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ANÁLISE DE INVESTIMENTOS

UFCD 6364
60 tempos
Professora:
Cláudia de Andriaça e Songamaso
ETAPAS DE UM ESTUDO DE AVALIAÇÃO
ECONÓMICA

Elaboração do projeto

Análise do projeto

Conclusão
O planeamento empresarial
Planear é concluir do passado, para decidir no presente o que vamos fazer no futuro
 quanto
 vamos fazer
 quando
 vamos fazer
 onde
 vamos fazer
 como
 vamos fazer
 quem
 vai fazer
Identificação da empresa
 Denominação
 Proprietário
 Responsável técnico
 Localização
 Centro de lavoura
 Área
 Vias de comunicação exteriores
 Cartas disponíveis
 Estação meteorológica
 Descrição matricial
Enquadramento do projeto
Questões que normalmente se colocam ao nível da empresa agrícola
 Que sistema de produção vou adotar?
 Que produtos vou produzir? Níveis de qualidade exigidos?
 Como demarcar as unidades de produção?
 Rotações, técnicas culturais e itinerários técnicos?
 Recursos necessários? Humanos, financeiros,
 Mecanização das atividades?
 Prestação de outros serviços?
 Capacidade de armazenagem?
 Como comercializar os produtos?
ELABORAÇÃO DO PROJETO
Estudos de identificação/ Seleção das alternativas
• Mercado
• Localização
• Técnicos
• Dimensão
• Enquadramento (legal/ administrativo/ financeiro)

Estudo Económico – Financeiros


• Planos de:
Investimento
Financiamento
Exploração
ANÁLISE DO PROJETO

Análise de Viabilidade
• Económica
• Financeira

Através de:
• Contas previsionais
• DFP
• Cash Flow
• VAL; TIR; PRA; IRP; VALA
CONCLUSÃO

Dizer se o investimento deve ou não ser aceite


ELABORAÇÃO DO PROJETO

 NECESSIDADE DOS MEIOS DE PRODUÇÃO

Inputs Inputs
investimento exploração
INPUTS DE EXPLORAÇÃO
 Custo das existências vendidas e consumidas

• Mercadorias

• Matérias-primas, subsidiárias e de consumo

• Embalagens comerciais retornáveis

 Subcontratos
INPUTS DE EXPLORAÇÃO
 Fornecimentos e serviços de terceiros
• Água

• Eletricidade

• Material de conservação e reparação

• Ferramentas e utensílios

• Material de escritório
INPUTS DE EXPLORAÇÃO
 Impostos indiretos
• Taxas

• Iva

 Impostos diretos
• Impostos de capitais

 IMI
INPUTS DE EXPLORAÇÃO
 Gastos com o pessoal

 Outros Gastos e encargos


• Rendas
• Royalties
• Quotizações obrigatórias

 Gastos de depreciação e de amortização

 Perdas extra patrimoniais do exercício


INPUTS DE EXPLORAÇÃO

 Encargos financeiros
• De financiamento do investimento
• De financiamento da exploração

 Provisão para impostos sobre lucros


INPUTS DE INVESTIMENTO
 Terrenos
• Custo do terreno
• Encargos notariais com a compra
• Impostos e taxas
• Assoreamento do terreno

 Construção
• Fundações
• Construções
• Poços
• Condutas de água
INPUTS DE INVESTIMENTO
• Ligações elétricas, de telefone e gás
• Reservatórios
• Evacuação das águas
• Vedações
• Caminhos e estradas
• Alojamentos para o pessoal

 Equipamento básico (inclui impostos, tarifas de transporte, seguro e


tarifas aduaneiras)
• Máquinas
• Fundações para as máquinas
• Instalações para as máquinas
• Ensaios e início de trabalho
INPUTS DE INVESTIMENTO
 Ferramentas e utensílios
• Linhas elétricas e telefónicas
• Equipamento elétrico
• Ferramentas

 Material de transporte
• Veículos
• Outro material de transporte

 Equipamento administrativo e social


• Mobiliário
INPUTS DE INVESTIMENTO
 Peças de substituição
• Stock de segurança (20% do custo de materiais)

 Ativos intangíveis
• Licenças de patentes ou marcas
• Assistência técnica
• Custo de emissão de ações
• Aquisição de software
• Elaboração de estudos (técnicos, económicos, comerciais, de arquitetura, de engenharia,
de rendibilidade, de financiamento, etc)
• Consultadoria jurídica
• Gastos de promoção e comercialização (publicidade, estabelecimento de rede de
distribuição, etc)
INPUTS DE INVESTIMENTO

• Gastos de promoção e comercialização (publicidade,


estabelecimento de rede de distribuição, etc)
• Gastos com a constituição da empresa
• Recrutamento e formação de pessoal

 Juros intercalares durante a construção

 Fundo de maneio
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ESTUDOS ECONÓMICO-FINANCEIROS

• Planos de:

 Investimento

 Exploração

 Financiamento
PLANO DE INVESTIMENTO

Descrição e escalonamento temporal dos investimentos


previstos

Resulta do estudo de engenharia/ técnico do projeto


PLANO DE INVESTIMENTO

 Termina
• Descritivo caracterizador dos investimentos a efetuar
• Mapa síntese dos investimentos em valor
• Calendário de execução dos investimentos
PLANO DE INVESTIMENTO
Investimento por 201 201 201 201 201 201
ano 0 1 2 3 4 5
Propriedades de investimento
Terrenos e recursos naturais
Edificios e Outras construções
Outras propriedades de inv estimento
Total propriedades de investimento
Activos fixos tangíveis
Terrenos e Recursos Naturais
Edificios e Outras Construções
Equipamento Básico
Equipamento de Transporte
Equipamento Administrativ o
Equipamentos biológicos
Outros activ os fix os tangiv eis
Total Activos Fixos Tangíveis
Activos Intangíveis
Goodw ill
Projectos de desenv olv imento
Programas de computador
Propriedade industrial
Outros activ os intangív eis
Total Activos Intangíveis
Total Investimento

IVA
23
%

Fonte: IAPMEI, programa FINICIA.


PLANO DE EXPLORAÇÃO
PREVISIONAL

Descrição e escalonamento temporal de Rendimentos e Gastos


anuais previstos, de forma a calcular:

a) Conta de exploração anual

b) Cash flow de exploração


PLANO DE EXPLORAÇÃO
PREVISIONAL

a) Conta de exploração anual


Sistematização dos rendimentos e Gastos anuais para cálculo de
resultados potenciais e determinação rendibilidade
• Plano de exploração previsional

Conta de exploração previsional inclui:

Rendimentos:

- Rendimentos de vendas de produtos, mercadorias, embalagens;


- Rendimentos de prestações de serviços;
- Subsídios à exploração;
- Rendimentos suplementares (rendas e alugueres, royalties, etc.);
- Rendimentos financeiros correntes (juros de depósitos à ordem, descontos obtidos);
- Rendimentos de aplicações financeiras (juros de obrigações, dividendos de ações,
etc.)
• Plano de exploração previsional

Conta de exploração previsional inclui:

Gastos por natureza:

- Compras ou consumos de matérias-primas, subsidiárias e de


consumo, mercadorias e embalagens;
Subcontratos (trabalhos encomendados a outras empresas para a
produção)
- Fornecimentos e serviços de terceiros (água, eletricidade,
combustíveis, materiais de conservação e ferramentas, serviços de
transporte, etc.
• Plano de exploração previsional

Conta de exploração previsional inclui:

Gastos por natureza:

- Pessoal (remunerações, ordenados, salários e encargos sociais,


seguros, etc.)
- Gastos financeiros (juros, descontos, serviços bancários)
- Outros gastos e encargos (livros, quotizações, ofertas, etc.)
- Depreciações e reintegrações (do imobilizado e de gastos
plurianuais)
• Plano de exploração previsional

Conta de exploração previsional inclui:

Gastos por natureza:

- Provisões ( para cobrança duvidosa, para outros riscos e encargos, etc.)


• Plano de exploração previsional

Rendimentos da
exploração

Cash flow
da
exploração
Gastos
da
exploração
PLANO DE FINANCIAMENTO

Elementos financeiros para análise do projeto:

 Financiamento de curto prazo (orçamento de tesouraria);

 Financiamento de médio e longo prazo (MLP) (origem e aplicação


de fundos);

 Balanços previsionais.
PLANO DE FINANCIAMENTO
2011 2012 2013 2014 2015 2016
Investimento
Margem de segurança 2% 2% 2% 2% 2% 2%
Necessidades de financiamento

Fontes de Financiamento 2011 2012 2013 2014 2015 2016


Meios Libertos
Capital
Outros instrumentos de capital
Empréstimos de Sócios
Financiamento bancário e outras Inst. Crédito
Subsidios
TOTA
L

N.º de anos reembolso 4


Tax a de juro associada 6,60%

2011
Capital em dív ida (início período)
Tax a de Juro 7% 7% 7% 7% 7% 7%
Juro Anual
Reembolso Anual
Imposto Selo (0,4%)
Serv iço da dív ida
Valor em dív ida

Fonte: IAPMEI, programa FINICIA.


VARIÁVEL QUE CARACTERIZA A
RENDIBILIDADE | CASH-FLOW

• Rendibilidade

Capacidade do projeto gerar um excedente líquido positivo

Gerar Lucros
VARIÁVEL QUE CARACTERIZA A
RENDIBILIDADE | CASH-FLOW

Variáveis capazes de caraterizar a rendibilidade do projeto:

• Resultados do exercício (projeto)


• Cash-flow
VARIÁVEL QUE CARACTERIZA A
RENDIBILIDADE | CASH-FLOW
Resultados do exercício (lucro) dependem:

Procedimentos de registo contabilístico adotado;

 Método de valorimetria das existências;

 Método de registo das depreciações e reintegrações dos


ativos
VARIÁVEL QUE CARACTERIZA A
RENDIBILIDADE CASH-FLOW
As diferentes medidas de resultados do exercício (lucro) provocariam,
acaso se utilizasse o lucro como medida de rendibilidade do projecto,
que este pudesse de acordo com determinado procedimento
contabilístico ser um bom projecto, e de acordo com outro
procedimento ser um mau projecto.

Cash-flow
VARIÁVEL QUE CARACTERIZA A
RENDIBILIDADE CASH-FLOW
Cash-flow

Designa os fluxos líquidos gerados pelo projeto

Medida: Recebimentos e pagamentos do projeto.


CASH-FLOW

O conceito de cash-flow é desagregável em:

 Cash-flow de investimento;
 Cash-flow de exploração;
 Cash-flow líquido.
CASH-FLOW

Vantagem do cash-flow relativamente ao lucro:

 Conceito objetivo, claramente definido;

 Registado de modo inequívoco;

 Não é passível de manipulações, como os resultados


líquidos.
CASH-FLOW DE INVESTIMENTO

Regista os pagamentos associados à despesa de investimento do


projeto, líquido dos recebimentos associados à extinção do
projeto:

Cash-Flow de Investimento Fundo Valor residual de Imparidades do


Investimento em de Maneio Investimento ativo
Capital Fixo
CASH-FLOW DE EXPLORAÇÃO

Regista os recebimentos líquidos de pagamentos associados


à exploração do projecto:

Cash-Flow de Resultados Depreciações do Provisões Encargos


Exploração líquidos de exercício do financeiros
exploração exercício
CASH-FLOW LÍQUIDO

A partir do cash-flow de investimento e do cash-flow de


exploração define-se o cash-flow líquido:

Cash-flow Cash-flow
Cash-Flow
de de
Líquido
Exploração Investimento
CASH-FLOW DO PROJETO

Plano global de investimento

Cash-flow de investimento

Fluxos de caixa de saída (pagamentos/despesa) e entrada


(recebimentos/Rendimentos)

Cash-flow de exploração
CASH-FLOW DO PROJETO
Cash-flow do projecto discounted cash-flow valuation (DCF):

1. Volume de negócios
2. CMVMC
3. Subcontratos
4. Fornecimentos e Serviços de terceiros
5. Impostos
6. Gastos com pessoal
7. Outras Gastos e encargos
8. depreciações e reintegrações do exercício
9. Provisões do exercício
10. Resultados antes da função financeira (1-2-3-4-…-9)
CASH-FLOW DO PROJETO

Cash-flow do projecto discounted cash-flow valuation (DCF):

10. Resultados antes da função financeira (1-2-3-4-…-9)


11. Encargos financeiros
12. Resultados extraordinários do exercício
13. Resultados antes de impostos (10-11+12)
14. Provisões para impostos
15. Resultados líquidos (13-14)
CASH-FLOW

Definição de cash-flow de exploração exclui, dos Gastos:

 Depreciações;
 Provisões;
 Encargos financeiros.
CASH-FLOW

Exclusão das depreciações:

 Não correspondem a um pagamento;

 Para evitar dupla consideração como


Gastos (como investimento e como exploração.
CASH-FLOW

Exclusão das provisões:


 Não correspondem a um pagamento;

 Para evitar dupla contagem destes Gastos (já


considerados na compra das existências, ou custos que
não foram saídas de dinheiro).
CASH-FLOW

Exclusão dos encargos financeiros:


 São considerados no processo de atualização;

 Considerados nos Gastos, aquando do desconto do


cash-flow
MAPA DE CASH-FLOW OPERACIONAIS
201 201 201 201 201 201
0 1 2 3 4 5
Meios Libertos do Projecto
Resultados Operacionais (EBIT) x (1-IRC)
Depreciações e amortizações
Prov isões do ex ercício

Investim./Desinvest. em Fundo Maneio


Fundo de Maneio

CASH FLOW de Exploração

Investim./Desinvest. em Capital Fixo


Capital Fix o

Free cash-flow

CASH FLOW acumulado

Fonte: IAPMEI, programa FINICIA.


CASH-FLOW – ÓTICA DO CP

Cash-flow na ótica do capital próprio (CP):

+ Cash-flow do projeto - Valor do passivo do projeto


= Cash-flow do capital próprio
PERÍODO DE VIDA DO PROJETO

• Definido em função do período de vida técnico ou


económico dos equipamentos mais importantes do
projeto;

• Deve ser considerado o período de vida mais curto.


PERÍODO DE VIDA DO PROJETO
Período de vida técnico:
 Definido em função das características técnicas do
equipamento e estabelecido pelo fabricante

Período de vida económico:


 Período em que o produto produzido pelo equipamento tem
aceitação no mercado por parte dos consumidores;
 Período durante o qual o equipamento dispõe de características que asseguram níveis
de produtividade competitivos face a equipamento concorrentes;
 É afetado pela obsolescência tecnológica.
PERÍODO DE VIDA DO PROJETO
Convenção aplicada nos formulários dos projetos:
 Fixa a vida útil do projeto em 5 ou 7 anos.

Convenção internacional para o período de vida médio do projeto,


considerando o período de vida técnico e o período de vida
económico utilizado pelo banco mundial e outras instituições
financeiras internacionais.

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