O documento discute o uso de enzimas na indústria da carne. Apresenta as principais enzimas proteolíticas usadas no processamento de carnes, como a papaína, bromelina e ficina, e seus efeitos no amaciamento. Também aborda o uso da transglutaminase para reestruturação de carnes e redução do teor de sódio em produtos processados.
O documento discute o uso de enzimas na indústria da carne. Apresenta as principais enzimas proteolíticas usadas no processamento de carnes, como a papaína, bromelina e ficina, e seus efeitos no amaciamento. Também aborda o uso da transglutaminase para reestruturação de carnes e redução do teor de sódio em produtos processados.
O documento discute o uso de enzimas na indústria da carne. Apresenta as principais enzimas proteolíticas usadas no processamento de carnes, como a papaína, bromelina e ficina, e seus efeitos no amaciamento. Também aborda o uso da transglutaminase para reestruturação de carnes e redução do teor de sódio em produtos processados.
ENZIMAS NO PROCESSAMENTO DE ALIMENTOS GRADUAO EM ENGENHARIA DE ALIMENTOS Transformaes bioqumicas de alimentos UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO UNIDADE ACADMICA DE GARANHUNS ENZIMAS NA MODIFICAO DE PROTENAS ENZIMAS PROTEOLTICAS Fontes Animais Vegetais Microrganismos ENZIMAS NA MODIFICAO DE PROTENAS ENZIMAS PROTEOLTICAS Classificao (segundo a posio de ataque da cadeia) Endopeptidases Exopeptidases Carboxipeptidases Aminopeptidases Atuam somente nos finais das cadeias polipeptdicas na regio N (amino) ou C (carboxi) terminal. Atuam preferencialmente nas regies internas da cadeia polipeptdica. ENZIMAS NA MODIFICAO DE PROTENAS Quebram as molculas proteicas em peptdeos menores Endopeptidases Quebram os peptdeos menores e aminocidos livres Exopeptidases ENZIMAS NA MODIFICAO DE PROTENAS ENZIMAS PROTEOLTICAS Classificao (segundo a natureza do stio ativo) Proteases sernicas Proteases sulfidrlicas Proteases cidas Metalo- proteases ENZIMAS NA MODIFICAO DE PROTENAS ENZIMAS PROTEOLTICAS Substrato proteico Soja, leite, soro de leite, extrato de levedura, colgeno, sangue animal, carnes, peixes, gelatina ENZIMAS NA MODIFICAO DE PROTENAS ENZIMAS PROTEOLTICAS Porcentagem de ligaes peptdicas rompidas pea ao da enzima, sendo avaliada atravs do consumo de lcali para neutralizar os aminocidos liberados O GH reflete a mdia de todos os peptdeos gerados ENZIMAS NA MODIFICAO DE PROTENAS APLICAES Obteno de hidrolisados altamente solveis (GH = 10) ou hidrolisados altamente funcionais (GH = 3) SOJA Produzida a partir do colgeno existente nos ossos e no couro de animais. Gelatina hidrolisada: usada como ingrediente diettico GELATINA ENZIMAS NA MODIFICAO DE PROTENAS APLICAES Descolorao enzimtica de sangue para uso em alimentos (40 kg de alcalase / ton de protena) 55 C / 5 h, pH =8,5 SANGUE DO ABATE DE ANIMAIS Os ossos so modos e ressuspendidos em gua. Adiciona-se 0,3% da protease. A mistura reage a 60 C por 4 h sob agitao. Decanta-se, e recolhe-se o sobrenadante, que pasteurizado. O caldo resultante pode ser usado em enlatados de produtos crneos. CARNE ADERIDA AOS OSSOS ENZIMAS NA INDSTRIA DA CARNE ENZIMAS NA INDSTRIA DA CARNE O uso de enzimas na indstria da carne era limitado extrao do flavour da carne para aplicao em produtos como snacks e macarro instantneo ENZIMAS NA INDSTRIA DA CARNE ABATEDOUROS TRIMMINGS Com o rpido crescimento da indstria da carne, ocorre um aumento na gerao de coprodutos ENZIMAS NA INDSTRIA DA CARNE PRINCIPAIS BENEFCIOS Proporciona flavours mais naturais em produtos derivados Ajuda na reduo da quantidade de sais e fosfatos Adiciona valor agregado a produtos que seriam comercializados a preo baixo Auxilia na extrao de protenas crneas, extrao de tecidos conectivos e colgeno do couro para uso em cosmticos e produtos farmacuticos ENZIMAS NA INDSTRIA DA CARNE PRINCIPAIS BENEFCIOS Uso no tratamento de coprodutos para uso em rao animal, fertilizantes e na converso de gordura em biodiesel. ENZIMAS NA INDSTRIA DA CARNE PRINCIPAIS BENEFCIOS 8 BENEFCIOS DO USO DE ENZIMAS EM COPRODUTOS CRNEOS
1. Ampla aplicabilidade 2. Alta produtividade 3. Melhora a qualidade do produto 4. Favorvel ao meio ambiente 5. Reduz o gasto de gua e energia 6. Baixo custo de processo 7. Reduz o teor de sal 8. Menos resduos slidos ENZIMAS NA INDSTRIA DA CARNE AMACIAMENTO DA CARNE IMPORTNCIA DA MACIEZ DA CARNE
A palatabilidade da carne afetada por diversos fatores e a maciez citada como um dos mais importantes. Os consumidores pagam caro por carnes com garantia de qualidade em termos de maciez. A indstria busca por novos mtodos que melhorem a maciez da carne. A maciez afetada, em maior grau, por dois fatores principais: integridade das miofibrilas e contribuio do tecido conectivo. ENZIMAS NA INDSTRIA DA CARNE AMACIAMENTO DA CARNE ENZIMAS PROTEOLTICAS ENDGENAS
O mecanismo primrio do amaciamento post mortem a ruptura da estrutura nativa do tecido muscular. O sistema calpana composto por 3 componentes primrios (-calpana, m-calpana e calpastatina). As calpanas degradam principalmente a linha z, protenas coadjuvantes e a titana. A protelise post mortem autolimitante (calpanas sofrem autlise).
ENZIMAS NA INDSTRIA DA CARNE AMACIAMENTO DA CARNE ENZIMAS PROTEOLTICAS EXGENAS
Reagem de forma diferente nos tecidos miofibrilares e conectivos. Atualmente, apenas 5 de muitas enzimas so classificadas como Reconhecidamente Seguras pela USDA para uso no amaciamento de carnes. ENZIMAS NA INDSTRIA DA CARNE AMACIAMENTO DA CARNE Estudos apontam o kiwi (actinidina) e o gengibre como fontes promissoras de enzimas exgenas ENZIMAS NA INDSTRIA DA CARNE AMACIAMENTO DA CARNE ENZIMAS PROTEOLTICAS EXGENAS
A maioria das enzimas exgenas para amaciamento da carne tem atividade tima entre 50-70 C. Como resultado, a atividade mxima se d durante o processo de cozimento e em menor grau no armazenamento refrigerado. ENZIMAS NA INDSTRIA DA CARNE AMACIAMENTO DA CARNE ENZIMAS PROTEOLTICAS EXGENAS
A maioria das enzimas tem pH timo na faixa da carne, mas apresentam melhor funo quando em meio cido ou alcalino para uma degradao proteica eficiente ENZIMAS NA INDSTRIA DA CARNE AMACIAMENTO DA CARNE As enzimas so comercializadas com base em sua atividade Enzima Unidade Papana, bromelina e ficina Milk Clot Units (MCU) unidade de cogulos de leite Enzimas do Aspergillus oryzae Unidades de Hemoglobina da Tirosina Enzimas do Bacillus subtilis Teste proteoltico na casena Os testes aplicados para determinar a atividade enzimtica variam com os tipos de enzimas (impossibilita comparaes) ENZIMAS NA INDSTRIA DA CARNE AMACIAMENTO DA CARNE PAPANA
Mistura de enzimas do mamo tem sido estudada desde 1940. Altamente agressiva, causa degradao significativa tanto das protenas miofibrilares quanto das colagenosas, produzindo fragmentos proteicos de vrios tamanhos. Mais efetiva quando injetada no produto (pouca habilidade de penetrar superfcies) Atividade tima: 65-80 C, pH entre 4 e 6. Habilidade de solubilizar o colgeno ENZIMAS NA INDSTRIA DA CARNE AMACIAMENTO DA CARNE ENZIMAS NA INDSTRIA DA CARNE AMACIAMENTO DA CARNE BROMELINA
Mistura de enzimas provenientes do abacaxi, estudada deste 1950. Degrada primeiramente 40% do colgeno no sarcolema, seguida pela degradao da miosina. Apresenta atividade a 0 C. Maior eficincia quando a enzima injetada no tecido muscular. Atividade tima: 50-70C e pH 5,0 ENZIMAS NA INDSTRIA DA CARNE AMACIAMENTO DA CARNE FICINA
Enzima derivada dos figos. Possui atividade enzimtica menor que a papana e bromelina. Baixa degradao de colgeno e elastina, prefere degradar protenas miofibrilares. Atividade tima: 60-70 C, pH prximo de 7 para colgeno e protenas miofibrilares e entre 5 e 5,5 para degradao da elastina. Avaliaes sensoriais mostram pequenas alteraes com o uso de ficina em carnes quando comparado com o controle ENZIMAS NA INDSTRIA DA CARNE AMACIAMENTO DA CARNE PROTEASES DO Bacillus Subtilis
Blend de enzimas proteolticas (elastase alcalina e protease neutra). Elastase alcalina degrada principalmente colgeno e elastina (menor efeito no amaciamento, mas controla a maciez excessiva). Atividade tima: pH 7, 50C. Protease desenvolvida como alternativa de baixo custo para a ficina ENZIMAS NA INDSTRIA DA CARNE AMACIAMENTO DA CARNE PROTEASES DO Aspergillus oryzae
Apresenta atividade proteoltica auto limitante em sistemas crneos. Estudada desde 1950. As protenas miofibrilares so o principal substrato. Atividade tima: 55 C, pH cido. Enzima auto limitante, melhora a maciez da carne sem causar amolecimento excessivo do tecido muscular ENZIMAS NA INDSTRIA DA CARNE ENZIMAS NA INDSTRIA DA CARNE ENZIMAS NA INDSTRIA DA CARNE USO DA TRANSGLUTAMINASE COLA DE CARNES
Enzimas que apresentam a habilidade de melhorar as caractersticas funcionais das protenas, tais como textura, flavour e vida de prateleira. ENZIMAS NA INDSTRIA DA CARNE USO DA TRANSGLUTAMINASE Animais Plantas Microrganismos Proveniente do Streptoverticillium mobaraense Atividade tima: pH entre 5 e 8, 50 C (atua em temperaturas de refrigerao) Alto custo Ca 2+ independente
ENZIMAS NA INDSTRIA DA CARNE USO DA TRANSGLUTAMINASE Enzima do tipo transferase Forma ligaes cruzadas entre resduos de lisina e glutamina Ligaes covalentes e estveis ENZIMAS NA INDSTRIA DA CARNE USO DA TRANSGLUTAMINASE Habilidade de induzir a geleificao em produtos crneos Agregao de protenas Catalisa as interconexes das miofibrilas, melhorando a elasticidade do gel das protenas crneas, formando uma rede proteica . ENZIMAS NA INDSTRIA DA CARNE BENEFCIOS DA TRANSGLUTAMINASE Reestruturao de carnes Dois pedaos de fil mignon Aplica-se a TG e aguarda-se o tempo de adeso (6 a 8 h a 4 C) Resultado final: dois pedaos de fil mignon unidos e comprimidos em estrutura cilndrica, permitindo o uso do corte para produo de medalho. ENZIMAS NA INDSTRIA DA CARNE BENEFCIOS DA TRANSGLUTAMINASE Reduo de sdio A reduo do sdio prejudica a qualidade dos produtos crneos Pior CRA Perda de fatiabilidade Perda da textura Uso da TG ENZIMAS NA INDSTRIA DA CARNE BENEFCIOS DA TRANSGLUTAMINASE Reduo da perda no fatiamento As ligaes cruzadas catalisadas pela enzima fortalecem a rede proteica, resultando em maior firmeza e elasticidade Sem TG Com TG 29 % 12 % P e r d a s
n o
f a t i a m e n t o
%
ENZIMAS NA INDSTRIA DA CARNE BENEFCIOS DA TRANSGLUTAMINASE Reduo da perda no cozimento Proporciona um aumento da CRA das protenas Sem TG Com 0,10 % TG 15 % 13 % P e r d a s
n o
c o z i m e n t o
%
ENZIMAS NA INDSTRIA DA CARNE PROCESSAMENTO DE PESCADO Uso de enzimas para facilitar a retirada da pele do peixe Enzimas proteolticas Enzimas glicolticas ENZIMAS NA INDSTRIA DA CARNE PROCESSAMENTO DE PESCADO Proteases termoestveis de origem fngica e de vegetais tambm tm sido utilizadas para acelerar a fermentao de molhos de peixe ENZIMAS NA INDSTRIA DA CARNE PROCESSAMENTO DE PESCADO Uso de proteases para melhorar o desenvolvimento do flavour na preparao de arenques fermentados e no amaciamento de carne de lula