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Ocratoxina A

LIEVEN EDSON ROBERTO MONDLANE


YOLANDA LUDOVINA NILTON NIQUICE
Ocratoxina A
É uma micotoxina produzida por vários fungos das espécies penicillium e aspergillus.

A ocratoxina A é uma micotoxina com propriedades cancerígenas, nefrotóxicas,


teratogénicas, imunotóxica, possivelmente, neuróxicas.

19-03-2024
Estrutura Molecular
Formula Química: C20H18ClNO6
A OTA caracteriza-se por apresentar
uma estrutura molecular que consiste
basicamente de uma β-fenilalanina
ligada a uma isocumarina, mediante
uma ligação amida (VAN DER MERWE
et al., 1965). Possui uma molécula de
claro em sua estrutura, o que
potencializa seu caráter tóxico
(EDWARDS et al., 2002)

19-03-2024
Principais Espécies Produtoras
Principais substratos Principais fungos produtores Principal toxina Efeitos
Aspergillus flavus e Aspergillus
Amendoim, milho. Aflatoxina B1 Hepatotóxica, nefrotóxica, carcinogênica.
parasiticus
Trigo, aveia, cevada, milho e arroz. Penicillium citrinum Citrinina Nefrotóxica para suínos

Centeio e grãos em geral. Claviceps purpurea Ergotamina Gangrena de extremidades ou convulsões


Milho Fusarium verticillioides Fumonisinas Câncer de esôfago
Aspergillus ochraceus e
Cevada, café, vinho. Ocratoxina Hepatotóxica, nefrotóxica, carcinogênica.
Aspergillus carbonarius
Penicillium expansum e Penicillium
Frutas e sucos de frutas Patulina Toxicidade vagamente estabelecida
griseofulvum

Fusarium sp Tricotecenos:
Myrothecium sp T2, neosolaniol,
Milho, cevada, aveia, trigo, centeio. Hemorragias, vômitos, dermatites.
Stachybotrys sp fusanona x, nivalenol,
Trichothecium sp deoxivalenol.

Baixa toxicidade; síndrome de


Cereais Fusarium graminearum Zearalenona
masculinização e feminização em suínos

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OCRATOXINA A EM ALIMENTOS
A OTA já foi encontrada em diversos tipos de
alimentos e bebidas, como: milho, cevada, feijão,
amendoim, café, vinho, soja, trigo, centeio, arroz,
sorgo, castanha do Pará, entre outros. (SILVA et.
al., 2007). Embora os cereais, em geral, sejam
considerados os alimentos com maior incidência de
OTA, contribuindo significativamente com a sua
ingestão total pela dieta (GOLLUCKE & TAVARES,
2004), outros produtos vem merecendo destaque
em função da alta contaminação por esta
micotoxina, tais como: café e uvas e seus derivados

19-03-2024
Efeito sobre a saúde
Humana/animal
Efeitos

Letargia, diarreia e tremores. Nos animais, ligada ao dano e insuficiência renal. Os porcos são
especialmente vulneráveis à ocratoxina e são o transportador mais comum. Também está ligada a
danos nos rins e ao fígado em seres humanos, que podem contrair a infecção através de carne e grãos
infetadas. A ocratoxina é armazenada no fígado por 35 dias ou mais.

Em níveis elevados, a ocratoxina é classificada como cancerígena e eventualmente leva ao


desenvolvimento de tumores nos rins. Em níveis mais elevados de contaminação, a ocratoxina pode
causar danos neurais, defeitos congênitos e danos graves ao sistema imunológico.

19-03-2024
Medidas de
prevencao
 Boas praticas agricolas e de
processamento;

 Armazenamento e condicoes de
transporte adequados;

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19-03-2024
Limites recomendados nos
alimentos
Mercadoria/ Nível máximo (ML) Parcela da mercadoria/
Nome do Produto µg/kg Produto ao qual o ML se aplica

5 Mercadoria inteira
Trigo
Cevada 5 Mercadoria inteira
Centeio 5 Mercadoria inteira
Pimenta malagueta, paprica, 20 Inteiro/em pó/triturado/moído
noz-moscada
Café torrado 5 Mercadoria inteira

Café solúvel 10 Mercadoria inteira

19-03-2024
Referências Bibliográficas
VAN DER MERWE, K. J.; STEYN, P.S.; FOURIE, L.; SCOTT, D.B.; THERON, J.J. Ochratoxin
A, a toxic metabolite produced by Aspergillus ochraceus. Nature Inglaterra, v. 205, p.1113,
1965.

BRUERTON, K. Finding practical solutions to mycotoxins in commercial production: a


nutritionist’s perspective. In: Alltech’s 17th Annual Symposium, 2001. Proceedings...2001.
p.161-168, 2001.

SILVA, R.A.; CHALFOUN, S.M. SILVA, M.A. M; PEREIRA, M.C.Inquérito sobre o consumo
de alimentos possíveis de contaminação por micotoxinas na ingesta alimentar de escolares
da cidade de Lavras, MG. Ciência e Agrotecnologia v. 31, n.2, 2007

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