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A P R E S E N TA Ç Ã O :
EVANDRO MELO
CURSO DE DIREITO
SER EDUCACIONAL – DIREITO DAS COISAS E-Mail: evandroj_melo@hotmail.com l Phone: +55 81 99126-9992
ATOS UNILATERAIS
Atos unilaterais de vontade
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• Considerações Gerais:
• O Código Civil brasileiro, no Livro I, Título VII, da Parte Especial, regula os
“atos unilaterais”, ou seja, atos jurídicos lícitos que, malgrado não sejam
contratos, dão origem a obrigações. A rigor, estão disciplinados, entre os
arts. 854 e 886 do Código Civil, negócios jurídicos unilaterais, ou seja,
negócios jurídicos cuja formação independe do consenso, da
convergência de, pelo menos, duas vontades. É suficiente, para tanto, a
emissão de vontade de um único declarante.
• Confira-se, acerca das declarações unilaterais de vontade, a lição de
Nelson Nery Jr. e Rosa Maria de Andrade Nery:
Atos unilaterais de vontade
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Promessa de Recompensa
(arts. 854/860):
• Se o serviço foi prestado (ou se a condição foi satisfeita) por mais de uma pessoa,
terá direito aquele que primeiro o executou (ou preencheu a condição), nos
termos do art. 857. Caso tenha sito simultânea a execução, a cada um tocará
quinhão idêntico na recompensa (art. 858). Se a recompensa for indivisível, por
sorteio um dos certamistas obterá a coisa e se obrigará a dar ao outro ou aos
outros o valor de seu quinhão (art. 858, in fine).
• Admite-se a revogação da promessa, desde que se faça antes de prestado o
serviço, ou preenchida a condição, e com a mesma publicidade (art. 855). Se,
todavia, o promitente houver fixado prazo para a execução da tarefa, entende-se
que renunciou ao direito de revogar sua oferta, durante esse prazo (art. 856).
• Em caso de revogação da promessa, ao candidato de boa-fé que despendeu
tempo, força e dinheiro para atender à expectativa do promitente assiste direito a
indenização, dentro dos limites da recompensa prometida (art. 856, parágrafo
único). Está claro que o direito à revogação está limitado pela regra proibitiva do
abuso, positivada no art. 187 do Código Civil.
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• Caracterização:
a) a gestão deve incidir sobre negócio alheio; se o negócio for do próprio
gestor, cuida-se de mera administração;
b) o gestor há de dirigir negócio alheio segundo o interesse do dono ou
sua vontade presumida (art. 861); se age contra sua vontade manifesta ou
presumida, há ato ilícito e o gestor responde inclusive pelo caso fortuito,
se não provar que ele sobreviria, ainda que a gestão não tivesse se iniciado
(arts. 862 e 863);
c) o gestor deve ostentar intenção de agir proveitosamente e se
comportar de modo a exteriorizar essa intenção (art. 866);
d) cuida-se de ação oficiosa; se houver autorização ou posterior
ratificação, tem-se mandato (873);
e) a gestão apenas é possível na prática de atos de natureza patrimonial.
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• Obrigações do gestor:
• a) responder perante o dono do negócio e perante os
terceiros com quem tratar (861);
• b) comunicar ao dono do negócio o início da gestão, tanto
que se faça possível, se da espera não resultar perigo (864);
• c) administrar no interesse do dono e segundo sua
vontade real ou presumida (art. 861);
• d) proceder com diligência habitual (866);
• e) não se fazer substituir na gestão (867), nem promover
operações arriscadas (868);
• Obs.: ninguém é obrigado a iniciar a gestão, mas, se a iniciou,
deve agir com o máximo de diligência, para que não advenha ao
dono qualquer prejuízo.
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• Figuras afins:
i) prestação de alimentos na ausência do alimentante (871);
ii) realização com despesas com o enterro (872).
• Em ambos os casos, é possível reaver as quantias pagas. Não assim,
se predominou, no ato, o espírito de benemerência.
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• Ratificação:
• Denomina-se “ratificação” o ato pelo qual o dono do negócio, ciente da
gestão, aprova o comportamento do gestor. Pode ser expressa ou tácita.
Esta última hipótese ocorre quando, tendo conhecimento da gestão e
podendo facilmente desautorizá-la, o dono do negócio permanece
silente, caso em que se terá a figura do mandato tácito. A ratificação
pura e simples do dono do negócio retroage ao dia do começo da gestão
e produz todos os efeitos do mandato.
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i) animus solvendi (intenção de pagar); com efeito, o art. 877 fala em
pagamento voluntário;
ii) inexistência do débito ou pagamento endereçado àquele que não seja o
credor.
• Deve haver, ainda, por parte de quem pagou indevidamente, a
prova de tê-lo feito por erro. Segundo o art. 138 do Código Civil,
será erro a figuração equivocada da realidade que poderia ser
percebida “por pessoa de diligência normal, em face das
circunstâncias do negócio”. A disciplina do erro, quando ao
Direito Civil, está positivada entre os arts. 138 e 144 do Código
Civil.
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• Caracterização:
i) aumento patrimonial: há, no enriquecimento sem causa, melhora na situação patrimonial
experimentada pela pessoa obrigada a restituir;
ii) enriquecimento à custa de outrem: alguém experimenta sacrifício econômico, para que o
outro enriqueça;
iii) ausência de justa causa: se não há, na ordem jurídica, motivo que justifique o
enriquecimento, diz-se que para ele não há “justa causa”.
• É da jurisprudência brasileira que, na ação de enriquecimento ilícito, o autor deve
provar: a) existência real de enriquecimento por parte do réu; b) existência real de
um prejuízo para o autor; c) nexo causal entre o prejuízo sofrido e o lucro injusto
(RT 458/122). No entanto, a 1ª Jornada de Direito Civil do CEF aprovou o Enunciado
35, cuja redação é a seguinte: “A expressão ‘se enriquecer à custa de outrem’ do CC
884 não significa, necessariamente, que deverá haver empobrecimento”.
• De outro lado, é necessário lembrar que, nos termos do Enunciado 188 aprovado
na 3ª Jornada do CEF, “A existência de negócio jurídico válido e eficaz é, em regra,
uma justa causa para o enriquecimento”.
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