Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
1.1.Introdução
O ambiente reflete no ser humano? Bem, podemos, por exemplo, observar um shopping
center e a maneira como as pessoas normalmente se comportam quando estão lá dentro, a
limpeza, o clima, a decoração, as pessoas bem vestidas ou não, fazem com que ajamos de
certa maneira, podemos também ir à praia e veremos como as pessoas estão se comportando,
ou em uma igreja, um clube, uma noitada ou o contrário um casamento formal e poderíamos
dar tantos outros exemplos. Mas é claro que não seria só o tipo do ambiente que pode influir
1
Prof.(a) Alzira Parente Moreno Ziemniczak –ITOP- Curso de Segurança no Trabalho.
Portanto podemos supor que o ambiente de trabalho também deve influir no comportamento
das pessoas e, por conseguinte influenciar nas relações interpessoais e supostamente nos
resultados das empresas em todos os sentidos.
Deve-se lembrar que estamos no século XXI, assim sendo, já não seria hora de questionar
alguns paradigmas quanto aos ambientes de trabalho? Muito bem! Sabe-se que muitos já
pensaram nisto, porém não há trabalhos significativos neste campo. Ao se pensar nisto
decidiu-se elaborar um projeto de pesquisa onde se buscará demonstrar que muitos aspectos e
formas no ambiente de trabalho já podem e devem ir modificando-se, o ideal poderia ser o
nosso ambiente de trabalho tornar-se a extensão de nossa casa e muitas vezes será a nossa
própria casa ou como se assim fosse. E como que o ambiente de trabalho pode influir ou não
nos relacionamentos interpessoais?
É sabido que o ser humano é fruto do meio em que vive e que é gerido por necessidades
básicas que os podem motivar ou não, são elas: necessidades fisiológicas como: alimentação,
sono, atividades física, satisfação sexual etc; necessidades psicológicas: como segurança
íntima, participação, autoconfiança e afeição; necessidades de auto-realização: como impulso
para realizar o próprio potencial, estar em contínuo autodesenvolvimento.
Estas necessidades não satisfeitas também são motivadoras de comportamento, podendo levar
a: desorganização de comportamento; agressividade; reações emocionais; alienação e apatia.
2
Prof.(a) Alzira Parente Moreno Ziemniczak –ITOP- Curso de Segurança no Trabalho.
Não se pode exigir resultados de uma equipe se esta não tiver um mínimo de comodidade e de
condições para realizar suas necessidades básicas. Mas se acredita que quanto melhor e mais
bem atendidas estas necessidades tanto melhor será o desempenho de uma equipe.
3
Prof.(a) Alzira Parente Moreno Ziemniczak –ITOP- Curso de Segurança no Trabalho.
Como se viu as pessoas são produtos do meio em que vivem, tem emoções, sentimentos e
agem de acordo com o conjunto que as cercam sejam o espaço físico ou social.
Cada pessoa tem uma história de vida, uma maneira de pensar a vida e assim também o
trabalho é visto de sua forma especial. Há pessoas mais dispostas a ouvir, outras nem tanto, há
pessoas que se interessam em aprender constantemente, outras não, enfim as pessoas tem
objetivos diferenciados e nesta situação muitas vezes priorizam o que melhor lhes convém e
às vezes estará em conflito com a própria empresa.
4
Prof.(a) Alzira Parente Moreno Ziemniczak –ITOP- Curso de Segurança no Trabalho.
É bom lembrar também que o ser humano é individual, é único e que, portanto também reage
de forma única e individual a situações semelhantes.
5
Prof.(a) Alzira Parente Moreno Ziemniczak –ITOP- Curso de Segurança no Trabalho.
Muito bem, isto é sabido e faz parte de muitas correntes de pensamentos da administração,
porém com diz Moreira (2000)
Esses fatores em si não promovem a satisfação, mas a sua ausência a inibe. Por outro lado,
fatores como oportunidade de auto-realização, reconhecimento pela qualidade e dedicação
no trabalho, a atratividade do próprio trabalho em si e a possibilidade de desenvolvimento
pessoal e profissional do trabalhador são motivadores em essência. Recebem o nome de
fatores de motivação. (p.287).
Como se sabe os 5S são sinônimos de qualidade para o ambiente de trabalho e cabem aqui
algumas observações como a realidade e percepção do ambiente que é observada de maneiras
distintas por cada pessoa.
Os 5 sensos ou bom senso, que é mais adequado assim colocar, procura mostrar que com uma
boa utilização dos materiais, uma boa ordenação, com uma limpeza constante, com saúde e
higiene e acima de tudo com autodisciplina se alcança maior conforto e um melhor
relacionamento no trabalho e conseqüentemente melhores resultados para a empresa.
6
Prof.(a) Alzira Parente Moreno Ziemniczak –ITOP- Curso de Segurança no Trabalho.
para pensar e o coração para sentir, por meio do sistema ou programa 5S. É só colocar em
ação cinco sensos que estão dentro de cada um (p.4).
Os passos que se deve seguir são faxina geral, limpar o ambiente e os objetos, separar tudo o
que se precisa com freqüência daquilo que se usa esporadicamente, fazer uma arrumação de
forma a se facilitar a vida no trabalho, guardar cada coisa em seu lugar, manter os
equipamentos em ordem e bom funcionamento, combater o desperdício, ordenar as
informações, estar atento as condições de saúde e higiene e por fim uma auto disciplina e
aperfeiçoamento constante do local de trabalho.
7
Prof.(a) Alzira Parente Moreno Ziemniczak –ITOP- Curso de Segurança no Trabalho.
Isso, porém, apenas acontece em relações onde não há coerência, onde há desigualdade em
benefícios e malefícios. Há uma palavra que determina o sucesso de qualquer relacionamento,
um elemento sem o qual duas pessoas jamais poderiam conviver adequadamente: cooperação.
Em uma relação cooperativa, ambos os lados saem satisfeitos. É o formato ideal e almejado
por todos, porém exige pessoas empáticas e maduras o suficiente para entender que nem
sempre será feita apenas sua própria vontade, que há de haver a busca pelo consenso. Quando
há negociações produtivas, as soluções acordadas são de soma ampliada, de modo que as
partes entendem que conseguiram um resultado melhor do que se o tivessem feito sozinhos.
O curioso é que nesse tipo de relação, não há dois lados, mas apenas um lado vencedor, o que
ambos construíram e que, pois, os torna mais confiantes, motivados e comprometidos. Uma
relação exige cuidados e muitas vezes eles incluem a abdicação voluntária do Eu para a
melhor manutenção do Nós, que poderá ser o melhor a longo prazo. O benefício principal
dessa abordagem é que, uma vez visualizados seus efeitos, os indivíduos a percebem como
melhor opção e se sentem confiantes para continuar empregando-a, de modo a prolongar os
benefícios.
Essa fórmula serve para todo o tipo de relacionamentos, pois se no relacionamento comercial
há a troca de bens, nos amorosos e amistosos há a troca de afeto, que também precisa ser bem
direcionada. Caso contrário, a relação não será positiva para ambos, de modo que irá de fato
se tornar uma relação unilateral, porém onde o lado egoísta/possessivo se beneficiará do
passivo/submisso.
COMPETIR OU COOPERAR?
A interação entre dois seres é sempre delicada, porém a abordagem pode ser o ponto
determinante do tipo de relação que será estabelecida. Não é incomum nos dias de hoje
encontrar pessoas que tentam sobrepujar seu parceiro ao invés de trabalhar em conjunto.
A sociedade atual cobra muito do indivíduo, as pessoas se sentem na obrigação de parecer
melhor que todos e isso acaba se estendendo ao seu próprio lar, de modo que muitas vezes a
unidade da relação é prejudicada por dois indivíduos tentando superar-se constantemente. É
proveitoso que haja o crescimento profissional e emocional dentro do relacionamento, o
amadurecimento e estímulo mútuo é imprescindível, porém isso se torna prejudicial no
momento em que o sucesso do outro começa a provocar inveja e não mais satisfação.
Questões como quem ganha mais, quem possui melhor cargo, quem é mais sociável, acredito
eu, não são relevantes para pessoas que realmente almejam o sucesso do relacionamento. Uma
8
Prof.(a) Alzira Parente Moreno Ziemniczak –ITOP- Curso de Segurança no Trabalho.
relação envolve duas pessoas que apenas unidas com colaboração poderão alcançar objetivos
comuns.
Nos dias de hoje, as mudanças ocorrem numa velocidade acelerada, aumentando a
competição entre as pessoas e as empresas. Deste movimento, surge a necessidade de
desenvolver um novo estilo de administração, voltado para o trabalho em equipe e o
desenvolvimento das pessoas. Para que tal ocorra, devemos analisar alguns aspectos do ser
humano, como por exemplo, a personalidade dos indivíduos; as habilidades sociais e técnicas;
as atitudes; os processos de comunicação, percepção, feedback, entre outros.
O curso de RELAÇÔES INTERPESSOAIS e, por extensão, a presente apostila, visa analisar
esses fatores em busca do aprimoramento e do sucesso profissional, pessoal, familiar e social.
DIFERENÇAS INDIVIDUAIS
Diferentes aspectos da personalidade
Na descrição de qualquer pessoa, os detalhes de comportamento que a distinguem podem
classificar-se dentro de certos aspectos mais ou menos delimitados, que são os seguintes:
- aparência física;
- capacidade intelectual;
- emotividade;
9
Prof.(a) Alzira Parente Moreno Ziemniczak –ITOP- Curso de Segurança no Trabalho.
- qualidades sociais;
- sistema de valores.
Fatores que determinam a personalidade
- Herança biológica ou natureza;
- O ambiente ou educação;
- Idade ou amadurecimento.
PERCEPÇÃO
" É o processo pelo qual toma-se conhecimento do mundo externo"
10
Prof.(a) Alzira Parente Moreno Ziemniczak –ITOP- Curso de Segurança no Trabalho.
O processo de percepção
SENTIDOS MUNDO EXTERNO
Audição Fatos
Visão Pessoas
Tato Objetos
Olfato
Paladar
Fatores que interferem na percepção
- Experiências passadas;
- Diferenças individuais;
- Estado emocional;
- Interesse;
- Preconceito.
COMUNICAÇÃO
Comunicação é o processo que consiste em transmitir e receber uma mensagem, com a
finalidade de afetar o comportamento das pessoas.
Comunicação interpessoal eficaz:
- Trate as pessoas pelo nome.
- Olhe para as pessoas enquanto fala.
- "Ouça" todos os sentidos.
- Coloque-se no lugar dos outros.
- Evite pré-conceitos.
- Inspire confiança.
11
Prof.(a) Alzira Parente Moreno Ziemniczak –ITOP- Curso de Segurança no Trabalho.
INTERAÇÃO SOCIAL
O processo de interação humana supõe necessariamente comunicação. Estamos sempre
comunicando algo, seja através de palavras, gestos, posturas corporal, etc. O simples fato de
estarmos em presença do outro modifica o contexto perceptivo, promovendo a interação que
é, afinal, comunicação com mensagens emitidas e recebidas de cada participante da situação
conjunta.
12
Prof.(a) Alzira Parente Moreno Ziemniczak –ITOP- Curso de Segurança no Trabalho.
"Eu Aberto" - nosso comportamento mais comum, é conhecido por nós e por qualquer um que
nos observe. Ex, nossas características, maneira de falar, atitude geral, habilidades, etc.
"Eu Cego" - são características que geralmente não estamos cientes e que são percebidas
facilmente pelas outras pessoas.
"Eu Secreto" - são as coisas referente a nós mesmos que conhecemos mas que escondemos
dos outros - podem ser de grande importância ou mesmo assuntos irrelevantes.
"Eu desconhecido" - são coisas que não temos consciência e nem os outros tem
conhecimento.
No "Eu secreto" e no "Eu cego" que podem haver modificações quando de indivíduos
trabalhando juntos, experimentalmente , com espírito de cooperação e compreensão.
OBS. Qualquer modificação em um dos quadrantes provoca mudanças em todos os demais.
A insegurança diminui a lucidez e a confiança recíproca faz aumentá-la.
Há dois fatores que regulam o fluxo interpessoal que determinam o tamanho de cada
quadrante na Janela de Johari:
- Busca de feedback e auto exposição - são eles que propiciam um desenvolvimento
individual e de competência interpessoal.
a) Busca de feedback - ver-se com os olhos dos outros, isto é, solicitar e receber
respostas/reações dos outros, em termos verbais e não verbais para conhecer como o seu
comportamento está afetando os outros.
13
Prof.(a) Alzira Parente Moreno Ziemniczak –ITOP- Curso de Segurança no Trabalho.
b) Auto-exposição - significa dar feedback aos outros, revelando seus próprios pensamentos,
percepções e sentimentos de como o comportamento dos outros o está afetando.
O desequilíbrio da Janela de Johari pode apresentar-se no sentido vertical ou no sentido
horizontal, quando um deles é preferido em detrimento do outro haverá conseqüências
prováveis em termos de reações emocionais negativas e disfuncionalidade da dinâmica
interpessoal.
ESTILOS INTERPESSOAL
a) Estilo Interpessoal I - "Eu desconhecido" - predomínio da área desconhecida,
criatividade reprimida - relacionamento praticamente impessoal. A pessoa parece ter uma
carapaça exibindo comportamentos rígidos, ficando retraída e observando mais do que
participando. Este estilo parece estar relacionado a sentimentos de ansiedade interpessoal e
busca de segurança. Este estilo tende a gerar hostilidade nos outros, pois a falta de
relacionamento é, geralmente interpretada em função das necessidades das outras pessoas.
Normalmente este estilo é encontrado nas organizações burocráticas, onde é até conveniente
evitar abertura e envolvimento.
b) Estilo Interpessoal II - "Eu secreto" - Sua característica principal é perguntar muito sobre
si mesmo, como as outras pessoas o percebem, o que acham de suas idéias e atos, tem muita
necessidade de receber feedback. Porém ao mesmo tempo indica pouco desejo de expor-se.
Sua diferença principal em relação ao estilo I é a vontade expressa de manter relações com
nível razoável de participação no grupo, através de pedidos freqüentes de feedback. Quanto
mais utilizado o processo de solicitar feedback e menos o de auto-exposição, mais aumenta e
se consolida o eu secreto - neste estilo a pessoa pode ser vista como superficial e distante.
Entre as inúmeras razões para isto, está a concepção de julgamento negativo de sua pessoa.
No trabalho pode ocorrer um clima de permissividade indevida ou excessiva, em que todos
opinam e dão feedback ao superior, sem que este complemente o processo com auto-
exposição, o que tende a ser disfuncional da comunicação, gerando tensões e sentimentos
negativos.
c) Estilo Interpessoal III - "Eu cego" - O indivíduo utiliza intensamente o processo de auto-
exposição e muito pouco o de solicitar feedback. Sua participação no grupo é atuante, dando
informações mas solicitando pouco. Pode ser percebido como egocêntrico, com exagerada
14
Prof.(a) Alzira Parente Moreno Ziemniczak –ITOP- Curso de Segurança no Trabalho.
confiança nas próprias opiniões e valorizando sua autoridade. Este estilo acaba por ampliar o
"eu cego", pois os outros passam a sonegar informações importantes. As razões para a não
solicitação de feedback está no receio de conhecer sua imagem pelos outros, necessidade de
não perder poder, autoritarismo, etc. No trabalho este estilo prejudica a produtividade pelos
ressentimentos, hostilidades, e finalmente apatia decorrentes do processo, afastando a
confiança mútua e a criatividade.
d) Estilos Interpessoal IV - "Eu aberto" - Caracteriza-se pelo equilíbrio de busca de feedback
e de auto-exposição, O comportamento da pessoa é claro e aberto para o grupo, provocando
assim menos erros de interpretação por parte dos outros. O objetivo principal dos processos
de busca de feedback e auto-exposição consiste em movimentar informações das áreas cega e
secreta para a área livre, onde serão úteis a todos.
IMPORTÂNCIA DO FEEDBACK NAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS
Feedback é um termo da eletrônica significando retroalimentação, pode ainda significar o
comportamento de um objeto que é controlado pela margem de erro à qual o objetivo está
sujeito, ou no comportamento humano e nas relações interpessoais - pode-se considerar que
todo o comportamento dirigido para um fim requer feedback . Para alcançar um objetivo,
alguns sinais do objetivo são absolutamente necessários, em algum momento, para orientar o
comportamento.
No processo de desenvolvimento da competência interpessoal, feedback é um processo de
ajuda para mudança de comportamento, é comunicação a uma pessoa ou grupo, no sentido de
fornecer-lhe informações sobre com sua atuação está afetando outras pessoas. Feedback
eficaz ajuda o indivíduo (ou grupo) a melhorar seu desempenho e assim alcançar seus
objetivos.
O Feedback precisa ser:
- Descritivo ao invés de avaliativo - sem julgamento, apenas o relato de um evento.
- Específico ao invés de geral - quando se diz a alguém que ele é "dominador" isto tem
menos significado do que indicar seu comportamento numa determinada ocasião. "nesta
reunião você não ouviu a opinião dos demais e fomos forçados a aceitar sua decisão para não
receber suas críticas exaltadas..."
- Compatível com as necessidades - de ambos, comunicador e receptor, pode ser
altamente destrutivo quando satisfaz somente às necessidades do comunicador sem levar em
conta as necessidades do receptor.
15
Prof.(a) Alzira Parente Moreno Ziemniczak –ITOP- Curso de Segurança no Trabalho.
- Dirigido - para comportamentos que o receptor possa modificar, pois em caso contrário
a frustração será apenas incrementada se o receptor reconhecer falhas naquilo que não está
sob seu controle mudar.
- Solicitado ao invés de imposto - será mais útil quando o receptor tiver formulado
perguntas que os que o observam possam responder.
- Oportuno - em geral o feedback é mais útil o mais próximo possível após o
comportamento em questão, dependendo naturalmente do clima emocional, etc.
- Esclarecido para assegurar comunicação precisa - um modo de proceder é fazer com
que o receptor repita o feedback recebido pra ver se corresponde ao que o comunicador quis
dizer.
Os insucessos freqüentes na comunicação interpessoal tem indicado, entretanto, que estes
requisitos, embora compreendidos e aceitos intelectualmente, não são fáceis de serem
seguidos, tanto no processo de dar feedback quanto no de receber feedback.
Porque é difícil receber feedback?
É difícil aceitar nossas ineficiências e ainda mais admiti-las para os outros publicamente. O
receio do que a outra pessoa pensa a nosso respeito, o que isto poderá afetar nosso status ou
imagem. Podemos também ter reações defensivas.
Porque é difícil dar feedback?
Gostamos de dar conselhos e com isso sentimo-nos competentes e importantes. Daí o perigo
de pensar no feedback como forma de demonstrar nossa inteligência e habilidade, ao invés de
penar na sua utilidade para o receptor e seus objetivos. Podemos reagir somente a um aspecto
do que vemos no comportamento do outro, dependendo de nossas próprias motivações, e com
isto tornamo-nos parciais e avaliativos, servindo o processo de feedback como desabafo nosso
ou agressão, velada ou manifesta.
Podemos também temer as reações dos outros - sua mágoa, sua agressão, etc. isto é, que o
feedback seja mal interpretado. Outra situação é que muitas vezes a pessoa não está preparada
psicologicamente para receber feedback ou não deseja nem sente sua necessidade, e se
insistirmos no feedback a pessoa poderá duvidar dos nossos motivos para tal, negar a validade
dos dados, racionalizar procurando justificar-se etc.
Como superar as dificuldades
1) Estabelecendo uma relação de confiança recíproca para diminuir as barreiras.
2) Reconhecendo que feedback é um processo de exame contínuo.
16
Prof.(a) Alzira Parente Moreno Ziemniczak –ITOP- Curso de Segurança no Trabalho.
17
Prof.(a) Alzira Parente Moreno Ziemniczak –ITOP- Curso de Segurança no Trabalho.
Antes de concordar ou discordar com uma afirmação, você deve assegurar-se de que está
respondendo à mensagem que o outro enviou. A paráfrase é uma das maneiras de testar a
compreensão da mensagem antes de reagir a ela.
Descrição de comportamento - consiste em relatar as ações específicas, observáveis, dos
outros, sem fazer julgamentos ou generalizar seus motivos, ou traços de personalidade. É
possível informar aos outros a que comportamento você está reagindo através de descrição
bastante clara e específica.
A habilidade de descrever comportamentos exige o relato de ações observáveis sem:
a) colocar-lhes um julgamento de valor como certo ou errado, bom ou mau, devido ou
indevido;
b) fazer acusações ou generalizações sobre os motivos, atitudes ou traços de personalidade
da outra pessoa.
Isto é, evitar descrever características pessoais e intenções, ou interpretar o comportamento da
outra pessoa.
Verificação de percepção
Consiste em dizer sua percepção sobre o que o outro está sentindo, a fim de verificar se você
está compreendendo também seus sentimentos, além do conteúdo das palavras.
A comunicação se realiza através de vários canais concomitantes cujos sinais precisam ser
captados para que as mensagens tenham significado total. Entender as idéias, preocupar-se em
como o emissor está se sentindo ao enviar as mensagens e ao perceber como estão sendo
recebida. Muitas vezes o emissor não está consciente dos sinais não verbais que emite e que
transmitem mensagens emocionais que podem facilitar perturbar ou contradizer as mensagens
verbal principal.
BIBLIOGRAFIA:
18
Prof.(a) Alzira Parente Moreno Ziemniczak –ITOP- Curso de Segurança no Trabalho.
http://www.guiadicasgratis.com/o-que-e-relacionamento-interpessoal/ acessado em
10/03/2011 ás 20:23.
19