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COORDENAÇÃO DO

PROCESSO DE
ARMAZENAGEM
UFCD 8507 – ANDRÉ FERREIRA
OBJECTIVOS GERAIS

• Identificar os princípios gerais da armazenagem.


• Coordenar e supervisionar o processo de armazenagem de
mercadorias de acordo com as suas especificidades.
• Supervisionar o abastecimento dos lugares de preparação.
CONTEÚDOS

• Catálogo Nacional de Qualificações


PRINCÍPIOS GERAIS DE ARMAZENAGEM

• Sistema logístico tem como objectivo a criação de valor


para o cliente.

• Sistemas de armazenagem devem “providenciar os meios


para manter inventários de um determinado material nas
quantidades requeridas, no ambiente mais apropriado e ao
menor custo possível”.
PRINCÍPIOS GERAIS DE ARMAZENAGEM

• Existe uma série de operações básicas que podem ser realizadas em qualquer armazém:
• Recepção
• Pré-embalagem (opcional)
• Arrumação do material (put-away)
• Armazenagem
• Picking
• Embalagem/Etiquetagem (opcional)
• Divisão e agregação
• Expedição
• Cross docking
PRINCÍPIOS GERAIS DE ARMAZENAGEM
RECEPÇÃO

• Na área de recepção existem três processos principais:


• Entrada física no sistema de todos os produtos que são recebidos no
armazém.
• Assegurar de que o tipo, a quantidade e a qualidade do produto
correspondem às especificações das ordens realizadas pela empresa
aos fornecedores.
• Direccionar os produtos para a secção de armazenagem ou para as
outas áreas da empresa onde são estes são requeridos.
PRINCÍPIOS GERAIS DE ARMAZENAGEM
PRÉ-EMBALAGEM
• Realizada em armazéns onde os produtos são recebidos a granel.
• Estes produtos são re-embalados em embalagens unitárias comerciais mais pequenas para
venda ou armazenamento.
PRINCÍPIOS GERAIS DE ARMAZENAGEM
ARRUMAÇÃO DO MATERIAL (“PUT-AWAY”)

• Arrumar os artigos, dispostos na sua posição de


armazenagem.
• Manuseamento do material
• Verificação da posição de armazenagem
• Colocação física do produto no local de armazenamento
PRINCÍPIOS GERAIS DE ARMAZENAGEM
ARMAZENAGEM

• Permanência física dos artigos no armazém enquanto não


são necessários.
• “Produtos estão à espera”
PRINCÍPIOS GERAIS DE ARMAZENAGEM
PICKING

• Preparação das ordens.


• Selecção e recolha dos produtos no armazém.
• Produtos retirados da posição de armazenagem, agrupados por
encomenda e posteriormente expedidos.
• Uma das actividades que mais recursos consome no armazém, é
primordial no desenho e concepção do mesmo.
PRINCÍPIOS GERAIS DE ARMAZENAGEM
EMBALAGEM E ETIQUETAGEM
• Operação implica agrupar e embalar os produtos em embalagens unitárias
para propósitos comerciais.
• É mais rentável realizar este processo antes de serem expedidos os produtos.
• O processo de armazenamento é mais flexível quando a embalagem é
realizada após o armazenamento.
• Etiquetagem pode ser obrigatória por razões legais: traduções, ou informações
obrigatórias que não estejam presentes na embalagem original.
PRINCÍPIOS GERAIS DE ARMAZENAGEM
DIVISÃO E AGREGAÇÃO

• Uma vez feito o picking, os produtos são distribuídos e


reagrupados de acordo com as encomendas individuais de
cada cliente.
• Realiza-se quando encomendas contêm mais do que um
produto diferente e a agregação dos itens não foi realizada
em simultâneo com o picking.
PRINCÍPIOS GERAIS DE ARMAZENAGEM
EXPEDIÇÃO
• Verificar se as encomendas estão completas.
• Verificar se os produtos e o acondicionamento dos mesmos tem a qualidade exigida.
• Preparação de documentos de transporte:
• Lista de embalagens (Packing List)
• Etiquetas de endereço
• Guias de remessa
• Guias de transporte
• CMR

• Carga do material nos veículos.


PRINCÍPIOS GERAIS DE ARMAZENAGEM
CROSS DOCKING
• Método aplicado em armazéns no qual os artigos passam directamente
da recepção à expedição sem serem armazenados.
• As instalações servem apenas como ponto de coordenação e
transferência da mercadoria.
• Mercadorias tendem a permanecer no máximo 12h dentro das
instalações do armazém.
PRINCÍPIOS GERAIS DE ARMAZENAGEM
OS PAPEIS DO ARMAZÉM
• Na Logística Moderna, os armazéns tendem cada vez mais a
desempenhar outros papéis para além do simples armazenamento:
• Consolidação de mercadoria
• Transbordo
• Cross-docking
• Actividades de valor acrescentado
CONDIÇÕES DE ARMAZENAGEM

• Grau de humidade
• Temperatura
• Segurança Física
CONDIÇÕES DE ARMAZENAGEM
HUMIDADE
• A Humidade Relativa, juntamente com a temperatura, são dois dos parâmetros que
afectam o conforto térmico.
• Humidade Relativa < 25% ,
• Aumento do desconforto, secagem da pele e das mucosas
• Origina irritações e pele gretada
• Aumento da electricidade estática

• Humidade Relativa > 70%


• Sensação de calor extremo
• Condensação no interior do edifício
• Surgimento de bolores e fungos
CONDIÇÕES DE ARMAZENAGEM
GRAU DE HUMIDADE
• Dependendo dos artigos armazenados, pode ser necessário garantir um maior ou menor
grau de humidade de forma a evitar quebras.
• Essa protecção pode também ser assegurada através do uso de:
• Embalagem
• Protecção temporária: vernizes, lacas, lubrificantes
• Protecção permanente: galvanização, lacagem, pintura, cromagem, zincagem
CONDIÇÕES DE ARMAZENAGEM
TEMPERATURA
• Armazéns com mercadorias frescas/congeladas/sensíveis a
temperatura devem adequar a temperatura interior aos
requisitos do material.
• Deverá ser mantido um registo de temperaturas para efeitos de
auditoria e inspecção, utilizando termógrafos/data loggers
CONDIÇÕES DE ARMAZENAGEM
TEMPERATURA
• Artigos farmacêuticos, alimentares, cosméticos ou tecnológicos exigem sistemas de
controlo de temperatura
• É fundamental conhecer as características dos artigos armazenados
• Temperatura dentro do armazém não é uniforme
• Disposição dos termógrafos deve garantir que toda a área do armazém está coberta pelo
sistema de controlo de temperatura
CONDIÇÕES DE ARMAZENAGEM
SEGURANÇA FÍSICA

• Regulamento Geral de Higiene e Segurança do Trabalho


nos Estabelecimentos Comerciais, de Escritório e Serviços
• Decreto-Lei n.º 243/86 de 20 de Agosto
CONDIÇÕES DE ARMAZENAGEM
SEGURANÇA FÍSICA

•NÃO HÁ NADA TÃO URGENTE


QUE NÃO POSSA SER FEITO
EM SEGURANÇA!!!
CONDIÇÕES DE ARMAZENAGEM
SEGURANÇA FÍSICA

• Qual é a diferença entre o Risco e o Perigo?


• Risco - possibilidade de um acontecimento futuro e incerto;
• Perigo - Perigo é uma ou mais condições que têm o perfil de
causar ou contribuir para que o Risco aconteça.
CONDIÇÕES DE ARMAZENAGEM
SEGURANÇA FÍSICA

• Qual é a diferença entre o Risco e o Perigo?

• Devemos trabalhar os Perigos. Esses devem ser mitigados,


prevenidos, analisados, mensurados e corrigidos. São eles
que ocasionam os Riscos.
CONDIÇÕES DE ARMAZENAGEM
SEGURANÇA FÍSICA

• Armazenagem inadequada e insegura origina inúmeros


acidentes graves.
• Devem ser estabelecidas regras universais, para além de
regras mais especificas dependendo das características dos
produtos armazenados.
CONDIÇÕES DE ARMAZENAGEM
SEGURANÇA FÍSICA

Acidentes mais comuns


• Quedas
• Lesão por queda de material
• Esforços físicos excessivos
• Atropelamento
CONDIÇÕES DE ARMAZENAGEM
SEGURANÇA FÍSICA

Regras universais a ter em conta


• Limpeza e Arrumação
• Cuidado na movimentação de cargas manual ou mecanizada
• Cuidado com cargas suspensas
• Atenção a quedas nos cais desnivelados de cargas e
descargas
CONDIÇÕES DE ARMAZENAGEM
SEGURANÇA FÍSICA

• Nos armazéns devem evitar-se os pilares, as traves,


os tubos, os afunilamentos e os degraus; se não
puderem ser evitados, pelo menos devem ser
assinalados de forma muito visível
CONDIÇÕES DE ARMAZENAGEM
SEGURANÇA FÍSICA

• As instalações elétricas devem estar


protegidas contra contactos acidentais
CONDIÇÕES DE ARMAZENAGEM
SEGURANÇA FÍSICA

• As canalizações de fluidos devem ser


cuidadosamente localizadas e identificadas
com a cor correspondente ao fluido que
nelas circulam.
CONDIÇÕES DE ARMAZENAGEM
SEGURANÇA FÍSICA

•Os pavimentos devem ter nível


uniforme e ser cobertos com
revestimento antiderrapante.
CONDIÇÕES DE ARMAZENAGEM
SEGURANÇA FÍSICA

•Os armazéns devem possuir


instalações de deteção e meios de
combate a incêndios devidamente
sinalizados
CONDIÇÕES DE ARMAZENAGEM
SEGURANÇA FÍSICA

•O peso dos materiais armazenados


nunca deve ser superior à
resistência do piso de armazenagem
CONDIÇÕES DE ARMAZENAGEM
SEGURANÇA FÍSICA

•A armazenagem não deve obstruir


vias de circulação, vias e saídas de
emergência, meios de combate a
incêndio
CONDIÇÕES DE ARMAZENAGEM
SEGURANÇA FÍSICA

• Quando a armazenagem dos produtos se fizer


em pilhas, estas devem manter uma distância
para as paredes de pelo menos 50 cm, de modo
a permitirem o combate ao fogo em caso de
incêndio, e não impedirem a ventilação;
CONDIÇÕES DE ARMAZENAGEM
SEGURANÇA FÍSICA

• A altura recomendável das pilhas varia em


função do tipo de armazenagem (manual,
mecânica), do tipo de produtos (inflamáveis,
explosivos, inertes), do peso dos produtos
e/ou do seu volume
CONDIÇÕES DE ARMAZENAGEM
SEGURANÇA FÍSICA

• Devem remover-se pregos, arames, pedaços


de cintas quebradas e em geral todas as
saliências fora do alinhamento da pilha que
ofereçam perigo para quem circula nos
armazéns
CONDIÇÕES DE ARMAZENAGEM
SEGURANÇA FÍSICA

• A armazenagem não deve dificultar a iluminação,


a ventilação, o trânsito das pessoas bem como o
manuseamento dos produtos.
TIPOS DE ARMAZENAGEM
ESTRATÉGIAS DE ARMAZENAGEM - PICKING
• Picking é responsável por grande parte dos custos de armazenagem
• Movimentação de mercadorias é uma das actividades que mais requer tempo e mão de
obra.
• Picking pode ser:
• Discreto
• Por zona
• Por lote
• Por onda
TIPOS DE ARMAZENAGEM
ESTRATÉGIA DE ELABORAÇÃO DE LAYOUT
• Objectivo: Reduzir os tempos de deslocação. Tempo é dinheiro.
TIPOS DE ARMAZENAGEM
CONSIDERAÇÕES DE PESO MÁXIMO PERMITIDO

• Unidade de carga: carga a ser movimentada ou


recolhida ao mesmo tempo, de uma só vez.
• Além do material movimentado, a unidade de
carga inclui o contentor, ou o suporte utilizado para
movimentar o material.
TIPOS DE ARMAZENAGEM
CONSIDERAÇÕES DE PESO MÁXIMO PERMITIDO
• Determinação do tamanho da unidade de carga é influenciado por:
• Material a ser unificado
• Número de vezes que o material é removido da unidade de carga para
ser processado
• Quantidade de material a movimentar
• Condições ambientais a que a unidade de carga se encontra exposta
• Susceptibilidade do material a danos
TIPOS DE ARMAZENAGEM
CONSIDERAÇÕES DE PESO MÁXIMO PERMITIDO
• Para dimensionar a unidade de carga, é necessário ter em atenção algumas
medidas:
• Selecionar o tipo de equipamento a utilizar para movimentar a unidade de
carga;
• Identificar a origem mais distante da unidade de carga;
• Estabelecer o destino mais distante da unidade de carga;
• Determinar o tamanho da unidade de carga;
• Configurar a composição e estrutura da unidade de carga;
• Determinar o método de formação da unidade de carga.
TIPOS DE ARMAZENAGEM
CONSIDERAÇÕES DE PESO MÁXIMO PERMITIDO
• Caso a unidade de carga seja muito pesada, deve-se ter em consideração a importância do
peso, em vez do volume
• As dimensões da unidade de carga e os equipamentos utilizados para a sua movimentação
e armazenagem devem ser compatíveis.
• largura das portas de entrada e saída
• Espaçamento de colunas
• largura dos corredores,
• raio de curvatura dos veículos
• altura de empilhamento de equipamentos de armazenagem
ALOCAÇÃO DE PRODUTOS

• Por popularidade • Produtos perecíveis


• Teoria ABC
• Famílias
• Dados logísticos
• Valor do produto
ALOCAÇÃO DE PRODUTOS
POR POPULARIDADE

• A popularidade de artigos, pode influenciar a área onde são


armazenados
• De forma a minimizar a distância a percorrer, devem ficar
mais próximos da saída os materiais com maior frequência
de movimentos.
• Os artigos com menor frequência de movimentação, ficam
mais longe da saída.
ALOCAÇÃO DE PRODUTOS
POR POPULARIDADE

É usual dividir o armazém em três áreas distintas:


• 1. Na primeira zona arrumam-se os materiais movimentados mais
frequentemente e em grandes volumes.
• 2. Na segunda zona colocam-se os materiais de média frequência de
movimentação de grandes volumes e elevada frequência de
movimentação de pequenos volumes.
• 3. Na terceira zona colocam-se os restantes materiais
ALOCAÇÃO DE PRODUTOS
TEORIA ABC

• Principio de Pareto
• Agrupamento dos produtos em classes:
• 20% do Produto armazenado contribui para 80% no volume
de negócios
• Criação de três categorias de artigo: A, B e C
ALOCAÇÃO DE PRODUTOS
TEORIA ABC
• A categoria designada por “A” consta de
aproximadamente 20% dos artigos, é responsável
por cerca de 80% do volume de negócios.
• A categoria “B” próxima de 30% dos itens,
responde por 10% do volume de negócios
• A categoria “C” contém 50% dos itens, representa
10% do volume de negócios
ALOCAÇÃO DE PRODUTOS
TEORIA ABC
• Os itens considerados de Classe A terão um tratamento preferencial.
• Utilidade desta técnica:
• optimização da aplicação dos recursos financeiros ou materiais,
• evitando desperdícios ou aquisições indevidas
• favorecendo o aumento da lucratividade.
ALOCAÇÃO DE PRODUTOS
FAMILIAS
• Com centenas ou milhares de artigos em stock, não é possível gerir cada um deles
individualmente
• As encomendas poderão em determinados casos, ser agrupadas por famílias de artigos
tendo em conta:
• O fornecedor
• natureza do artigo;
• Valor dos artigos em stock (valor do consumo durante um período)
ALOCAÇÃO DE PRODUTOS
DADOS LOGÍSTICOS
• Dimensão
• Peso
• Formato
• Custo de manipulação de artigos pesados ou volumosos é superior.
• Estes artigos devem ser armazenados próximos do local de utilização.
• Ter em conta variações de altura do tecto.
• Não armazenar artigos com baixo volume em zonas que permitam armazenamento de
grande volume
ALOCAÇÃO DE PRODUTOS
VALOR DO PRODUTO
• Devem ser tomadas medidas de segurança para impedir acesso não autorizado ao
armazém.
• Ex: Uso de cartões de banda magnética/impressão digital/reconhecimento facial

• Artigos com maior valor, menor dimensão e valor relativamente alto, etc, deverão estar
em zonas mais expostas do armazém.
• Encomendas destes artigos deverão ser preparadas por um grupo seleccionado de
operadores.
ALOCAÇÃO DE PRODUTOS
PRODUTOS PERECÍVEIS
• Produtos perecíveis são artigos que pela sua natureza ou composição, necessitam de
condições especiais de temperatura para sua conservação.
• São considerados aptos para consumo durante alguns dias, se forem conservados em
ambiente refrigerado.
• Exige infraestrutura adequada para sua conservação, como câmaras frigorificas e camiões
frigoríficos.
EQUIPAMENTOS A UTILIZAR

• Na escolha dos equipamentos para arrumação dos materiais


armazenados, devemos ter em conta:
• As características dos materiais a armazenar
• As condições de conservação
• A capacidade do armazém
• A facilidade de contagem dos materiais armazenados
• Custo dos artigos armazenados e custo relativo dos equipamentos
ESTANTES E ARMÁRIOS
ESTANTES E ARMÁRIOS

• Rack convencional • Racks Cantilever


• Drive in • Rack móvel
• Mezzanine • Carousels
• Pendurados • Flow rack
• Cherry Picking • Solo
PALETES

• Os estrados ou paletes são constituídos por duas ou


três travessas de madeira, ligadas entre si por
pranchas a formar pavimento, sobre o qual são
transportados os materiais a transportar.
PALETES
PALETES

• Todos os tipos de empilhador ou dispositivos de transporte de paletes podem


manipulá-las sem dificuldades.
• As paletes são excelentes para serem usadas em armazéns automáticos.
• A única precaução necessária, quando são utilizadas, é que tenham a qualidade
adequada.
• Há uma norma europeia que especifica como devem ser fabricadas. As que
seguem esse critério são denominadas europaletes.
• Nem todas as paletes de 800 x 1.200 mm são europaletes. Elas são identificadas
mediante um anagrama circular com as letras EUR no seu interior.
EMBALAGEM

• O material de embalagem mais vulgar é o cartão.


• Devemos ter os seguintes cuidados relativamente às embalagens de cartão:
• Resistência. As embalagens de cartão devem ser suficientemente fortes para
aguentarem o empilhamento.
• Peso. O peso ideal da caixa de cartão (carregada) paletizar é de 1,5 Kg. Não devem
pesar nunca mais de 20kg
• Volume. É difícil manusear caixas muito pequenas ou muito grandes.
• Altura. Para manter a estabilidade, a altura não deve ser superior às medidas de
comprimento e largura.
EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO

• Equipamentos de movimentação podem ser classificados


em dois grupos:
• Equipamentos fixos
• Equipamentos móveis
EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO FIXOS

• Os equipamentos fixos são meios de movimentação que, sem se


deslocarem, possuem um movimento contínuo ou descontínuo que
provoca o fluxo de materiais.
• Os dois mais utilizados são:
• Transportador de Rolos
• Transportador de Tela
EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO FIXOS

• Os transportadores de rolos são constituídos por


uma estrutura metálica que segue um determinado
caminho e suporta uma linha de rolos sobre os quais
se deslocam os materiais.
• Estes transportadores utilizam-se para todo o tipo de
produtos que não sejam movimentados a granel
EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO FIXOS

• Os transportadores de tela utilizam-se para


transportar material a granel e pequenos volumes. Este
tipo de transportadores é muito utilizado em armazéns
e em unidades industriais de produção em série.
• Em função do tipo e peso dos materiais e movimentos,
a tela terá apoio intermédio com rolos ou com uma
superfície contínua
EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO MÓVEIS

• O equipamento móvel permite movimentar materiais entre


dois pontos do armazém ou da fábrica através do seu
próprio deslocamento.
• Pode ser manual, ou operado por um motor
EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO MÓVEIS
PORTA PALETES MANUAL
• Este porta-paletes utiliza-se normalmente para
movimentações de pequenas cargas em
pequenas distâncias.
• Carga ou descarga de pequenos camiões.
• Auxilio no picking
EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO MÓVEIS
PORTA PALETES ELECTRICO
• O porta-paletes é um empilhador ligeiro utilizado para
mover paletes em pequenas distâncias, sendo as paletes
elevadas apenas o suficiente para permitir a sua
movimentação.
• Operador pode estar apeado ou numa plataforma.
EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO MÓVEIS
REBOCADORES/TRACTORES ELECTRICOS
• Para deslocar cargas móveis ou puxar
contentores, recorre-se a tratores
elétricos/rebocadores que podem deslocar até 20
toneladas a pequenas velocidades.
• Este tipo de equipamento é utilizado em
aeroportos, estações de caminhos-de-ferro ou,
ainda, em armazéns e unidades industriais
EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO MÓVEIS
STACKER

• Económicos para empilhamentos de baixa frequência

• Condutor apeado ou em plataforma


EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO MÓVEIS
EMPILHADOR RETRACTIL

• Operam em corredores estreitos

• Movimentam os garfos e o mastro para a frente e para trás

• Alguns estão equipados com mecanismo pantográfico


duplo
EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO MÓVEIS
ORDER PICKERS

Têm como funções principais a preparação de


encomendas e o posterior transporte das mesmas.

Capacidades de carga reduzida, no máximo 2000 kg, mas


podem atingir alturas de cerca de 15 metros.

Order picker Nível Baixo

Order picker Vertical


EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO MÓVEIS
EMPILHADOR BILATERAL

• Utilizados para arrumar cargas em corredores muito


estreitos

• Permite empilhar sem manobras


EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO MÓVEIS
EMPILHADOR TRILATERAL

• Posicionam operador numa plataforma junto à carga

• Capazes de arrumar/seleccionar cargas em corredores


muito estreitos e de ambos os lados

Empilhadores Combinados (Trilaterais e Preparação


de Encomendas)
EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO MÓVEIS
EMPILHADOR FRONTAL CONTRAPESADO

• Adaptam-se a pisos irregulares

• Cargas Pesadas

• Percursos longos e serviço externo

• Três ou quatro Rodas

• Motor térmico
•Diesel

•GPL

• Elétrico
ARMAZENAMENTO DE MATÉRIAS PERIGOSAS

• Combustíveis
• Lubrificantes
• Explosivos
• Matérias inflamáveis
• Materiais radioactivos
• Corrosivos
ARMAZENAMENTO DE MATÉRIAS PERIGOSAS

• Exercicio:
• Pesquisa em grupo subordinada à temática do armazenamento de matérias perigosas.
ARMAZENAMENTO DE MATÉRIAS PERIGOSAS

• O armazenamento de matérias perigosas deve atender a vários factores, dependendo da


perigosidade de cada um.
• Devem observar-se regras de segurança relativas a:
• Infraestruturas
• Recipientes onde se encontram contidos, e a orientação que estes devem ter
(vertical/horizontal)
• Variáveis de ambiente (temperatura, humidade, ventilação)
• Presença de materiais e substâncias incompatíveis
• Fontes de calor e de chamas
ARMAZENAMENTO DE MATÉRIAS PERIGOSAS
CUIDADOS NO ARMAZENAMENTO

• Não armazenar embalagens abertas, danificadas ou com


vazamento.
• As embalagens devem ser armazenadas sobre paletes para
evitar o contato direto com o piso do depósito.
• As embalagens contendo produtos líquidos devem ser
armazenadas com a tampa voltada para cima
ARMAZENAMENTO DE MATÉRIAS PERIGOSAS
CUIDADOS NO ARMAZENAMENTO
• As embalagens devem ser dispostas de tal forma que as pilhas fiquem
afastadas das paredes e do teto.
• As embalagens devem ser dispostas de tal forma a proporcionar
melhores condições de aeração do sistema e permitir facilidade de
manuseio e/ou movimentação do conjunto.
• As embalagens devem ser dispostas de tal forma, que na mesma pilha
haja somente embalagens iguais e do mesmo produto.
ARMAZENAMENTO DE MATÉRIAS PERIGOSAS
CUIDADOS NO ARMAZENAMENTO
• As embalagens de formato retangular devem ser empilhadas com apoios
cruzados, o que assegura uma auto-amarração do conjunto, bem como uma
maior resistência do mesmo.
• Deve ser efetuado um controle permanente das datas de validade dos
produtos, para evitar o vencimento. É importante aplicar um sistema de
rodízio, de tal forma que a primeira mercadoria a entrar seja a primeira a
sair.
• Periodicamente, devem ser realizadas vistorias no depósito, para verificar
as suas condições de segurança.
ARMAZENAMENTO DE MATÉRIAS PERIGOSAS
FICHA DE SEGURANÇA

• A legislação obriga o fornecedor de uma substância


perigosa a facultar uma ficha de segurança acerca do
produto.
ARMAZENAMENTO DE MATÉRIAS PERIGOSAS
FICHA DE SEGURANÇA

• Identificação da substância e da • Procedimentos de manuseamento • Informação relativa eliminação da


empresa; e armazenagem; substância;
• Composição/informação sobre os • Controlo da exposição/proteção • Informação sobre o transporte;
componentes da substância; individual; • Informação sobre regulamentação
• Identificação dos perigos; • Propriedades físicas e químicas; aplicável
• Primeiros socorros adequados; • Estabilidade e reatividade;
• Medidas de combate a incêndios; • Informação toxicológica;
• Medidas a adotar em caso de Informação ecológica;
fugas acidentais;
ARMAZENAMENTO DE MATÉRIAS PERIGOSAS

• As operações de armazenamento de matérias perigosas são


feitas com base em licenças e certificações especiais.
• Quer os profissionais, quer os equipamentos devem ser
especializados nestas operações
ALOCAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS,
MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
• A sequência natural do fluxo de materiais é:

Armazem
Armazen Expediçã
Fornecedor Recepção Produção produto Cliente
amento o
acabado
ALOCAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS,
MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
• Onde localizar a zona de recepção e expedição é extremamente importante:
• Pode existir uma única zona de cais, (Layout em U) ou podem existir zonas de recepção e
expedição separadas (Layouts em I e em L)
• No caso do layout em U, podemos restringir a actividade de recepção às manhãs e
expedição às tardes.
• No caso de não fazer essa restrição, é necessário um grande grau de supervisão e
organização para garantir que os materiais não se misturam.
PLANEAMENTO DA OPERAÇÃO

• Actividades de recepção e expedição têm inicio quando a


transportadora entra nas instalações, e só terminam quando
esta sai das instalações.
• A transportadora é parte integrante destes processos.
PLANEAMENTO DA OPERAÇÃO
ACTIVIDADES DE RECEPÇÃO
• Marcação de janela horária de descarga
• Atribuição ao veículo de um lugar especifico para a descarga
• Bloqueio das rodas do veículo
• Verificação da integridade do selo e remoção do mesmo na presença do motorista
• Inspeção da carga para aprovação ou rejeição
• Descarga de material do veículo
• Contagem do material e inspecção pós-descarga
• Remoção de artigos danificados
PLANEAMENTO DA OPERAÇÃO
REQUISITOS DA ÁREA DE RECEPÇÃO
• Área suficiente para manobrar e encontrar os veículos;
• Existência de niveladores de cais e ganchos para facilitar a descarrega;
• Área de preparação para paletizar ou contentorizar as mercadorias;
• Área suficiente para colocar as mercadorias antes de serem despachadas;
• Acesso a um sistema informático para o registo eletrónico das encomendas e produção
de relatórios;
• Escritório para guardar documentos e elaborar relatórios
PLANEAMENTO DA OPERAÇÃO
ACTIVIDADES DE EXPEDIÇÃO
• As atividades necessárias para a expedição são:
• Agregar e embalar a encomenda;
• Arrumar e verificar a encomenda;
• Comparar a guia de remessa com a encomenda;
• Identificar e fixar o veículo no cais;
• Posicionar e fixar os niveladores de cais e ganchos;
• Carregar o veículo;
• Expedir o veículo.
PLANEAMENTO DA OPERAÇÃO
REQUISITOS DA ÁREA DE EXPEDIÇÃO
• Área suficiente para preparar as encomendas;
• Utilização de um de sistema informático para o registo eletrónico das
expedições e encomendas de clientes;
• Área suficiente para manobrar e encontrar os veículos;
• Existência de niveladores de cais para facilitar a carga dos veículos.
COORDENAÇÃO E SUPERVISÃO DA
ARMAZENAGEM
• Durante o picking é possível existir erros de separação de pedidos.
• Artigos incorrectos
• Quantidades incorrectas

• O desempenho de cada operador deve ser medido.


• Caso existam grandes desvios deve-se perceber se a causa está no
sistema ou no próprio operador
COORDENAÇÃO E SUPERVISÃO DA
ARMAZENAGEM
• De forma a evitar erros e perdas de tempo, podem-se adoptar técnicas
simples tais como:

• Contagem por embalagem e não por artigo unitário


• Eliminação da documentação em papel
• Uso de scanners e “pistolas”
• Voice picking
COORDENAÇÃO E SUPERVISÃO DO
ABASTECIMENTO DOS LUGARES DE
PREPARAÇÃO
• A arrumação de mercadoria dá-se após a atribuição de um local de arrumação à
palete.
• Esta atribuição pode ser feita manualmente, ou automatizada pelo sistema
informático

• Após a arrumação física, é necessário confirmar informaticamente a arrumação


da mercadoria
• A forma mais eficiente de confirmar esta arrumação é através do uso de
scanners e “pistolas”
COORDENAÇÃO E SUPERVISÃO DO
ABASTECIMENTO DOS LUGARES DE
PREPARAÇÃO
• Arrumação da palete:
• Verificar que a estabilidade da estiva da palete não oferece perigos aos
processos de movimentação, arrumação, permanência na posição e
respetiva retirada para expedição
• Conduzir a palete até à posição de arrumação
• Confirmação da arrumação da palete
• Arrumação física da palete no lugar
COORDENAÇÃO E SUPERVISÃO DO
ABASTECIMENTO DOS LUGARES DE
PREPARAÇÃO
• Resolução de erros de arrumação de palete:
• Se acontecer de chegar ao local de arrumação da palete e este estiver já ocupado, o
operador deverá retirar a palete que lá se encontra arrumar a palete numa zona de casos
pendentes a resolver.

• Se acontecer a palete não caber no local indicado, o operador deverá voltar com a zona de
receção e passar a situação ao responsável pela área.
SISTEMAS INFORMÁTICOS DE GESTÃO DE
STOCKS
• Para que os produtos possam fluir eficientemente através do armazém,
tem de existir informação que ajude a dirigir as atividades do próprio
armazém
• O processo de informação inclui:
• desenvolvimento do orçamento anual
• preparação de mapas mensais ou trimestrais dos recursos,
• a programação diária e semanal das atividades do armazém
• relatórios sobre as operações e as atividades a decorrer no armazém.
SISTEMAS INFORMÁTICOS DE GESTÃO DE
STOCKS
WAREHOUSE MANAGEMENT SYSTEM
• É um sistema de gestão por software que tem como objetivo a melhoria
contínua das operações realizadas num armazém através da gestão eficiente de
informação
• Gestão dos fluxos físicos da recepção, armazenamento e expedição de materiais
• Realização de inventários
• Processamento de encomendas
• Processamento de devoluções
• Define e regista localizações de mercadoria no armazém

• Utiliza tecnologias como código de barras, QR Code, scanners e redes sem fios para
monitorizar os fluxos de materiais
SISTEMAS INFORMÁTICOS DE GESTÃO DE
STOCKS
WAREHOUSE MANAGEMENT SYSTEM
• WMS faz uma sincronização com a base de dados inserida no sistema
• A base de dados permite:
• informação sobre a quantidade total dos materiais existente em stock no
armazém
• permite determinar com exatidão a localização das mercadorias no
armazém
• permite a gestão de todos os movimentos no armazém em tempo real
SISTEMAS INFORMÁTICOS DE GESTÃO DE
STOCKS
WAREHOUSE MANAGEMENT SYSTEM
• Deve incluir os seguintes módulos:
• Módulo de Controlo de Stocks
• Registar as entradas e saídas de stock
• Calcular o balanço do stock (Inventário)
• Definir o modelo/parâmetros de gestão de stocks
• Enviar avisos de reposição de stock
SISTEMAS INFORMÁTICOS DE GESTÃO DE
STOCKS
WAREHOUSE MANAGEMENT SYSTEM
• Módulo de Localização de Stocks
• Determinar onde localizar as paletes chegadas
• Determinar quais as paletes a utilizar para reabastecer o stock de
picking
• Identificar a localização de qualquer palete dentro do armazém
• Definir regras de localização relativa dos artigos.
SISTEMAS INFORMÁTICOS DE GESTÃO DE
STOCKS
WAREHOUSE MANAGEMENT SYSTEM
• Módulo de Seleção de Encomendas
• Produzir as listagens de artigos a recolher;
• Definir automaticamente a melhor sequência/itinerário de recolha
de artigos.
SISTEMAS INFORMÁTICOS DE GESTÃO DE
STOCKS
• Gestão de encomendas
• Encomenda efectuada  Transmissão da informação ao fornecedor
• Por telefone
• Por email
• Por Electronic Data Interchange (EDI)
SISTEMAS INFORMÁTICOS DE GESTÃO DE
STOCKS
• Antes de preparar fisicamente uma encomenda, é necessário:
• verificar a exatidão das informações na encomenda
• descrição,
• quantidade
• preço dos artigos;

• Verificar disponibilidade dos itens encomendados em armazém


• verificar a situação de crédito do cliente
• transcrever as informações da encomenda de acordo com o necessário
• faturar a encomenda.
ANALISE DO ESTADO DA OPERAÇÃO

• Indicadores de desempenho (KPI) permitem que as avaliações sejam efetuadas com base
em factos, dados e informações quantitativas.
• Existem inúmeros indicadores capazes de avaliar o funcionamento do armazém e a
performance do layout implementado.
ANALISE DO ESTADO DA OPERAÇÃO

• i) % do nível de serviço às lojas,


• ii) % de conferência da mercadoria executada,
• iii) % do número de erros cometidos na execução das encomendas,
• iv) % de paletes extraviadas,
• v) % de paletes não rececionadas
• vi) Quebra (deterioração de artigos),
ANALISE DO ESTADO DA OPERAÇÃO

• vii) Custo por caixa movimentada


• viii) Custo por palete movimentada
• ix) Dias de cobertura do stock
• x) Produtividade de cada operador
• xi) Produtividade All in (caixas por hora e paletes por hora).

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