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NORMA JURÍDICA

CONCEITO

As normas jurídicas são estruturas fundamentais do Direito e nas quais são


gravados preceitos e valores que vão compor a Ordem Jurídica.

A norma jurídica é responsável por regular a conduta do indivíduo, e fixar


enunciados sobre a organização da sociedade e do Estado, impondo aos
que a ela infringem, as penalidades previstas, e isso se dá em prol da
busca do bem maior do Direito, que é a Justiça.

“Constitui elemento fundamental do direito, na sua função de ordenar a


convivência humana.”

Apresenta também outros sentidos a referida expressão como:


Disposição, preceito, lei e regra jurídica.
Estrutura da norma jurídica

Previsão ou hipótese: refere-se a uma


situação típica da vida, uma situação de facto.

Estatuição ou Injunção: é a
prescrição dos efeitos jurídicos no caso da
situação prevista se verificar.
Características
1. Hipoteticidade: Os efeitos jurídicos que estatui,
só se produzem se se verificarem as situações ou
factos previstos; se não ocorrerem a norma
jurídica não se aplicará.
2. Generalidade: a norma jurídica aplica-se a uma
categoria abstrata de pessoas e não a uma
pluralidade de pessoas determinadas .
3. Abstracção: A norma jurídica não se aplica a um
caso específico, mas a um número indeterminado
de situações submíveis à categoria prevista.
Continuação das caracteristicas
4. Imperatividade : A norma jurídica não é um puro acto
de vontade, mas a resposta a um problema e, portanto
condicionada pelos seus termos, pelas opções possíveis
e pelo critério valorativo que imprime coerência e
significado ao preceito legislado.
5. Bilateralidade: A norma jurídica nem sempre
estabelece uma relação jurídica, basta referir que a
norma penal impõe deveres, fundamentalmente para a
defesa de valores que estabelece a obrigação de
respeitar a propriedade alheia e não resulta da relação
jurídica.
• 6. Heteronomia: o direito não é constituído
por imperativos ou comandos editados por um
autoridade, os princípios emanam do
substrato ordenador duma comunidade
cabendo ao legislador não criar o direito, mas
articula-lo e concretizá-lo.

• 7. Coercibilidade: Não se torna necessário


quando as sanções se operam
automaticamente, mas a sua função é dotar as
normas jurídicas de eficácia.
Sanção
• Trata-se de uma consequência ou efeito
imposto pela norma jurídica.

• Na maioria dos casos, as normas são


respeitadas espontaneamente, embora a
sanção não deixe de constituir uma das
garantias mais eficazes do direito.
Tutela Pública
• É a função que o Estado desempenha para
tornar efectiva as normas jurídicas através
dum aparelho cuja estrutura não é todavia,
inteiramenet homogênea.
• Representa o progresso cultural humano,
assinalando a passagem gradual da força bruta
para a força juridicamente disciplinada.
MODALIDADES DE TUTELA
•Tutela preventiva: Funciona antes da violação do
direito e procura evita-lo, dificultando-o.
A a autoridade pública que limita, sujeita e autoriza
previamente certas actividades para evitar danos
sociais a quem podiam conduzir. (Exemplos: de
segurança, sanitária, econômica, de viação, florestal,
fiscal.)
A adoção de medidas de segurança, inabilitação do
autor dum determinado delito para o exercício de
certa actividade ou profissão.
A acção declarativa, ou os procedimentos cautelares.
Tutela Repressiva
• È aquela aplicável após a consumação da
violação do direito, consiste na aplicação da
sanção ao infractor.
Aparelhos estatais
• 1. Tribunais
• A tutela pública realiza-se através da intervenção dos
tribunais. São orgãos de soberania com competência
para administra a justiça em nome do povo.
• Cabe aos tribunais a o exercício da função
jurisdicional, que se traduz na aplicação da
constituição e de outras normas jurídicas, para
dirimirem os conflitos não apenas entre os interesses
privados, mas entre públicos e estes primeiros.
Príncipios que estruturam os Tribunais
• Independência : Os juízes só odebecem ao
direito, não se submetem a ordens ou
instruções de qualquer autoridade, mesmo
judicial.
• Imparcialidade: Os juizes jugam de forma livre e
descompromissada dos interesses dos litigantes(
* Pode se declarar impedido )
• Passividade :Os juízes não podem solucionar
conflitos, sem que uma das partes tenha pedido
e a outra sido chamada a deduzir oposição.
Organização Judicial
• Os tribunais escalonam-se uma estrutura não
hierarquica que funciona com vistas à
interposição de recursos dos tribunais
inferiores para superiores.
• Angola: Supremo Tribunal
de Justiça

Tribunais de 1 Instância
Em muitos outros Países a organização judicial
funciona assim:

Tribunal Superior

2ª instância

1ª Instância
Administração Pública
• As garantias graciosas são mecanismos que
controlam a atividade da administração
pública.
• 1. Garantias Petitórias
• 2. Garantias Impugnatórias
• 3. Queixa ao Provedor de justiça
Ministério Público
Orgão constitucional da administração da
justiça.
Goza de Independência Externa, dispõe de
estatuto próprio, a sua gestão, exercício
dispiplinar pertence a Procuradoria –geral da
República.
Cabe representra o Estado. As regiões
autônomas, as autarquisa locais, os incapazes,
os incertos, e as ausentes em parte incerta.
Tutela Privada
• Consiste na defesa dos direitos realizadas
pelos particulares nas situações
excepcionalmente previstas.
• Direito de Resistência
• Acção directa
• Legitima defesa
• Estado de necessidade
Bibliografia
• Ascenção, Oliveira, J. O Direito. Introdução e
Teoria Geral. Coimbra Editora Almedina, 2005.

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