada
para obter reconhecimento público
SIM
Stuart Mill (1806-1873)
PORQUÊ?
102
O Utilitarismo
Os fins justificam os
meios se o meio for a
melhor forma de
promover a felicidade
da maioria
Stuart Mill
103
Os fins justificam os meios?
106
1) Teorias deontológicas -o
valor moral da acção não
está propriamente no que se
faz, mas na forma como
fazemos o que fazemos, isto
é, no modo como agimos,
na intenção que preside aos
nossos actos. Depende do
respeito pelos princípios,
pelo Dever
Toma a forma do
Princípio da maior felicidade: a
Fundamento
Lei moral aImperativo
lei moral eCategórico:
o dever pelo dever
impõe
maximização do bem ou da felicidade
da moralidade (a vontade
deveres boa)
absolutos
Imparcialidade
a autonomia Imparcialidade
Fim da
Aspectos Condenação do egoísmo Altruísmo
(a opção pela lei que a razão dá
comuns
moralidade a si mesma): transformação a felicidade global
da vontade numa vontade boa
108
FORMAIS MATERIAIS
▼ ▼
Definem que a validade moral de uma
acção não está propriamente no Teorias que põem o assento
que se faz, mas na forma como tónico no conteúdo ou na
fazemos o que fazemos, isto é, no matéria da acção.
modo como agirmos, na intenção ▼
que preside aos nossos actos.
▼ A validade moral de um acto é
Não estabelece qualquer fim exterior determinada, não pela intenção
à acção moralmente boa. com que agimos, mas pelo que
▼
fazemos e pelo que da acção
Pelo contrário: para Kant a acção resulta.
moralmente boa tem o seu fim em
si mesma ▼
▼ Exemplo: para Stuart Mill
Vale não pelo dever que cumpre, mas mentir não é errado
pela forma como procura cumprir por princípio, mas em função
o dever.
das consequências
▼
109
Pensar Azul Texto Editores
Ética
reflexão sobre os princípios e valores que legitimam os códigos morais
↓
Moral
códigos e regras morais estabelecidos por um grupo, sociedade ou cultura
↓
Norma Consciência moral Intenção
regras Capacidade interior de orientação Julgamento íntimo de
estabelecidas e avaliação da acção com base em cada um sobre o que
socialmente princípios. Dimensão autónoma de é permitido ou
← proibido110
←
determinação da acção
>>> Fundamentação da moral
De que depende a moralidade da acção?
↓
Fundamentos da moral
Justificação e critério de moralidade
↓ ↓
Uma teoria deontológica Uma teoria consequencialista
Ética do dever de Kant Utilitarismo de Stuart Mill
A intenção é o critério ou fator decisivo Sim. A minha ética considera boa a ação cuja Não. As consequências são o critério
para avaliar se uma ação é moralmente máxima exprime a intenção de cumprir o dever decisivo da moralidade de um ato. A
boa? pelo dever. A minha ética é deontológica. intenção só diz respeito ao caráter do
agente. A minha ética é consequencialista.
Há ações boas em si mesmas, isto é, que Sim. O valor moral de uma ação depende da máxima Não. Não podemos dizer que uma ação é boa ou
tenham um valor intrínseco? que o agente adota sendo independente das má antes de olharmos para as suas
consequências, efeitos ou resultados do que fazemos. consequências.
Há deveres absolutos? Há normas morais que Sim. Mentir, roubar e matar, por exemplo, são atos Não. Apesar de esses atos terem
não devemos nunca desrespeitar? sempre errados. Há normas morais absolutas, que frequentemente consequências más, nem
devem ser incondicionalmente respeitadas, ou que sempre é assim. Há situações em que não
As consequências são o que devem Não. A minha
ser sempre ética não é
cumpridas. cumprir
Sim. esses deveres
A minha tem é
ética como consequência
um melhor estado de coisas.
mais conta para decidir se uma intencionalista.(2) consequencialista.(2)
ação é ou não moralmente
boa?(1)
Qual é o princípio moral fundamental que O princípio moral fundamental a respeitar é o O princípio moral fundamental a respeitar é o
temos de respeitar para que a nossa ação seja imperativo categórico. Exige que nunca se faça do princípio de utilidade. Exige que das nossas
moralmente boa? outro um simples meio e que para tal a máxima da acções resulte a maior felicidade possível para o
minha vontade possa ser a de todos. maior número possível de pessoas.
Maximizar o bem-estar ou a felicidade é Não. Não é obrigatório e muitas vezes não é Sim. Se o valor moral das ações depende da sua
obrigatório? permissível. O respeito absoluto pelos direitos da capacidade para maximizar o bem-estar, mesmo
pessoa humana implica que haja deveres absolutos ou que por vezes isso implique a violação de algum
coisas que é absolutamente proibido fazer. direito. A minha ética não é deontológica .
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