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Glicose Piruvato
Fig. 2 – Fermentação.
Produção de alimentos e sustentabilidade
Microrganismos e indústria alimentar – as enzimas como biocatalisador
Muitas reações que libertam energia são lentas, e as células contornam esse facto usando
catalizadores biológicos – biocatalisadores ou enzimas que aumentam a taxa de
transformações dos reagentes em produtos.
As enzimas:
São aceleradores da reação, diminuindo a sua energia de ativação e facilitando a
reação entre reagentes;
Não afetam a energia que é libertada durante a reação;
Facilitam a transformação dos substratos em produtos.
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Microrganismos e indústria alimentar – as enzimas como biocatalisador
Praticamente todas as reações ou processos celulares são mediados por proteínas
catalisadoras – as enzimas.
Para ocorrer qualquer reação é necessário fornecer uma energia inicial – energia de
ativação.
As enzimas possuem um centro ativo que é bastante específico para um número reduzido de
substratos.
Complexo
enzima-substrato
Enzima Enzima livre
B Substrato Produtos
Complexo
Enzima enzima-substrato Enzima livre
Fig. 3 – Atividade enzimática. As enzimas podem promover a quebra (A) ou o estabelecimento de ligações (B).
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Microrganismos e indústria alimentar – as enzimas como biocatalisador
Algumas enzimas mudam de configuração quando estão perante o substrato – modelo do
encaixe induzido, aumentando a sua atividade enzimática.
No caso do pH, no sistema digestivo humano, a amílase salivar atua apenas em pH próximo
de 7 (neutro) e chegando ao estômago, onde o pH é acido (pH=2) fica inativada.
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Microrganismos e indústria alimentar – as enzimas como biocatalisador
No caso da temperatura, apesar de esta geralmente provocar uma aceleração das reações,
no caso das enzimas, ultrapassando um determinado valor de temperatura, ocorre a
desnaturação da enzima, o que a torna inviável.
Muitas enzimas necessitam da presença de outras moléculas não proteicas para o seu
funcionamento. Essas moléculas podem ser:
Cofatores, se forem moléculas orgânicas ou inorgânicas.
Coenzimas, se forem orgânicas.
Quando o cofator não está presente, o complexo proteico designa-se de apoenzima. Quando
se combina com o cofator, designa-se de holoenzima.
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Regulação da atividade enzimática
Alguns inibidores são irreversíveis, contudo muitos outros ligam-se de forma reversível,
podendo resultar em dois tipos de inibição.
Inibição competitiva, em que o inibidor vai competir com o substrato para se ligar ao
centro ativo.
Inibição não competitiva, neste caso o inibidor liga-se a outro local da enzima – centro
alostérico – alternado a sua estrutura e impedindo assim que esta se ligue ao substrato.
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Microrganismos e indústria alimentar – as enzimas como biocatalisador
As células controlam a atividade enzimática, também por via metabólica.
Neste caso, as enzimas funcionam em sequência, sendo que, por exemplo, a primeira enzima
da sequência pode ser sensível ao produto que se forma no final da sequência e assim
impedir que ação enzimática continue a decorrer.
Todos estes mecanismos têm várias aplicações como por exemplo a ação da penicilina, que inibe
a produção de enzimas importantes na formação da parede bacteriana ou na conservação dos
alimentos.
Produção de alimentos e sustentabilidade
Microrganismos e indústria alimentar – conservação, melhoramento e produção alimentar
Desde a antiguidade que o homem produz e conserva alimentos por processos fermentativos
Atualmente, com a ajuda da biotecnologia, tem sido possível produzir mais alimentos e de
melhor qualidade.
Tecnologias já um pouco antigas, mas que ainda mantêm grande utilidade, são os tratamentos
térmicos com a refrigeração e a congelação. Ambos reduzem a atividade enzimática devido
às baixas temperaturas.
Consiste na retirada da água dos alimentos, pois a maioria dos microrganismos não consegue
proliferar sem água.
Nos restantes alimentos deve proceder-se à liofilização. Neste caso os alimentos são
rapidamente congelados a - 30 ºC e colocados numa câmara com vácuo, onde ficam sujeitos
à ação do calor que provoca a evaporação direta da água, sem alteração das suas
propriedades.
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Microrganismos e indústria alimentar – conservação, melhoramento e produção alimentar
Os alimentos são bombardeados por radiação, composta por ondas e partículas, que provoca
alterações no DNA dos microrganismos e desnatura as proteínas, sem alterar as propriedades
dos alimentos, isto é, os alimentos não ficam radioativos, por exemplo.
Os aditivos alimentar têm sido cada vez mais utilizados na indústria alimentar.
O consumo diário de alimentos com aditivos deve ser moderado para que não se tornem
perigosos para a saúde humana.
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Microrganismos e indústria alimentar – conservação, melhoramento e produção alimentar