DIFERENÇAS os limites do conhecimento e da observação empírica Diferenças culturais: o respeito ao Outro
• A importância de enfatizar os limites da
percepção empírica e a importância da interdisciplinaridade para o estudo das diferenças culturais. Alteridade e Identidade • Alteridade – caráter ou qualidade do que é outro. A Antropologia se especializou e delimitou seu campo de conhecimento no estudo das diferença culturais e suas relações com o “ outro” .
• Identidade Cultural- identidade cultural é a parte entre
o interior (eu) exterior (público, coletivo). Ao mesmo tempo internalizamos valores e alinhamos nossos sentimentos subjetivos com os lugares objetivos que ocupamos no mundo social e cultural.
• A identidade costura o sujeito na estrutura sociocultural.
Porém, a identidade totalmente segura, completa, unificada e coerente é uma fantasia, pois nas sociedades as mudanças são constantes e permanentes. • É imprescindível distinguir os limites do empirismo nas respectivas áreas de conhecimento e competência.
• Nas ciências sociais essas distinções
adquirem significados de destaque, dado a natureza do seu objeto de estudo que requer uma postura metodológica singular. Enxergar e vê
• O conhecimento empírico vê o óbvio, mas
não enxerga.
• Enxergar implica ter um olhar treinado,
não só na observação imediata ou dos sentidos, mas também pela teoria que o orienta e vice-versa. • Parafraseando Karl Marx “se a aparência e a essência das coisas se confundissem toda ciência seria supérflua”. • O mecanismo íntimo do real – sua essência – ultrapassa os limites de toda experiência possível, isto é, podemos observar fenômenos, mas não suas causas ou suas relações, isto só é possível por meio da análise, que significa fragmentação por um processo abstrato e teórico, necessariamente (conceitos, fórmulas, sistemas de hipóteses). • No processo de abstração, o conteúdo que é intuído, imediato, sentido,fica cada vez mais pobre à medida que a análise dessa experiência empírica avança e começa a surgir uma extensão e complexidade, que não se mostra de imediato. • Nas ciências sociais, o sujeito do conhecimento é sujeito e objeto simultaneamente.
• O objeto de estudo (a relação indivíduo e
sociedade) incorpora a subjetividade na construção do conhecimento.
• Nas ciências sociais tudo é uma questão de
interpretação, o que não significa falta de objetividade.
• Nas ciências sociais a verdade é sempre
relativa e está mas no olhar do que no que é olhado • Por isso, para as ciências sociais: “O que define o ser humano não é a capacidade de criar uma segunda natureza – econômica, social, cultural – para além da natureza biológica, é antes a capacidade de ultrapassar as estruturas criadas para criar outras” (Merleau Ponty) • O homem não se diferenças dos demais seres vivos somente por ultrapassar a natureza, mas por ser capaz de ultrapassar a sua própria invenção que é a cultura. • O que é Cultura?
• É o procedimento pelo qual o homem acumula
as experiências que vai sendo capaz de realizar, discerne entre elas, fixa as de efeito favorável e, como resultado da ação exercida, converte em idéias as imagens e lembranças, a princípio coladas pela realidade sensível, e depois generalizadas. È um contato inventivo com o mundo natural. Podemos dizer que a cultura é a possibilidade de unificar a ação e a representação, isto é, a capacidade do homem atribuir significado ao ordenamento social, criar esquemas simbólicas que perpassam as formas de vida da linguagem e da ação de um povo. As Ciências Sociais . Sociologia – estuda as tendências de comportamento coletivo na sociedade.
. Antropologia - estuda as diferentes
construções culturais em seus diversos aspectos (relações familiares, costumes, tradições, linguagem etc.)
. A Ciência Política – estuda o poder
• A teoria das ciências sociais torna o olhar treinado para observar para além das aparências das diferenças culturais.
• Ensina a estabelecer as relações sociais,
culturas e políticas dos fenômenos presentes na sociedade humana.
• Exemplo: o crime, a violência e a
corrupção são construções sociais e culturais. Como analisar os crimes e delitos na perspectiva das Ciências Humanas e sociais?
• O primeiro ponto é entender que o crime é um
fato social normal.
• Segundo, os crimes e os delitos devem ser
analisados sociologicamente, numa perspectiva histórica e psicológica ou psicanalítica.
• Para tal é necessário conhecer = pesquisar
Saber operacionalizar alguns conceitos e interpretar analiticamente os dados. • Os comportamentos se fundam em emoções e não em idéias
• As contradições entre sentir- pensar- agir.
• Socialização: é o ato de transmitir ao indivíduo
os padrões culturais de uma sociedade;
• Controle social: formas pelas quais as
sociedades inculcam valores do grupo aos indivíduos para evitar comportamentos divergentes. Formas de repressão aos comportamentos desviantes. • Tipos de controle social: formais ( institucionalizados) e informais (difuso)