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FACULDADE INTEGRAL DIFERENCIAL-FACID

CURSO: FISIOTERAPIA BLOCO III

ARNALDO DA SILVA ROSADO JÚNIOR


FÁBIO DE CERQUEIRA NASCIMENTO
LEONARDO ARAÚJO

VITAMINA D

TERESINA-PI
2010
ARNALDO DA SILVA ROSADO JÙNIOR
FÁBIO DE CERQUEIRA NASCIMENTO
LEONARDO ARAÚJO

VITAMINA D

Trabalho para ser entregue como requisito para


obtenção de nota parcial na disciplina de Nutrição,
sob orientação da Prof.ª Adeildes Moura.

TERESINA-PI
2010
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................3
1.1 Histórico...........................................................................................................4
2 ABSORÇÃO..............................................................................................................6
2.1 Facilitadores.....................................................................................................6
2.2 Inibidores..........................................................................................................7
3 METABOLISMO E FUNÇÕES..................................................................................8
4 FONTES....................................................................................................................9
5 CARÊNCIA..............................................................................................................10
REFERÊNCIAS..........................................................................................................11
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1 INTRODUÇÃO

As vitaminas são substâncias que formam um grupo de quatorze


compostos orgânicos essências ao ser humano, as quais, introduzidas no organismo
em pequenas quantidades, participam da regulação do metabolismo e facilitam o
processo de transferência energética e a síntese dos tecidos orgânicos, ou seja, as
vitaminas desempenham importante papel na manutenção da saúde, no
crescimento, na defesa contra as infecções , na nutrição, favorecendo a assimilação
dos alimentos. A falta delas na alimentação do homem determina estados mórbidos
definidos: xerofitalmia, beribéri, anemia, escorbuto, raquitismo etc.
A vitamina D é uma vitamina lipossolúvel, usada pelo organismo na
absorção do cálcio, sendo o principal regulador biológico do seu metabolismo além
do fósforo.
Essa vitamina faz parte de um grupo de vitaminas (D1, D2, D3), vitais
para manutenção e controle do cálcio e do fósforo no organismo. Tem funções
como: estimular a absorção do cálcio pelo organismo, elemento essencial para o
desenvolvimento normal e saudável dos dentes e ossos.
A vitamina D é conhecida como a vitamina da luz solar, pois pode ser
produzida na pele, devido à ação dos raios ultravioleta do sol, onde se encontra uma
provitamina D, o ergocalciferol (vitamina D2) e o colecalciferol (vitamina D3). As
duas formas da vitamina D podem ser obtidas na alimentação, apesar de não se
encontrar em grande quantidade. No entanto, não há necessidade absoluta de
ingerir exageradas quantidades de óleos de peixe para obte-la.
A deficiência dessa vitamina no organismo provoca o raquitismo,
caracterizada por mineralização defeituosa dos ossos, geralmente ocorre em
crianças na fase de crescimento. Nesse caso, o leite pode ser uma das fontes
principais para se obter a vitamina D, que é fundamental no metabolismo do cálcio.
    Outros benefícios da vitamina D foram divulgados recentemente, tais como
prevenção e tratamento dos cânceres de cólon, reto e de mama, na proteção contra
doenças infecciosas e seu tratamento e contra o envelhecimento.
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1.1 Histórico

O aspecto histórico envolvendo a vitamina D é retratado a seguir:

1645 Daniel Whistler escreve a primeira descrição científica do raquitismo.

1865 No seu livro sobre medicina clínica, A. Trousseau recomenda óleo de fígado de
bacalhau como tratamento para o raquitismo. Reconhece também a importância da
luz do sol e identifica a osteomalácia como a forma adulta de raquitismo.

1922 McCollum e os seus colaboradores estabelecem uma distinção entre a


Vitamina D e o factor anti-raquitismo.

1925 McCollum e os seus colaboradores dão ao fator anti-raquitismo o nome


vitamina D. Hess e Weinstock mostram que se produz na pele por meio de radiação
ultra-violeta um fator com atividade anti-raquítica.

1936 Windaus identifica a estrutura da vitamina D em óleo de fígado de bacalhau.

1937 Schenck obtêm vitamina D3 cristalizada através da ativação do 7-


dehidrocolesterol.

1968 Haussler, Myrtle e Norman relatam a existência de um metabolito ativo de


vitamina D na mucosa intestinal dos frangos.

1969 Haussler e Norman descobrem os receptores de calcitriol no intestino dos


frangos.

1970 Fraser e Kodicek descobrem que o calcitriol é produzido nos rins.

1971 Norman, Lawson, Holick e os seus colaboradores identificam a estrutura do


calcitriol.
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1973 Fraser descobre a existência de um erro congênito do metabolismo da


vitamina D que produz o raquitismo resistente à terapia com vitamina D.

1981 Abe et al no Japão demonstra que o calcitriol está envolvido na diferenciação


das células da medula óssea.

1983 Provvedini et al demonstra a existência dos receptores de calcitriol nos


leucócitos humanos.

1984 O mesmo grupo apresenta a evidência de que o calcitriol tem um papel de


regulação na função imunitária.

1986 Morimoto e associados sugerem que o calcitriol pode ser útil no tratamento da
psoríase.

1989 Baker e associados mostram que o receptor de vitamina D pertence à família


de genes receptores de esteróides.
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2 ABSORÇÃO

A vitamina D é absorvida no intestino delgado e necessita dos sais


biliares para emulsificação das gorduras e lipoproteínas (Quilo Mícron) para o seu
transporte pelo sangue até chegar aos tecidos armazenadores: rins, fígado, pele,
coração, glândulas supra-renais e timo.
A absorção do calciferol é realizada em duas etapas: absorção rápida
pela mucosa intestinal sendo seguida pelo transporte lento para a linfa onde a
vitamina é encontrada sob forma livre e apenas uma menor proporção se apresenta
esterificada com ácidos graxos saturados. A rota primária da excreção da vitamina D
é a bile e apenas uma quantidade da dose administrada é eliminada pela urina. No
homem, a armazenagem de vitamina D ocorre no fígado, nos músculos e no tecido
adiposo.
Para que seja utilizada, a Vitamina D deve passar por duas hidroxilações:
a primeira no fígado onde passa a se chamar 25-hidroxicolecalciferol (hidroxilação
no Carbono 25), e a segunda nos rins onde a hidroxilação acontece no carbono 1 e
passa a se chamar 1-25-dihidroxicolecalciferol, e é sua forma biologicamente ativa.
Ela se liga à proteína globulina para ficar mais solúvel no plasma e chegar aos
tecidos alvo. Sua excreção é pelas fezes.

2.1 Facilitadores
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Tem como facilitador a luz solar, a qual aumenta a produção de vitamina


D, um agente facilitador da absorção do cálcio, mineral importantíssimo para o
homem. Além dos sais biliares que emulsificam as gorduras e lipoproteínas (Quilo
Mícron) para o seu transporte pelo sangue até chegar aos tecidos armazenadores:
rins, fígado, pele, coração, glândulas supra-renais e timo.

2.2 Inibidores

Tem como inibidores a colestiramina, uma resina utilizada para parar a


reabsorção dos sais biliares e os laxativos baseados em óleos minerais que inibem a
absorção da vitamina D a partir do intestino. Os corticosteróides, os medicamentos
anticonvulsivos e o álcool podem afetar a absorção do cálcio, reduzindo a resposta à
vitamina D.
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3 METABOLISMO E FUNÇÕES

A vitamina D é obtida a partir de uma classe de lipídios, o colesterol, que


de forma endógena é sintetizado principalmente no fígado. No próprio fígado essa
substância se modifica em 7-deidrocolesterol, um precursor da vitamina D, este por
sua vez situa-se na pele. Após uma exposição à luz solar esse composto sofre
modificações e se transforma em colecalciferol, este é primeiramente absorvido no
intestino delgado na presença de sais biliares, principalmente no jejuno,
posteriormente ocorre o seu transporte através da via linfática por meio de
quilomícrons até o fígado. Já no fígado, o colecalciferol vai sofrer uma hidroxilação
com a ação da enzima 25-hidroxilase, transformando-o em 25-hidroxicolecalciferol.
Num quarto momento, uma nova hidroxilação ocorrerá, só que desta vez nos rins,
catalisada pela enzima α-1-hidroxilase, esta transformará o composto 25-
hidroxicolecalciferol em 1,25-diidroxicolecalciferol ou calcitriol, a forma mais ativa da
vitamina D, responsável pela regulação da absorção do cálcio pelo intestino e dos
níveis do mesmo nos tecidos ósseos e renais.
A vitamina D tem como função manter os níveis normais de cálcio e
fosfato no meio interno. Para isso, existem três maneiras ou mecanismos utilizados
pelo organismo, por meio dessa vitamina. A primeira delas é aumentando a
absorção de cálcio dos alimentos pela mucosa intestinal. Isso é feito a partir de uma
maior liberação do hormônio da paratireóide que estimula a enzima α-1-hidroxilase a
aumentar a sua atividade, e como conseqüência haverá uma maior produção de
calcitriol, isso tudo quando os níveis de cálcio estiverem em baixa no sangue. Outro
mecanismo para se evitar baixas concentrações de cálcio na circulação utilizado é o
da reabsorção desse íon nos túbulos renais, impedindo a sua excreção, favorecendo
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o seu retorno ao sangue. Finalizando, existe também uma função realizada pelo
calcitriol, em que ele induz os osteoclastos a dissolverem a matriz óssea liberando o
cálcio dessa matriz na corrente sanguínea.

4 FONTES

Poucos alimentos são naturalmente ricos em vitamina D, e em muitos


países a maior parte da ingestão dessa vitamina vem de produtos fortificados como
leite, leite de soja e cereais. O ingestão recomendada de pelo U.S. Dietary
Reference Intake para crianças e adultos até 50 anos é de 5 microgramas por dia
(200 UI/dia). A recomendação aumenta para 10 microgramas/dia (400 UI/dia) para
pessoas entre 50-71 anos de idade e para 15 microgramas/dia para idosos acima
dos 70 anos.
A época do ano, latitude e cobertura de nuvens afetam a exposição aos
raios solares e a síntese de vitamina D na pele. Desta forma, é importante para
pessoas com limitação de exposição ao sol incluir boas fontes de vitamina D na
dieta. Além dos alimentos fortificados com vitamina D, fontes naturais incluem óleo
de fígado de peixe, peixes gordurosos (salmão, bagre, sardinha, atum, cavalinha),
cogumelos e ovos.

Teor de Vitamina D em alguns alimentos (100 g)

 g / 100 g UI / 100 g
Fonte

Manteiga 1,4 56

Leite integral (não fortificado) 0,08 3

Queijo cheddar 0,3 12

Ovos inteiros frescos de galinha 1,3 52

Arenque defumado 3,0 120


10

Sardinhas Atlântico enlatada em óleo 6,8 272

Atum em lata 5,9 236

Fígado bovino 0,4 16

Óleo de fígado de bacalhau (comercial, 250 10.000


refinado)

Óleo de fígado de tubarão 60,5 2.420

Obs: 1UI = 0,025 mcg de vitamina D


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5 CARÊNCIA

A deficiência de vitamina D pode ser decorrência de ingestão inadequada


com exposição insuficiente à luz solar, desordens que limitam sua absorção,
condições que dificultam a conversão de vitamina D em metabólitos ativos, ou
raramente por desordens hereditárias. Deficiência de vitamina D resulta em prejuízo
da mineralização óssea e ocasiona doenças nos ossos, raquitismo em crianças e
osteomalacia em adultos e possivelmente contribui para a osteoporose.
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REFERENCIAIS

Dutra JEO, Marchini JS. Ciências Nutricionais. São Paulo: Savier, 1998.

MAHAN, L.K.; ARLIN, M.T. Krause: Alimentos, nutrição e dietoterapia . Trad. da


10ª ed. Americana. Ed. Roca, São Paulo, 2002.

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