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Pós Graduação
Psiquiatria na Clínica Cirúrgica
SEMIOLOGIA PSIQUIÁTRICA
Psicopatologia
O conceito de normalidade
Caso clínico
Sugestão de leitura
Semiologia Psiquiátrica
Semiologia psiquiátrica
Semiologia: estudo de sistemas de signos (significante – significado)
Semiologia psiquiátrica
Semiologia psiquiátrica
• Psicopatologia
Sinais: Sintomas:
Psicopatologia fenomenológica
• Karl Jaspers (séc. XX): sistematização de uma
nosologia e semiologia psiquiátricas,
fenomenologia
Psicopatologia fenomenológica
“O mundo entre parênteses” – a vivência subjetiva não é
diretamente acessível como objeto de estudo.
Conseguimos apreendê-la através de suas projeções:
Fenômenos
Gestos Comportamentos
somáticos
1883
Experiência ⴕ 1969
Ações Linguagem
afetiva evocada
Semiologia Psiquiátrica
G
•P
Psicopatologia
• Patogênese: forma ou estrutura básica do sintoma (ex: alucinação,
delírio, obsessão, compulsão etc)
Psicopatologia
• Patoplastia
Pen-drive: “Tem um pen drive no meu corpo”
Psicopatologia comportamental
S–R
(Estímulo – Resposta)
Psicopatologia psicanalítica
Psicopatologia psicanalítica
“O eu não é senhor em sua própria casa” (Freud, 1917)
Psicopatologia psicanalítica
• Crítica: abordagem interpretativa
“O psicanalista, à luz de seu conhecimento das psiconeuroses, aborda o assunto com a suspeita de que mesmo estruturas
de pensamento tão extraordinárias como estas, e tão afastadas de nossas modalidades comuns de pensar, derivam, todavia,
dos mais gerais e compreensíveis impulsos da mente humana; e gostaria de descobrir os motivos de tal transformação, bem
como a maneira pela qual ela se realizou. Com este objetivo em vista, desejará aprofundar-se mais nos pormenores do
delírio e na história de seu desenvolvimento.”
Semiologia Psiquiátrica
Esquizofrenia – Psicoses esquizoafetivas – Transtornos afetivos com sintomas psicóticos – Transtornos afetivos “puros”
MANUAIS DIAGNÓSTICOS
Semiologia Psiquiátrica
Síndromes psiquiátricas
! Não há sinais ou sintomas patognomônicos das doenças
psiquiátricas
Síndromes psiquiátricas
Diferentes transtornos são agrupados em síndromes de acordo com
semelhanças em seus mecanismos etiológicos supostos ou manifestações
fenomenológicas nucleares. Ex:
Síndromes psiquiátricas
Síndromes
Síndromes
Síndromes Relacionadas ao Síndromes
Relacionadas a
Psicomotoras Comportamento Relacionadas ao Sono
Substâncias
Alimentar
Síndromes
Síndromes Mentais
Relacionadas à Neurodesenvolvimento
Orgânicas
Sexualidade
Semiologia Psiquiátrica
Exercício clínico
Paciente de 22 anos, sexo feminino, apresenta queixa de apatia, hiporexia e hipobulia
com piora progressiva há 4 meses. Passa a maior parte do tempo dentro de seu quarto. Não
consegue frequentar a faculdade por sentir-se “envergonhada”, perdeu contato com amigos e
tem medo de sair sozinha de casa.
Mãe a percebe distante e lentificada, pai conta que não consegue se aproximar
fisicamente da filha desde o início do quadro pois ela reage de maneira irritada a seu contato.
Tem insônia inicial e de manutenção, com pesadelos durante a noite e despertares agitados.
Revela ideação suicida não estruturada, mas diária: pensa em “morrer para não
continuar sofrendo”, não tem esperanças de que possa melhorar. Desenvolveu comportamento
de automutilação para “aliviar sua dor”.
Há cerca de 5 meses sofreu abuso sexual durante festa na universidade que frequenta,
conta que estava intoxicada e não tem uma lembrança nítida do ocorrido. Relata crises de choro
recorrentes associadas a lembranças fragmentadas do evento acompanhadas de palpitações e
sensação de opressão torácica, as quais invadem sua mente de maneira involuntária quando
pensa em ir para a faculdade ou se aproxima de qualquer pessoa do sexo masculino.
Semiologia Psiquiátrica
Exercício clínico
Exercício clínico
Paciente de 22 anos, sexo feminino, apresenta queixa de apatia,
hiporexia e hipobulia com piora progressiva há 4 meses. Passa a maior parte
do tempo dentro de seu quarto. Não consegue frequentar a faculdade por
sentir-se “envergonhada”, perdeu contato com amigos e tem medo de sair
sozinha de casa.
DEPRESSIVOS Mãe a percebe distante e lentificada, pai conta que não consegue se
aproximar fisicamente da filha desde o início do quadro pois ela reage de
maneira irritada a seu contato. Tem insônia inicial e de manutenção, com
pesadelos durante a noite e despertares agitados. Revela ideação suicida
não estruturada, mas diária: pensa em “morrer para não continuar sofrendo”,
não tem esperanças de que possa melhorar, fantasia diferentes métodos.
Desenvolveu comportamento de automutilação para “aliviar sua dor”.
Há cerca de 5 meses sofreu abuso sexual durante festa na
universidade que frequenta, conta que estava intoxicada e não tem uma
lembrança nítida do ocorrido. Relata crises de choro recorrentes associadas a
ANSIOSOS lembranças fragmentadas do evento acompanhadas de palpitações e
sensação de opressão torácica, as quais invadem sua mente de maneira
involuntária quando pensa em ir para a faculdade ou se aproxima de qualquer
pessoa do sexo masculino.
Semiologia Psiquiátrica
Exercício clínico
Paciente de 22 anos, sexo feminino, apresenta queixa de apatia,
hiporexia e hipobulia com piora progressiva há 4 meses. Passa a maior parte
do tempo dentro de seu quarto. Não consegue frequentar a faculdade por
sentir-se “envergonhada”, perdeu contato com amigos e tem medo de sair
sozinha de casa.
EVITATIVOS Mãe a percebe distante e lentificada, pai conta que não consegue se
aproximar fisicamente da filha desde o início do quadro pois ela reage de
maneira irritada a seu contato. Tem insônia inicial e de manutenção, com
pesadelos durante a noite e despertares agitados. Revela ideação suicida
não estruturada, mas diária: pensa em “morrer para não continuar sofrendo”,
não tem esperanças de que possa melhorar, fantasia diferentes métodos.
Desenvolveu comportamento de automutilação para “aliviar sua dor”.
Há cerca de 5 meses sofreu abuso sexual durante festa na
universidade que frequenta, conta que estava intoxicada e não tem uma
lembrança nítida do ocorrido. Relata crises de choro recorrentes associadas a
INTRUSIVOS lembranças fragmentadas do evento acompanhadas de palpitações e
sensação de opressão torácica, as quais invadem sua mente de maneira
involuntária quando pensa em ir para a faculdade ou se aproxima de qualquer
pessoa do sexo masculino.
Semiologia Psiquiátrica
Exercício clínico
Qual a hipótese diagnóstica?
Exercício clínico
Qual a hipótese diagnóstica?
Exercício clínico
Sintomas presentes nos critérios diagnósticos para transtorno depressivo maior:
Exercício clínico
Transtorno de Estresse Pós-Traumático
Manuais diagnósticos
Semiologia Psiquiátrica
Manuais diagnósticos
Semiologia Psiquiátrica
Manuais diagnósticos
Semiologia Psiquiátrica
Manuais diagnósticos
✓As fronteiras entre estados de normalidade e patologia nem sempre
são claras na avaliação do sujeito em sofrimento
Manuais diagnósticos
À parte dos critérios que especificam a síndrome descrita, CID e DSM destacam
para a definição de todo e qualquer transtorno:
Manuais diagnósticos
À parte dos critérios que especificam a síndrome descrita, CID e DSM destacam para a
definição de todo e qualquer transtorno:
DSM-III (1980)
DSM-I (1952) DSM-II (1968) 265 categorias,
106 categorias, bases 184 categorias, Medicina baseada em
psicanalíticas Neuroses evidências, supressão
do termo neurose
“Homossexualismo”
Semiologia Psiquiátrica
DSM
Eixo 1: Diagnóstico
do transtorno
mental
Eixo 2:
Personalidade e
nível intelectual
DSM-III (1980) e IV (2000):
diagnóstico multiaxial Eixo 3: Distúrbios
somáticos associados
DSM
• DSM-V (2013)
DSM: críticas
“A série do DSM é mais um documento cultural do que científico” (Edward Shorter, historiador)
• “Tenho bipolaridade”
• “Esquizofrênico”
O CONCEITO DE NORMALIDADE
Semiologia Psiquiátrica
Se deixarmos cair no chão um bloco mineral sob forma cristalizada ele se quebra,
mas não de uma maneira qualquer: as fissuras serão operadas de acordo com
linhas de clivagem cujos limites e direções, apesar de serem até então
externamente invisíveis, já se encontravam determinadas de maneira original e
imutável pelo modo de estrutura prévia do referido cristal.
O normal e o patológico
• Georges Canguilhem (1943)
NORMALIDADE = ADAPTAÇÃO
Semiologia Psiquiátrica
A normalidade em psicopatologia
• Carga valorativa histórica: “desejável
x indesejável”, “bom x ruim”
A normalidade em psicopatologia
J. Bergeret
Semiologia Psiquiátrica
A normalidade em psicopatologia
• Implicações identitárias
• Estigma
A normalidade em psicopatologia
“A psiquiatria é, entre outras coisas, a negação
institucionalizada da natureza trágica da vida”
(Szasz, 1991)
Vigilância e intervenção
Normatização
A normalidade em psicopatologia
Psicocirurgias: lobotomia ou leucotomia –
eliminar doenças mentais ou modificar
“comportamentos inadequados”
• Mudança de paradigma
Serviços
Unidades de
Residenciais
Acolhimento
Terapêuticos
(UAs)
(SRTs)
Centros de Leitos de
Atenção atenção integral
Psicossocial (hospitais
(CAPS) gerais, CAPS III)
✓Comunicação
Semiologia Psiquiátrica
Especificidades
• Baseia-se predominantemente em dados clínicos
Especificidades
! Não há sinais ou sintomas patognomônicos
Avaliação neurológica
• Exame objetivo: sintomas localizatórios, assimetrias
Avaliação neurológica
Recorte clínico:
Avaliação neurológica
Família relata irritabilidade progressiva nos últimos 2 anos, rompantes de
agressividade quando frustrada – está intolerante e impulsiva,
características muito diferentes de sua personalidade habitual que é
descrita como “cuidadosa com os outros, atenta a detalhes”.
Há cerca de 2 meses família precisou contratar diarista: não está
conseguindo performar atos em etapas que antes fazia como cozinhar ou
lavar suas roupas.
Semiologia Psiquiátrica
Avaliação neurológica
Avaliação neurológica
Avaliação neurológica
Radionecrose
Processo inflamatório-
infeccioso
Semiologia Psiquiátrica
Exames complementares
• Detecção de disfunções orgânicas que produzem síndromes e sintomas psiquiátricos
• Prática cotidiana: hemograma completo, glicemia, TSH, T4 livre, função renal, vitamina B12,
vitamina D, sorologias sífilis, hepatites e HIV
(+ perfil lipídico, função hepática)
Exames complementares
• Neuroimagem
A entrevista
• Aspectos do entrevistador
• Embasamento teórico
Setting: contexto – espaço ou
Semiologia Psiquiátrica
situação que enquadra a
entrevista
A entrevista
• Qualidade das informações obtidas varia de acordo com o setting de
atendimento
• Tempo de consulta
A entrevista
• Posturas rígidas
Paciente agressivo:
A entrevista: técnica
1. Ouvir mais do que falar, dirigir a entrevista de modo a perguntar sobre pontos de
interesse e redirecionar o sujeito à anamnese quando necessário de maneira ponderada e
respeitosa. Chamamos essa atitude de observação participativa.
2. Estabelecer um diálogo, sem assumir uma postura excessivamente rígida. Isso facilita a
instalação da aliança terapêutica.
A entrevista: técnica
5. Utilizar palavras simples, resgatar o que foi dito pelo paciente e explicar a interpretação
de seu relato sob a ótica dos fenômenos patológicos observados. Retomar eventos em
sequência lógica para certificar-se de sua compreensão. Chamamos essa técnica
comunicativa de clarificação.
Semiologia Psiquiátrica
A entrevista: técnica
A entrevista
“Três regras de ouro” (Dalgalarrondo, 2018)
6. Admitir a flexibilidade da técnica. Pacientes 1. Pacientes organizados, com inteligência normal, fora de um
muito desorganizados precisarão de atitudes mais estado psicótico, devem ser entrevistados de forma mais aberta
Transferência e contratransferência
Movimento de origem
inconsciente alojado na Movimento de origem
psique do paciente inconsciente alojado na
psique do analista ou
psiquiatra
Semiologia Psiquiátrica
Transferência e contratransferência
Transferência
• O analista passa a ocupar, no presente, o lugar que figuras parentais ocuparam no passado
• Deslocamento, possibilidade de ressignificação de experiências primitivas
• Jung (1999): processo comum de projeção, ocorre sempre que uma relação íntima
entre duas pessoas se estabelece
Semiologia Psiquiátrica
Transferência e contratransferência
Contratransferência: a transferência que o clínico estabelece com seus pacientes
Para Freud: interferência na situação analítica, é fator de confusão e prejudicial à neutralidade técnica...
Semiologia Psiquiátrica
Transferência e contratransferência
...a contratransferência no setting analítico: ferramenta da psicanálise
contemporânea
A anamnese psiquiátrica
• Relato histórico: período que antecede o início da doença até as
últimas manifestações que motivaram o atendimento atual,
fatores clínicos e psicossociais relacionados
• Subjetivo: paciente
• Objetivo: familiares/acompanhantes
A anamnese psiquiátrica
1. Identificação (dados sociodemográficos): nome, idade, naturalidade e
procedência, sexo, etnia, estado civil, dados sobre estrutura social (Mora
com alguém? Tem filhos?), nível educacional, profissão, religião.
• Funcionalidade
• Desenvolvimento cognitivo
• Continência social
• Background cultural
• Padrões epidemiológicos
Semiologia Psiquiátrica
A anamnese psiquiátrica
2. Queixa principal: sintetizar o motivo do atendimento nas palavras
do próprio paciente – ainda que absurda, já denota qual deve ser o
foco do atendimento
• No caso de pacientes sem crítica de doença, pode não haver queixa: nessa situação em
específico, convém descrever o que percebe o informante objetivo (familiar ou qualquer
pessoa que o acompanhe) ou o motivo da solicitação de avaliação.
Semiologia Psiquiátrica
A anamnese psiquiátrica
3. História pregressa da moléstia atual (HPMA): trata-se de uma
narrativa estruturada sobre o processo de adoecimento. Ela pode
obedecer a ordem cronológica dos fatos ou iniciar-se a partir das
queixas atuais e posteriormente contemplar períodos de
adoecimento pregressos que se conectem à situação clínica.
Discriminar se início agudo ou insidioso.
Semiologia Psiquiátrica
A anamnese psiquiátrica
3. História pregressa da moléstia atual (HPMA): estrutura
A anamnese psiquiátrica
3. História pregressa da moléstia atual (HPMA): estrutura
A anamnese psiquiátrica
3. História pregressa da moléstia atual (HPMA): dados significativos
A anamnese psiquiátrica
3. História pregressa da moléstia atual (HPMA): dados significativos
A anamnese psiquiátrica
4. História de vida: descrição cronológica das condições da gestação, estrutura familiar, desenvolvimento
neuropsicomotor, comportamento na infância e adolescência, relacionamento interpessoal, interesses
românticos, eventos traumáticos, condições de moradia/assistência, inclinações, objetivos, persistência e
dificuldades encontradas nas atividades acadêmicas ou profissionais.
A anamnese psiquiátrica
4. História de vida: negativos pertinentes também são relevantes!
Exemplo:
A anamnese psiquiátrica
4. História de vida:
A anamnese psiquiátrica
5. História familiar: transtornos mentais, consanguinidade,
tratamentos e intervenções psiquiátricas, suicídios ou tentativas,
uso de SPAs, doenças crônicas
A anamnese psiquiátrica
7. Antecedentes pessoais: antecedentes clínicos significativos que
possam ter relação com o quadro atual. Importante destacar
hospitalizações, antecedentes neurológicos ou infecciosos,
traumatismos, consumo de substâncias psicoativas ou quaisquer
doenças crônicas.
Quando relacionados temporalmente ao início de sintomas
(neuro)psiquiátricos, podem ser incluídos na HPMA.
Semiologia Psiquiátrica
O exame psíquico
✓Desde o primeiro contato com o paciente: apresentação, postura,
movimentação corporal, tom de voz, grau de engajamento na avaliação.
O exame psíquico
O exame psíquico
• Ordenação dos fenômenos por áreas
O exame psíquico
• Apresentação: visualmente apreendida pelo entrevistador
O exame psíquico
• Apresentação: visualmente apreendida pelo entrevistador
• Mímica, olhar
Semiologia Psiquiátrica
O exame psíquico
• Contato: atitude comunicativa, compreensão e engajamento na
entrevista
• Passivo ou ativo
• Superficial ou empático
O exame psíquico
• Consciência: fenômeno global complexo, o todo da vida psíquica
• Memória
Semiologia Psiquiátrica
O exame psíquico
• Fenômenos relacionados à expressão do sujeito e apreensão do
mundo
• Pensamento e linguagem
• Sensopercepção
• Inteligência e crítica
Semiologia Psiquiátrica
O exame psíquico
• As vivências como estados de espírito
• Humor
• Afetividade
• Vontade
• Psicomotricidade
Semiologia Psiquiátrica
Sintetizando...
• Entrevista e exame psíquico: habilidades comunicativas, compreensão e
apreensão de sintomas, postura do entrevistador, flexibilidade técnica
DSM-5
Bipolar e relacionados
Depressivos
Ansiedade
Espectro obsessivo-compulsivo
Trauma e estressores
Sintomas somáticos
Alimentares
Controle de impulsos
Substâncias e adicções
Neurocognitivos
Personalidade
Semiologia Psiquiátrica
Transtornos do Neurodesenvolvimento
Grupo de transtornos relacionados ao principal período de desenvolvimento do cérebro
humano, portanto tipicamente manifestados na infância.
Transtornos do Neurodesenvolvimento
Ocasionam algum grau de déficit no desenvolvimento de habilidades sociais,
linguagem, funcionamento acadêmico ou, futuramente, profissional.
Transtornos Psicóticos
Sintomas psicóticos são delírios, alucinações e desorganização (do
pensamento/linguagem ou comportamento) que podem se apresentar em
conjunto ou isoladamente.
O capítulo do DSM inclui categorias distintas para transtornos psicóticos induzidos por
substâncias, medicamentos ou outras condições médicas que podem carregar a psicose como
expressão fisiológica de sua presença.
Semiologia Psiquiátrica
Transtornos Psicóticos
Os transtornos deste grupo possuem epidemiologia, curso e prognóstico
heterogêneos.
A mudança ocorre, mais uma vez, motivada pela mudança para o paradigma
dimensional em psiquiatria já que apresentam manifestações psicóticas e associação
familiar mais próximas dos transtornos psicóticos em relação aos demais transtornos
do humor.
Semiologia Psiquiátrica
Transtornos Depressivos
“A melancolia caracteriza-se psiquicamente por um estado de ânimo
profundamente doloroso, por uma suspensão do interesse pelo mundo externo,
pela perda da capacidade de amar, pela inibição geral das capacidades de
realizar tarefas e pela depreciação do sentimento-de-Si”
Freud em Luto e Melancolia, 1916
Transtornos Depressivos
O Transtorno Depressivo Maior (ao qual também nos referimos como “depressão
unipolar” para diferenciá-lo dos “episódios depressivos maiores” presentes nos
transtornos do espectro bipolar) possui 9 especificadores: tratam-se de descrições
detalhadas de diferentes constelações de sintomas contidos na síndrome, as quais
buscam contemplar a heterogeneidade de apresentações e aumentar a
sensibilidade diagnóstica.
Transtorno depressivo
maior
Transtornos de Ansiedade
Os transtornos ansiosos englobam síndromes ansiosas puras e síndromes com importante
componente de ansiedade.
OBSESSÕES
pensamentos, impulsos ou imagens intrusivos e egodistônicos
e/ou
COMPULSÕES
atos mentais ou motores realizados para reduzir ou eliminar o desconforto produzido pelas obsessões
Semiologia Psiquiátrica
Transtornos Dissociativos
Dissociação: perda da integração de uma ou mais funções psíquicas à experiência
subjetiva, as quais se apresentam como intrusões na consciência e no comportamento e/ou
tornam-se inacessíveis ou incontroláveis voluntariamente pelo indivíduo.
Transtornos Dissociativos
✓Sintomas dissociativos podem ser encontrados em diferentes síndromes,
como TAG, transtorno do pânico, esquizofrenia ou TEPT.
Transtornos Alimentares
Alterações persistentes e recorrentes no comportamento alimentar que comprometem a
saúde física ou funcionalidade do sujeito.
Evitação/restrição
Compulsão
Purgação
Semiologia Psiquiátrica
Podemos incluir sob este prisma fenomenológico, além dos transtornos dispostos pelo DSM-5, alguns
transtornos da personalidade cluster B como o transtorno de personalidade borderline e o transtorno de
personalidade antissocial.
Na CID-11, encontramos descritos neste capítulo as dependências comportamentais, caracterizadas por falhas
repetidas em resistir a um impulso ou necessidade de realizar um ato prazeroso apesar dos danos infligidos ao
sujeito ou a outros (ex: sexo, jogos, internet, compras).
Semiologia Psiquiátrica
São divididos conforme o tipo de substância (álcool, cafeína, cannabis, alucinógenos, inalantes,
opioides, hipnóticos/ansiolíticos, estimulantes, tabaco), gravidade do uso ou ato performado no caso
das dependências comportamentais.
Transtornos Neurocognitivos
Transtornos de etiologia orgânica caracterizados por sintomas
neuropsiquiátricos com déficit principal nas funções cognitivas
Transtornos da Personalidade
Padrões persistentes de comportamento e vivência subjetiva rígidos
e mal adaptativos
Transtornos da Personalidade
Embora seja mais adequado avaliar a personalidade seguindo uma perspectiva dimensional,
tradicionalmente os transtornos da personalidade são divididos em grupos ou “clusters”,
identificados por: