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CRITÉRIOS

DE
AVALIAÇÃO
DE
PROJETOSI
P R O F. F I L I P E C A C A U
Introdução

• Investimento
• Gasto em bens de capital.
• Ex.: motosserra, skidder.
• Aumento no valor patrimonial da empresa.
• Análise econômica de um investimento
• Uso de técnicas e critérios que comparam custos e receitas inerentes
ao projeto (tomada de decisão).
• Projeto de investimento
• Aplicação de capital com a finalidade de obter receitas.
Introdução

• Avaliação econômica de um projeto baseia-se em seu fluxo de caixa


• Custos x Receitas distribuídos ao longo do tempo.
• Classificação dos projetos
• Convencional – ocorre apenas uma mudança de sinal em seu fluxo de
caixa.
• Não convencional – ocorre mais de uma mudança de sinal em seu
fluxo de caixa.
Projeto Convencional
• Fluxo de caixa
• Receitas (↑)
• Custos (↓)
Projeto convencional
• Projeto de Investimento Simples
• A mudança de sinal no fluxo de caixa do projeto ocorre no primeiro
período após a sua implementação.
Projeto não convencional
• Reflorestamento com eucalipto
• Cortes do povoamento (6,12 e 18 anos).
Relação entre projetos
Incompatíveis ou
Compatíveis mutuamente
exclusivos

Quando a execução de Quando a execução de


um deles não afetar a um deles implicar a
possibilidade de impossibilidade de
implementação do implementação dos
outro demais
Relação entre projetos

Dependentes Independentes

Quando a execução de Quando a rentabilidade


um deles não afetar ou economicidade de
rentabilidade ou um deles não depender
economicidade dos da implementação dos
demais outros projetos
Testes de Viabilidade de Projetos de
Investimento
• Viabilidade técnica (Engenharia)
• O objetivo a ser alcançado deve ser tecnicamente viável.
• 30 m³.ha-1.ano-1 x 120 m³ .ha-1.ano-1
• Viabilidade econômica
• Verificar se as receitas inerentes ao projeto superam o custo
necessário.
• Viabilidade financeira
• Consiste em verificar se há recursos suficientes (capital, terra, mão de
obra etc.) para implementação do projeto.
Testes de Viabilidade de Projetos de
Investimento
• Viabilidade social
• São consideradas as receitas e custos sociais, que serão adicionadas
as receitas e custos privados.
• Viabilidade política
• Verificar se o projeto está alinhado aos interesses políticos e políticas
governamentais.
Horizonte de Planejamento
• Período de tempo estimado durante o qual o empreendimento irá
operar.
• O HP pode ser finito ou infinito.
• Projetos relacionados ao setor florestal (longo prazo).
• Projetos onde a inovação tecnológica é rápida, o HP ser mais curto.
• Determinação do HP
• Taxa de desconto
Métodos de Avaliação de Projetos

• Métodos que não consideram o valor do capital no tempo


• Tempo de retorno do capital (“pay-back”);
• Razão receita/custo (R);
• Razão receita média/custo (Rm)
Tempo de retorno do capital (“pay-back”)

• Determinar o tempo necessário para que o investimento


reponha os recursos nele aplicados.
• O projeto que retornar mais rapidamente será o mais viável
economicamente.
Exemplo 1 (TRC)
Receitas
Projetos Custo Inicial
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
A 50000 25000 25000
B 50000 25000 25000 5000
C 50000 10000 20000 15000 15000
D 50000 20000 10000 15000 15000

Ano 4
12 meses ---------------- 15.000
X ---------------- 5.000
X = 4 meses
Exemplo 1 (TRC)

Projetos TRC Ordem dos Projetos

A 2 anos 1

B 2 anos 1

C 3 anos e 4 meses 2

D 3 anos e 4 meses 2
Vantagens do tempo de retorno do capital
(“pay-back”)

• Simplicidade e facilidade de aplicação;


• Utilização em áreas de rápido avanço tecnológico, em que os
equipamentos ficam obsoletos muito depressa;
• Utilização em projetos que envolvem alto risco;
• Utilização em área em que o capital investido deve ter retorno muito
rápido.
Desvantagens do tempo de retorno do
capital (“pay-back”)
• É indiferente na escolha do projeto A e B, não considera as receitas
obtidas, após o retorno do capital;
• Ignora a ordem de ocorrência das receitas, como é o caso da
comparação entre C e D, ou seja, D é preferível ao C;
• Não considera a variação do valor do capital no tempo.
Razão receita/custo (R)
• É a relação entre o somatório das receitas e o dos custos.

• O projeto que apresentar R/C < 1 não é viável.


• Quanto maior R/C mais interessante será a opção de
investimento.
Exemplo 2 (R/C)

Projeto R/C Ordem dos Projetos


A 50.000/50.000=1,0 3
B 55.000/50.000=1,1 2
C 60.000/50.000=1,2 1
D 60.000/50.000=1,2 1
Vantagem R/C: Considera as receitas que ocorrem após a
recuperação do capital investido.

Desvantagens R/C: Não considera a variação do valor do


capital ao longo do tempo e a ordem de ocorrência das
receitas.
Razão receita média/custo (RM/C)
• É a relação entre o somatório das receitas e o dos custos.

• n = horizonte do projeto, ou seja, o número de anos.


• Quanto maior RM/C mais viável a opção de investimento.
Exemplo 3 (RM/C)

Projeto RM/C Ordem dos Projetos


A 50.000:2/50.000=0,50 1
B 55.000:3/50.000=0,37 2
C 60.000:4/50.000=0,30 3
D 60.000:4/50.000=0,30 3
Vantagem RM/C: leva em conta o tempo de ocorrência das
receitas.

Desvantagens RM/C: Não considera a variação do valor do


capital ao longo do tempo e a ordem de ocorrência das
receitas.
Conclusões
• Métodos que não consideram o valor do capital no tempo
• São indicados para situações em que a taxa de desconto é muito baixa
ou para situações de curto prazo;
• Em projetos florestais no Brasil, não são indicados, pois a taxa de
juros é elevada e os projetos são de longo prazo;
• Podem ser usados, eventualmente, como informação complementar
ou em caso de desempate.
Obrigado!

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