Você está na página 1de 65

PSICOPATOLOGIA E CRIME

PSICOPATOLOGIA E CRIME
U. C . C R I M I N O LO G I A C L Í N I C A | A N A C A S T R O, P h D .
OBJETIVOS E COMPETÊNCIAS A ADQUIRIR

(1) Conhecer as aplicações do método clínico na prática criminológica;


(2) Conhecer os métodos e técnicas do exame psicológico e respetivos fundamentos científicos;
(3) Conhecer os mais importantes sinais e sintomas tradutores de psicopatologia associada ao crime;
(4) Adquirir conhecimentos específicos que permitam a execução de uma avaliação no domínio de algumas
psicopatologias;
(5) Conhecer características e critérios de diagnóstico dos principais quadros psicopatológicos associados ao
crime;
(6) Conhecer a avaliação multiaxial do DSM-IV-TR;
(7) Realizar diagnósticos clínicos diferenciais através da análise de casos clínicos.

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS

I - CRIMINOLOGIA CLÍNICA a) - Definição e objeto; - Emergência e crise. b) Perigosidade: - Perigosidade e personalidade


criminal; - Da perigosidade ao risco. c) O método clinico e a perspetiva fenomenológica; - Processo e dinâmica do exame: -
Modelos e técnicas de observação e avaliação; - A entrevista clinica d) A Avaliação atuarial; - Objetivos e diferentes
instrumentos. e) Abordagem clínica de grupos especiais de delinquentes: delinquentes com comportamentos violentos e
delinquentes sexuais.

II - PSICOPATOLOGIA E CRIME ...

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


II. PSICOPATOLOGIA E CRIME
A. Conceitos Básicos e Terminologia Análoga:

§ O Exame do Estado Mental;

§ Sinais e Sintomas de Perturbação da Consciência, Perceção, Memoria, Inteligência, Discurso e Linguagem,


Pensamento, Emoção, e Comportamento Motor;

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


II. PSICOPATOLOGIA E CRIME
B. Principais Quadros Nosográficos e seus Critérios de Avaliação Diagnóstica:

§ Esquizofrenia e Outras Perturbações Psicóticas

§ Perturbações do Humor: Perturbação Bipolar I e II

§ Perturbação Antissocial da Personalidade, Perturbação Borderline e Psicopatia

§ Perturbações do Controlo dos Impulsos: Cleptomania, Piromania, Mitomania, e Jogo Patológico.

§ Perturbações Sexuais: Parafilias

§ Perturbação do Comportamento na Infância e na Adolescência: o conceito de “traços calosos não-emocionais”

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


II. PSICOPATOLOGIA E CRIME

Bibliografia (obrigatória):
§ American Psychiatric Association (2015). Guia de Referência Rápida para os Critérios de
Diagnóstico do DSM-5. Lisboa: Climepsi Editores.

§ Trzepacz, P. T., & Baker, R. W. (2001). Exame psiquiátrico do estado mental. Lisboa: Climepsi
Editores.

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


CONCEITOS BÁSICOS E TERMINOLOGIA ANÁLOGA
P S I C O PAT O L O G I A E C R I M E

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


PSICOPATOLOGIA
§ A Psicopatologia estuda a etiologia, as alterações estruturais e as formas de manifestação da doença mental, ou
seja, compreende todos os conhecimentos relativos ao adoecer mental.

§ Conceito de “normalidade” está dependente da época, da cultura, da ideologia, e da vivência de cada indivíduo.

§ Na Psicopatologia, os sinais de maior interesse são os comportamentais objetivos, as vivências subjetivas


relatadas pelo doente, e as suas queixas.

§ Nosologia – Nosos (doença) + Logos (estudo, razão explicativa) - tem por objetivo descrever, explicar, diferenciar,
classificar as doenças.

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


§ Semiologia – (do grego semeion, que significa sinal + logos) – estudo dos sinais e sintomas das doenças.
Muito importante para o diagnóstico das doenças.

§ Sinal – dado objetivo, passível de observação (ex.: miose - diminuição do tamanho da pupila)

§ Sintoma – experiência subjetiva descrita pelo indivíduo (ex.: dor de cabeça - cefaleia); queixas.

§ Síndrome – combinação típica de um conjunto de sinais e sintomas

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


Resumo das áreas do funcionamento psíquico objeto de estudo semiológico

1. Consciência
2. Perceção
3. Memória
4. Inteligência
5. Discurso e linguagem
6. Pensamento
7. Emoção
8. Comportamento motor

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


SINAIS E SINTOMAS DE PERTURBAÇÃO DA CONSCIÊNCIA
P S I C O PAT O L O G I A E C R I M E

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


O que é a Consciência?
• Estado mental em que temos conhecimento da nossa própria existência e da existência daquilo que nos
rodeia (Damásio, A., p.19 );

• Se não houver mente, não há consciência;

• A consciência é um estado mental que ocorre quando estamos acordados;

• Os estados mentais têm sempre conteúdo, e são sentidos.

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


• Estar acordado é um pré-requisito para se estar consciente, excepto no que concerne à consciência onírica (sonhos);

• Para se estar consciente é necessário:

a) estar acordado;

b) ter uma mente operacional;

c) ter, nessa mente, uma sensação automática, espontânea e directa do “eu” enquanto protagonista da experiência,
por mais subtil que a sensação do “eu” possa ser.

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


• Estar acordado
• Ter uma mente processos cerebrais distintos
• Ter uma Identidade

• Se estivermos acordados e houver conteúdo na mente, a consciência é o resultado da junção de


uma função do “eu” à mente.

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


Tipos de Consciência
• Intensidade: não funciona abaixo de um determinado limiar, e percorre vários níveis para funcionar com eficiência máxima;

Consciência nuclear: percepção do aqui e

agora (ex. tomar café)

• Âmbito

Consciência autobiográfica: dominada tanto

pelo passado já vivido como pelo futuro

antecipado (conteúdos reais ou imaginários)

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


ALTERAÇÃO DO ESTADO DE VIGÍLIA

•Estado de Alerta – descreve o nível de vigília do doente.

•Hipervigília ou Hiperalerta - ocasionalmente os doentes podem estar demasiado alerta, ansiosamente atentos,
não relaxam, olham em volta frequentemente e assustam-se com facilidade.

•Sonolento – a sonolência (pode ser sinónimo de hipersónia) caracteriza-se por lentificação mental, bocejos,
diminuição de energia e tendência para adormecer quando não estimulado.

•Letárgico - estado que representa grau mais marcado de sonolência e diminuição da energia.

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


• Obnubilado – representa igualmente grau mais marcado de sonolência e diminuição da energia.

• Delirium ou estado confusional

• Estuporoso – termo apropriado para aqueles doentes que (ocasionalmente emergem do coma por curtos
períodos) apenas respondem a ruídos intensos ou estímulos dolorosos.

• Estado crepuscular

• Coma – estado de inconsciência do qual não se consegue acordar o indivíduo, mesmo com estímulos
intensos e repetidos.

• Turvação da Consciência – este termo tem sido usado para referir genericamente todos estes estados de
diminuição do alerta, mas deve ser evitado por ser muito inespecífico.

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


• Estado Vegetativo Persistente – pode durar vários anos após lesão cerebral grave. Este estado surge como
exemplo de doentes difíceis de caracterizar, que parecem acordados mas que no entanto não mostram
qualquer sinal de atividade mental.

• Síndrome de Locked-in* – algumas lesões neurológicas que impedem a expressão vocal ou motora que
podem resultar num estado aparentemente semelhante ao vegetativo persistente, mas no qual a vitima
presumidamente mantém a consciência.

*No Síndrome de Locked-in o doente mantém o estado de vigília embora com outro tipo de (substanciais) limitações.

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


§ A diminuição da vigília está associada à privação do sono ou pode ser um sinal de doença física subjacente,
tal como, intoxicação, edema cerebral, estado pós-crítico, concussão (perda de consciência e algumas vezes
da memória de curta duração que ocorre após uma lesão cerebral), infecção do sistema nervoso central,
lesões estruturais cerebrais agudas ou de grandes dimensões, delirium (flutuação da consciência).

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


DEAMBULAR OU SONAMBULAR? INCONSCIÊNCIA OU CRIME?
WWW.ISLEEP.PT

• Existe a convicção generalizada de que andar durante o sono equivale a ter sonambulismo. É uma
convicção equívoca que leva a frequentes erros de diagnóstico.

• Porquê?

Porque andar durante o sono pode ser devido a várias causas e, consequentemente, ter tratamentos
diferentes.

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


Pode efetivamente ser devido a sonambulismo.

• O sonambulismo é uma doença bem definida, mais frequente nos rapazes, inicia por volta dos 5-6 anos de
idade e tende a desaparecer na adolescência. Os episódios surgem classicamente no sono delta (sono
profundo), cerca de 1 hora depois do adormecer e não se repetem mais na mesma noite. O sonâmbulo tem
uma memória vaga ou quase nula dos acontecimentos, anda pela casa de uma forma ordenada mas
inconsciente, pelo que corre riscos de acidentes, como cair por uma escada ou de uma janela, partir objetos,
etc. Geralmente, não é agressivo, mas pode ter agressividade se contrariado.

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


O sonambulismo pode ser provocado por alguns fármacos psicoativos, e ser agravado pelo álcool, drogas,
febre ou pela privação de sono.

Violência no sono?

Sim, a violência pode existir no sono e é, nesse caso, particularmente perigosa. Porquê? Porque quem a
executa está inconsciente e a intensidade dos atos pode ser grande.

Quais as causas?

O sonambulismo, os terrores noturnos, e os alertas confusionais, podem ser causa de violência ou de


acidentes.

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


Outro caso é a epilepsia noturna.

Algumas epilepsias surgem exclusivamente ou predominantemente de noite e manifestam-se por episódios


com comportamentos simples (movimentos dos membros, gritos, etc.) ou complexos (andar, sentar na cama,
cair da cama, agredir, bater, etc.). Confundidas com sonambulismo, não são tratadas.

Quais as diferenças?

As epilepsias podem surgir a diferentes horas da noite ou no adormecer, podem ocorrer várias vezes na
mesma noite, os comportamentos são estereotipados e deles não há memória no dia seguinte ou quando se
acorda. O acordar é difícil, com dores no corpo, dores de cabeça ou confusão. As epilepsias podem surgir em
crianças, em adultos e em idosos, e algumas são mesmo familiares.

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


Outros casos ainda que, classicamente, surgem principalmente em homens idosos, são os transtornos
comportamentais do sono REM.

O que é isto?

São episódios que ocorrem no contexto de um sonho, durante o qual alguém está a agredir ou o doente ou um
familiar. O doente defende-se e, nessa defesa onírica, agride violentamente quem está próximo, salta da cama
como se voasse, esbraceja, etc. Quando acorda com alguma dificuldade, muitas vezes ou porque alguém está a
gritar ou porque se magoou, vê a desgraça que provocou e arrepia-se: são olhos negros, pescoços apertados,
feridas e sangue, braços partidos, etc., atos sempre violentos. Quem o faz é geralmente pacífico e cordato e
não está de modo nenhum a exprimir violência, antes pelo contrário, esteve a defender-se dela.

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


O que aconteceu?

• Teve sonhos em que era vítima de violência, durante os quais, por não ter a clássica, normal e protetora
“atonia do REM”, que nos paralisa transitoriamente, executou mesmo o que estava a sonhar.

• Tanto as epilepsias como o transtorno comportamental do sono REM carecem de tratamento eficaz e
imediato por especialistas em Medicina do Sono ou por Neurologistas.

• O sonambulismo, na maior parte dos casos, carece de medidas protetoras e profiláticas.

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


SINAIS E SINTOMAS DE PERTURBAÇÃO DA PERCEÇÃO P S I C O PAT O L O G I A E C R I M E

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


PERCEPÇÃO

Aquisição do conhecimento de dados sensoriais (concretos e manifestos) do nosso mundo, do meio


ambiente e do próprio meio somático.

APERCEÇÃO

Capacidade para entender perceções no seu contexto significativo, para as relacionar entre si com
sentido e para as incluir no âmbito da experiência.

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


A. ALUCINAÇÕES
Perceção sensorial falsa, não associada a estímulos reais externos, acompanhada ou não de interpretação
delirante. Indicam a presença de uma perturbação psicótica apenas se o teste de realidade estiver
comprometido.
Tipos:
• Auditivas (sons, vozes), autoscópicas (visão de si, através de um ponto externo da sala/ espaço), cenestésicas
(sensações viscerais e fisiológicas), cinestésicas (movimento de parte do corpo), de comando (instruções sobre o
comportamento a tomar), depreciativas (vozes que insultam, criticam ou ameaçam); formicação (perceção tátil de
insetos sobre a pele);
• Gustativas (sensação de gosto, geralmente desagradável); membro fantasma (sensação numa extremidade amputada,
incluindo a der que ainda lá está); olfativas (sensação de odor); somáticas (experiências físicas); táteis (sensação
cutânea), visuais.
Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA
B. ILUSÃO
Perceção ou interpretação distorcida de estímulos sensoriais externos reais; alguns autores incluem aqui as micropsias e
macropsias.

C. AGNOSIAS (associadas a problemas orgânicos)


Incapacidade percetiva de reconhecer objetos ou pessoas, apesar das vias sensoriais primárias estarem intactas.

D. PERTURBAÇÕES HISTÉRICAS DA PERCEÇÃO


Perda de modalidade sensorial sem lesão orgânica justificativa.

E. PERTURBAÇÕES DA QUALIDADE DA PERCEÇÃO


§ Desrealização (sensação de que o mundo exterior se tornou subitamente irreal).
§ Despersonalização (sensação de desconhecimento/ não conhecimento de si próprio) .
Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA
SINAIS E SINTOMAS DE PERTURBAÇÃO DA MEMÓRIA P S I C O PAT O L O G I A E C R I M E

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


MEMÓRIA E RECORDAÇÃO: FUNÇÕES MNÉSTICAS
• Permitem-nos reter e evocar
• Memória e afeto
• Memória lábil e memória estável (a consolidação da memória é descrita como o processo pelo qual uma informação
recém-adquirida torna-se estável ao longo do tempo. Quando memórias já ́ consolidadas são evocadas, se tornam
lábeis, e para persistirem necessitam passar por um novo processo de estabilização, dependente de síntese proteica,
chamado de reconsolidação. A consolidação e a reconsolidação consistem de processos independentes que
englobam um conjunto complexo de reações bioquímicas e moleculares que podem ser moduladas por diferentes
neurotransmissores, como por exemplo, a serotonina.)

• Memória recente (30 a 60 m) e memória remota

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


MEMÓRIA E RECORDAÇÃO: FUNÇÕES MNÉSTICAS

• Memória de Curto Prazo: capacidade de recordar informações logo após sua apresentação. É de capacidade limitada, ou seja,

cerca de sete informações de cada vez. Ela permanece disponível por alguns minutos, mas se perde ou é substituída por nova

informação, caso não seja muito estimulada, como através de repetições sucessivas e exercícios de recordação posteriores.

• Memória de Longo Prazo: capacidade de recordar informações mais tardiamente. Tem capacidade extraordinariamente

grande, conseguindo reter informações por período indeterminado, sem necessidade de reforço.

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


MEMÓRIA E RECORDAÇÃO: FUNÇÕES MNÉSTICAS

• Memória Anterógrada: é a capacidade de armazenar novas informações a partir de um determinado momento.

• Memória Retrógrada: é a capacidade de se lembrar de informações ou eventos que ocorreram antes de um momento
específico no tempo.
• Memória Recente e Remota: subdivisões da memória retrógrada. A memória recente refere-se a informações
adquiridas há pouco tempo (dias, semanas); memória remota refere-se a informações armazenadas há meses ou
anos.

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


PATOLOGIA DAS FUNÇÕES MNÉSTICAS

• Amnésia – incapacidade de recordar informação aprendida recente ou informação do passado, apesar da capacidade de
atenção estar intacta.

• Amnésia anterógrada: perda de memória para eventos que ocorrem posteriormente ao acontecimento da doença, ou
seja, é a deficiência em formar novas memórias, como ocorre na doença de Alzheimer.

• Amnésia retrógrada – incapacidade de recordar informação de um período de tempo anterior à lesão cerebral que
causou o início da amnésia. a pessoa consegue se lembrar de eventos posteriores ao trauma, mas não consegue se
lembrar de eventos anteriores a doença (trauma).

• Confabulações (pseudo-recordações) – fabricação de ideias e circunstâncias que não são consistentes com a realidade.

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


A. AMNÉSIA:
• incapacidade total ou parcial de recordar experiências prévias
• a. Anterógrada: amnésia para acontecimentos ocorridos após um determinado momento
• b. Retrógrada: amnésia para acontecimentos ocorridos antes de um determinado momento.

B. PARAMNÉSIA:
• distorção ou falsificação da memória. Incluem
• a. Falsos reconhecimentos ou desconhecimentos: síndrome de falsas memórias ou falsificação retrospetiva;
fenómenos de déjá vu, jamais vu (classificável como perturbações da perceção);
• b. Confabulações: preenchimento de vazios mnésicos (por exemplo, na síndroma de Korsakoff).

C. HIPERMNÉSIA:
• grau exagerado ou intensificação da capacidade de retenção e recordação, podendo estar associada a estados febris,
acidentes que põem em perigo a vida ou a consumo de drogas.

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


SINAIS E SINTOMAS DE PERTURBAÇÃO DA INTELIGÊNCIA PSICOPATOLOGIA E CRIME

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


A. DEFICIÊNCIA MENTAL
• QI abaixo de 70. “Sempre foi pobre, nunca foi rico”.

B. DEMÊNCIA
• Deterioração global e progressiva do funcionamento intelectual.

C. PSEUDODEMÊNCIA
• Características clínicas semelhantes à demência, mas não provocadas por disfunção cerebral orgânica.
Frequentemente devida a psicopatologia depressiva.

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


SINAIS E SINTOMAS DE PERTURBAÇÃO DO DISCURSO E DA LINGUAGEM
P S I C O PAT O L O G I A E C R I M E

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


LINGUAGEM, FALA

• A linguagem resume o pensamento em palavras (símbolos) e está, por isso, colocada ao serviço da
função ordenadora do pensamento

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


• AFASIAS (CAUSADAS POR PROBLEMA ORGÂNICO)
• Afasia: Perda ou deterioração da capacidade de compreender e exprimir ideias através da linguagem, incluindo
a escrita, a leitura, a fala e a compreensão. A afasia é uma perturbação do sistema nervoso central e não se
deve a lesões do aparelho vocal. Existem afasias fluentes e não fluentes e afasias globais, que são uma
combinação destes dois tipos (Trzepacz & Baker, 1993/2001, p. 95).
• Dois exemplos de afasias:
• A. Afasia de Broca ou afasia expressiva: compreensão permanece, mas a capacidade para falar encontra-
se prejudicada.
• B. Afasia de Wernicke ou afasia recetiva: perda da capacidade para compreender o significado das
palavras; a fala é fluida, mas incoerente e sem sentido.

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


PERTURBAÇÕES DO DISCURSO

• Gaguez (alteração da fluência e tempo do discurso)

• Verbigeração (repetição incessante de palavras, expressões ou frases, geralmente inapropriadas


para o contexto da conversa)

• Ecolalia (repetição inapropriada das palavras espontâneas de uma outra pessoa; esquizofrenia
grave, demências, etc.)

• Mutismo (ausência de comunicação verbal).

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


PERTURBAÇÕES DA FALA

• A. Relativas ao ritmo

• a. taquifasia: discurso acelerado.

• b. logorreia: compulsão para falar.

• c. pressão do discurso: fala rápida, aumentada em quantidade e dificilmente interrompida (taquifasia e


logorreia); pode estar associada a fuga de ideias nos estados maníacos.

• d. bradifasia: discurso lentificado; eventual aumento do tempo de latência (pausas). Frequente na


depressão.

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


• B. Relativas ao conteúdo

• a. verbigeração, palilalia, estereotipia verbal: repetição uniforme de sílabas e palavras.

• b. ecolalia: repetição de palavras e de pequenas frases ouvidas.

• c. discurso incoerente ou interrompido.

• d. pobreza da fala: restrição na qualidade da fala (por exemplo, monossílabos).

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


• C. Relativas ao volume: falar demasiadamente alto, gritar; falar demasiadamente baixo.

• D. relativas à modulação

• a. disprosódia: perda da melodia normal da voz.

• b. fala monocórdica: fala sem modulação do seu tom e ritmo/cadência.

• E. Relativas à fonação

• a. afonia e disfonia: perda da voz, rouquidão, voz apagada

• b. disartria: alterações da articulação em perturbações da fonação

• c. gaguez: perturbação da fluidez da fala devido a espasmos do aparelho vocal

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


SINAIS E SINTOMAS DE PERTURBAÇÃO DO PENSAMENTO
P S I C O PAT O L O G I A E C R I M E

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


NO PROCESSO...

A. RELATIVAS À CONEXÃO E ORGANIZAÇÃO DO PENSAMENTO

• a. Pensamento tangencial

• b. Pensamento circunstanciado

• c. Fuga de ideias.

• d. Afrouxamento de associações.

• e. Salada de palavras.

• f. Pensamento desagregado ou incoerente.

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


• B. OUTRAS ALTERAÇÕES NO PROCESSO DO PENSAMENTO

• a. Lentificação do pensamento.

• b. Inibição do pensamento.

• c. Bloqueio do pensamento.

• d. Perseveração do pensamento.

• (...)

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


NO CONTEÚDO ...

A. Pobreza de conteúdo.

B. Delírio
• Delírios paranóides: incluem os delírios de perseguição, de referência, controlo e grandeza.
• Delírio de controlo do pensamento e/ou inserção de pensamento inclui: Difusão do pensamento; Roubo do
pensamento; Influência do pensamento.

C. Hipocondria: a partir de uma interpretação irrealista de sensações ou sinais físicos, verifica-se uma preocupação
exagerada com a própria saúde, sem que haja motivos orgânicos para tal.

D. Obsessão: pensamentos intrusivos, desagradáveis e indesejados, não suprimidos pela vontade da pessoa e que
tipicamente são persistentes e associados com ansiedade.

E. Fobia: temor persistente e exagerado de objeto ou situação que não representa um perigo real, originando um desejo
compulsivo de evitar o estímulo temido.

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


NA FORMA...

PERTURBAÇÕES FORMAIS DO PENSAMENTO


• Lentificação do pensamento
• Inibição do pensamento
• Pobreza, vazio do pensamento
• Pensamento circunstanciado
• Estreitamento do pensamento
• Perseveração do pensamento
• Pensamento digressivo e fuga de ideias

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


SINAIS E SINTOMAS DE PERTURBAÇÃO DA EMOÇÃO P S I C O PAT O L O G I A E C R I M E

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


HUMOR E SUAS PERTURBAÇÕES

• A. Humor eutímico: faixa normal do humor, consistente, sem grandes alterações.

• B. Humor disfórico: sentimento persistente ou estado de humor desagradável.

• C. Humor eufórico: elação do estado de humor, com eventual associação a sentimentos de grandeza.

• D. Humor irado: estado de humor marcado por irritabilidade e hostilidade.

• E. Humor ansioso: estado de humor marcado por sentimentos de apreensão, medo e tensão.

• F. Apatia: ausência de estado de humor aparente.

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


§ SÍNDROMES AFETIVAS

• Síndrome depressiva

• Síndrome maníaca

• Síndrome esquizoafetiva

• Síndrome de angústia

• Síndrome disfórica (frequentemente zangado com a vida)

• Síndrome hipocondríaca

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


SINAIS E SINTOMAS DE PERTURBAÇÃO DO COMPORTAMENTO MOTOR
P S I C O PAT O L O G I A E C R I M E

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


SINAIS E SINTOMAS DE PERTURBAÇÃO DO COMPORTAMENTO MOTOR
§ A. Movimento
• Paralisia: ausência de movimento
• Pseudoparalisia: referenciadas como neuropsicológicas, pois apesar de sugerirem doença neurológica ou um estado físico geral, o
início dos sintomas são precedidos por conflitos ou outros agentes stressores.
• Paresia: diminuição da força ou da sensibilidade (por exemplo, do membro superior direito)
• Cataplexia – perda súbita e involuntária, embora temporária, do tónus muscular, podendo mesmo cair desamparado; nalguns casos, só
determinadas partes do corpo sofrem a perda do tónus muscular;
• Acinesia: tendência para a falta de movimento, geralmente de uma parte do corpo.
• Hipocinesia: semelhante à acinesia, mas tendência menos marcada.
• Bradicinesia: execução lenta dos movimentos.
• Diminuição dos movimentos acessórios: diminuição dos movimentos automáticos (por exemplo, balançar os braços).
• Fácies amímico – reflete bradicinesia ou acinesia dos músculos faciais responsáveis pela expressão ou pelo encerramento das
pálpebras, resultando uma expressão facial reduzida ou ausente, e daí uma aparência facial fixa, como que usando uma máscara.

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


• Abulia: diminuição da espontaneidade, aumento do tempo de latência do discurso e do movimento, diminuição da
resposta a estímulos e verbalização correta mas sintética

• Inquietação – pode manifestar-se pelo discreto agitar das pernas e outros movimentos, podendo mesmo o doente
perguntar «a entrevista já acabou?»

• Agitação psicomotora –aumento geral da atividade, associada a determinadas doenças psiquiátricas, como a
depressão agitada, delirium e mania. A hiperatividade também pode ser provocada por fatores físicos conhecidos,
como intoxicação por qualquer substância estimulante.

• Lentificação psicomotora: semelhante a bradicinesia, embora alguns autores reservem o termo lentificação para o
abrandamento físico de origem psicológica

• Hiperatividade: atividade motora excessiva, associada ou não a alterações mentais.

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


• Estereotipia: padrões de comportamento repetitivos, não-volitivos, mais complexos que os tiques, sem alteração da
consciência
• Perseveração – incapacidade ou dificuldade em mudar de uma tarefa para outra.
• Verbigeração – repetição inapropriada de uma palavra ou frase.
• Fixação de posturas – adoção de uma posição de não repouso mantida, sem objetivo aparente, ex. manter um braço
levantado durante minutos a dias.
• Catalepsia ou Flexibilidade Cérea – um membro ou outra parte do corpo é mantido numa posição qualquer, mesmo
ridícula, em que uma outra pessoa o colocou. O examinador pode moldar a postura do doente como se se tratasse
de um boneco de cera.
• Ecopraxia– imitação involuntária dos movimentos e postura de outra pessoa.
• Catatonia– os doentes podem manter uma posição durante horas, sem se mexerem.
• Catatonia agitada – embora o comportamento catatónico faça geralmente lembrar imobilidade, os doentes catatónicos
podem ter episódios de hiperatividade.

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


• B. Tremor

• Movimentos oscilantes que ocorrem com um ritmo relativamente constantes;

• São em geral mais evidentes nas extremidades, sobretudo as mãos, mas podem atingir outras partes
do corpo, sendo frequentemente assimétricos.

• Têm maior amplitude durante períodos de stress, e são abolidos pelo sono.

• O tremor pode ser classificado de acordo com as circunstâncias em que ocorre: quando o segmento
afetado está em repouso; com atividades posturais; durante o movimento; ou intencional.

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


• Tremor de repouso – grosseiro e de baixa frequência (3 a 8 ciclos por segundo) e torna-se evidente quando
a extremidade está em repouso (ex. mão pousada no colo).

• Tremores postural e de ação – estão ausentes quando o corpo está relaxado, mas surgem quando se
mantém ativamente uma posição, por ex. com os braços abertos.

• Tremor intencional – ocorre durante as fases mais exigentes de uma determinada ação. Por ex. quando se
pede a um doente que estenda um braço, tocando alternadamente o seu nariz e no dedo do examinador, o
tremor intencional torna-se particularmente evidente quando se aproxima do alvo.

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


§ C. Movimentos Automáticos

• Movimentos automáticos ou automatismos - são movimentos involuntários, inconscientemente


iniciados, que podem ser simples ou complexos, geralmente sem finalidade e podem parecer bizarros.

• A consciência está alterada durante a atividade automática.

• Regra geral, o doente não se recorda do automatismo, a menos que repita o que lhe foi descrito por
testemunhas que o presenciaram.

• Os automatismos são muito sugestivos de convulsões parciais complexas e os comportamentos mais


complexos são quase sempre uma manifestação de epilepsia.

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


§ D. Distonias:

• Aumentos involuntários do tónus muscular que resultam em contorções sustidas, levando o doente
a manter-se na postura distónica seja mantida durante algum tempo (por exemplo, pescoço torcido
e olhos revirados para cima).

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


§ E: Tiques
• Movimentos ou vocalizações involuntárias, e podem variar de simples a complexos.
• Distinguem-se dos movimentos intencionais pela sua repetitividade e pela incapacidade de o doente os
evitar.
• Podem ser suprimidos conscientemente por curtos períodos de tempo, o que, em geral requer muito
esforço e gera ansiedade no doente. Esta ansiedade diminui quando o tique ocorre.
• Tiques simples comuns: piscar os olhos, fazer caretas, torcer o pescoço, encolher os ombros, pigarrear,
entre outros.
• Surgem com frequência em sujeitos sem patologia psiquiátrica; em crianças pré-púberes (transitória);
associados a perturbação obsessivo-compulsiva, excesso de cafeína, uso de drogas estimulantes,
doença de Guilles de la Tourette e estados pós-encefalíticos.
Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA
• A doença de Guilles de la Tourette é uma das mais graves doenças associadas aos tiques; à medida que a
doença progride, cresce o repertório de tiques físicos e vocais e outros comportamentos repetitivos e
obsessões.

• Palilalia – repetir compulsivamente as suas próprias palavras.

• Ecolalia – repetir compulsivamente as palavras de outra pessoa.

• Coprolalia – vocalização de obscenidades.

• Estereotipia – termo utilizado para referir comportamentos não intencionais repetidos e involuntários.

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


§ F. Maneirismos

• Correspondem à forma consistente, característica, particular, aparentemente intencional e altamente


estilizada com que os doentes fazem as coisas.

• Podem parecer muito exagerados ou bizarros, como na esquizofrenia, ex. doente fazer uma pirueta
antes de se sentar.

• Os maneirismos encontram-se sob controlo voluntário.

• Não se acompanham de alterações da consciência

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


§ G. Compulsões

• Ações que acompanham paralelamente as obsessões e podem ser o resultado motor de pensamentos e
impulsos semelhantes às obsessões.

• Tal como as obsessões, são indesejadas e egodistónicas.

• São frequentemente reconhecidas pelo doente como despropositadas e as tentativas para as impedir ou
suprimir voluntariamente são mal sucedidas.

• Comportamentos que têm um objetivo aparente e potencialmente destrutivos (jogo, fogo posto) podem
também ser compulsões.

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA


• O impulso ou necessidade de executar um ato compulsivo introduz-se a si próprio repetidamente na
consciência do doente, o que alguns autores denominam obsessão compulsiva.

• O termo compulsão deve ser utilizado apenas se o impulso é repetitivo, ritualizado e virtualmente irresistível,
ex. cleptomania, piromania, necrofilia, pedofilia, ninfomania, entre outros.

Ana Castro, PhD | Escola de Criminologia | U.C. CRIMINOLOGIA CLÍNICA

Você também pode gostar