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MATÉRIA - PROGRAMA Ano: 11.

º Turma: A1 Curso: Ciências e Tecnologias

O CONHECIMENTO E A RACIONALIDADE CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA


1 – Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva
1. 1 – Estrutura do Ato de Conhecer
Será possível o conhecimento?
(Origem e Possibilidade do Conhecimento)
 Três respostas possíveis:
• O Racionalismo de René Descartes – O entendimento possui ideias inatas de
onde se pode deduzir todo o conhecimento.

• O Empirismo de David Hume – Todo o conhecimento procede da experiência e


não há ideias inatas.

• O Apriorismo de Immanuel Kant – O conhecimento pressupõe a experiência,


mas não deriva todo dela.
MATÉRIA - PROGRAMA Ano: 11.º Turma: A1 Curso: Ciências e Tecnologias

O CONHECIMENTO E A RACIONALIDADE CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA


1 – Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva
1. 1 – Estrutura do Ato de Conhecer

Será possível o conhecimento?


O Racionalismo de René Descartes
Demonstração da Existência de Deus

 De que forma Descartes justifica a existência de Deus?


 O que são ideias inatas?
 Porque é que consideramos Descartes Racionalista ?
 Porque é que o seu Racionalismo é Dogmático?
MATÉRIA - PROGRAMA Ano: 11.º Turma: A1 Curso: Ciências e Tecnologias

O CONHECIMENTO E A RACIONALIDADE CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA


1 – Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva
1. 1 – Estrutura do Ato de Conhecer
Será possível o conhecimento?
O Racionalismo de René Descartes
Demonstração da Existência de Deus
 De que forma Descartes justifica a existência de Deus?
 Descartes justifica a Existência de Deus através do Argumento de Causalidade e do
Argumento Ontológico.
• Relativamente ao Argumento de Causalidade, começa por confrontar a sua
natureza de ser imperfeito, com a ideia de perfeição que possui. Defende que o
Cogito, sendo imperfeito, não poderia criar a ideia de «ser perfeito».
• Assim, a ideia de «ser perfeito», não pode ter origem no ser humano, só Deus,
como ser perfeito, pode ser a origem da ideia de perfeição.

• Quanto ao Argumento Ontológico, defende que, a existência é inerente à ideia


de Deus, porque a perfeição “exige” a existência.
• De outro modo, sem existência, não seria o «ser perfeito». Ou seja, se Deus é a
«perfeição», esta implica a sua existência.
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O CONHECIMENTO E A RACIONALIDADE CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA


1 – Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva
1. 1 – Estrutura do Ato de Conhecer
Será possível o conhecimento?
O Racionalismo de René Descartes
Demonstração da Existência de Deus
 O que são ideias inatas?
 Ideias Inatas são ideias que nascem connosco, fazem parte da nossa razão e não
provêm da experiência. Não são obra da nossa imaginação, nem resultam da
perceção de objetos materiais.
 Ideias Inatas estão, de forma latente (oculta), na nossa mente desde que começa a
existir. Os conceitos matemáticos (quadrados, triângulos, números), bem como os
conceitos metafísicos (substância, verdade), são ideias inatas.
 A Ideia de Deus é inata, e dota a nossa mente de ideias inatas, permitindo-nos
perceber a verdade com clareza e distinção.
 As Ideias Inatas são ideias Claras e Distintas. São ideias evidentes, diferenciadas e
sem qualquer tipo de dúvida.
MATÉRIA - PROGRAMA Ano: 11.º Turma: A1 Curso: Ciências e Tecnologias

O CONHECIMENTO E A RACIONALIDADE CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA


1 – Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva
1. 1 – Estrutura do Ato de Conhecer
Será possível o conhecimento?
O Racionalismo de René Descartes Demonstração da Existência de Deus
 O que são ideias inatas?
 Com a existência de Deus, a hipótese do génio maligno é afastada, na medida em
que Deus, não sendo malévolo, não pretende enganar-nos. Dado que as nossas ideias
provêm de Deus, não podem deixar de ser verdadeiras, porque claras e distintas.
 É verdadeiro tudo o que concebemos clara e distintamente (como a ideia da
existência de Deus), porque as nossas faculdades de conhecimento foram criadas por
Deus, que não é um ser enganador.
 Se usarmos bem as nossas faculdades, confiando no que compreendemos de
forma clara e distinta, chegamos de certeza à verdade e evitamos o erro.
 Podemos estar seguros de que aquilo que nos rodeia não é ilusão, o mundo
exterior é real e nós podemos conhecê-lo. Deus valida as nossas pretensões ao
conhecimento, afastando-nos do ceticismo, porque é o garante das nossas
faculdades, que, devidamente utilizadas, proporcionam o conhecimento
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O CONHECIMENTO E A RACIONALIDADE CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA


1 – Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva
1. 1 – Estrutura do Ato de Conhecer
Será possível o conhecimento?
O Racionalismo de René Descartes
Demonstração da Existência de Deus
 Porque é que consideramos Descartes Racionalista ?
 Consideramos Descartes Racionalista pelas seguintes razões:

• Parte do Ceticismo (duvida da possibilidade do conhecimento)

• Adota a Dúvida Metódica (duvida, estrategicamente, para avançar para tentar chegar ao conhecimento)

• Chega ao Cogito (penso, logo existo, como primeira certeza)

• A Primeira Certeza baseia-se na razão (Ideia Clara e Distinta – Racionalismo)

• Do Cogito à Existência de Deus (do ser imperfeito, à ideia de «ser perfeito» - através da razão)
• A Existência de Deus como possibilidade do conhecimento (Baseado nas Ideias Inatas)
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O CONHECIMENTO E A RACIONALIDADE CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA


1 – Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva
1. 1 – Estrutura do Ato de Conhecer
Será possível o conhecimento?
O Racionalismo de René Descartes
Demonstração da Existência de Deus
 Porque é que consideramos Descartes Racionalista ?
 Consideramos Descartes Racionalista pelas seguintes razões:
• A Existência de Deus garante:
» A existência do mundo material (res extensa).
» Veracidade das ideias claras e distintas.
 Deus sendo omnisciente, omnipotente, sumamente bom e perfeito não ia permitir
que o nosso pensamento estivesse enganado em relação à ideia da existência do
mundo material e à veracidade das ideias claras e distintas. A hipótese do génio
maligno é agora afastada.
 Há duas condições a que a nossa razão se tem de submeter para não se enganar
no conhecimento do mundo:
» Partir de ideias claras e distintas, obtidas por intuição racional.
» Raciocinar dedutivamente e de forma rigorosa.
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O CONHECIMENTO E A RACIONALIDADE CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA


1 – Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva
1. 1 – Estrutura do Ato de Conhecer
Será possível o conhecimento?
O Racionalismo de René Descartes
Demonstração da Existência de Deus
 Porque é que o seu Racionalismo é Dogmático?
 O Racionalismo é Dogmático porque:
• Não questiona a Existência de Deus como garantia indubitável (incontestável, que não
permite questionar, aceite como certa) do critério da evidência.

• Confia nas capacidades da Razão para atingir o conhecimento certo


indubitável(incontestável, que não permite questionar, aceite como certa).

• Assim, a Razão (Racionalismo), permite o conhecimento, sem questionar, sem pôr


em causa (Dogmatismo), desde que baseado na Evidência.
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O CONHECIMENTO E A RACIONALIDADE CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA


1 – Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva
1. 1 – Estrutura do Ato de Conhecer

ATIVIDADE
Partindo do Manual, elabore textos em que relaciona os
seguintes conceitos:

1 - Conhecimento a priori, fontes do conhecimento e


existência de Deus.

2 - O Cógito, o céticismo e a dúvida.

3 - Ideias inatas, existência do mundo exterior e


racionalismo dogmático.
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O CONHECIMENTO E A RACIONALIDADE CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA


1 – Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva
1. 1 – Estrutura do Ato de Conhecer
Será possível o conhecimento?
O Empirismo de David Hume
Descartes deu importância ao papel da razão no conhecimento. Os sentidos são a
fonte de todos os enganos.
Para David Hume, não é a razão, mas a nossa experiência do mundo, com inicio
nas sensações, que nos permite alcançar algum conhecimento.
Tendo em conta as nossas limitações, como humanos, não podemos conhecer
tudo, nem com toda a certeza como defendia Descartes.
Os Conteúdos da Mente
 Qual é o conteúdo da mente?
A nossa mente tem como conteúdos as perceções que se dividem em:
• Impressões ou Sensações que são: Originais, Mais Vivas e Mais Intensas.
• Ideias ou Pensamentos que são: Cópias das Impressões, Menos Vivas e Menos
Intensas.
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O CONHECIMENTO E A RACIONALIDADE CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA


1 – Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva
1. 1 – Estrutura do Ato de Conhecer
Será possível o conhecimento?
O Empirismo de David Hume
A origem das Ideias
 Qual a relação entre liberdade e limite das ideias?
• Liberdade - O Pensamento é, aparentemente, livre, na medida em que não se
subjuga à autoridade humana e não está encerrada nos limites da natureza e da
realidade.
• Liberdade - A nossa mente cria livremente todo o tipo de ideias, desde as mais
comuns, às mais ficcionadas.

• Limite - As ideias “livremente” criadas, estão limitadas pelos materiais que são
fornecidos pelos sentidos e pela experiência.
• Limite - Ao pensar, associamos ideias diferentes das quais temos ou já tivemos
uma impressão. As sensações ou impressões, servem de limites nos nosso
pensamento.
• Limite – As ideias estão limitadas ao que a perceção lhes dá.
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O CONHECIMENTO E A RACIONALIDADE CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA


1 – Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva
1. 1 – Estrutura do Ato de Conhecer
Será possível o conhecimento?
O Empirismo de David Hume
A origem das Ideias
• Todas as ideias são perceções mais fracas, são cópias das nossas impressões ou
perceções mais fortes, provenientes dos sentidos, da experiência.
• Todo o pensamento deriva da sensibilidade.
Objetos do Conhecimento
 Qual o “conteúdo” do conhecimento?

• Todos os objetos da razão, ou da investigação humana podem dividir-se em:


- Relações de Ideias.
- Questões de Facto.

- Relações de Ideias – Operações da mente, resultantes, exclusivamente, do


pensamento, é o campo das ciências matemáticas.
MATÉRIA - PROGRAMA Ano: 11.º Turma: A1 Curso: Ciências e Tecnologias

O CONHECIMENTO E A RACIONALIDADE CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA


1 – Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva
1. 1 – Estrutura do Ato de Conhecer
Será possível o conhecimento?
O Empirismo de David Hume
Objetos do Conhecimento
 Qual o “conteúdo” do conhecimento?

- Questões de Facto – Compreendem os objetos do mundo. São as ciências


empíricas, as que usam raciocínios indutivos e o método experimental.
- Questões de Facto – O contrário as “questões de facto” podem ser pensadas,
sem que haja alguma contradição lógica. São estas questões que estão na base
da investigação de Hume.
MATÉRIA - PROGRAMA Ano: 11.º Turma: A1 Curso: Ciências e Tecnologias

O CONHECIMENTO E A RACIONALIDADE CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA


1 – Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva
1. 1 – Estrutura do Ato de Conhecer
Será possível o conhecimento?
O Empirismo de David Hume
 Conteúdo da Mente
• Impressões, sensações.
• Ideias, pensamentos.
 Origem das Ideias
• As ideias têm origem na sensibilidade, perceção.
 Objetos do Conhecimento
• Relação entre ideias.
• Questões de facto.
 Desenvolvimento do Conhecimento
• A partir das questões de facto.
• Pela relação de causalidade – relação causa-efeito.
 Origem (fundamento) da Causalidade
• Não é uma origem a priori = independentemente da experiência.
• Não tem origem na razão.
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O CONHECIMENTO E A RACIONALIDADE CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA


1 – Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva
1. 1 – Estrutura do Ato de Conhecer Será possível o conhecimento?
O Empirismo de David Hume
 Origem (fundamento) da Causalidade – Relação Causa-Efeito
• A origem está no hábito ou costume.
• Está no facto de os acontecimentos futuros serem semelhantes aos do passado.
 A Regularidade da Natureza
• Fazemos, habitualmente, uma transição entre passado e futuro, com base no que é
regular.
• As nossas inferências, baseiam-se no comportamento uniforme da natureza – hábito .
Costume.
• Há uma harmonia entre o curso da natureza e a nossa mente, ou as nossas ideias.

 Resulta um Conhecimento
• Por indução ( do particular para o particular ou do particular para o geral) da relação
entre acontecimentos.
• Baseado na relação causa – efeito, sustentada pelo hábito ou costume.
• Subjetivo porque é de cada ser humano sobre a natureza.
• Que não é certo, mas provável.
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O CONHECIMENTO E A RACIONALIDADE CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA


1 – Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva
1. 1 – Estrutura do Ato de Conhecer
Será possível o conhecimento?
O Empirismo de David Hume
 Relacionar:
• Objeto
• Perceção
• Impressões
• Sensações
• Ideias
• Liberdade e Limite
• Relação de Ideias
• Questões de facto
• Causa – Efeito
• Hábito ou Costume
• Regularidade
• Conhecimento
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O CONHECIMENTO E A RACIONALIDADE CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA


2 – Estrutura do Conhecimento Cientifico
2. 1 – Conhecimento Vulgar e Conhecimento Científico
 Conhecimento do Senso Comum – Abordagem Espontânea:
• Qualitativa
• …….
• ……..
 Conhecimento Científico – Abordagem Sistemática
• Metodológica
• …….
• …….
 Carateristicas do Senso Comum:
• Conhecimento percetivo
• ………
• ………
 Carateristicas do Conhecimento Científico
• Pressupõe esforço intelectual
• ……...
• …….
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O CONHECIMENTO E A RACIONALIDADE CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA


2 – Estrutura do Conhecimento Cientifico
2. 1 – Conhecimento Vulgar e Conhecimento Científico
 Conhecimento do Senso Comum – Abordagem Espontânea:
• Qualitativa
• subjetiva
• Perceção
• Sensações
• Vivências
• Prática

 Conhecimento Científico – Abordagem Sistemática


• Metodológica
• Científica
• Intelectual
• Justificativa
• Racional
• fundamentada
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O CONHECIMENTO E A RACIONALIDADE CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA


2 – Estrutura do Conhecimento Cientifico
2. 1 – Conhecimento Vulgar e Conhecimento Científico
 Caraterísticas do Senso Comum:
• Conhecimento Percetivo:
- Forma mais elementar de conhecer o que nos rodeia
- Aproxima-nos ao mundo
- “Usa” uma linguagem comum
- É um conhecimento subjetivo
- Não critica nem questiona
- Relação direta entre o que é representado e a realidade
• Organização Espontânea:
- Baseia-se nas sensações e na experiência do sujeito
- Comunicação social da experiência
• Adaptação ao Meio
- Resolve problemas do quotidiano
- Orienta-nos na nossa vida
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O CONHECIMENTO E A RACIONALIDADE CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA


2 – Estrutura do Conhecimento Cientifico
2. 1 – Conhecimento Vulgar e Conhecimento Científico
 Caraterísticas do Conhecimento Científico
• Pressupõe esforço intelectual
• Conversão teórica da imagem do mundo
• Processo metodológico
• Objetiva aquilo em que acreditamos
• Justifica, demonstra e fundamenta
• Fundamenta-se na razão

 Consequências do Conhecimento Científico


• Perceber como o mundo funciona
• Mudança na forma como o investigador atua
• Utilização do método científico
• Aceleração do progresso da ciência
• Alteração e/ou substituição de algumas teorias
• Fundamenta-se na razão
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O CONHECIMENTO E A RACIONALIDADE CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA


2 – Estrutura do Conhecimento Cientifico
2. 1 – Conhecimento Vulgar e Conhecimento Científico
 A Ciência
• Investiga e Formula Leis (teorias)
• Define um objeto e usa um método para o “estudar”
• Exerce um conjunto de procedimentos, chegando a determinados resultados
• As teorias são falíveis
• A verdade da ciência nunca é definitiva (posta em causa, revista e substituída)
• A ciência progride (acumulação, alargamento, revisão, correção, retroações)
• O rigor (provisório) advém do método, da linguagem, dos conceitos, da aplicação
prática)

2. 2 – O Método Científico
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O CONHECIMENTO E A RACIONALIDADE CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA


2 – Estrutura do Conhecimento Cientifico
2. 1 – Conhecimento Vulgar e Conhecimento Científico

Através de vários relatórios importantes, cientistas de todo o mundo chamaram seriamente a


atenção para as alterações climáticas da Terra, para os riscos que isso representa e a
necessidade de respostas. Em 2014, o Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas
(IPCC) divulgou a sua quinta avaliação e, um ano depois, as nações mundiais negociaram o
Acordo de Paris, o acordo climático global que visa manter o aquecimento abaixo dos 2 graus
Celsius – número que os líderes mundiais e cientistas consideram um limiar perigoso. Em outubro
de 2018, o IPCC publicou outro relatório sombrio que descrevia os custos elevados de um
aquecimento a rondar os 1.5 graus Celsius até 2100. Perante estes desafios, o mundo assistiu a
protestos climáticos sem precedentes, muitos liderados por jovens ativistas.
https://www.natgeo.pt/ciencia/2019/12/20-descobertas-cientificas-da-decada
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2 – Estrutura do Conhecimento Cientifico
2. 1 – Conhecimento Vulgar e Conhecimento Científico

Os biólogos modernos estão a identificar espécies novas a um ritmo estonteante, nomeando em


média 18.000 espécies por ano. Na década passada, os cientistas descreveram várias espécies
de mamíferos pela primeira vez, como o macaco de nariz arrebitado de Mianmar, o rato Vangunu
gigante e o olinguito, o primeiro carnívoro recém-descoberto no Hemisfério Ocidental desde o final
dos anos 1970. As fileiras de outros grupos de animais também aumentaram, à medida que os
cientistas descreviam animais recém-descobertos como sapos minúsculos – mais pequenos do
que uma moeda de 10 cêntimos – uma salamandra gigante da Flórida e muitos outros. Para além
disso, alguns animais, como o saola do Vietname e o pika-de-ili da China, foram vistos depois de
terem desaparecido durante vários anos.

Mas, juntamente com muitas destas descobertas, os cientistas também calcularam a taxa
exponencial das extinções modernas. Em 2019, os cientistas alertaram que 25% dos grupos de
plantas e animais estão em perigo de extinção, sugerindo que mais de um milhão de espécies –
conhecidas e desconhecidas pela ciência – correm agora o risco de desaparecer no espaço de
décadas.

https://www.natgeo.pt/ciencia/2019/12/20-descobertas-cientificas-da-decada
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2 – Estrutura do Conhecimento Cientifico
2. 1 – Conhecimento Vulgar e Conhecimento Científico
Durante muito tempo, a humanidade acreditou que habitava um sistema solar isolado. Um
telescópio espacial chamado Kepler, lançado em 2009, revelou 2.300 planetas em sistemas
vizinhos, conhecidos como exoplanetas, e os astrónomos estimam que exista provavelmente um
por estrela, ou seja, milhares de milhões.
O sucessor de Kepler, o TESS, foi lançado pela NASA em 2018.
O que esperar da década que está prestes a começar? Análises finas da atmosfera desses
exoplanetas para descobrir se há vida, sugere o diretor do Laboratório de Estudos Planetários da
Universidade do Arizona, Tim Swindle.
https://lifestyle.sapo.pt/saude/noticias-saude/artigos/os-seis-grandes-avancos-cientificos-da-decada-que-ja-mudaram-os-livros-escolares

Durante décadas, os médicos tinham três opções para atacar um tumor: cirurgia, quimioterapia e
radiação (radioterapia).
A década de 2010 validou uma quarta ideia: a imunoterapia.
O princípio é tratar os glóbulos brancos que formam o sistema imunitário para que eles detetem e
ataquem as células cancerígenas, uma vez que o cancro é um especialista em permanecer
incógnito no corpo.
https://lifestyle.sapo.pt/saude/noticias-saude/artigos/os-seis-grandes-avancos-cientificos-da-decada-que-ja-mudaram-os-livros-escolares
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O CONHECIMENTO E A RACIONALIDADE CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA


1 – Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva
1. 2 – Análise comparativa de duas teorias explicativas do conhecimento
FONTES DO CONHECIMENTO

Fontes de justificação das nossas


SENTIDOS crenças, ou fontes da justificação PENSAMENTO
(EXPERIÊNCIA SENSÍVEL) que apresentamos para mostrar OU RAZÃO
que as nossas crenças, as nossas
proposições ou os nossos juízos
Juízos a posteriori são verdadeiros. Juízos a priori

Exemplo: Exemplo:
«A Terra é ligeiramente «5 + 5 = 10».
achatada nos polos».

Juízos cuja verdade é conhecida


Juízos cuja verdade é conhecida independentemente da experiência,
através da experiência sensível, tendo, portanto, origem e justificação
das impressões dos sentidos, no pensamento ou razão.
tendo aí a sua justificação.
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O CONHECIMENTO E A RACIONALIDADE CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA


1 – Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva
1. 1 – Estrutura do Ato de Conhecer
Discussão da definição tradicional de conhecimento
 Na filosofia contemporânea, Edmund Gettier foi um dos filósofos a colocar em
questão a definição tradicional de conhecimento.
 Smith e Jonas candidataram-se a um emprego.
O presidente da companhia disse a Smith que, no final, era Jonas que seria
selecionado e que ele teria contado, algum tempo antes, as moedas que Jonas tem
no bolso
 Smith acredita que: Jonas é o homem que vai conseguir o emprego e Jonas tem
dez moedas no bolso.
 Assim, conclui que, o homem que vai ficar com o emprego tem dez moedas no
bolso.
 Sem que saiba, Smith também tem

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