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BRUNO LATOUR
Parte III - De Pequenas a Grandes Redes -
Capítulo 5 – Tribunais da Razão
Meteorologistas
x
Pessoas comuns
Meteorologistas
x
Pessoas comuns
CONHECIMENT CRENÇAS
O
Juri: Pessoas
Hereditáriedade.
Contra-feiticeiro
Azande do séc. XIX,
Parte A - Os julgamentos de racionalidade
(2) Invertendo o resultado dos julgamentos de irracionalidade
Elisha Gray vs
Graham Bell
Desconhecido vs um
especialista
Caso 1: Um antropólogo
africano vai a Londres, e a
contradição do “assassino”;
CONHECIMENT CRENÇAS
O Irracional
Racional
Crédulo
Cético
Preconceituoso
Fundamentado
Absurdo
Crível
Distorcido
Procedente
Obscuro
Lógico
Bitolodo
Sem Preconceitos
Parte A - Os julgamentos de racionalidade
(3) Endireitando crenças tortas
CONHECIMENT CRENÇAS
O
RELATIVISTAS
X
RACIONALISTA
O que sabemos:
● Num debate científico existe simetria entre alegações, isto é, qualidades e defeitos.
● Apesar da simetria entre alegações, há um ponto de discordância, e isto reflete as visões de
mundo dos discordantes, o que gera o conflito de ideias.
● Racionalidade e irracionalidade: resultado de ataques à associações que lhe entravam o
caminho.
● O conflito estará entre as redes, mas decide-se o que cairá destas.
● A natureza é o término de todas as controvérsias, pois é direta e não possui influências.
● O que deve se perguntar é: se a natureza é direta, verdadeira e precisa, por que é possível um
ataque cruzar o caminho de outra pessoa, gerando acusações necessitando de defesa e
comprovações?
● Conflitos entre o lado de dentro e fora das redes.
(1)Por que não fatos moles?
A alegação ou afirmação deve dar margem para negociação, livre interpretação dentro do
contexto onde é inserida.
Controle e menor negociação: menos interessados e mais recursos para endurecer os fatos
(fatos duros).
Grande Divisor: acusações oriundas de dentro da rede científica contra o que está fora dela
→ Eles (acreditam) X Nós (sabem ou saberão).
Todo ciclo de acumulação possui fragilidades, que podem ser suprimidas a partir de
acordos.
As fragilidades estão ligadas umas as outras como “os muitos fios de macramê, para que
um compensasse a fraqueza do outro”. (Latour, p. 347) .
Como atuar a distância sobre eventos, lugares e/ou pessoas pouco conhecidos?
● Mobilidade → transporte
● Estabilidade → sem deteriorar
● Combinabilidade → acumular, agregar ou embaralhar.
(2) A mobilização dos mundos
Em vez dos cientistas darem voltas nas coisas, as coisas rodeiam a mente dos cientistas.
Mapas e desenhos tornam as coisas móveis. Animais, plantas rochas podem ser retirados
→ coleções, outra forma de revolução copernicana.
(2) Mobilização dos mundos
“Não é com diferenças cognitivas que devemos nos admirar, mas com essa mobilização
geral do mundo que dota alguns cientistas de casaca” (Latour, p. 351)
Não é salutar limitar os dados somente à lugares onde a humanidade pode estar in locu →
processos de acumulação “à distância” são válidos.
A revolução copernicana não depende dos métodos e meios, mas que se alcance o objetivo
: uma troca entre o centro e a periferia ( o que está dentro das redes e o que está fora).
Sempre surgirão controvérsias a respeito dos dados, arquivos e coleções, que devem ser
combatidas.
Expansão da rede
(3) Construindo o espaço e o tempo
“Parece estranho, à primeira vista, afirmar que espaço e tempo podem ser construídos
localmente, mas essas são as construções mais comuns de todas. O espaço é constituído
por deslocamentos reversíveis, e o tempo, por deslocamentos irreversíveis. Como tudo
depende de deslocar elementos, cada invenção de um novo móvel imutável vai traçar um
espaço-tempo diferente.”
(3) Construindo o espaço e o tempo
“Ou você a domina fisicamente, ou põe do seu lado um grande número de aliados, ou
então tenta chegar antes dos outros. Como fazer isso? Simplesmente invertendo o fluxo do
tempo”.
Trabalho complementar
Gráfico
Dmitri Mendeleiev
Revisão
CALCULANDO ENFIM
TOTAIS
GRÁFICOS
TABELAS
LISTAS
São essas algumas das ferramentas que possibilitam o tratamento complementar das inscrições.
Quando chegamos ao reino dos cálculos e das teorias, vemo-nos quase de mãos vazias. Até o fim desta parte, devo confessar que contamos
apenas com um programa de pesquisa, e não com um acúmulo de resultados, o que nos sobra é obstinação, e não recursos..
A invenção da variância é um desses dispositivos que continuam
resolvendo os importantes problemas das inscrições: mobilidade,
permutabilidade e fidedignidade. O mesmo se diga da invenção da
amostragem. O que é a amostra mínima que permite representar o maior
número de características?
Tomemos como exemplo, o trabalho de Reynolds:
O coeficiente, número ou módulo de Reynolds
(abreviado como Re) é um número adimensional
usado em mecânica dos fluídos para o cálculo do
regime de escoamento de determinado fluído sobre
uma superfície. É utilizado, por exemplo, em
projetos de tubulações industriais, aeronaves,
foguetes e embarcações.
Como é possível relacionar os muitos casos de turbulência
observados em maquetes ou nos rios? Esses casos já
estão resumidos em sentenças de forma “quanto mais...
“tanto mais”...., “quanto mais...”tanto menos”... Quanto
maior o fluxo, tanto maior a turbulência, quanto mais
denso um fluído, tanto mais propenso à turbulência;
finalmente quanto mais viscoso um fluído menos
turbulência ocorrerá (o óleo contorna mansamente um
obstáculo que desencadearia turbilhões com água.)
T (turbulência) é proporcional a V (velocidade)
T (turbulência) é proporcional a C (comprimento do
obstáculo)
T (turbulência) é proporcional a D (densidade)
T é inversamente proporcional a Vi (viscosidade)
Alguma coisa foi ganha com a manutenção da
fórmula de Reynolds ou trata-se simplesmente de
um resumo abreviado de todas as possibilidades?
Assim como ocorreu com a tabela de Mendeleiev e
na verdade com todas as reformulações observadas
nessa seção, alguma coisa foi ganha, porque cada
translação recombina os nexos entre os ele
mentos (criando assim, um novo espaço-tempo).
Situações que pareciam tão divergentes quanto um
riacho rápido correndo contra uma pedra e um grande
rio remansoso interrompido por uma barragem, ou
uma pena caindo no ar e um corpo nadando em
melado, podem produzir turbulências muito parecidas
se estiverem “mesmo número de Reynolds” (Como
agora se chama).
R é agora um coeficiente que pode marcar todas
as possíveis turbulências, seja de galáxias no
céu ou de nós numa árvore e, realmente, como
lembra o nome “coeficiente”, leva todas as
turbulências a agir no laboratório do físico
como se fossem uma só.