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PLANEJAMENTO DE MATERIAIS

INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ

TEORIA CIENTÍFICA DA ADMINISTRAÇÃO

Curso Técnico em
Cooperativismo –
1° Ano

Professor:
Gilberto Laske
Perspectivas da Administração
ao Longo do Tempo
1903 1909 1916 1932 1947 1951 1953 1954 1957 1962 1972

 Escola de Administração Científica – Taylor e Gilbreth


 Teoria da Burocracia – Weber
 Escola dos Princípios de Administração Fayol
 Escola das Relações Humanas – Mayo e Lewin
 Teoria das Decisões – Simon
 Teoria dos Sistemas – Bertalanffy Kast e Rosenzweig
 Teoria dos Sistemas Sociotécnicos – Emery e Trist
 Teoria Neoclássica da Administração – Koontz e
O’Donnell, Newman, Drucker
 Escola Comportamental da Administração – McGregor,
Likert e Argyris
 Escola do Desenvolvimento Organizacional – Bennis,
Beckhard, Schein
 Teoria da Contigência – Woodward, Lawrence e Lorsch

AS PRINCIPAIS ESCOLAS E TEORIAS QUE INFLUENCIAM O


ATUAL PENSAMENTO ADMINISTRATIVO
Fonte: CHIAVENATO (1983)
Administração
Científica
Administração Científica

A Organização racional do trabalho se fundamenta nas seguintes


análises do trabalho operário:
 Estudo dos tempos e movimentos
 Fragmentação das tarefas
 especialização do trabalhador
Buscava-se a eliminação do desperdício, da ociosidade operária e a
redução dos custos de produção.
Nesta fase a única forma de se obter a colaboração do operário era
através de incentivos salariais e prêmios de produção. O salário era
a única fonte de motivação.
Problemas de Operações Fabris da
5
Época
 Ausência de noção sobre divisão de responsabilidades
 Não havia incentivos para melhora do desempenho
 Trabalhadores faziam “corpo-mole”
 Uso de intuição e palpite pelos administradores
 Trabalhadores com tarefas sem aptidão
 Conflitos entre capatazes e operários sobre a
quantidade de produção
Movimento da Administração
6 Científica
Primeira Fase Segunda Fase Terceira Fase

Ataque ao “problema
dos salários” Ampliação de escopo, Consolidação dos
da tarefa Princípios
Estudo sistemático para a administração
do tempo (métodos de trabalho) Proposição de divisão
de autoridade
Definição de tempos e responsabilidades
padrão:velocidade Definição de princípios dentro da empresa
máxima de administração
do trabalho Distinção entre
Sistema de administração Técnicas e princípios
de tarefas: seleção
e incentivos

Fonte: Maximiano (2008)


Administração Científica
 Primeiro Período de Taylor (1903)
 Preocupação com as técnicas de racionalização do trabalho do
operário, por meio do estudo de tempos e movimentos.
1. O objetivo da administração é pagar salários altos e ter baixos
custos de produção;
2. Adequação dos materiais e condições de trabalho dos empregados,
que devem ser cientificamente distribuídos por seus postos de trabalho
de acordo com as suas funções;
3. Adestramento do trabalhador;
4. Boas relações entre administração e trabalhadores.
Administração Científica
 A organização racional do trabalho (ORT) se baseia em:
1. tempos e movimentos;
2. estudo da fadiga humana;
3. divisão do trabalho e especialização do operário;
4. desenho de cargos e tarefas;
5. incentivos salariais e prêmios de produção;
6. conceito de “homo economicus”;
7. condições ambientais de trabalho, como iluminação, conforto
etc;
8. padronização de métodos e de máquinas;
9. supervisão funcional.
 Fluxograma ORT: Adm. Científica
Administração Científica
1- Tempos e Movimentos
 Os objetivos do estudo dos tempos e movimentos são:
1. eliminação do desperdício de esforço humano.
2. adaptação dos operários à tarefa.
3. treinamento dos operários
4. especialização do operário.
5. estabelecimento de normas de execução do trabalho.
Administração Científica
2- Estudo da Fadiga Humana
Fadiga causa:

1. diminuição da produtividade e da qualidade do


trabalho;
2. perda de tempo;
3. aumento da rotatividade de pessoal;
4. doenças e acidentes e diminuição da capacidade
de esforço;
3- Divisão do trabalho e Especialização do
operário.
a) cada operário passou a ser especializado na
execução de uma única tarefa ou de tarefas
simples e elementares.
Administração Científica
4- Desenho de Cargos e Tarefas
A simplificação no desenho dos cargos permite as seguintes
vantagens:
a) minimização dos custos de treinamento;
b) redução de erros na execução, diminuindo os refugos e
rejeições;
c) facilidade de supervisão, cada supervisor pode controlar um
número maior de subordinados;
d) aumento da eficiência do trabalhador, permitindo maior
produtividade.
5- Incentivos Salariais e Prêmios de produção
a) estabelecida a eficiência padrão (100%), seriam dados maiores
salários aos trabalhadores mais produtivos ( proporção de sua produção)
e menor aqueles com menor produção.
Administração Científica
6- Homo Economicus
a) O homem não gosta de trabalhar, o faz exclusivamente
por necessidades financeiras
7- Condições de Trabalho
As condições de trabalho que preocuparam foram:
a) arranjo físico das máquinas e equipamentos para
racionalizar o fluxo de produção;
b) melhoria do ambiente físico de trabalho de maneira
que o ruído, a ventilação, a iluminação, o conforto no
trabalho não reduzam a eficiência do trabalhador.
Administração Científica
8- Padronização de Máquinas Equipamentos
a) reduzir a variabilidade e diversidade no processo
produtivo;
b) eliminar o desperdício e aumentar a eficiência.
9- Supervisão por Funções
a) existência de diversos supervisores, cada qual
especializado em determinada área.
Administração Científica
O desenho de Cargos e Tarefas enfatizava o trabalho
simples e repetitivo, as padronizações e condições de
trabalho que assegurassem a Eficiência.

Verificou-se que somente os operários trabalhando de forma


organizada e científica não garantiam o sucesso da
empresa se os chefes, gerentes e diretores continuassem
a trabalhar da mesma forma que antes. Surgiria assim os
primeiros Princípios de Administração capazes de balizar
o comportamento dos chefes e gerentes.
Administração Científica
 Princípios de Taylor
1. Princípio de Planejamento: separar quem pensa e quem faz.
2. Princípio de Preparo: selecionar os melhores e treiná-los de
acordo com o melhor método de execução.
3. Princípio do Controle: aderência ao planejamento de tarefas
através de rigorosa supervisão.
4. Princípio da Execução: não cabe somente aos operários a boa
execução das tarefas - os diretores são co-responsáveis.
16 Em que Taylor acreditava?
 Ganho material levará ao estímulo ao crescimento pessoal;
 Desenvolvimento de cada homem a sua condição de excelência
máxima;
 Homem médio e homem de primeira classe;
 Trabalhar de forma inteligente ao invés de duro, nem depressa,
nem bastante...
Produção em Massa e Linha de
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Montagem
 Taylorismo formou parceria com a notável expansão da indústria
e com a inovação da linha de montagem

 Henry Ford utiliza dos conceitos de Taylor para repensar a


forma de produzir automóveis;
O Raciocínio de Henry Ford...

1908
Artesanal
514 min/ ciclo
Partes importantes
12,5 h por chassi
Redução da tarefa
Peças ao Ponto
Trabalhador vai de carro
em carro
3 min/ciclo
1914
Linha de montagem mecanizada
Maior Redução da tarefa
Trabalhador parado
1,19 min /ciclo
1,33 h chassi
Princípios da Produção em Massa
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Peças Padronizadas Trabalhador Especializado

Máquinas especializadas
Uma única tarefa ou pequeno
Sistema universal de fabricação número de tarefas
e calibragem
Posição fixa dentro de uma
Controle de qualidade seqüência de tarefas

Simplificação das peças O trabalho vem até


o trabalhador
Simplificação do
Processo Produtivo As peças e máquinas ficam
no posto de trabalho

Fonte: Maximiano (2008)


A Visão de Henry Ford

… construir um carro a motor para toda a população... Será de


preço tão baixo que nenhum homem com um bom salário não seja capaz de
adquirir um deles e aproveitar com sua família a benção das horas de prazer
nos amplos espaços de Deus... Quando eu tiver terminado, todos poderão
adquirir um carro e todos o possuirão.
As críticas à administração científica
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Críticas da época: Críticas conforme a evolução do


pensamento administrativo
(Morgan, 2007):

 A empresa vista como


• Aumentar a eficiência
máquina
levaria ao desemprego
 O homem visto como
• Uma técnica para fazer o
continuação da
operário trabalhar mais e máquina
ganhar menos
 Não relacionamento
com ambiente externo
 A idéia do salário como
motivador soberano
Princípios da Administração Científica
22 Presentes
Q u a d r o 2 .1 Lista destinada à avaliação do desem penho de um em pregado que trabalha
no balcão de refeição rápida.
A c o lh id a a o c lie n te S im N ão
1 . O e m p re g a d o s o r ri. I
23 2 . A a c o lh id a é sin c e r a .
I
3 . O lh a o clie n te n o s o lh o s.
I
O u tr o s:
I
T ira r o p e d id o S im K ão

I
1 . O e m p re g a d o c o n h e c e b e m o s c ó d ig o s d o s a lim e n to s (n ã o te m n e c e s s id a d e d e
c o n s u lta r lista s ).
2 . O c lie n te n ã o te m n e c e s s id a d e d e re p etir o p ed id o .
I
3 . O s p e q u e n o s p e d id o s (q u a tr o ite n s o u m e n o s ) n ã o p re c is a m s e r e s c rito s.
I
4 . S u g e r e o u tro s ite n s d o c a rd á p io .
O u tr o s:
I
P r e p a ro d o p e d id o : S im N ão
1 . O p e d id o é p re p a r a d o n a s e q ü ê n c ia c o rr e ta .
I
2 . O p e d id o d a c h u r ra s c a ria é t r a ta d o e m p rim e iro lu g a r .
I
3 . A s b e b id a s s ã o tra z id a s n a o rd e m c o r r e ta .
4 . A q u a n tid a d e d e g e lo é a d e q u a d a .
I
5 . In c lin a o s c o p o s e u s a o s d e d o s p a r a a tiv a r a m á q u in a d e r e frig e r a n te s .
6 . E n c h e o s c o p o s a té o nível a d e q u a d o .
I
7 . C o b re o s c o p o s .
I
8 . A s x íc a r a s e s tã o lim p a s .
9 . O c a f é é s e rv id o n o m o m e n t o ad e q u a d o .
I
1 0 . E n c h e a s x íc a r a s a té a a ltu ra a d e q u a d a .
O u tr o s:
I
A p r e s e n ta ç ã o d o p e d id o S im N ão
1 . O p e d id o é e m b ru lh a d o c o rr e ta m e n te .
2 . A s b o rd a s d o s a c o s ão d o b ra d a s d u a s v e z e s .
3 . U sa b a n d e ja p a r a c o n s u m a ç ã o n o re s ta u r a n te .
4 . O s g u a r d a n a p o s d e p a p e l sã o c o lo c a d o s n a b a n d e ja .
I
5 . A c o m id a é a p r e se n ta d a c o n v e n i e n te m e n te .
O u tr o s:
P a g a m e n to S im Não

1 . O m o n ta n te d o p e d id o f o i a n u n cia d o c la ra m en te e e m v o z a lta .
2 . O m o n ta n te d e d in h e ir o é c la ra m e n te r e p e tid o .
3 . O d in h e iro é c o n ta d o e m v o z a lta .
4 . O tr o c o é c o n ta d o a c e rta d a m e n te .
5 . O d in h e iro g r a n d e fic a à v ista a té q u e o tro c o s e ja r e s titu íd o .
O u tr o s:
A g r a d e c im e n to e d e s e jo d e r e v e r o c lie n te S im N ão
1 . O e m p re g a d o s e m p r e a g r ad e c e .
2 . O a g ra d e c im e n to é si n c e ro .
I 3 . O e m p r e g a d o o lh a o c lie n t e n o s o lh o s.
4 . O e m p re g a d o e x p rim e o d e s e jo d e re v e r o c lie n t e .
I O u tro s:
A c o lh id a a o c lie n te
1 . O e m p r e g a d o s o r ri.
24
2 . A a c o lh id a é sin c e ra .
3 . O lh a o c lie n te n o s o lh o s .
O u tr o s:
T ir a r o p e d id o
1 . O e m p r eg a d o c o n h e c e b e m o s có d ig o s d o s a lim e n to s ( n ão te m n e c e s s id a d e d e
c o n s u lta r lista s ).
2 . O c lie n te n ã o te m n e c e s s id a d e d e re p e tir o p ed id o .
3 . O s p e q u e n o s p e d id o s (q u a tr o ite n s o u m e n o s ) n ã o p r e c is a m s e r e s c rito s .
4 . S u g e r e o u tro s iten s d o c a rd á p io .
O u tr o s:
P re p a ro d o p e d id o :
1 . O p e d id o é p r e p a r a d o n a s e q ü ê n c ia c o rr e ta .
2 . O p e d id o d a c h u r ra s c a ria é tr a tad o e m p rim e iro lu g a r .
3 . A s b e b id a s s ã o tr a z id a s n a o rd e m c o rr e ta .
4 . A q u a n tid a d e d e g e lo é a d e q u a d a .
5 . In c lin a o s c o p o s e u s a o s d e d o s p a ra a tiv a r a m á q u in a d e ref rig e r an te s .
O u tr o s:
A p r e s e n ta ç ã o d o p e d id o
1 . O p e d id o é e m b ru lh a d o c o r re ta m e n te .
25
2 . A s b o rd a s d o s a c o s ã o d o b ra d a s d u a s v e z e s .
3 . U s a b a n d e ja p a r a c o n s u m a ç ã o n o re s ta u ra n te .
4 . O s g u a rd a n a p o s d e p a p el s ã o co lo c a d o s n a b a n d e ja .
5 . A c o m id a é ap re s e n ta d a c o n v e n ie n te m e n te .
O u tr o s:
P a g a m e n to
1 . O m o n ta n te d o p e d id o f o i a n u n c ia d o c la r a m e n te e e m v o z a lta .
2 . O m o n ta n te d e d in h e ir o é c lara m e n te r e p e tid o .
3 . O d in h e iro é c o n ta d o e m v o z a lta .
4 . O tro c o é c o n ta d o a c e rta d a m e n te .
5 . O d in h e iro g r a n d e fic a à v ista a té q u e o tro c o s e ja re stitu íd o .
O u tr o s:
A g r a d e c im e n to e d e s e jo d e r e v e r o c lie n te
1 . O e m p r e g a d o s e m p re a g ra d e c e .
2 . O a g r a d e c im e n to é sin c e ro .
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