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A AVALIAÇÃO CLÍNICA E OS FENÔMENOS

ELEMENTARES DA PSICOSE
(HIPÓTESE DIAGNÓSTICA)

Teoria Psicanalítica: Idade Adulta e Envelhecimento


A AVALIAÇÃO CLÍNICA

 Técnica versus Ética.

 A psicanálise não tem padrões (IPA), mas tem princípios (a própria


análise, a supervisão, a prática clínica e o estudo do texto).

 Diferença: o paciente psiquiátrico é designado como paciente pelos


outros e o paciente da psicanálise não (à exceção das crianças,
adolescentes e psicóticos).

 Na análise, não há paciente à revelia de si mesmo.


A AVALIAÇÃO CLÍNICA

 O analista avaliza ou não a primeira demanda, fruto de uma


avaliação pelo paciente do seu sintoma.

 Entrevistas preliminares (não tem tempo definido).

 Diagnóstico preliminar: neurose, psicose e perversão

 Na psicanálise de orientação lacaniana não há diferença entre


análise terapêutica e análise didática.

 O “cuidado” em avalizar demanda de pré-psicóticos.


OS FENÔMENOS ELEMENTARES

 São fenômenos psicóticos que podem existir antes de um surto.

◦ Fenômenos de automatismo mental: irrupção de vozes, de discurso de outros,


na esfera psíquica (xenopatia).

◦ Fenômenos que concernem ao corpo: fenômenos de decomposição do corpo,


de desmembramento, de separação do próprio corpo, de estranheza em relação ao
corpo, distorção temporal ou de deslocamento espacial.

◦ Fenômenos que concernem ao sentido e à verdade: quando o paciente diz


poder ler no mundo signos que lhe são destinados e que lhe trazem uma
significação; experiências inefáveis de certeza absoluta (por exemplo, a respeito
da identidade ou da hostilidade de um estranho)
O DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

 Psicose X Histeria: fenômenos corporais e identificação histérica


(as alucinações). A “certeza” do psicótico.

 Psicose X Neurose obsessiva: o automatismo mental (delírio). Ex:


O Homem dos Ratos e o quase delírio da dívida em função do
estado de urgência - demora.

 Psicose X Perversão: o verdadeiro perverso não vem com


frequência à análise (diferente de um neurótico com um gozo
perverso), mas pode vir com a demanda de ser analista.
Referência:

 FINK, B. Introdução clínica à psicanálise lacaniana. Rio de


Janeiro: Zahar, 2018.

 MILLER, J-A. Seminário do campo freudiano. Primeira


conferência. Introdução a um discurso do método analítico. In: Falo
– Revista brasileira do campo freudiano, nº 2. Salvador: Fator Ed.
1988, p. 87-96.

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