Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
INTRODUÇÃO
Objectivo de estudo
Heurísticas
Os métodos heurísticos procuram um grau tão grande quanto possível de uma acção a
uma situação. Assim ela engloba estratégias, procedimentos, métodos de aproximação
tentativa/erro, sempre na procura da melhor forma de chegar a um determinado fim. Os
processos heurísticos exigem muitas vezes menos tempo que os processos algorítmicos,
aproximam-se mais da forma como o ser humano raciocina e chega às resoluções dos
problemas, e garantem soluções eficientes.
O conceito de heurística foi introduzido por Simon (1957, 1982), nas suas
explorações sobre os limites do raciocínio dos seres humanos, para indicar algumas
estratégias ao mesmo tempo económicas e parcimoniosas, como também eficazes, mas
Na sociedade actual existe uma necessidade de recorrer a heurísticas que não são mais
que atalhos cognitivos facilitadores dos processos de decisão. O factor tempo é crucial,
por isso muitas vezes pretende-se tomar decisões certas nu curto espaço de tempo, pois
a necessidade de tomar decisões é inerente ao ser humano, e imensas vezes as pessoas
têm que tomar decisões sobre a probabilidade de ocorrências futuras.
Entre as heurísticas propostas por Kahneman e Tversky (1982; Tversky & Kahneman,
1973, 1982) estão a representatividade, a prototipicalidade, a ancoragem e a
disponibilidade, todas tendo em comum a sua dependência do uso de representações de
casos individuais exemplares.
Heurística da Disponibilidade
Podemos assim considerar a importância dos traços mnésicos mais recentes para a
evocação da heurística da disponibilidade, explicando desse forma porque têm sido
desenvolvidos vários estudos no campo do marketing. Todavia recentes estudos de
Broniarczyk e al. (1998; cit. Por Parkin, 2000), comprovam que a redução da heurística
de disponibilidade não têm efeito no comportamento de compra dos consumidores.
Heurística de Representatividade
João tem 45 anos, é casado e tem quatro filhos. Tende a ser bastante conservador e é
muito cuidadoso e ambicioso. Não possui qualquer interesse na área política e social e
passa a maioria do seu tempo livre em actividades como fazer pequenos arranjos,
passear de barco à vela e entreter-se com jogos matemáticos.
Para resolver este problema, é necessário considerar que a probabilidade de base que
um indivíduo escolhido ao acaso, a partir da amostra, seja um engenheiro é muito
diferente nas duas condições (70% na condição 1, 30% na condição 2). Entretanto,
apesar da diferença na probabilidade de base, a maioria dos indivíduos não apresentava
julgamentos de probabilidades diferentes nas duas condições. Geralmente, julgavam
uma mesma probabilidade – que João fosse um engenheiro nas duas condições; mesmo
quando os engenheiros eram menos (30%), julgavam como mais provável que a ficha
escolhida fosse a de um engenheiro. Se considerarmos este problema e o julgamento do
ponto de vista estatístico, pode-se afirmar que os sujeitos entrevistados não
consideravam a probabilidade de base e focalizavam a atenção para fornecer o
julgamento probabilista nos dados relativos às fichas descritivas fornecidas pelo
entrevistador. Por outro lado, quando se solicitava do sujeito julgar a probabilidade de
um sujeito qualquer, escolhido ao acaso entre os dois grupos de profissionais sem a
apresentação da ficha descritiva, ser um engenheiro, os sujeitos, ao responderem,
consideravam a probabilidade de base, isto é, seus julgamentos diferenciavam-se em
função do número relativo de engenheiros iniciais (70 ou 30).
Isto não significa que o grau de representatividade de algo em relação a uma classe não
possa ser, em determinados casos, um bom índice para o julgamento da probabilidade
de que o indivíduo pertença àquela própria classe. Geralmente, é mais provável que seja
extraído, a partir de uma determinada população, um indivíduo com um alto nível de
representatividade, em detrimento de um com um baixo nível de representatividade.
Esta consideração não contrasta com o conceito de heurística, visto que uma heurística
pode levar a uma rápida e correcta solução de alguns tipos de problemas.
Os indivíduos têm dificuldade em concordar que uma pequena amostra não seja
suficiente para prever um resultado ou tomada de decisão. As pessoas sentem-se
reticentes para atender ao tamanho da amostra (Kahneman & Tversky), 1972: cit. Por
Parkin, 2000), os indivíduos esperam que pequenas amostras sejam representativas da
sua população – Leis de pequenos números.
Hipóteses de Estudo
1.ª Experiência
Era suposto que os sujeitos dissessem que a 1.ª das listas mostrada comportava um
maior número de nomes femininos. Pretendia-se que a variável independente (nomes
famosos) fosse provocar alterações nos resultados de tal forma que a média (dos
valores) do grupo experimental fossem muito diferentes do grupo de controlo. Ou seja,
até que ponto os sujeitos são influenciados pela heurística da disponibilidade.
2.º Experiência
Era suposto que os sujeitos escolhessem a opção que demonstra maior conhecimento da
população do ponto de vista da representatividade, ou seja, nascerem tantos rapazes
como raparigas, mesmo tendo sido dito antes que nasciam mais rapazes que raparigas
na maternidade em estudo. Ou seja, até que ponto os sujeitos são influenciados pela
heurística da representatividade.
Hipótese Teórica
De acordo com estes pressupostos teóricos os sujeitos esperam que uma sequência
aleatória de acontecimentos seja representativa da realidade desse processo.
MÉTODO
Material
◊ Material de Registo;
◊ 1 Lista constituída por:
Procedimento
Experiência 1
Aos indivíduos do grupo A o experimentador leu uma lista com 15 nomes masculinos
vulgares e 10 nomes femininos famosos.
De seguida foram questionados sobre qual a lista que comportava maior número de
elementos (a masculina ou a feminina). As respostas foram devidamente anotadas.
No final desta exposição os sujeitos também foram questionados sobre qual a lista que
continha mais nomes (a masculina ou a feminina).
Experiência 2
Os sujeitos depararam-se com uma lista constituída por 3 sequências, sendo cada
sequência constituída por 6 situações prováveis
Sequência 1: RRRRRR
Sequência 2: MMMRRR
Sequência 3: MRRMMR
Sabendo que estas sequências poderiam ser uma situação de nascimentos prováveis
numa maternidade, os sujeitos eram questionados sobre a probabilidade relativa de
ocorrência para cada situação.
Para tal era pedido que atribuíssem o valor 1 à situação mais provável até ao valor 3
como sendo a menos provável.
RESULTADOS
De seguida passamos aos resultados das experiências feitas. Aqui poderemos observar e
analisar os valores obtidos e suas respectivas percentagens assim como a análise em
SPSS.
Tabela 1. Diferença de valores para o grupo A e B, na escolha das listas de nomes mais
comprida.
Na tabela acima, podemos verificar que os resultados são idênticos. A lista de nomes
femininos foi escolhida por 5 sujeitos tanto no grupo A como no grupo B. Com uma
percentagem de 31,25 % para o grupo A e 33,3 % para o grupo B. A escolha de nomes
masculinos foi feita por 11 sujeitos do grupo A (respectivamente 68,75%) e por 10
sujeitos no grupo B (66,7 %).
Como podemos verificar na tabela acima, a sequência preferida pelos sujeitos foi a 3,
com 26 escolhas. Em segundo lugar a preferida foi a sequência 2, com 23 escolhas. E
por último, a sequência 1 foi a preferida em 3º lugar pelos sujeitos.
30
25
Número de Sujeitos
20
Sequência 1
15 Sequência 2
Sequência 3
10
0
1.º 2.º 3.º
Lugares
DISCUSSÃO
Como podemos ver acima na introdução, de acordo com vários estudos realizados por
vários investigadores tais como Daniel Kahneman e Amos Tversky, Broniarczyk e al.,
Costerman e Gilhooly demonstram exactamente, que os sujeitos supostos a
determinadas experiências são influenciados tanto pela heurística da disponibilidade
como pela heurística da representatividade. Neste sentido podemos dizer que todas as
experiências feitas por estes autores comprovam as suas hipóteses e clarificam os
objectivos de estudo e até dão sugestões para futuras investigações de conceitos que
também poderão influenciar os sujeitos de outras maneiras.
Este estudo foi pertinente na medida em que é interessante e dá-nos mais uma visão em
como o ser humanos é influenciado por várias variáveis existentes e à partida formulam
respostas que no fim vamos ver que não são as mais correctas, mas as próprias
heurísticas aliciam para estas mesmas respostas e por isso mesmo são feitas estas
experiências que nos dão estas mesmas conclusões.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Eysenck, M.W. & Keane, M.T. (1994) Psicologia cognitiva: Um manual introdutório.
Porto Alegre: Artes Médicas.
http://w3.ualg.pt/~jfarinha/activ_docente/psicologia%20social/projec/cogn_social_infer
encia.htm
http://www.citi.pt/educacao_final/trab_final_inteligencia_artificial/heuristicas.html
Introdução
Objectivos de Estudo………………………………………………...…………..1
Heurísticas……………………………………………………………………….1
Heurística da Disponibilidade……………………………………………………2
Heurística da Representatividade……………………………………………...…5
Hipóteses de Estudo…………………………………………………………...…7
Método
Material…………………………………………………………………………..8
Procedimento…………………………………………………………………….8
Resultados…………………………………………………………..………………….10
Discussão……………………………………………………………………………….12
Referências Bibliográficas……………………………………………………………13