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Desenvolvimento Histórico da Psicologia

FREIRE, Izabel Ribeiro. Raízes da


Psicologia. 15. Ed. Petrópolis, RJ: Vozes,
2014.
A PSICOLOGIA DO IMPÉRIO
ROMANO

FINAL DO Período helenístico (338-136

IMPÉRIO GREGO a.C.): a Grécia foi conquistada


pela Macedônia, iniciando-se a
fase da difusão da cultura grega
pelo Oriente. Seu fim ocorreu
quando a Grécia converteu-se em
um protetorado dos romanos.
A PSICOLOGIA DO IMPÉRIO
ROMANO

O Império Romano surge com força para dominar a Grécia,


parte da Europa e Oriente Médio.

O Cristianismo surge como força religiosa e política e


sobrevive aos ataques bárbaros e divisão de territórios

Na entrada da Idade Média, era a Igreja que detinha então o


poder econômico, político e dominava o conhecimento e o
estudo sobre o psiquismo estava incluído.
A PSICOLOGIA DO IMPÉRIO
ROMANO

Psicologia relacionada com


o conhecimento religioso.

CRISTIANISMO

A igreja católica
monopolizava o saber.
A PSICOLOGIA DO IMPÉRIO
ROMANO
CRISTIANISMO

REPRESENTANTES DESTE PERÍODO

Santo Agostinho (354-430) : inspirava-se em Platão,


dividia corpo e alma. A igreja tinha que se preocupar
com a compreensão do pensamento pois, este estaria
localizado na alma e a alma era a ligação do homem a
Deus.
Alma presente de Deus
Alma sede da razão
Alma imortal – liga o homem a Deus
A PSICOLOGIA DO IMPÉRIO
ROMANO
CRISTIANISMO
REPRESENTANTES DESTE PERÍODO

São Tomás de Aquino (1225 – 1274): viveu o início do


Protestantismo, que combatia a Igreja Católica.
Abertura do capitalismo, mudanças que trouxeram
questionamentos sobre a relação do homem com Deus,
justificando novas buscas por tentar manter esta
relação e o catolicismo.
A PSICOLOGIA DO IMPÉRIO
ROMANO
CRISTIANISMO
REPRESENTANTES DESTE PERÍODO

Corpo templo da alma “O aparecimento do


protestantismo levou ao questionamento
da igreja”
A PSICOLOGIA DO IMPÉRIO
ROMANO
Essência e Existência

Releitura de Aristóteles por São Tomás: o homem, na sua


essência e com sua existência, busca a perfeição!

Faz a ligação com Deus: a única forma de encontrar esta


perfeição era a busca por Deus, igualando essência e
existência! Esta ligação racional justificando os dogmas da
igreja, a mantém no monopólio dos estudos do psiquismo.
Renascimento/Renascença – após a morte de São Tomás de
Aquino

Época de transformações radicais no mundo europeu.


O Mercantilismo permite novas descobertas e acúmulo de riquezas,
gerando o capitalismo. Valorizações ao homem: ele era capaz!
As artes evoluem produzindo clássicos – literatura, pintura, escultura,
ciência.
Renascimento – após a morte de São Tomás de Aquino

Mercantilismo é o nome dado a um conjunto de práticas


econômicas.
Nova classe social – burgueses
Avanço das artes e ciência

Descoberta de novas terras, acúmulo de riquezas pelas


nações em formação como França, Itália, Espanha, Inglaterra.

“Neste período, dá-se, um processo de valorização do


homem”
1300: Dante - Divina
Comédia

1478: Leonardo da
Vince – Anunciação
1501 – Michelangelo –
esculpe o Davi
1513 : Maquiavel –
escreve o príncipe

1610 : Galileu – estuda a queda


dos corpos, realizando as
primeiras experiências da Física
moderna.
Renascimento

René Descartes - 1596-1650, França.


Renascimento

René Descartes - 1596-1650, França.


Renascimento

René Descartes - 1596-1650, França.


OS FILÓSOFOS DOS SÉCULOS XVIII e XIX

Os filósofos dos séculos XVIII e XIX, que tinham a


mente e o seu funcionamento como objeto de
estudo de grande interesse, dividiram-se em duas
escolas de pensamento:

O empirismo inglês e o racionalismo


alemão
OS FILÓSOFOS DOS SÉCULOS XVIII e XIX

Racionalismo: valorização da razão no processo de aquisição


do conhecimento.
Concepção filosófica que afirma a razão como única
faculdade a propiciar o conhecimento adequado da
realidade.
Principais racionalistas modernos: Descartes, Leibniz, Pascal
e Spinoza
OS FILÓSOFOS DOS SÉCULOS XVIII e XIX

PRINCIPAIS EMPIRISTAS: JOHN LOCKE, FRANCIS BACON,


DAVI HUME E BERKELEY

Empirismo: valorização da experiência


sensível no processo de aquisição do
conhecimento.
John Locke (1632-1704), inglês, é tido
como o fundador do empirismo,
comparou a mente com uma “tabula Retrato do filósofo inglês
rasa” onde seriam impressas, pela John Locke, século XVII

experiência, todas as ideias e


conhecimentos. Nada existiria ali que
não tivesse passado pelos sentidos.
OS FILÓSOFOS DOS SÉCULOS XVIII e XIX
PRINCIPAIS EMPIRISTA

 Francis Bacon (1561-1626) propunha


um conhecimento baseado no saber
experimental e na lógica indutiva.
• Para David Hume (1711-1776) o
conhecimento tem início com as
percepções individuais, que
podem ser impressões ou ideias.
OS FILÓSOFOS DOS SÉCULOS XVIII e XIX
PRINCIPAIS EMPIRISTA
 Jorge Berkeley (1685-1753) criticou o
racionalismo e superou algumas noções
dos próprios empiristas.

 Adotou um imaterialismo, pelo qual


nega a possibilidade de conhecermos o
mundo.

 Resume essas impossibilidades pela


expressão “ser é ser percebido”: o
ser das coisas consiste em ser percebido
pelo sujeito pensante.

 Portanto, só a ideia é real: trata-se de


um idealismo.
Esta controvérsia é importante porque vai
se constituir no, ponto chave do
desacordo entre as teorias psicológicas do
início do século XX.

Note-se que, até aqui, existem escolas


filosóficas e não, ainda, psicológicas, que
buscam compreender os processos
mentais humanos.
Para os empiristas, a percepção ou uma ideia complexa
era composta de partes, ou elementos mais simples.
Buscavam identificar tais componentes simples,para
poder compreender os fenômenos mentais complexos.
Para os racionalistas, cada percepção é uma entidade
indivisível, global, cuja análise destruiria suas
características próprias.
No início do século XIX a ciência vinha se desenvolvendo
e portanto era possível o estudo, em laboratórios, dos
processos orgânicos da percepção.
A Fisiologia, que se interessou pela investigação das funções cerebrais, foi
nisto influenciada pelo surgimento da Frenologia, teoria que logo
desapareceu por falta de maior comprovação.
A origem da Psicologia Cientifica

A Fisiologia do século XIX investigou e teorizou sobre a


natureza da atividade nervosa, a velocidade de condução
do impulso nervoso, mecanismos da visão e audição, etc.
Este desenvolvimento da Fisiologia contribuiu
grandemente para o surgimento da Psicologia,
principalmente pelos novos conhecimentos que
proporcionou e pela metodologia de laboratório que
empregou.
A origem da Psicologia Cientifica

Um outro campo científico relacionado e cujo


desenvolvimento também está diretamente na
raiz da Psicologia moderna é a Psicofísica.

Gustav Theodor Fechner (1801-1887) é considerado o


“fundador da Psicofísica” ou o “pai da Psicologia
Experimental”. A Psicofísica pode ser descrita como o estudo
quantitativo das relações existentes entre a vida mental
(como sensações, por exemplo) e os estímulos do mundo
físico.
Procurou-se delinear, até aqui, o quadro de
antecedentes científicos e filosóficos do
surgimento da Psicologia como ciência.

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