Caminhos e Descaminhos Na Fala Da Clínica Psicológica: Uma Perspectiva Fenomenológica Existencial - Cap. XVIII

Você também pode gostar

Você está na página 1de 2

Aluno (a): Luan Evangelista Neto R.

A: B98700-6
Matéria: Psicoterapia
Semestre: 9º
Campus: São José do Rio Pardo - SP
Supervisor: Silvia Antakly Adib

Caminhos e Descaminhos na fala da clínica psicológica: Uma


perspectiva Fenomenológica existencial – cap. XVIII

Quinta-Feira, 26 de março de 2018

O homem contemporâneo tem marcas que revelam quem ele é, como foi sua história,
sua forma de estar no mundo, que desvelam, ao que esta disposto ao ouvir, um arsenal de
conhecimento que parece brotar da própria angústia, as dimensões do sofrimento e da
fragilidade humana.
Este retrato do homem que se apresenta a clínica psicológica vem buscar uma imagem
de si, ao tentar construir-se ou reconstruir-se à medida que participa da compreensão do seu
existir.
A dimensão existencial do homem no mundo fenomenal dá acesso a singularidade,
permite abarcar a própria experiência como obra aberta, é autor e protagonista de sua própria
história e um processo de descoberta da própria humanidade ao resgatar seu vivido.
A maneira como o homem se relaciona, o impede de dar sentido às coisas,
possibilitando a construção de patologias, podendo impedir na sua liberdade e responsabilidade.
Isentando-se de promover mudanças. Cultura das máscaras é uma manutenção de uma
identidade social que o isenta de assumir a responsabilidade de buscar sua própria identidade,
possibilitando a criação de um vazio existencial.
Quem entra em processo terapêutico corre o risco do enfrentamento ao se deparar com
uma imagem de si até então “protegida” pelo medo de ser revelada. A psicoterapia é um
contexto significativo que acolhe o sujeito em sua diferença, ao mesmo tempo em que lhe
devolve a responsabilidade e a liberdade de escolha.
Ao permitir me escutar, meu sentir tem a possibilidade de se expressar. Cliente e
terapeuta estabelecem uma relação de encontro de abertura de possibilidades, de contato direto
entre mundos. A fala é dirigida, pois é somente nessa fala que o outro a quem o terapeuta se
dirige, que constitui como pessoa e não como uma esfera fictícia cujo fato de viver se reduz a
ser escutado.
Busca-se na clínica a abertura do sujeito para regiões de si, a permissão para adentrar
em seu ser a resgatar uma fala geradora de novas possibilidades, uma fala-atitude, mobilizadora,
investigativa. Uma fala-peregrina sempre à procura de compreender seu modo de ser e de se
mostrar. Uma fala criadora e renovadora, uma fala própria e singular.
Falar sem necessariamente haver preocupação com a veracidade de um ponto de
referência, pois o que faz sentido é “repetir e passar adiante a fala”. É impessoal, não se
apropria, assim, corre o risco de fracassar, não assume a responsabilidades e elabora uma
compreensibilidade indiferente, sem nada excluir, mas também sem nada a autenticar.

Referência:
MORATO, Henriette T. Penha; BARRETO, Carmem Lúcia B. Tavares; NUNES, André
Prado. Fundamentos de Psicologia – Aconselhamento Psicológicos numa Perspectiva
Fenomenológica Existencial. – Junho, 2009.

__________________________ __________________________

Luan Evangelista Neto Silvia Antakly Adib


RA: B98700-6 Orientadora/Supervisora

Você também pode gostar