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6o

ANO

2024_AF_B1_V1
História

A importância do tempo para


diferentes culturas

1o bimestre – Aula 07
Ensino Fundamental: Anos Finais
Conteúdo Objetivos

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● A representação do tempo para ● Reconhecer como diferentes
diferentes culturas ao longo da culturas têm percebido e
história; representado o tempo ao longo
● A influência do tempo nas da história;
práticas cotidianas de diversas ● Compreender como diferentes
culturas. culturas lidam com a passagem
do tempo e como isso influencia
suas práticas cotidianas.
Para começar

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Virem e conversem
Hábitos relacionados ao tempo
Vocês já ouviram falar na siesta? Siesta, sesta ou o
popularmente conhecido “cochilo após o almoço” é
um hábito cultural praticado em diversos países do
mundo há milhares de anos. Alguns dos relatos mais
antigos datam do antigo Império Romano. O hábito se
espalhou por diversos países, principalmente na
Espanha. Em muitos locais onde ela é praticada,
estabelecimentos fecham as portas durante esse
horário. Vocês já fizeram uma siesta após o almoço? Desenho de uma mulher
dormindo.
Foco no conteúdo

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O tempo em diferentes culturas
O entendimento do que é o tempo e de como ele é medido varia bastante nas
diferentes culturas ao redor do mundo. Várias civilizações desenvolveram
sistemas de medição e práticas culturais únicas relacionadas ao tempo. Muitas
dessas práticas estavam relacionadas a aspectos religiosos e ao controle da
produção de alimentos, entre outras questões.

A seguir, vamos conhecer alguns instrumentos de medida do tempo utilizados no


passado e saber como o tempo é trabalhado em diferentes culturas.
Foco no conteúdo

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Instrumentos de medida do tempo
Ao longo da história, as pessoas têm buscado maneiras de entender e regular o
tempo, seja para marcar eventos importantes, seja para calcular períodos
agrícolas ou, simplesmente, para organizar o dia a dia. Diferentes culturas e
sociedades criaram uma variedade de instrumentos inovadores para cumprir
essa importante tarefa. Do relógio de sol, criado na Antiguidade, até os
relógios dos celulares atuais, esses instrumentos passaram por grandes
evoluções.

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Foco no conteúdo

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Relógio de sol
Desenvolvido e utilizado por diversas civilizações da
Antiguidade, o relógio de sol utiliza a posição do Sol
para indicar as horas do dia. Ele consiste em uma placa
plana com uma haste ou um ponteiro que lança uma
sombra na superfície marcada. À medida que o Sol se
move, a sombra muda de comprimento e direção,
Relógio de sol.
permitindo a leitura das horas. Alguns dos relógios de
sol mais antigos foram encontrados na antiga Babilônia
(atual Iraque) e no Egito.
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Clepsidra
A clepsidra consiste em um recipiente de água que se
enche ou se esvazia lentamente. Dentro dele, existem
marcas que indicam a passagem do tempo conforme a
água se move de um recipiente para o outro em uma
taxa constante. A clepsidra foi usada por diversas
civilizações antigas para medir o tempo, incluindo
gregos, romanos e chineses.
Clepsidra grega
reconstruída.

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Ampulheta
A ampulheta é um antigo dispositivo de medição do
tempo, composto de dois compartimentos de vidro
conectados por um estreito tubo. Dentro desse tubo,
há uma substância, como areia ou pó, que flui de um
lado para o outro. Ao virarmos a ampulheta, o
material começa a se deslocar novamente, marcando
um intervalo de tempo. Embora não saibamos a sua
origem com exatidão, ela se popularizou na Idade
Média e foi amplamente utilizada a partir de então.
Ampulheta.
Na prática

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Todo mundo escreve

1. De acordo com as informações apresentadas anteriormente, respondam no


caderno:

a) Qual a função dos instrumentos de medida do tempo ao longo da


história?
b) Quais são as semelhanças entre a clepsidra e a ampulheta?
Na prática

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Correção Todo mundo escreve

a) Qual a função dos instrumentos de medida do tempo ao longo da história?


Resposta esperada: Ao longo da história, eles serviram como uma forma
de entendermos e regularmos a passagem do tempo, seja para marcar
eventos importantes, calcular períodos agrícolas ou, simplesmente,
para organizar o nosso cotidiano.

b) Quais são as semelhanças entre a clepsidra e a ampulheta?


Resposta esperada: Os dois instrumentos se utilizam de recipientes que se
enchem ou se esvaziam (de água ou areia) de maneira controlada para
medir o tempo.
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O tempo para os egípcios na Antiguidade
No Egito Antigo, a compreensão do tempo era
profundamente influenciada por fatores como as estações
do ano, eventos astronômicos e crenças religiosas.
Vamos analisar alguns desses aspectos:
Calendário egípcio: os egípcios desenvolveram um dos
primeiros sistemas de calendário conhecidos. Seu
calendário solar tinha 12 meses de 30 dias, totalizando
360 dias. Para compensar a diferença em relação ao ano Calendário egípcio no
solar, acrescentavam dias adicionais a festivais Templo de Kom Ombo, no
Egito.
religiosos;
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Tempo cronológico: os egípcios usavam relógios de sol para acompanhar as
horas durante o dia. Eles eram comuns em templos e outras estruturas
importantes, onde as sombras projetadas indicavam diferentes momentos do
dia;
Astronomia e religião: a observação do céu noturno desempenhava um papel
significativo. Muitos eventos astronômicos estavam ligados a crenças
religiosas, e as posições das estrelas eram usadas para orientação na construção
de templos e pirâmides;

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Religião: a visão egípcia do
tempo estendia-se para além
da vida terrena. Esse povo
acreditava em uma vida após
a morte, e a preservação do
corpo (múmias) estava ligada
à crença na vida eterna.

Detalhe do Livro dos Mortos do Egito Antigo. A imagem


retrata um julgamento. Se o coração da pessoa tivesse o
peso de uma pena, ela poderia obter a vida eterna. Caso
contrário, ela seria devorada pela deusa Ammit.
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O tempo para os gregos na Antiguidade
Para os gregos antigos, a compreensão do tempo estava relacionada a crenças
religiosas, filosóficas e a atividades cotidianas. Vamos explorar alguns conceitos
fundamentais que os gregos utilizavam para entender o tempo:
Khrónos e Kairós: duas palavras principais para se referir ao tempo. “Khrónos”
era associado ao tempo cronológico, medido em horas, dias e anos, enquanto
“Kairós” representava o tempo oportuno, ou seja, o período ideal para a
realização de uma determinada atividade, muitas vezes vinculada a momentos
decisivos ou oportunidades únicas;

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Ciclos celestiais: a observação dos astros, como o movimento do Sol e da Lua,
desempenhava um papel vital na medição do tempo. O calendário lunar era
usado para marcar eventos religiosos e festivais;
Política e cotidiano: em Atenas, por exemplo, o tempo era muito importante
para a política. As assembleias e os tribunais operavam a partir de um
calendário específico, e eventos importantes, como festivais religiosos e
competições atléticas, também seguiam o calendário;

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Religião: os gregos antigos acreditavam
que o controle dos acontecimentos de suas
vidas estaria nas mãos dos deuses. Um
exemplo disso é retratado na história das
moiras. Elas eram três deusas criadas para
tecer o destino dos humanos e dos deuses.
As moiras fabricavam, teciam e cortavam
os fios que representavam a vida dos seres O fio dourado, 1885. Pintura de John
humanos e dos deuses em um tear Melhuish Strudwick, representando as
moiras Cloto, Láquesis e Átropos
chamado Roda da Fortuna. segurando o fio da vida.
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O tempo para os povos indígenas do Brasil

A compreensão do tempo para os diversos povos indígenas do Brasil foi, ao


longo do tempo, moldada por aspectos religiosos, fenômenos naturais, relação
com a natureza e, também, pelo contato com outras culturas.
Muitos povos de origem tupi-guarani, por exemplo, desenvolveram ao longo do
tempo calendários baseados nas estações do ano, nos movimentos das estrelas,
além de outros eventos astronômicos. Outros povos, como os Amondawa, não
têm uma percepção definida sobre o tempo.

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Os Amondawa são um grupo étnico indígena que habita a região do Alto Rio
Madeira, na Amazônia brasileira, principalmente no estado de Rondônia. Sua
população é pequena e o grupo vivia isolado até o ano de 1986.
Visão do tempo: na década de 2010, os Amondawa chamaram a atenção de
estudiosos e pesquisadores, devido à sua percepção única do tempo. Em seu
idioma nativo (kagwahiva), não há uma palavra específica para expressar ideias
de tempo, como passado, presente, futuro, dias, meses ou anos. Eles relacionam
o tempo a eventos cíclicos, como as estações do ano e as experiências do
cotidiano. Vale ressaltar que, por meio do contato com a língua portuguesa,
muitos Amondawa passaram a adotar as noções de tempo utilizadas por povos
não indígenas.
Aplicando

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Todo mundo escreve

Após ter analisado os textos com seu(sua) professor(a), e lembrando do que


aprendemos na aula de hoje, respondam:
O tempo era compreendido da mesma maneira pelos povos abordados na
aula? Justifique sua resposta.
Aplicando

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Todo mundo escreve
Correção

O tempo era compreendido da mesma maneira pelos povos abordados na aula?


Justifique sua resposta.
Resposta esperada: Não, pois cada um dos povos citados foi influenciado
por diferentes tradições culturais, religiões e relações com o ambiente ao
redor.
O que aprendemos hoje?

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● Reconhecemos como diferentes culturas têm
percebido e representado o tempo ao longo da
história;
● Compreendemos como diferentes culturas
lidam com a passagem do tempo e como isso
influencia suas práticas cotidianas.
Referências

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EURODICAS. Siesta na Espanha: entenda o que é e a origem do costume. Eurodicas, 23 abr. 2018. Disponível
em: https://www.eurodicas.com.br/siesta-na-espanha/. Acesso em 27 nov. 2023.
HAUBERT, Laura. Apontamentos sobre a questão do tempo na Grécia: Καιρός, Χρόνος e Αίων. Prometheus, n.
31, 2019. Disponível em: https://periodicos.ufs.br/prometeus/article/download/10676/9532/34980. Acesso em: 25
nov. 2023.
ISA. Povos Indígenas no Brasil. Amondawa. Disponível em: https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Amondawa.
Acesso em: 27 nov. 2023.
FLAMARION, Ciro. O Egito Antigo. Coleção Tudo é História, vol. 30. São Paulo: Brasiliense, 1982.
LEMOV, Doug. Aula nota 10: 49 técnicas para ser um professor campeão de audiência. Trad. Leda Beck;
consultoria e revisão técnica Guiomar N. de Mello e Paula Louzano. São Paulo: Da Prosa/Fund. Lemann, 2011.
PALMER, Jason. Estudo identifica tribo amazônica que 'não conhece conceito de tempo’. BBC News Brasil, 21
maio 2011. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2011/05/110521_triboamazonia_tempo_pai.
Acesso em: 21 no.2023.
São Paulo (Estado). Secretaria de Estado da Educação. Coordenadoria Pedagógica – COPED, 2023. Currículo em
Ação.
Referências

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Lista de Imagens
Slide 3 – Disponível em:
https://www.gettyimages.com.br/detail/ilustra%C3%A7%C3%A3o/tired-african-woman-sitting-on-sofa-with-ilustra%C3%
A7%C3%A3o-royalty-free/1371843330?phrase=siesta%2B%2Bdesenho
. Acesso em: 28 nov. 2023.
Slide 6 – Disponível em:
https://www.gettyimages.com.br/detail/foto/sundial-imagem-royalty-free/173559939?phrase=rel%C3%B3gio+de+sol&adp
popup=
true. Acesso em: 28 nov. 2023.
Slide 7 – Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Clepsidra#/media/Ficheiro:AGMA_Clepsydre.jpg. Acesso em: 26
nov. 2023.
Slide 8 – Disponível em:
https://www.gettyimages.com.br/detail/foto/wooden-hour-glass-imagem-royalty-free/520222810?phrase=ampulheta+de+m
adeira&adppopup=
true. Acesso em: 28 nov. 2023;
Slide 11 – Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Calend%C3%A1rio_eg%C3%ADpcio#/media/Ficheiro:Kom_Ombo_Temple_Calendar_2.JP
G
. Acesso em: 30 nov. 2023.
Slide 13 – Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Livro_dos_Mortos#/media/Ficheiro:El_pesado_del_coraz%C3%B3n_en_el_Papiro_de_Hunef
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